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História Fetish - Chapter 12


Escrita por: MillyFerreira

Capítulo 12 - Chapter 12


Fanfic / Fanfiction Fetish - Chapter 12

Mês 2 

— Eu não acredito que aceitei vir aqui com você — Bieber reclama depois que me ajuda a descer do carro. — Sorte sua que você está muito gostosa essa noite.

Abro um sorriso convencido.

O modelo escolhido pra essa noite é básico, um vestido preto brilhante com um intenso decote nas costas, justo, que vai até o meio das coxas e valoriza o meu corpo e me dá mais curvas do que tenho.

— A namorada do grande Justin Bieber tem que estar apresentável, não? — digo, presunçosa, enquanto levanto o pescoço para poder olhar por cima dos carros.

— O que tanto você procura? — Ele questiona.

— A Chelsea.

— Lembre-me porque estamos fazendo isso — ele pede.

— Primeiramente, porque quero me divertir. Segundo, porque o seu irmão gosta da minha melhor amiga e não custa nada dar um empurrãozinho — respondo.

— E então você planeja um encontro de casais — ele debocha.

— Eu não sei qual é a sua definição de encontro, mas geralmente, eles não acontecem em baladas — digo com um tom de desdenho.  

— Achei que você e o meu irmão estavam transando — ele alfineta.

— É o que todo mundo pensa, mas nunca transamos, James é como um irmão pra mim — explico pacientemente.

— Que brega — Bieber se escora no carro enquanto mando uma mensagem no celular.


Eu: Onde você está?!!!

Chelsea: Estou vendo vocês.


Um segundo depois, ela aparece usando um vestido azul brilhante de alcinha que valoriza toda sua estrutura curvilínea e uma maquiagem que parece ter sido feita pelos deuses.

— Uau! — eu exclamo enquanto abraço-a. — Você está linda!

— Você está mesmo me dizendo isso? Olha pra você! — Ela me segura pelos ombros para me avaliar melhor. — Nem parece a minha menininha com esse vestido sexy.

Reviro os olhos com um sorriso.

Ela olha por cima do meu ombro e seu sorriso desaparece, dando lugar para o desgosto.

— Pensei que seria apenas eu e você esta noite — ela reclama.

— Bom te ver também, querida — Justin debocha, fazendo a expressão irritada da minha amiga aguçar.

— Ei, releva, ele é meio que meu namorado agora… — digo com cuidado.

— Isso significa que você vai me ver mais do que gostaria — Bieber provoca.

— Isso é um erro. — Lembra-me.

— Eu sei, eu sei — suspiro.

— Até que você está bonitinha, Chel — meu suposto namorado se aproxima.

— Pra você é Chelsea. — Ela responde, ríspida.

— Tão bonita quanto mal educada.

— Olha aqui, seu…

— Ei, ei, parem vocês dois — entro no meio da briga, fazendo-a bufar de raiva e Justin soltar um sorriso cínico. — Viemos aqui para nos divertir, então não estraguem isso com suas indiferenças idiotas.

— Ela tem razão, você tem motivos melhores para ficar irritada — ele alfineta.

— O que ele quer dizer com isso? — Chelsea me cobra explicações.

Ai merda…

— É que… O James… — começo.

— Eu não acredito que você o convidou também! — Ela rosna.

— Qual é, Chel! — rebato. — Ele é meu amigo também, para de ser tão chata e tenta ficar de boa perto dele uma vez na vida.

Ela aponta o dedo na minha cara.

— Se essa noite não acabar nada bem, lembre-se que a culpa é sua — cospe as palavras antes de sair andando, pisando duro com os seus saltos super altos.

— Vocês, mulheres, são tão complicadas… — diz Justin ao meu lado, totalmente despreocupado.

— Cala a boca, Bieber. E não faça nenhuma besteira — aviso antes de sair andando. Ele vem logo atrás.

— Nem sempre sou eu quem faço as besteiras — defende-se.

Há uma fila enorme para enfrentarmos antes de entrar, mas de alguma forma, Bieber parece ter passagem livre, pois guia-me com Chelsea pela entrada, ignorando totalmente as pessoas na fila, e os seguranças sequer hesitam antes de desprender a faixa vermelha para passarmos.

— Já esteve aqui? — questiono.

