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História Flores de Platina - ABO - Antúrio


Escrita por: eeveemochi

Capítulo 18 - Antúrio


Fanfic / Fanfiction Flores de Platina - ABO - Antúrio

Mika voltou para o quarto, olhou para o casal em sua cama, Neji praticamente desmaiado de um lado da cama e Fuyuki dormia tranquilamente do outro, Mika então se lembrou da primeira vez que o trouxe até sua casa, tinha acabado de se apresentar em Lyon durante três horas e vieram de carro com o Uchiha dirigindo e Mika cantando, estava chapado, tinha usado algumas substancias sem que o namorado soubesse ou pegaria no seu pé, tinha feito isso pois estava sem coragem para dar um passo a diante, queria morar com ele, Fuyuki sabia que Mika era emancipado e tinha sua própria casa, mas jamais imaginou que seria algo assim, tão grande.

Quando entraram Fuyuki o pegou no colo, perguntou onde ficava o quarto, Mika o guiou e fizeram sexo por todo o caminho até chegar no quarto, no tempo em que moraram ali quebraram mais de doze camas, principalmente no cio de Fuyuki.

Parando agora para pensar, Fuyuki foi seu primeiro namoro sério, ele era jovem, assim como Ikkaku, então o sentimento parecia mais forte pois tudo era como da primeira vez, depois disso ficaram juntos durante anos, até que se mudaram para a casa deles. Essa história aparamente estava se repetindo e Mika faria de tudo para que isso não acontecesse, porque diferente de Ikkaku, ele não engravidaria.

Mika suspirou sentiu saudade daquele tempo em que não precisava ser tão responsável, quando eram apenas dos dois, os shows e a vida badalada que tinham e todos os seus amigos, ele se sentiu sozinho quando o alfa foi embora, perdeu contato com todos e aconteceu o que aconteceu, Mika então se lembrou da razão pela qual voltou para Tóquio recentemente, se aproximou de Fuyuki e se deitou em cima dele, e não mais ao seu lado. O alfa dominante respirou alto se espreguiçando e o abraçou com ternura.

- o que foi? – Fuyuki perguntou baixo e rouco denunciando sua sonolência.

- nada... – Mika respondeu no mesmo tom de voz.

Fuyuki o apertou. – eu sei que quer me dizer alguma coisa...

- eu... apenas fiquei com saudade de casa. – Mika comentou.

- podemos voltar amanhã... – Fuyuki acariciou seu cabelo.

- não aquela a casa, a nossa, aqui... – Mika falou o abraçando. – a casa que compramos juntos, me pergunto se ela ainda seria um lar depois de tudo que passamos, eu me pego pensando no passado e se tivéssemos ficado juntos desde aquele tempo antes de me abandonar. Eu... te entendo e não te culpo por ter ido, eu era imaturo e me apoiei muito em você, dependia do seu amor, eu... tinha essa obsessão... – Mika parou já que Fuyuki ficou um tempo em silencio, Mika até pensou que talvez ele estivesse dormindo e o olhou.

Fuyuki prestava atenção em cada palavra dita por Mika, ele mesmo não pensava pois acabava ficando com raiva de suas próprias decisões, ele escolheu outro caminho, não se arrepende de nada, mas, deveria ter lutado mais pelo amor das duas pessoas que ele ama, ou pelo menos ter se afastado de Mika para que ele pudesse ter um relacionamento que merecia, a verdade era que Fuyuki é muito egoísta, ele não era assim, costumava ser mais flexível nessas situações, mas quando se trata de Mika e Neji, ele simplesmente mudava completamente.

Mika se assustou com a troca repentina de posição, Fuyuki ficou por cima e o encarou, Mika ficou em silencio esperando e foi beijado, ele se afastou. – Yui...

- eu sei que eu fiz tudo errado, minhas decisões, escolhas, seja o que for, eu causei tantos danos... mas vamos ficar juntos agora. Eu... quero ficar ao seu lado, presenciar mais e mais momentos marcantes e envelhecer ao seu lado...

Mika sorriu e se aconchegou ao seu lado, acariciando seu rosto. – me leve até lá?

- te levar onde meu amor? – Fuyuki acariciou seu rosto com devoção.

- nossa casa... – Mika o encheu de beijinhos.

- levo, vamos para lá amanhã.

Fuyuki o aninhou mantendo-o de si, ouvindo seu ressonar, o Uchiha sorriu mordendo o lábio inferior, estava tão feliz que parecia mentira. Fuyuki respirou fundo sentindo sono, bocejou e adormeceu.

 

Fuyuki estacionou na Rue Crémieux, ficava entre o Sena, a Bastille e Père Lachaise, escolheram morar ali pois era um grande refúgio, um lado calmo da cidade, com avenidas largas, prédios imponentes, espaços verdes e pequenos parques. Jardins com lindas paisagens são numerosos, como o Parque Bercy e o La Coulée Verte e, o mais impressionante, Bois de Vincennes, em cuja entrada há um castelo medieval. Para fugir da aglomeração, o casal escolheu esse bairro tranquilo, onde moram os verdadeiros parisienses. Mika olhou para os prédios em tom pasteis e andou até o número 27, o alfa olhou para Fuyuki que vinha com a chave.

- faz 20 anos que não entro aqui...

- eu fiquei aqui quando estava em tratamento, ou algo assim. – Mika comentou e entrou assim que ele abriu a porta, acendeu a luz e viu tudo do mesmo jeito que estava quando saiu para voltar a Tóquio. Todas as mobílias, todas as fotos e quadros.

