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História Fire N' Ice - The begin


Escrita por: wthjulha

Capítulo 2 - The begin


O céu estava coberto por nuvens e Cambridge, como sempre fria, escurecia. Papai tinha ido buscar Matt na escola enquanto eu fazia nossa janta, quando o interfone tocou.

Fui o mais rápido possível ver quem era, e me assustei ao ver o correio.

Eu teria que assinar o recebimento de uma carta de uma empresa chamada “The audition”.

Hm, interessante.

Entrei dentro de casa depois de agradecer ao moço já abrindo a carta, me corroendo de curiosidade, principalmente por ser endereçada a mim.

 

“Olá.

Se voce está sendo esta carta, é Thalia Campbell Wright.

Esperamos que esteja bem e que não tenha se arrependido de se inscrever conosco.

Nós, da The audition, estamos promovendo um programa de audições juntamente com a banda McFLY, chamado The Voice With McFLY.

Você foi escolhida para fazer o teste inicial no nosso auditório. A equipe entrará em contato por e-mail em breve com maiores informações, dia, local, horário e documentos necessários para confirmação do processo seletivo.

Uma ótima tarde,

EQUIPE THE AUDITION”

 

E eu fiquei ali. Em choque. Sem saber o que faze rem seguida.

As palavras: teste, aprovada e McFly ecoavam em minha cabeça, me deixando tonta Eu mal podia acreditar! Além de concorrer à vaga para estar em uma banda, eu vou concorrer para estar na banda que o McFLY vai promover. Ok, Thalia, você não é mais uma fanática. Pode engolindo essas lágrimas e tirando esse sorriso bobo do rosto, vamos ser profissionais.

Escutei a porta pela qual eu não me lembrava de ter passado abrindo e Matt veio correndo em minha direção.

- Oi, mana! - disse, abraçando minhas pernas.

- Oi, pirralho. Pai, você se lembra daquele teste pra entrar no reality show que eu participei algumas semanas atrás?

- Claro, filha – sorri, concordando com a cabeça, sabendo que ele entenderia - Não... - disse, vindo ao meu encontro. - Você é o meu orgulho!

- Obrigada, papai. Eu te amo! - sorri verdadeiramente, sentindo lágrimas de felicidade rolarem em meu rosto.

- Então quer dizer que você vai ficar famosa e rica, mana? - sorri ao escutar a pergunta e me abaixei, ficando da altura do pirralho. - E vai poder comprar uma nave espacial bem grande pra mim, né?

- Calma lá, pestinha! - eu ri - Ainda preciso fazer outro teste e, se passar, irei pra casa do The Voice, ficar um tempinho lá, e… Se o público me escolher, eu entro na banda! - terminei, sorrindo. - Entendeu?

- Mas então, você promete que, se passar em tudo isso aí, vai comprar a minha nave? - ri e confirmei com a cabeça. - Promessa de escoteira?

- Promessa de escoteira! - sorri e o abracei. - Te amo, pestinha.

- Eu também, mana!

Assim que terminei de aprontar o jantar, liguei para mamãe, que pareceu bem contente com a notícia. Liguei também, obviamente, para Jazzie, minha melhor amiga desde que cheguei do Brasil. A menina quase me deixou surda de tanto que gritou ao saber que eu conheceria o McFLY.

Chequei meus e-mails e a produção já havia entrado em contato, solicitando todos os meus dados, pois seriam enviadas duas passagens com destino a Londres. Eu teria direito a apenas um acompanhante, e embarcaria dali a uma semana. Alguma dúvida de que eu não pregaria o olho durante esse tempo?

Agora é só esperar para dar adeus a Cambridge e, enfim, olá a Londres.

(...)

- Papai! - gritei, encarando as informações na tela do notebook - Temos um problema.

- Qual, meu amor? - questionou meu pai assim que chegou à porta do quarto.

- Tenho direito a apenas um acompanhante - mordi o lábio inferior em sinal de nervosismo. - E se você for, com quem Matthew vai ficar?

- Certo, eu não poderei ir. Por que você não conversa com a Jasmine? Tenho certeza de que ela adoraria te acompanhar. Ou… Com sua mãe.

