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História Fique Longe Dele - Kim Taehyung - Não se pode ter tudo o que quer.


Escrita por: Maaru

Notas do Autor


Boa Leitura! ♥️

Capítulo 7 - Não se pode ter tudo o que quer.


Fanfic / Fanfiction Fique Longe Dele - Kim Taehyung - Não se pode ter tudo o que quer.


Choi Yuri.


Aquilo não poderia estar acontecendo, só podia ser loucura, essa garrafa estava equivocada, não era possível.


Naquele momento, eu estava estática, sem saber o que deveria fazer ou dizer, apenas sentindo o peso dos olhares.


— Taehyung mal chega e já é o primeiro a estrear os "sete minutos no paraíso", e ainda por cima com a novata! — Yoongi exclama entre risos. 


— Estão esperando o que? — Chung Wook retruca gesticulando.


Taehyung começou a se erguer do chão.


Eu ainda me mantinha na mesma posição, sem reação alguma, mas forcei meu cérebro a processar aquela situação e agir o mais rápido.


— Ah… E-Eu… passo! — Falei, sem fazer contato visual com ninguém.


— Não pode passar, tem que ser as pessoas que a garrafa parou. — Disse Jungkook.


— Sete minutos passam rápido no calor do momento, andem logo! — Yoongi fala.


Fechei os olhos com força, levantando-me do chão, caminhando para fora daquela roda, o calafrio percorrendo minha espinha em me imaginar sozinha com aquele homem.


Senti meu pulso ser segurado, e virei-me naquela direção.


— Você não precisa ir se não quiser, não é obrigatório! — Min-Ji me encarava.


— Ei, não interfira Min-Ji, ela tem que ir, afinal, não é toda garota que consegue uma oportunidade com o nosso Tigrão Taehyung. — Seo-li afasta a mão de Min-Ji do meu pulso.


— Ainda vão enrolar muito? — Jin ergueu o cenho.


— Não, eles já vão. — Seo-li segurou meu braço e o de Taehyung, nos guiando para uma direção longe dali.


Adentramos a casa novamente, subindo as escadas, ela nos levou adiante pelo corredor e paramos frente a uma porta branca.


Seo-li girou a maçaneta, abrindo a porta, e tive a visão do que parecia ser uma espécie de quarto de hóspedes, pequeno e com apenas uma janela e cômoda. Ela nos empurrou para dentro e começou a fechar a porta.


— Vocês tem sete minutos para fazer o que quiserem aqui dentro, e não podem sair antes disso ou terão que pagar um desafio muito constrangedor para a vida de vocês. Portanto, divirtam-se, volto em sete minutos. — Ela sorriu maliciosa e fechou a porta.


Meu corpo estremeceu ao som da porta se fechando, nada poderia ser mais constrangedor do que isso para mim.


Eu sei, admito que gostaria de ter uma oportunidade com Taehyung, mas desse jeito? E tão de repente? Eu estava apavorada, não sabia o que falar, nós ainda não éramos tão próximos.


Ouvi um som de passos, eu ainda estava paralisada no mesmo lugar, meu corpo parecia não corresponder aos meus comandos e tudo que eu consegui fazer foi olhar para trás por cima do ombro.


Ele deu uma pequena volta pelo espaço, e começou a retirar sua jaqueta, expondo seus braços consideravelmente fortes.


Socorro! Eu quero a minha mãe!


— Que quente… — O ouvi murmurar, abrindo a pequena janela à sua frente, deixando a brisa fria e fresca adentrar no cômodo.


Meu corpo inteiro arrepiou bruscamente, e finalmente consegui me mexer, andando em direção a cômoda, de costas para ele.


Eu preciso fazer algo, dizer alguma coisa, qualquer coisa, esse silêncio vai acabar me deixando louca de tensão. Estávamos sozinhos, completamente sozinhos, e olhando pelo meu relógio de pulso, só havia se passado um minuto.


Respirei fundo, me preparando internamente, e então me virei…


— Taehy…


Foi então, que sem aviso prévio, o moreno avançou em mim, como um animal, fazendo meu corpo se chocar contra a cômoda, apoiei minhas mãos no móvel rapidamente para não me desequilibrar.


Ele não foi agressivo, mas ainda assim assustei-me com seu ato, foi tão rápido que sequer pude raciocinar.