- meu Deus. – Fuyuki olhou para a sala de estar e sorriu, as fotos, quadros e claro, os discos de prata, ouro, platina e diamante que Mika e ele ganharam durante os primeiros anos.

Mika explorou a casa se lembrando de cada detalhe perdido em sua mente, dos cafés da manhã, das tardes de domingos, dos feriados, das festas, das noites de inverno, tudo parecia mais vivo agora. Ele olhou para Fuyuki que ia para o quarto e o seguiu, nenhum dos dois levou nada quando foram embora, ainda tinha algumas roupas pelo chão. Velhas por conta dos anos, parecia um museu do namoro dos dois. Mika não entrou naquele quarto, quando foi até ali ficou na sala e na cozinha, viveu melancolicamente e choroso, mas agora estava com Fuyuki.

Fuyuki pegou a foto de cabeceira, uma foto dos dois deitados em um quarto de hotel ainda caracterizados, Mika observou o semblante feliz de Fuyuki, era o amor de sua vida, era inegável, era um amor diferente pois não existia um vínculo, apenas sentimento, diferente de Neji que existia uma conexão espiritual, seus corpos se sentiam completos quando estavam juntos, mas com Fuyuki...

- obrigado por ter ido atras de mim... – Mika falou olhando para Fuyuki sorridente.

Fuyuki o olhou. - eu iria a qualquer lugar do mundo por você...

- não para Los Angeles, eu me refiro quando eu me joguei com Momoshiki... daquele penhasco. – Mika engoliu em seco, seria agora ou nunca. – eu jamais imaginei que conheceria alguém como você, alguém que me faria tão feliz, tão... amado, eu sei que nosso primeiro relacionamento teve suas falhas, não foi perfeito e as vezes acabávamos machucados, mas... eu vivi uma vida plena e feliz ao seu lado, e cada momento foi inesquecível ao seu lado, claro que nem sempre foi perfeito, mas...

Fuyuki o olhou. – por que parece que vai terminar comigo? – o alfa Uchiha o olhava com atenção, Mika parecia hesitante. – Mikaku?

Mika respirou fundo. - Yui... eu sinto muito.

- o que...

- por favor apenas esculta. – Mika deu um passo à frente. – eu fui embora pensando que eu ficaria bem, que eu precisava salvar meu casamento, pelos meus filhos, eu... estava muito enganado. E eu fui enganado por um longo tempo, eu não estava doente como pensamos, eu... estava sendo envenenado.

- o que? – Fuyuki perguntou sem entender. – o que você disse?

- eu... fui aos melhores médicos. Boston, Cuba, eu tentei de tudo, foi Orochimaru quem teve mais sucesso, mas era tarde demais, eu perdi muito tempo fora, eu cuidava de uma parte e piorava outra, foi quando tive o diagnóstico preciso, quando eu passei mal no acampamento. O veneno causou muitos danos no meu coração, os remédios ajudam bastante, mas... melhoraria com um transplante. – Mika sorriu deixando algumas lagrimas escaparem.

- então o que está esperando? – Fuyuki então se recordou. – seu tipo sanguíneo. Meu Deus... Mika. – Fuyuki o puxou com força e o abraçou. – não...

- eu não tenho mais muito tempo, eu... só quero viver bem até o final e com vocês, só peço que quando eu partir, por favor cuide deles... são tudo que eu tenho. Além de você...

Fuyuki ficou em silencio mantendo-o em seus braços. Era uma corrida contra o tempo, ele olhou para o espelho, parecia estranho, pois não estava tão velho.

- por favor... – Mika começou a chorar. – não vá atras do Itachi.

Fuyuki se afastou e olhou para Mika, estava mais jovem, era o Mika que ele abandonou.”

 

O alfa acordou assustado, olhou para o lado e Neji estava prestes a cair no chão, Fuyuki o puxou ajeitando-o melhor, se sentou na cama e engoliu em seco. Se levantou indo para o banheiro, lavou o rosto e se olhou no espelho, Fuyuki não era do tipo que sonhava e sempre que isso acontecia, era sobre um pressagio, um péssimo pressagio.

O alfa voltou para o quarto, olhou para Neji e ouviu risadas, Fuyuki desceu seguindo o som, então parou observando Mika na cozinha com seus filhos, Rinko gravava Miyazaki e Mika fazendo o café da manhã. Ambos usavam shorts cinza e estavam sem camiseta, pareciam irmãos gêmeos, Mika estava com cabelo preso em coque e Miyazaki tinha prendido sua franja, se Fuyuki não soubesse que Miyazaki era 7 cm mais alto que Mika, não saberia distinguir quem é quem. Ikkaku cortava as laranjas enquanto Aoi e Kaito picavam as frutas.

- tira essa câmera da minha cara! – Mika falou. - eu vou te dar um soco.

- eu estou gravando para ganhar seguidores, sorria. - Rinko se esquivou e sorriu.

- ótimo, assim vou ter provas de que foi você que me irritou. – Mika a olhou. – o que foi Rinko?

- estou apenas gravando esse feito histórico, café da manhã feito pelo papai e pelo irmãozão. É algo muito especial e deve ser eternizado. – Rinko falou e beijou o rosto de Mika. – eu te amo.

- também te amo filha...

- você tá gravando? - Miyazaki perguntou virando e a olhou, sua bochecha esquerda tinha um hematoma roxo.

- tô. - Rinko sorriu largamente.

- você não ia fazer o suco? – Miyazaki ergueu uma sobrancelha. 