— Tenho uma pergunta melhor: tem alguma casa noturna na cidade em que você não esteve? — Chelsea provoca, e Justin apenas responde com um sorrisinho.

Seguimos por um amplo corredor que dá para uma porta dupla e finalmente conseguimos alcançar a festa. O salão é tão grande que se não fosse o bar, eu não conseguiria enxergar a parede de fundo. E o melhor: não é tão cheio! Podemos andar livremente sem se bater em ninguém ou roçar nossos corpos em outros corpos suados. O local é bem dividido, e há um espaço reservado para o que parece ser uma área VIP. Tenho certeza disso quando consigo enxergar James sentado em um dos sofás vermelhos em volta da mesa, distraído com uma música eletrônica eletrizante enquanto bebe uma cerveja.

— Tarde demais para ir embora? — Chelsea resmunga ao meu lado.

— Não me faça essa desfeita, vamos! — Puxo-a pela mão e James repara nossa presença quando chegamos perto.

Ele e o irmão fazem um toque de mão antes de Bieber praticamente se jogar em um dos sofás.

— Você está linda. — James me cumprimenta com um beijo no rosto.

— Você é sempre bonito, então não preciso dizer o mesmo, parece uma maldição — reclamo com uma pitada de divertimento.

Ele sorri.

— Ou um milagre — dá risada.

Seu sorriso vai desaparecendo enquanto ele desvia o olhar para Chelsea. Ele não a elogia como normalmente faria, apenas acena com a cabeça e diz:

— Oi, Chelsea.

— Oi… — Ela desvia o olhar e começa com aquela mania insuportável de torcer o cabelo quando está nervosa ou envergonhada.

Espera, eles brigaram?

Mas ninguém me disse nada!

— Querem cerveja? — James pergunta e sequer espera uma resposta antes de dizer: — Vou buscar.

Ele se retira e aproveito a oportunidade para me inclinar em direção à Chelsea e cochichar:

— Vocês brigaram?

— Tivemos uma pequena discussão recentemente… — ela explica com as bochechas coradas.

— Jesus, Chelsea!

— O quê? — Ela exclama na defensiva.

— Será que vocês não conseguem se dar bem por um segundo? — questiono.

— Quer mesmo que eu responda? — sorri sarcástica.

Apenas reviro os olhos e recosto-me na cadeira.

James volta pouco tempo depois com mais 4 garrafas de cerveja e acomoda-se entre mim e Chelsea — para sua infelicidade, pelo menos, é o que diz a expressão do seu rosto.

— Você não foi me visitar esses dias — reclamo, cutucando as costelas do meu amigo. — Estou com saudade.

Ele me abraça pelos ombros.

— Tive que fazer uma viagem de emergência da empresa, passei uns dias fora, foram uns dias miseráveis e por isso não deu para avisar, foi mal — ele se explica.

— Tire suas patas da minha namorada, babaca — Justin arremessa alguma coisa que não consigo ver em direção a James que desvia com êxito.

Em resposta, o moreno me aperta ainda mais em seus braços.

— Eu vi primeiro, seu fodido.

Bieber mostra o seu dedo do meio para o irmão que apenas sorri.

— Eu não sou um objeto a ser disputado, ok? — Deixo bem claro enquanto me livro dos braços de James.

— Ninguém disse isso — James se defende.

— Até que tem uns caras bonitinhos aqui hoje… — comenta Chelsea com uma pitada de veneno.

— Obrigada, Chel — Justin grita do outro lado da mesa.

— Isso não inclui você, Bieber — ela revida de mau humor, fazendo-o sorrir.

Olho pra ela.

— Quer tentar a sorte? — pergunto.

— Aquele ali — ela inclina a cabeça para um grupo de rapazes sentados numa mesa não muito distante da nossa, e percebo a quem ela se refere quando um dos caras olha para nossa mesa e sorri diretamente pra ela, claramente flertando.

— Chel, eu não acho que seja uma boa ideia você ir até lá… — começo, mas ela se levanta, ignorando-me.

Antes que eu possa falar mais alguma coisa, ela ajeita o vestido sobre o corpo curvilíneo e anda em direção aos rapazes com um rebolado que lhe é característico. Nem tenho tempo de ver a reação de James, pois Justin se levanta, dá a volta na mesa e se senta ao meu lado, me deixando minúscula entre dois caras grandes.