- Com certeza Jazzie será a melhor companhia - sorri de canto, recebendo um olhar de reprovação de papai. Já era difícil tolerar as manias de mamãe em Cambridge, e olha que ela nem morava na mesma casa que eu! Imagina passar uma estadia com ela em Londres, tendo que aguentar seus ataques, sua mania de limpeza e sua loucura por lojas e todas essas coisas de perua? Eu provavelmente perderia a audição enquanto ela se deliciava na Oxford Street. Seria cômico se não fosse trágico. - Inclusive, falarei com ela agora mesmo - falei, pegando o telefone.

- Você quem sabe, seria a oportunidade perfeita pra você se aproximar um pouco mais de sua mãe, Thalia. Ou você pensa que me engana ao transparecer essa imagem de que não sente a falta dela? - bufei, discando os números de Jazzie. Definitivamente eu odiava tocar naquele assunto.

- Papai, ela escolheu isso, tá legal? Afinal, ela saiu de casa. E outra coisa, ela pode ter ficado muito feliz em saber que eu passei pra segunda fase do programa mas, convenhamos, eu e você sabemos que ela não liga pra isso! Ela só está interessada naquele namorado galã dela, em seus cremes da Victoria's Secret e seus perfumes da Chanel.

- Thalia, não discutiremos isso, ok? Você já é maior de idade, já é bem grandinha pra entender as coisas, não é mais uma adolescente, então trate parar de dar esse showzinho rebelde - bufei de novo e percebi que Jazzie havia atendido o telefone.

- Depois conversamos, pai. Jazzie, sou eu de novo - suspirei ao ver papai saindo do quarto revirando os olhos. - Tenho uma proposta para te fazer.

- Oi, amiga! Proposta? - sorri já imaginando sua expressão curiosa e sabendo qual seria sua reação. - Qual?

- Então, eu tenho direito a um acompanhante para ir para Londres na próxima semana e papai não pode ir por causa de Matt, e fora de cogitação eu levar minha mãe, né? Então eu tava pensando... - fui interrompida por gritos que por pouco não me deixaram surda.

- SE EU QUERO IR? MAS É CLARO QUE QUERO IR, THALIA! VOCÊ TÁ MALUCA, VOCÊ SABE O QUANTO EU SOU FANÁTICA PELO MCFLY E O QUANTO EU AMO LONDRES, E... - interrompi, antes que ela realmente me deixasse surda.

- Se acalma, Jasmine! - soltei uma risada. - Certo, nós embarcamos na sexta-feira de madrugada, e a audição é no sábado de manhã. De quinta pra sexta, você dorme aqui pra me dar um suporte, porque se agora já estou à beira de um ataque dos nervos, mal posso imaginar como vou estar na véspera da viagem - escutei uma gargalhada.

- Certo, Tha... Obrigada. Você, sem dúvida nenhuma, é a melhor amiga do mundo e eu tenho certeza de que esse lugar na banda já é seu - suspirei e abri um sorriso, eu tinha sorte em ter uma melhor amiga como Jasmine.

- Eu que te agradeço, vaca. E Deus te ouça, viu? - ri baixo. - Vejo você na quinta, beijos! - e desliguei.

(...)

Eu mal havia fechado os olhos quando o barulho estridente do despertador tocou, afinal, finalmente havia chegado o grande dia. Olhei para Jasmine, que nem havia se mexido. Ainda estava escuro, mas já estava na hora de levantar, pois o voo sairia às 7h30min. 

- Jazzie, acorda. – falei baixo e nada. - Jasmine, tá na hora! - aumentei um pouco o tom de voz e a garota não se mexia. - JASMINE, PORRA, ACORDA! - gritei, vendo a mesma dar um pulo e me encarar assustada.

- Bicha bruta! Sua mãe não te deu educação não? - disse enquanto virava para o lado de novo.

- Bom dia, flor do dia! Estou indo tomar banho e, se voltar aqui e você estiver nesse mesmo estado, pode ter certeza que alguém aqui não verá Danny Jones de perto, e esse alguém com certeza não serei eu. Beijos - disse segundos antes de fechar a porta do banheiro com um barulho bem audível.