- me grava fazendo o suco. – Rinko pediu.

- me dê seu celular. – Aoi falou.

- obrigada. – Rinko sorriu.

Rinko e Ikkaku faziam o suco de laranja conversando sobre roupas, Kaito entregou os potes com mirtilos, morangos, amoras e framboesa, Mika pegou as massas prontas e começou a rechear com a ajuda de Kaito, Mika o olhou finalmente notando sua presença e sorriu, Yuuki apareceu pegando um pouquinho de morangos e saiu correndo olhando para seu pai, o alfa colocou um prato cheio de crepes de avelã ao lado de uma tigela com morangos e outras frutas vermelhas.

- incrível, eu sou o ator mais bem pago da atualidade e estou aqui fazendo café da manhã. – Mika comentou olhando para Fuyuki. - isso que dá ter tantos dotes e amar muito vocês.

Rinko começou a rir. – eu amo seus crepes...

- pois é, dias de luta dias de glória. - Ikkaku o olhou.

- pai sua panqueca tá pronta. – Miyazaki falou virando outra panqueca. – eu peguei essa receita com uma francesa...

- vocês vão sair? – Mika perguntou e o olhou, Miyazaki tinha contato sobre sua nova conquista.

- vou sim. Vou papar a piranha... – Miyazaki sorriu ladino.

Mika balançou a cabeça indo até ver o que seu filho fazia, olhou para seu crepe e pegou sua espátula, Ikkaku olhou e sorriu maldoso.

- eu aposto que você não consegue virar sem a espátula. – Ikkaku falou.

- apostado. - Mika o olhou.

Rinko pegou o celular gravando essa proeza, Mika virou a panqueca fazendo um flip só com a frigideira, Miyazaki tentou fazer o mesmo, mas...

- minha panqueca grudou!!! – Miyazaki gritou olhando para Mika.

Rinko e Ikkaku começaram a gargalhar. Fuyuki cansou de ficar longe e foi até seu namorado, apareceu na filmagem abraçando Mika por trás, ele o beijou de forma apaixonada e Mika apontou para a filha.

- hey algodão doce, sem câmeras... – Fuyuki comentou o beijando novamente.

Mika o abraçou, Ikkaku e Rinko se entreolharam, Yuuki abraçou a perna dos dois e começou a dar risada sendo puxado por Miyazaki, Kaito e Ikkaku tiravam fotos do casal com vários filtros de corações.

- paaaaaaai. – Yuuki gritou puxando o cabelo de Fuyuki, - Papaaaaiiiiiiiiiii!

- o que?! – Fuyuki parou de beijá-lo e olhou para o filho caçula

- ontem o Miya quase matou o AyAy. – Yuuki falou sorridente.

Fuyuki olhou para Miyazaki, apenas um hematoma e um olhar culposo, Mika já sabia sobre a briga, Fuyuki se afastou olhando para seu namorado. – o que aconteceu?

- pergunte ao louco do seu filho. – Miyazaki falou colocando Yuuki no chão que corria em volta da mesa querendo comer as frutas.

- o que aconteceu? – Fuyuki perguntou novamente.

- não vamos... – Mika começou mais foi interrompido pelo namorado.

- você sabe o que aconteceu? – Fuyuki o olhou erguendo uma sobrancelha.

- foi minha culpa tio Yui, mas já foi resolvido. - Ikkaku comentou.

- e onde ele está? – Fuyuki perguntou.

- no quarto. – Aoi avisou.

Fuyuki se afastou de Mika e foi atras do filho mais velho, Miyazaki olhava para Fuyuki e engoliu em seco, Mika segurou sua mão, foi um dia estressante, mas Mika percebeu que podia confiar em seu filho mais velho, Miyazaki se provou ser um bom menino, ele o avisou que estavam em Paris, cuidou de Yuuki e ainda se defendeu contra as acusações de Ayami, se isso fosse se tornar uma briga séria, e ele ficaria ao lado do filho.

Ikkaku olhou para o seu pai. – espero que isso não gere um efeito negativo no seu relacionamento.

Mika o olhou por cima do ombro. – se tiver a culpa é do Ayami...

Fuyuki entrou no quarto, Ayami estava deitado na cama e o quarto estava revirado. - pode me dizer o que aconteceu entre você e o Miyazaki? – Fuyuki perguntou olhando para o filho mais velho.

- pergunta para o desgraçado do Miyazaki! – Ayami falou irritado, Miyazaki tinha dado uma surra nele.

Quando Mika acordou a primeira coisa que Yuuki fez foi contar sobre a briga, o menino descrevia tudo em detalhes, ou melhor, ele disse que Miyazaki jogou Ayami pela escada, depois pela janela e o Ayami saiu voando por causa dos socos, Yuuki também disse que ele merecia ganhar um celular para ligar para os pais quando esse tipo de coisa acontecesse, ou pelo menos gravaria para colocar no Youtune.

- eu quero saber de você e depois vou conversar com ele, o que aconteceu?

- ele me bateu. – Ayami falou. – se quer saber o motivo pergunte aquele lunático.

Fuyuki o olhou, visto que era inútil insistir naquele assunto, saiu do quarto do garoto e foi atras de Miyazaki, o alfa estava deitado no sofá esperando pelo café da manhã, apenas um hematoma na bochecha. – o que aconteceu?

- ele falou demais. – Miyazaki comentou.

- o que ele disse?

“- vem Ayami, você precisa deixar ele pensar. - Aoi falou puxando o irmão mais velho. – e mesmo se esse for o fim, é pelo menos por agora.