— Não é por nada, não, mas por que eu sinto que alguma coisa vai feder aqui? — Justin diz perto do meu ouvido.

Dou uma espiada discreta em James ao meu lado, mas ele parece levemente despreocupado enquanto bebe sua cerveja e observa a pista de dança ferver. É, com certeza tem algo de errado aqui.

— Eles estão com problemas — respondo a Justin.

— Percebi, olha só pra ele fingindo que está de boa com o fato da garota que ele gosta estar sentada bem na cova dos leões — cochicha. — Ele está tenso, espero que ela não faça nada que o faça perder o controle.

— O James não é um cabeça oca feito você — retruco.

— Pode ser que não, mas mulher é como o diabo: não descansa até ver o circo pegar fogo — diz ele antes de se recostar e se concentrar apenas em sua cerveja. Mas a calmaria não dura um segundo quando ele volta para a mesma posição apenas para dizer: — Poderíamos dançar um pouco.

— Não. — Respondo simplesmente, bebendo um gole de cerveja.

— Qual é! — Ele reclama. — Tem um monte de gata na pista e não posso dançar com nenhuma delas porque você impôs isso, e agora não quer me ceder nem uma dança?

— Problemas no paraíso, cara? — A voz de James surge no meio da conversa, meio divertida, o que só me faz pensar que ele quer se distrair.

— Pode pedir pra Laura parar de ser tão insuportável? — Agora, ele reclama com o irmão.

— Talvez ela aceite se você parar de chamá-la de Laura — dá uma piscadinha.

— Ele poderia me chamar de Cleópatra e eu ainda não aceitaria — sou ranzinza.

James dá risada ao meu lado e Justin cai sobre o sofá, bufando.

— Aí, gata, que tal dançar um pouco? — O moreno convida.

— Achei que nunca ia pedir — digo, me levantando.

Só estamos tirando uma com a cara de Justin, e a melhor parte disso é ver sua expressão de indignação.

— Ei, eu sou uma piada pra você? — exclama e abre os braços em um claro sinal de frustração.

— Bye, bye — dou tchauzinho para o loiro por pura provocação e vou com James enquanto ele me segura pela mão.

A pista está eletrizada com a batida eletrônica de “Alone” do Marshmello. Sorrio do jeito desajeitado que as pessoas jogam seus cabelos e remexem seus corpos suados, tentando encontrar um ritmo para acompanhar o toque da música. Juntamo-nos a elas. Eu e James aproveitamos noites assim, às vezes, e é sempre bom dançar com ele, pois ele me faz rir o tempo todo com suas danças improvisadas. A parte que eu mais gosto é quando ele começa a imitar um robô. James é um ex-atleta, praticava natação em sua fase acadêmica, tem algumas medalhas, então digamos que dança não é muito o seu forte.

Viro-me de costas para o seu peito e ele me abraça por trás, e começa a me balançar para um lado e para o outro até começarmos a pular de novo. Quando olho para Justin, sua primeira reação é colocar o dedo na boca e simular uma ânsia de vômito. Dou risada.

Quando a música muda para “Blocks”, sinto meu corpo ser jogado para o lado com brutalidade por uma pessoa que passa ao meu lado e se esbarra com tudo em meu ombro, e quando viro, prestes a xingar o indivíduo mal educado, percebo que se trata de Chelsea e quase não consigo enxergá-la com o jeito rápido e furioso que ela desaparece entre as pessoas.

— Chel! — Tento chamá-la, mas a música alta engole o meu tom de voz.

Olho para James, e sua expressão é tão confusa quanto a minha.

— Eu vou atrás dela. — Seguro o seu braço, fazendo-o ficar no mesmo lugar.

— Melhor não, deixa que eu vou — olho para ele uma última vez antes de sair desviando entre os corpos dançantes a procura da minha amiga enlouquecida.  

Ela não foi em direção à saída que fica atrás de mim, o que significa que deve ter saído pela porta de emergência. Depois de empurrar mais alguns corpos, consigo alcançá-la e o som da música alta desaparece depois que escuto o clique atrás de mim. Estou em um beco sujo e um pouco escuro agora, com paredes altas pichadas e um bocado de lixo entulhado em um canto. Em meio a toda essa bagunça, consigo ver a minha amiga parada um pouco longe da porta, apoiada na parede e com os ombros balançando como se estivesse chorando.