Quando voltei, Jasmine estava acabando de calçar suas sapatilhas, com sua habitual cara amassada.

- Ué, ficou com medinho, amiga?

- É de Danny Jones que estamos falando, se é que você me entende - Jazzie falou e rimos juntas.

Acabamos de nos arrumar e não conseguíamos ficar quietas no carro que papai nos levava. Ele só sabia rir de nossa ansiedade. Matthew dormia no meu colo e minha mãe se manteve em silêncio.

- Imagina, Tha, você tá lá se apresentando, o Dougie vira a cadeira para você, se apaixona perdidamente, vocês se casam e têm milhões de Dougiezinhos e Thaliazinhas? - gargalhei. Era incrível como Jasmine não perdia nunca a maneira de ver as coisas como em uma fanfic, assim como na época em que éramos pirralhas.

- Claro, Jazzie, e, pra completar, o Danny se apaixona por você e a gente, de quebra, vira melhores amigas do Tom e do Harry. Não quer mais cafezinho, não? - arqueei a sobrancelha, logo depois soltando outra gargalhada.

- Nossa, Thalia, como você é mau humorada! Pelo menos me deixa sonhar - fingiu estar emburrada.

- Jazzie, nós temos quase 21 anos, estamos em 2013, desculpa te desapontar, mas... Você não vai casar com o Danny - segurei o riso.

- Eu sei, ok? Já me disseram isso milhões de vezes - abracei-a de canto. - Agora vamos imaginar, você está lá, cantando e de repente, Dougie Poynter vira a cadeira pra você.

Automaticamente a cena veio em minha mente e meu coração acelerou. Eu não havia parado para imaginar isso ainda. E se eu errasse a letra? E se eu desafinasse? E se eu voltasse à minha adolescência e sofresse um ataque de choro ao encarar aqueles olhos azuis que eu tanto sonhei em ver de perto? Respirei fundo e tratei de espantar esses pensamentos ou eu enlouqueceria.

Quando me dei conta, papai estacionava o carro e já estávamos no Marshall of Cambridge Aerospace.

- Tome cuidado lá, querida! - mamãe disse. - Já sabe, não é?

- Sim, papai já fez questão de repetir umas dez vezes: não aceitar coisas de estranhos, não colocar qualquer um no nosso quarto, andar sempre juntas e blá blá blá... - rolei os olhos.

- Você sabe que estamos acompanhando tudo pela TV, certo? E não se esqueça de nos mandar e-mail todos os dias.

- Papai, só vamos ficar lá por quatro dias! - sorri diante sua preocupação. - Mas ok, mando e-mails todo o dia à noite.

- Mana, quero ver você ganhando esse programa, ok? - disse Matt preguiçosamente - Não se esquece que... - começou, fazendo uma pausa para bocejar - Você está me devendo uma nave espacial. - sorri, abaixando-me e  abraçando.

- Pode deixar, nanico. E você, toma cuidado do papai pra mim, tá? - sorri, abraçando-o ainda mais forte. - Te amo, pestinha.

- Também, mana - disse, voltando para o lado de mamãe e lhe dando a mão.

- Jasmine, cuida dessa menina pra mim, a acalme pra que ela não tenha um ataque do coração. - papai disse, rindo.

- Pode deixar, tio - disse Jazzie abraçando papai, logo depois mamãe e Matt.

"Passageiros do voo J347 com destino a Londres, última chamada no portão 6."

- Certo, temos que ir. - disse, abraçando mais uma vez a minha família.

- Boa sorte, filha! - meus pais disseram em uníssono, fazendo-me sorrir. Acenei de longe, entrando na sala de embarque com Jazzie.

(...)

Entramos no avião e foi só sentarmos em nossas cadeiras que caímos no sono. Parecia que haviam nos dado sonífero.

Abri os olhos, vendo tudo embaçado e achando que estava cega, quando, na verdade era só o acúmulo de sono. Esfreguei os olhos e tentei, em vão, espantá-lo. Olhei Jasmine ao meu lado e essa não acordaria nem se houvesse uma turbulência das brabas. Ok, exagero. Resolvi levantar e ir até o banheiro ver meu estado e, quando cheguei lá, tomei um susto. Como ninguém havia perguntado ainda se eu estava bem? Meu cabelo estava um horror, um lado do meu rosto se encontrava todo marcado do encosto do assento e eu acho que a mancha meio transparente na minha bochecha era baba. Eca.