- você diz isso porque já tem uma...

- eu terminei com a Rinko. – Aoi sorriu. – eu... não quis ser egoísta.

- egoísta? – Ayami perguntou confuso. - Com o que?

- nossos pais. – Rinko engoliu em seco.

- o que tem eles? – Ayami olhou para as duas.

- decidimos viver como irmãs, é pelo bem do relacionamento deles. – Rinko comentou. – meu pai... ele...

- abandonou vocês! – Ayami gritou. – cada um de vocês foi abandonado por Mikaku Ishikawa. Kaito é filho dele e foi abandonado desde o nascimento, Mika foi embora depois que vocês foram para California.

- você também foi abandonado por ele! – Miyazaki gritou.

- eu fui por ter dito uma verdade, afinal você matou o Ju...

Miyazaki o acertou com um soco. – cala a porra da sua boca!

- Jun. – Ayami falou recebendo outro soco.

Ayami revirou e Miyazaki o derrubou com um soco, os dois começaram uma briga física, pior até de quando eles eram crianças, Miyazaki continuou socando Ayami, Kaito e Rinko tentavam puxá-lo. Ikkaku saiu do quarto ao ouvir os gritos e o choro de Yuuki.

- para nii-chan! – Ikkaku gritou. – Por favor!”

- eu sei que eu perdi a razão, mas ele me provocou...

- ele disse isso? – Fuyuki perguntou.

- olha, eu perdi a cabeça, é sempre assim quando Ayami não consegue o que quer... – Miyazaki comentou. – ele tenta me magoar para se sentir melhor, mas eu não sou mais criança.

- você está de castigo, os dois estão até aprenderem a conviver como irmãos. – Fuyuki comentou.

- mas...

- vai tomar café, e depois para o quarto. – Mika falou entrando na sala pela porta do jardim, ele fumava do lado de fora ouvindo toda a conversa.

Miyazaki o olhou e concordou indo tomar café, Mika olhou para Fuyuki, o alfa Uchiha se aproximou o puxando para fora. Ikkaku observava tudo com atenção e se aproximou ouvindo a conversa, ou pelo menos tentou, já que Mika o pegou em flagrante.

- o que você está fazendo? – Fuyuki perguntou. – você fez eles terminarem?

- sim... – Mika respondeu com seriedade. – é o certo...

- certo? – Fuyuki o olhava sem entender. – o que pretende?

- não é obvio? – Mika o olhou. – ficar com vocês, e eles tem que conviver como irmãos e não amantes...

- Mikaku, isso não atrapalha em nada.

- claro que não, eu me esqueci, eu ainda sou o seu segredo, que burrice minha, vamos viver nessa grande orgia, por que não convidamos eles? – Mika sorriu. – vai ser interessante não acha?! Já fizeram de tudo mesmo!

- o que deu em você?

- o que deu em mim? – Mika o encarou. – eu...

- está com medo de que façam comparação com seus pais?  – Fuyuki perguntou. – ou é pelo fato de você está doente e quer que eles vivam assim porque logo você não vai estar, não é?

- do que está falando? – Mika recuou.

- dividimos uma marca e eu te conheço muito para saber quando apronta algo. – Fuyuki se aproximou o colocando contra a parede.

- eu não estou morrendo se é isso que está sugerindo, mas sim, tenho medo de que os meus pais descubram sobre essa relação dos nossos filhos... – Mika suspirou.

- tudo bem...

 

- você está de sacanagem? – Neji comeu outro crepe. – isso está maravilhoso.

Fuyuki balançou a cabeça mordendo sua panqueca com morango e chocolate branco. - não. Não estou de sacanagem...

- Mika fez isso por nós? – Neji olhou para seu marido, não queria ser egoista, mas ele estava feliz com esse gesto.

- diz ele que sim... – Fuyuki bebeu seu suco. – mas sabe como o Mika tende a nos esconder alguns fatos.

- realmente. – Neji suspirou. – eu estou de ressaca.

- precisamos nos trocar, vamos a nossa casa, precisamos limpar lá, aparentemente vamos ter um almoço especial com as amigas de Mika... – Fuyuki comentou.

- eu quero meu celular! – Yuuki gritou.

- criança, vai encher os seus pais. – Mika respondeu no mesmo tom.

- vai lá, hoje eu quero paz. – Neji avisou tomando seu café na cama.

Fuyuki o beijou e se levantou, Neji olhava seu marido se afastar e pegou o celular novamente lendo as mensagens que Aoi tinha enviado na noite anterior, aparentemente a briga tinha sido feia e teria uma conversa com Ayami, terminou seu suco e bebeu duas aspirinas. Se levantou e caminhou até o quarto de Ayami, se lembrava também da conversa que tiveram com seus filhos e aparentemente Mika pensava o mesmo.

“- olha para Mika, o que vê? – Fuyuki olhou para seu marido. – mesmo usando a desculpa que eu via o Itachi era uma mentira para não me apaixonar, ele é...

- único. – Neji olhou para Mika na tv. – desde seus brilhantes olhos vermelhos, suas pintinhas e as sardas que ele esconde, seu humor ácido e seu sentimentalismo, ele parece um gato arisco que ama carinhos, Mika é fascinante quando você o conhece, cria uma obsessão e algumas vezes não é saudável. Lembra da fã?

- lembro, ela quase sequestrou o Ikkaku. – Fuyuki suspirou, seu marido estava certo, havia algo em Mika que ele não sabia explicar, da primeira vez que o viu ficou fascinado pela semelhança. Mas quando o conheceu de verdade, algo ali... – e isso está acontecendo com os filhos também.