Uma de suas mãos apertou a minha cintura, me puxando para colar em seu corpo grande, enquanto a outra mão se encaixava em minha nuca.


Cristo, isso é demais…


Ele começou a se inclinar, eu já podia sentir sua respiração entrando em contato com meu rosto, e seus lábios a centímetros. Seus lumes não desviaram dos meus nem por um segundo, como uma serpente hipnotizando sua presa, era tão sexy…


Eu estava praticamente entregue, inerte, sentindo aquele cheiro amadeirado que ele emanava, o jeito que me segurava contra si…


Mas espera um pouco…


Virei o rosto, impedindo que ele fizesse o que estava prestes a fazer.


Sequer sei como consegui fazer isso, devo me sentir surpresa?


— O que está fazendo? — Indago.


— Não é óbvio? — Segurou meu queixo com seu polegar e indicador, virando meu rosto novamente para si, fazendo-me olhá-lo.


Minha respiração ameaçava falhar, meus batimentos cardíacos estavam descompassados, ele tem um poder incrível sobre mim só por estar me tocando desse jeito.


Era a primeira vez que eu me sentia encurralada.


— M-Mas… tão de repente, a gente nem sequer…


— Ora, o que houve? — Revirou os olhos. — Qualquer garota no seu lugar já estaria me beijando agora.


Ergui uma sobrancelha, será que havia escutado direito? É claro que sim, ele está perto o suficiente para que eu o escute em alto e bom som.


Ainda assim, não acredito que ele disse isso!


— Como é que é? — Me afastei, retirando sua mão da minha cintura e saindo de perto do mesmo. — O que quis dizer com isso?


Um suspiro soou por seus lábios, colocando suas mãos para dentro dos bolsos, em seguida mordiscando seu lábio inferior.


— Quis dizer que está desperdiçando a chance que muitas já estariam aproveitando agora.


Ele acha que sou qualquer garota? Que só porque ficamos trancados em um quarto vou me jogar para cima dele como já deve estar acostumado? 


Quanta palhaçada.


E como assim "chance"? Ele se considera um prêmio? A última Coca-Cola do deserto?


— Desculpe, mas, quem você pensa que é? — Alterei meu tom, o olhando de olhos cerrados.


Taehyung deu de ombros.


— Penso que sou alguém que você deseja muito, mas está se fazendo de difícil. — Ele começou a vir aos poucos em minha direção. — Acha que não percebo o jeito que você me observa? Na sala de aula, nos intervalos, desde aquele dia no treino…


Então ele percebia que eu olhava para ele? Oh não, como fui burra, me deixei levar… me deixei levar demais…


— E-Eu… — Gaguejei, recuando.


— Sejamos honestos, a presa aqui, não é você… — Seu tom de voz soou rouco, provocativo. — Sou eu! 


O olhar dele era realmente perigoso, intenso, lascivo demais para alguém ainda tão jovem.


Mas eu não podia, não podia, toda aquela imagem de um rapaz gentil e amigável que até mesmo se importou com meu irmão sem nem o conhecer, começou a ser destruída… dando lugar a de alguém completamente diferente, aproveitador, manipulador e convencido.


Bati o pé no chão, negando com um movimento de cabeça.


— Quanta mentira! Eu jamais faria isso, eu só…— Hesitei. — Achei você bonito, somente! — Admiti.


Ele ergueu o cenho.


— Então por que não aproveita? — Riu sarcástico.


Esbocei uma careta, e então, tomei coragem e andei na direção dele, parando próxima a si, erguendo um pouco a cabeça para olhar em seus olhos, pois nossa diferença de altura era notável.


— Porque eu disse que achei você bonito, mas em momento algum eu disse que queria ficar com você! — Exclamei ríspida. — Acredite ou não, eu sou uma garota muito movida pela própria razão, e se tem uma coisa que eu aprendi, é que não se pode ter tudo que quer. 


— Oh, é mesmo? — Inclinou-se. — Então você me quer agora?


Bufei, como ele pode ser assim? Min-Ji estava certa?


— E você, me quer? — Rebati.


Ele passeou a língua pelos lábios, os mordiscando em seguida, aproximando seu rosto do meu ouvido.


— Muito! 