Então lavei o rosto, escovei o cabelo e os dentes, voltando para minha poltrona. Tarde demais percebi que aquilo havia sido basicamente em vão, considerando que, em menos de 15 minutos, estava dormindo de novo.

- Passageiros, coloquem seus cintos de segurança que a aeronave já irá pousar. Agradecemos por terem escolhido voar com a British Airline, voltem sempre! - e, então, a voz sumiu.

Esfreguei novamente os olhos e passei as mãos na juba que havia se formado novamente na parte de cima da minha cabeça. Como era possível que alguém chamasse aquilo de cabelo?

Coloquei o cinto e cutuquei Jazzie, que não duvido nada que não tivesse levantado nenhuma vez ainda. Nada da minha amiga acordar. Decidi, então, apelar para um golpe sujo.

Cosquinhas.

Comecei a apertar a barriga de Jasmine até que surtisse o efeito que eu queria e, assim que ela acordou rindo, eu a soltei.

- Coloca o cinto que o avião já vai pousar - falei para Jazzie e sorrimos nervosas uma para outra.

Depois de uma hora, no máximo, chegamos ao hotel. Minha coluna doía porque, convenhamos, a poltrona de um avião não é o lugar mais confortável para se dormir. Saímos do táxi depois que paguei, analisei a fachada do hotel e meu queixo caiu: era maravilhosa. Pegamos nossas coisas e adentramos o lobby. Jasmine encarava tudo com os olhos brilhando e eu só sabia sorrir. Se eu ia passar para a próxima fase? Eu não sei, porém, só de ter chego onde eu estava, já tinha metade dos meus sonhos realizados. E, sim, um deles era me hospedar em um hotel desses. Identifiquei-me na recepção e logo recebemos nossas chaves, ficaríamos em uma suíte onde havia duas camas de solteiro em um dos andares que fora reservado para todos os participantes do reality. Bocejei quando entramos no elevador, não via a hora de chegar no quarto e dormir por várias horas seguidas.

- Isso aqui é maravilhoso, Thalia! Você tem noção de que estamos em um dos melhores hotéis de Londres? – Jazzie exclamou sorrindo, tirando uma foto no espelho do elevador.

- Estamos no The May Fair, Jasmine. Alguma vez na sua vida você achou que entraria aqui? - meus olhos também brilhavam. Tiramos várias fotos até a porta do elevador abrir. Saímos deslumbradas até com o corredor do hotel. Passei o cartão na porta de nosso quarto e fechei os olhos, entrando lentamente no quarto e arregalando-os. Era simplesmente perfeito! Nem nos meus sonhos mais bonitos eu imaginava um lugar assim. Jazzie saiu correndo e se jogou em sua cama, pulando igual a uma criança.

- Vem, Tha! - me chamou rindo. Saí correndo e me joguei na minha também. - Isso aqui é tudo! - peguei meu celular, discando o número de casa.

- Papai? Chegamos! Sim, a viagem foi tranquila. Ela custou a acordar, mas você me conhece, né? Eu iria deixá-la no avião - completei, rindo ao ver Jazzie me mostrando o dedo do meio. - Tá bem, papai, obrigada. Sim, vamos descansar. O hotel é maravilhoso, pai, eu quero morar aqui! Manda um beijo pro Matt e avisa à mamãe que cheguei bem. Não, eu não vou ligar. Tá bem, beijos. Vamos nos cuidar, te amo. - desliguei, vendo Jasmine desligar o telefone com os seus pais ao mesmo tempo. - O que quer fazer agora? - perguntei.

- Sinceramente? – eu assenti, já prevendo que ela diria que queria sair do quarto e eu a mandaria sozinha. – Só dormir. Por muuuuitas horas.

Eu fui obrigada a dar risada, concordando.

- Era exatamente isso que eu estava pensando, thank God!



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