- por que diz isso?

- não é obvio? – Fuyuki o olhou. – o que está acontecendo com os nossos filhos, Aoi e Rinko, Ikkaku e Ayami. Quem vai ser o próximo? Miyazaki e Kaito.

- Eca! – os adolescentes fizeram expressões de desgosto, Neji quis fazer um comentário. Porém, não achou que seria apropriado.

- bom depois dessa eu tô saindo, vou andar de skate com o Haru. – Kaito avisou e se levantou.

- sem empatia nenhuma com seus irmãos. – Aoi falou.

- Rinko e Ikkaku voltam hoje. Não se preocupem. – Kaito sorriu para a irmã.

Ayami o olhou, se levantou indo atras de Kaito. - hey. – Ayami o chamou atraindo a atenção de Kaito. - quando pretende contar ao papai e a mamãe?

Neji e Fuyuki olharam seus filhos se afastando, o casal se entreolhou e seguiram ouvindo a conversa deles, os adolescentes não notaram sua presença, Kaito deu de ombros, sabia que Ayami estava se referindo a Mika e não a Fuyuki, ele ainda não se sentia pronto para contar, pegou seu skate e boné saindo de casa.

- então, eu estou para te perguntar isso há um tempo. Mas esse lance seu com o Ikkaku é sério? - Aoi olhou para o irmão mais velho.

- é... – Ayami respondeu como se fosse o óbvio.

- você, tipo, gosta dele? – Aoi continuou.

- gosto. – Ayami a olhou.

- como assim?!

- não sei explicar, porque é meu primeiro namoro sério e a primeira vez que eu me sinto assim. – Ayami comentou.

- mas... e o Hideki? – Neji perguntou, ele ouvia a conversa escondido e resolveu se intrometer.

- nossa todo mundo já sabe? – Ayami revirou os olhos.

O ômega riu. - e aí?

- bom... É diferente de quando eu vi Hideki, quando eu penso no Hideki eu ficava triste, mas quando eu vejo o Ikkaku ou penso nele eu não consigo parar de sorrir, eu fico feliz e animado querendo ver ele. Abraçar ele. Não só sexo como era antigamente.

- você está apaixonado ou se sente cativado pelo caçula Ishikawa?

- eu tô... – Ayami corou. - eu gosto do Ikkaku, pra cacete.

Aoi sorriu toda boba. - aí meu Deus! Você tem que oficializar isso!

- como? Não sei se ele sente o mesmo.

- você vai saber quando ele sentir o mesmo. - Aoi sorriu. - não force nada e deixa tudo seguir seu curso.

- não acho que seja apropriado fazer isso, você apenas gosta dele, Ikkaku é o mais parecido com Mika e eu...

- está supondo que eu estou usando o Ikkaku para me aproximar do pai dele? – Ayami perguntou a sua mãe.

- esta? – Neji perguntou erguendo uma sobrancelha, Ayami ficou mudo então o ômega continuou. – Ayami, só estou tentando entender como pode estar abrindo mão da sua alma gêmea pelo Ikkaku, está tentando machucar Mika por ele ter ido embora?

- isso não tem nada a ver!

- mas não é o que parece, você... está apaixonado pelo Ikkaku ou sofrendo pela ausência de Mika?

- CHEGAMOS! – Ikkaku gritou ainda dentro do carro.

Ayami encarava Neji até ouvir a voz do ômega, ele e Aoi foram até a porta, o carro preto estacionou na frente da garagem. Os três adolescentes saíram sorridentes ainda conversando entre si e superanimados, Ayami então o viu, ele foi o último a sair do carro, usava óculos escuros, seu cabelo longo preso em coque, não era o seu namorado...”

Neji bateu na porta esperando uma resposta, como não houve entrou mesmo assim, Ayami estava jogando no celular e quando viu sua mãe suspirou, Neji se sentou ao seu lado acariciando seu cabelo.

- o que aconteceu? – Neji perguntou com seriedade.

- eu não quero falar...

- eu preciso que seja bonzinho, Ikkaku vai ser seu irmão, pode não ser de sangue, mas vamos ser uma família, não estou pedindo que renuncie aos seus sentimentos, mas que se realmente sente algo por ele, que apenas espere, vocês são jovens, tem tanto a viver...

- e quando vai ser isso? – Ayami perguntou com desdém. – quando eu o marcar e ele se casar com outro? Ai ele volta para minha casa com seus filhos e nós vamos ter que viver juntos...

- você se tornou detestável, o que aconteceu com você?

- EU FUI ABANDONADO POR ELE! – Ayami gritou irritado. – ninguém vê que Mika me machucou?

- e vai usar o filho dele para se sentir melhor?

Ayami riu com desdém. – e se for? O que isso tem a ver com vocês?

Neji engoliu em seco, olhou para porta onde Ikkaku e Miyazaki passavam. – você esta proibido de se aproximar de Ikkaku, você está de castigo até que você e Miyazaki se entendam. Se vocês brigarem novamente, vamos tomar medidas drásticas.

- vai me mandar para um colégio interno?

- apenas para alfas. Ou você vai morar com o meu pai, eu sinceramente não sei mais o que fazer...

- tudo isso porque acha que seu relacionamento é melhor que o meu?

- eu tenho vinte anos de história com Mika, vocês só têm vinte dias...

- então meus sentimentos não são importantes? – Ayami perguntou.