— Chel? — apresso-me para alcançá-la. — Chel! — Toco o seu ombro, preocupada, mas a brutalidade com que ela se afasta do meu toque me faz recuar, assustada.

— Não me toca! — Ela se vira para mim com o rosto borrado de maquiagem pelas lágrimas e a voz chorosa.

— Chelsea, o que houve? — quero saber. — O que aqueles caras idiotas fizeram com você?

— Me deixa em paz, Luara — ela pede.

— Mas é claro que não, você é minha amiga e está chorando! O que aconteceu? — insisto.

— Do que isso importa? — Ela sorri de um jeito estranho com o rosto manchado. — Talvez você queira voltar para o James, com certeza é mais divertido lá do que aqui, né?

Minha expressão de confusão vai se desfazendo à medida que a ficha vai caindo. Ela está…? Mas que merda!

— Espera, espera, você está com ciúmes do James? Comigo? — aponto para mim mesma, desacreditada.

— E daí se eu estiver? — devolve na defensiva.

— E daí que isso é uma completa babaquice — digo, ainda sem acreditar.

— Você é uma falsa — ela aponta para mim.

Com toda calma do mundo, explico:

— Eu e o James somos apenas amigos.

Ela dá risada, sem humor.

— O jeito como ele te olha, como ele cuida de você… — sua expressão é desdenhosa, enraivada, e o mínimo que posso fazer é ficar boquiaberta diante a situação. — É claro que vocês têm algo, não precisa mentir pra mim.

— E se tivéssemos? — lanço um olhar duro para ela. — Não era você que não se importava? Que desprezava o James? Porque se importa tanto agora?

— Porque eu gosto dele, tá legal? — Ela grita como se colocasse tudo que estava guardado dentro de si pra fora.

— Como você pode ser tão idiota? — rosno. — Todo esse tempo ele esteve correndo atrás de você e você simplesmente o rejeitava por puro capricho?

— Como eu poderia ficar com ele, sendo que ele gosta de você? — ela devolve a pergunta, irada.

— O quê?! Você enlouqueceu?! Está bêbada?! É claro que não! — Ok, essa conversa está me tirando do sério. — Espera, espera… Todo esse tempo você só não ficou com ele por que achou que ele gosta de mim?

Ela apenas baixa o olhar.

— Não acredito nisso… — passo a mão pelo cabelo, inquieta.

— Como eu poderia saber que vocês não estavam dormindo juntos?

— A minha palavra não basta pra você?

— Não foi isso o que eu disse…

— Mas é isso que parece — retruco, chateada. — Eu não estou dormindo com o James, o motivo de todo esse carinho é porque temos uma amizade forte de anos. Como você pode ser tão burra?

— Eu não sou burra!

— Você é, sim — eu sorrio, triste. — Você deixou seu ciúme idiota falar mais alto todo esse tempo ao invés de confiar na sua amiga. Você pisou no James, esmagou os sentimentos dele na sola do sapato, quando tudo que tinha que fazer era chegar até a mim e conversar, esclarecer as suas dúvidas, mas não. O James nunca gostou de uma mulher como gosta de você, e você conseguiu estragar isso.

— Eu…

— Olha, Chel, no momento eu estou muito puta com você, sabe? — faço uma pausa e suspiro. — Espero que conserte as coisas com o Jam, ele não merece sofrer por uma mulher que não dá a mínima para os sentimentos dele.

— Isso não é verdade — ela balança a cabeça.

— Então prove. — Encaro os olhos claros dela e emendo: — Porque se você não valorizar o homem maravilhoso que ele é, cedo ou tarde, ele vai encontrar outra mulher que o valorize.

Sou dura nas minhas palavras. Vejo isso em seus olhos, vejo o quanto ela fica abalada com a verdade. Encaro o seu rosto por mais alguns segundos antes de balançar a cabeça em descrença e voltar pelo mesmo lugar que saí.

— Lu? — Ela chama com a voz mais suave desta vez, arrependida, antes de eu puxar a porta.

— O quê? — viro-me para ela, cansada.