Um calafrio brusco me tomou, junto de outra sensação que eu não soube distinguir, esse homem…


Se eu não fosse tão racional quanto disse, nesse exato momento eu teria me entregado a ele, me tornando mais uma de sua lista sem pestanejar, porém…


Me mantive firme.


Afastei-me de si, olhando em meu relógio de pulso. Sete minutos em ponto! Caminhei até a porta, segurando na maçaneta.


— Ótimo, então nenhum dos dois vai ter o que quer! — Falei, escancarando a porta e dando de cara com Seo-li.


— E então pombinhos, como foi…


Passei por ela antes que concluísse a fala a passos rápidos, consumida pela raiva e repulsa.


Aquele… aquele… droga! Acha que sou fácil assim? Acha que pode me ganhar com fotos e vídeos fofos de cachorro? Ok, essa eu até deixo passar… mas me tratar como uma garota qualquer que se oferece para ele? Só por ele ser atraente? 


Pelo amor de Deus, está muito enganado! 


Desci as escadas, passando pelo aglomerado agitado, passei pela entrada da varanda e por todos que ainda estavam lá jogando aquele jogo estúpido.


— Wow! Olha só, ela voltou. — Ouço a voz de Yoongi.


— Como foi lá? Ela está tão vermelha. — Haneul soa maliciosa.


Me virei, rangendo os dentes.


— Sim, eu estou vermelha, mas está longe de ser de tesão, entenderam? Adeus! — Me retirei, pegando minha bolsa que havia deixado em cima de uma das mesas próxima a eles.


Enquanto me afastava a passos pesados, notei o silêncio e clima tenso que havia deixado, mas pouco me importei, só queria ir embora desse lugar.


Comecei a me aproximar da saída, pegando meu celular para pedir algum carro por aplicativo. Meus nervos estavam fritando, e esse nem era o pior…


— Não acredito! — Resmunguei sozinha ao lembrar que na segunda eu teria de vê-lo, algo que se eu pudesse agora evitaria ao máximo.


Maldita redação.


Até o final do ano, vou ter que aturar ele, vou ter que aturar alguém que quase me tratou como carne de abatedouro…


Travei o maxilar, desbloqueando a tela do meu celular.


— Ei! Yuri! — Min-Ji se aproximou, estava ofegante, deve ter corrido para me alcançar. — Aonde está indo?


— Embora. — Respondi seca.


Ela franziu o cenho, com uma expressão de preocupada.


— Como assim? Espera… o que aconteceu lá? O que aquele idiota fez com você? Eu juro que vou… — Min-Ji se virou.


Segurei seu pulso.


— Deixe ele, não vale a pena… — Revirei os olhos. — Desculpe por ter implicado com você quando me avisou sobre ele, comecei a perceber que estava certa. 


Ela ergueu o cenho, recuando para perto de mim novamente.


— Ainda bem que você percebeu antes que fosse tarde, me desculpe por ter deixado você ir, se eu soubesse não teria…


— Está tudo bem, tudo acontece como deve acontecer, isso serviu muito para mim de agora em diante, fui uma tola em quase pensar que ele era legal… — Bufei. — Ou só estava sendo para conseguir algo...


— Mas o que vai fazer agora?


— Eu vou para casa, não é óbvio? Não quero mais ficar aqui, quero evitá-lo o quanto puder…


— Yuri… ele é a sua dupla até o final do ano… — Min-Ji esboçou uma careta.


— Por favor não me lembre disso, me deixe fingir ao menos por enquanto. — Pedi.


A vi assentir.


— Vou chamar o Namjoon para nos deixar em casa.


— Não precisa, pode ficar com eles, eu me viro sozinha…


— Está louca? — Min-Ji tocou o meu rosto com as duas mãos. — Jamais vou deixá-la sozinha em um momento como este, além de que, se eu ficar aqui não vou conseguir me segurar em dar um rompompom naquele…


— Já entendi. — Retruquei a interrompendo, xingando ele não vai mudar nada. — Vamos embora então, mas não precisa incomodar o Namjoon, tenho um cupom de desconto no aplicativo.


Min-Ji assentiu, dando por vencida.


Aguardamos um pouco até que o carro chegasse, e fomos finalmente embora…


Essa foi a noite mais constrangedora e reveladora da minha vida…




Notas Finais


Até próximo! 💜


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