- não quando você o está usando para atingir outra pessoa. – Neji se levantou. – vamos conversar com seu psicólogo quando voltarmos.

Neji saiu do quarto deixando-o sozinho, desceu para cozinha olhando Mika e Yuuki discutindo sobre quem merece ou não ter um celular, o menino estava em cima de Mika que estava deitado no sofá pulando e gritando que ele precisava, pois, seus irmãos tinham e ele não. O ômega se aproximou pegando o filho no colo, e se sentou em Mika que gemeu alto.

- Neji!

- vamos para a sua casa? – Neji perguntou ainda segurando Yuuki que o enchia de beijos enquanto brincava com seu cabelo.

- vamos...

Fuyuki terminava de fumar, olhou para seus parceiros e se aproximou se sentando em Mika também, Aoi sorriu ao ver a felicidade deles, era o certo a se fazer e no futuro... Rinko a olhou, elas ficaram juntas...

 

Miyazaki olhou para o irmãozinho, se tinha algo que o alfa lembrava de sua infância era de como Ikkaku sempre estava lá por ele. Independente da situação, Ikkaku sempre o seguia e aprovava suas ideias idiotas, o elogiando e sorrindo, diferente de Rinko que sempre estava criticando suas ideias. Para Miyazaki, o irmãozinho ia ser um alfa como ele. E claro faziam planos no futuro de quem teriam o ômega mais bonito, mas ao saber que Ikkaku era um ômega, Miyazaki não soube como reagir... Então se afastou.

Tendo muitos primos e a maioria ômega, Miyazaki achava que Ikkaku seria mais feliz andando com eles, o que não aconteceu, Ikkaku ainda queria segui-lo, ser seu irmãozinho, porém, Miyazaki o afastava de qualquer forma, mesmo assim Ikkaku o olhava com admiração, mas sabia que Ikkaku não era do tipo de pessoa que demonstrava como se sentia, ele apenas sorria e concordava para evitar brigas, mesmo com uma profunda tristeza, o ômega aceitou e se afastou também. Miyazaki admirava esse autocontrole, pois ele sempre foi explosivo, mas lá no fundo o alfa sabia que o irmão sofria em silêncio e sorridente.

Depois de anos, brigas e discussão, Miyazaki e Ikkaku estavam se dando bem novamente. E o alfa não queria perder essa chance de cuidar do seu irmão...

Depois do que aconteceu, Miyazaki foi até o quarto de Ikkaku com uma caixa de trufas de chocolate branco, disse que queria animar ele é claro, conversar. Ikkaku concordou e o deixou entrar, contou tudo o que aconteceu.

Miyazaki estreitou os olhos. – dá para acreditar no que aquele arrombado disse?!

- eu não acredito nele! – Ikkaku falou manhoso. – o que eu faço?

- como vou saber? – Miyazaki o olhou assustado.

- Eu sei que você gosta dele... – Ikkaku o olhou.

- auto lá, eu gostava! - Miyazaki se sentou parando de comer a trufa. - e eu sei que você ficou com ele para me machucar, mas são águas passadas.

- mágoas. – Ikkaku o corrigiu.

- eu sei que o Mika tem seus motivos, eu sei que isso te mágoa, mas pensa nele, em tudo que ele fez por nós, lembra da nossa infância?

Ikkaku se lembrava que Mika estava sempre lá, faziam tudo que eram divertidos, quando Jun morreu, Mika ficou péssimo, ficou tão mal que Ikkaku achou que fosse perder seu pai, sua mãe virou uma abusadora, toxica, fazia seu pai de fantoche e ele aceitou, por eles. Era hora da retribuição.

- eu vou sobreviver... – Ikkaku comentou. – e você? O que vai fazer?

- cuidar de você, sei que sabe se defender, mas irei fazer meu papel de irmão mais velho.

- sério? – Ikkaku sorriu feliz.

- tipo. - Miyazaki pegou outra trufa socando na boca e mastigando. - eu te odiava até um tempo atrás e torci para que o Ayami te largasse e te machucasse, mas eu percebi que isso não era o que eu realmente sentia... você é o meu irmãozinho, deveríamos ser iguais éramos quando crianças. Eu sei que pensei que o Hideki ia roubar o Ayami de você e queria ver você sofrendo, mas não era realmente o que eu queria... 

- eu peço desculpas por isso. - Ikkaku falou. - eu senti sua falta. Principalmente de conversar com você, Mimi-nii-chan.

- Eu também Kaku-kun. – Miyazaki falou provocando o irmão.

- odeio esse apelido. – Ikkaku fez careta.

Miyazaki ignorou pegando outra trufa. - depois de perceber que tem um monte de gente que me acha uma delícia, ficar sem o Ayami não é nada. Eu posso ter quem eu quiser e você também.

- menos o Ayami. – Ikkaku provocou.

- mas eu prefiro ficar com algumas que não tenha dormido com você. - Miyazaki falou ignorando o comentário dele.

- eu sou muito a favor de você ficar com o Daisuke. Porque seus filhos vão ser lindos...

Miyazaki pegou a última trufa. - Daisuke?

- é...

- tio Itachi quase acabou comigo. – Miyazaki falou de boca cheia. - se eu tiver filhos com ele o Daisuke, ele me arrebenta.

- pode deixar que dele eu cuido.

Miyazaki riu. - você já parou para pensar que se ficar com o Ayami, você nunca vai conhecer o seu destinado...

- e se o Ayami for o destinado que eu escolher? – Ikkaku o olhou.

- você tem um ponto. – Miyazaki riu. - acabaram os chocolates.