— Eu só… Me desculpe. — Ela encolhe os ombros, constrangida. — Eu tive medo de perder os dois em apenas um lance.

Aperto os lábios, compreensiva.

— Só… conserte as coisas, tá?

Ela concorda com a cabeça.

Não digo mais nada, apenas volto para a festa. James está de volta à mesa com o irmão que olha descaradamente para bundas dançantes perto dele.

— Ela está bem? — O moreno pergunta quando estou perto o suficiente, preocupado.

— Acho que agora está. — Tento tranquilizá-lo.

— Por que ela não voltou com você? — questiona.

— Ela precisa de um tempo — explico.

— Posso ir até lá? — pergunta, hesitante.

— Bem, você vai ter que descobrir — dou de ombros lentamente. — Ela está na parte dos fundos.

Ele não espera nem mais um segundo antes de levantar e ir atrás da donzela em perigo.

— Dá pra explicar o que está acontecendo? — Justin quer saber.

— Você mesmo disse, nós mulheres somos complicadas — tomo a cerveja da sua mão e tomo um longo gole.

— Isso é o mais perto que vou chegar da sua boca, pelo visto — diz ele quando coloco a garrafa em cima da mesa.

Esboço um sorriso.

— Vai ficar só aí especulando ou vai me levar pra dançar? — provoco.

Ele não me dá espaço para dizer algo do tipo “era apenas brincadeira, não quero dançar com você” e me puxa para a pista de dança. Logo começa a tocar “Crazy In Love”, um clássico! A pista vai à loucura com um dos maiores hits da Beyoncé, e acho que chegou a minha vez de brincar um pouco com a sanidade de Justin. Que mal tem? Eu nunca disse que era um anjo.

Olho para ele, sapeca, e começo a rebolar, talvez até imitando alguns passos que vi no videoclipe, não tenho certeza. Seus olhos se acendem ao me ver bem ali, mexendo em sua frente, esfregando o corpo com as mãos, fazendo o vestido subir mais um pouco…

Justin me puxa até não haver espaço entre nossos corpos, fazendo todo seu calor ser compartilhado comigo enquanto nos movemos juntos.

— Não me provoca, garota — ele avisa com a voz rouca.

— Ou o quê? — sussurro perto do seu rosto, minha boca a centímetros da sua, e me afasto antes que seja eu a perder a cabeça.

Sinto sua respiração pesada no meu pescoço quando giro, fazendo seu corpo forte pressionar contra minhas costas, e aproveito a oportunidade para rebolar minha bunda contra o seu sexo. Tenho quase certeza que ouvi um gemido e, em resposta, ele põe as mãos fortes em minha cintura, trazendo-me para mais perto — se é que é possível.  Sinto algo ferver sobre minha pele, as células borbulham e pedem por mais enquanto sinto a temperatura aumentar como um forno aquecido. Sentir isso é tão errado, desejar a adrenalina que é oferecida nesse perigo parece tão convidativo, mas sei que estou pisando em vidro com salto alto, então apenas me mantenho no limite.

A música acaba e uma onda de protestos enchem o espaço, mas logo passa quando “Umbrella” se mostra presente na pista. Justin me vira sobre o meu próprio eixo e acabo arfando com o toque pecaminoso dos nossos corpos. Algo está pegando fogo nos olhos dele, algo que me hipnotiza, que me prende, e talvez nesta noite, só nesta noite, eu poderia acolhê-lo debaixo do meu guarda-chuva.

Seguro cada lado do seu rosto, olho no olho, e aproximo-me o suficiente para sentir seus lábios macios nos meus. Mas não lhe dou a chance de movê-los ou até mesmo aprofundar o beijo, apenas me afasto, puxando seu lábio inferior entre os dentes.

Ele me observa atentamente, como se também estivesse hipnotizado, e minha única reação é dar alguns passos para trás, ainda olhando nos olhos dele, antes de dar as costas e sair andando entre as pessoas com o coração palpitando e meio desequilibrada sobre os saltos.

Não sei por qual motivo fiz isso, mas algo dentro de mim implora para que eu volte lá e termine o que comecei. Mas sei que não posso. Preciso manter a minha cabeça no lugar ou vou acabar sendo um alvo certeiro do meu próprio jogo.



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