- gordo! – Ikkaku o empurrou. - você comeu tudo...

- eu vou pegar mais, eu já volto. Precisamos nos arrumar, Mika disse que vamos ir a um lugar especial. – Miyazaki se levantou saindo do quarto do irmão e quando virou Ayami o esperava.

- e então? – Ayami perguntou cruzando os braços. – posso falar com ele ou vai me agredir de novo?

- que susto porra! – Miyazaki colocou a mão no peito. - meu coração foi parar no cú. 

- seu irmão tá bem? - Ayami ignorou o comentário idiota do "irmão".

Miyazaki suspirou frustrado puxando Ayami para o quarto que ele deveria estar dividindo com Ayami, mas Rinko e Miyazaki estavam cuidando de Ikkaku, consequentemente dormindo no mesmo quarto que ele. 

- ele está bem... - Miyazaki falou. – eu quero você longe...

- sabe que vamos ser irmãos, né?

- não quer dizer que eu tenha que ser gentil com você.

- por que não? - Ayami perguntou erguendo uma sobrancelha.

- por que não, ele é o meu irmãozinho, de sangue, você só é o desgraçado que vou ter que dividir a casa até que vá para faculdade. - Miyazaki cruzou os braços e ergueu o queixo.

- huuummm... – Ayami sorriu maldoso. – beleza, vai ser assim?

- é, vai ser assim.

- cuidado com as costas Miyazaki.

- por quê? – Miyazaki sorriu. – não é homem o bastante para vir de frente? Vou te dar um conselho, irmão... se prepara, pois você vai ficar sozinho...

Miyazaki desceu indo pegar mais trufas, Ayami o olhou, então para a porta do quarto.

Ikkaku suspirou, ele até queria sair do quarto, mas estava tão envergonhado, Ayami deveria estar odiando-o a essa altura do campeonato. A porta abriu, Ikkaku precisava de um abraço.

- você demorou demais bundão! - Ikkaku falou para o irmão, ele o olhou e lá estava Ayami.

- desculpa a demora...

- Ayamo...

Ayami o olhou. - eu fiz alguma coisa errada? Eu estou te pressionando demais a me aceitar?

- o que? – Ikkaku arregalou os olhos. - Não...

Ayami suspirou. - então por que essa ideia idiota de terminar por causa do seu pai?

Ikkaku corou. - eu...

- você? - Ayami deu um passo.

Ikkaku não soube o que dizer, na verdade ele sabia o que queria dizer, mas as palavras não saiam e como há dois dias, as borboletas no estômago o impediam de dizer. Pois se abrisse a boca tinha medo de vomitar.

- entendi. Tudo bem, aqui eu encerro tudo, não vou ficar me arrastando atras de você. - Ayami falou decepcionado virando para sair.

Ikkaku se desesperou com a possibilidade de Ayami fugir, mas não fez nada, era pelo seu pai, ele vinha acima de tudo, era como Miyazaki disse, se fosse para ser, seria em qualquer tempo. Mas depois do que

Ayami o puxou beijando-o de forma romântica, podia sentir a saudade de Ikkaku através do beijo. O alfa o pegou no colo e ele o abraçou sua cintura com as pernas. Ayami se deitou com Ikkaku na cama ainda beijando o ômega. O alfa estava por cima sendo apertado por ele.

Je t’aime... je t’aime...- Ikkaku falou.

- o que?! – Ayami perguntou sem entender nada. - fala no meu idioma...

Ikkaku agradeceu a Deus por Ayami não ter passado da primeira aula de francês. – eu disse, me deixe ir...

- merda. – Ayami falou olhando para o namorado. - eu não quero te soltar...

 - mas vai. – Miyazaki puxou Ayami o jogando no chão.

Ayami o olhou assustado, Miyazaki estava aterrorizante, o alfa Ishikawa deu um passo à frente, mas parou gritando de dor.

- aíaiaiaiaiaiaiai... papai, papai, me solta.

Fuyuki o segurava pelo pescoço e o puxou, o alfa mais velho tinha presenciado tudo. – o que você ia fazer Miya?

- o que vocês acham que estão fazendo? - Neji perguntou olhando para os dois adolescentes.

- fazendo as pazes? - Ikkaku falou olhando para o padrasto e a madrasta.

- vocês não vão fazer nada podem continuar brigado. – Mika avisou.

- tarde demais já fizemos as pazes. - Ikkaku pulou na cama animado. - FIZEMOS AS PAZES! FIZEMOS AS PAZES!

- não fizemos as pazes! – Ayami falou irritado.

- eu estou falando de mim e do meu nii-chan... – Ikkaku pulou no colo de Miyazaki. – ele me defendeu, foi incrível!

- eu não vou nem me dar o trabalho de entender. Se arrumem vamos até Paris... - Mika avisou.

- eu não quero ir... - Ikkaku falou desanimado.

- isso não é negociável. – Mika olhava para o quarto e viu o que procurava.

- mas...

Mika o olhou. - eu acho que vocês me devem de todas as vezes que vocês me faziam dançar baby shark quando vocês eram crianças.

- eu tenho vídeos como prova. - Neji sorriu maldoso. - e eu acho que vocês não querem isso no feed de vocês...

- mãe/tio Neji! – os adolescentes falaram chocados.

- uau uma ameaça cibernética. – Mika sorriu. - bom trabalho.

- menos. – Neji corou. - vamos esperar na sala.

- Miyazaki ir se trocar. – Mika avisou saindo do quarto com seu casal.

Eu vou te arregaçar Ayami, muito obrigado.  – Miyazaki olhou para os dois, começou a tirar sua roupa ficando apenas de cueca, saiu para ir tomar banho e Rinko o olhou tirando um bilhão de fotos de seu aniki e deve ter mandado pra Deus e o mundo.

 

 

Você sabe que sou um sonhador, mas meu coração é de ouro

Tive que correr rápido para que não chegasse em casa atrasado

Quando as coisas começaram a ir bem não significa que elas tenham sido sempre erradas

Apenas pegue esta canção e você nunca se sentirá abandonado

Me leve em seu coração

Me sinta em seus ossos

Só mais uma noite e eu estou chegando por esta longa e sinuosa estrada

Estou a caminho...

 

Midori Ogawa, rockstar, poucos sabem sua idade, onde vive, o alfa era o maior mistério da indústria fonográfica, gravou mais de trinta e três álbuns, mais de vinte turnês mundiais, fez show lendárias que são lembrados até hoje e o principal foi nos Estados Unidos, em uma praia na Califórnia.

Kaito conhecia todas as músicas, todos os shows, todos os especiais que Midori fez ou participou, podiam dizer que Midori era um ser místico, poucos conseguia se aproximar, ter uma conversa com ele, aqueles que tinham esse privilegio diziam que Midori Ogawa era a pessoa mais carismática do mundo, por essa razão que nada nesse mundo faria com que Kaito pensassem diferente, Midori e Mika eram a mesma pessoa.

 

Estou a caminho

Lar, doce lar

Esta noite, Esta noite

Estou a caminho

Estou a caminho

Lar, doce lar

 

Fuyuki dirigia então Mika fumava, os dois estavam no banco da frente, Neji e Yuuki no bando de trás com os adolescentes, Kaito observava atentamento o alfa Ishikawa, responsável pela playlist, ele escolhia os melhores hits de the apacheman & the sailor moon. Mika cantava de vez em quando, mas nada que atraísse a atenção do adolescente, diferente de Fuyuki e Neji que cantavam alto as músicas como verdadeiros fãs.

Mika olhava a vista de Paris, estavam a caminho de sua casa e de Fuyuki, antes de voltar para o Japão ele morou ali por um bom tempo sozinho, revivendo momentos felizes. Queria mostrar aos filhos uma parte de seu passado, uma que não envolveu seus pais, afinal, ele jamais contou nada sobre ele. Tudo que os pequenos Ishikawas sabiam era que Mikaku Ishikawa é um ator renomado, sabe tocar vários instrumentos, francês e poliglota, apenas isso, então essa ida até Paris responderia algumas perguntas.

 

Você sabe que eu tenho visto muitos sonhos românticos

Nas luzes, caindo

Da tela de prata

Meu coração é como um livro aberto para o mundo inteiro ler

Às vezes nada me mantém preso

Às costuras...

 

Fuyuki sorriu largamente cantando junto com Midori. - Estou a caminho! Estou a caminho! Lar, doce lar... esta noite, Esta noite! Estou a caminho... Estou a caminho! Só me deixe livre... Lar, doce lar.

Kaito olhava para Mika, aquela música não tinha o provocado o suficiente para fazê-lo cantar em alto e bom tom. - Estou em meu caminho, bem em meu caminho! Lar, doce lar...

Fuyuki e Kaito se entreolharam e sorriram largamente, o alfa usou o volante como bateria, pois tinha um solo perfeito no meio da música. – Yeah! – os dois gritaram cantando alto fazendo todos sorrirem e cantarem juntos. - Estou em meu caminho, apenas me deixe livre! Lar, doce lar!

- chegamos. – Mika avisou.

- estamos em casa. – Fuyuki avisou animado. – lar, doce lar...

- então nossa casa no Japão não é um “lar, doce lar”? – Ayami perguntou.

- é sim, mas aqui é diferente. – Fuyuki saiu do carro.

Os adolescentes fizeram o mesmo, Neji e Mika saíram olhando para a rua, não eram permitidos carros por conta das feiras, teriam que ir andando até a casa. Mika andava de mãos dadas com Yuuki ao lado de Neji e Fuyuki. Os adolescentes, conversavam sobre algo aleatório até que...

- o que você está fazendo? - Mika perguntou observando Miyazaki puxando e puxando suas calças.

- minha cueca está me incomodando, fica entrando no meu rabo. – Miyazaki falou tirando novamente o tecido que o incomodava.

- meu Deus, Miyazaki. – Aoi falou observando-o em sua dança hipnótica.

- como assim? – Mika perguntou confuso, ele é quem tinha lavado as roupas e pode ter encolhido a cueca. - me deixa ver qual é...

- aqui... – Miyazaki mostrou apenas uma parte do pano.

Ikkaku olhou. - essa cueca é minha! Você estragou a minha cueca com esse seu bundão!

- tá explicado... - Miyazaki falou. - eu vou tirar.

- vai andar de calça de moletom sem cueca? – Mika perguntou sério.

- você faz isso. – Miyazaki falou erguendo uma sobrancelha.

- Você faz isso? – Neji e Fuyuki perguntaram ao mesmo tempo.

- tá fodido! – Miyazaki falou em tom provocativo.

- fala para eles pai porque você não usa cueca... – Ikkaku falou olhando para o alfa.

- meu Deus, aquela ali é uma casa de massas. Lembra amor quando a gente ia lá. – Mika falou olhando para Fuyuki. – todo domingo íamos comprar massa fresca diferente.

- amor? – os adolescentes perguntaram.

- por que você não usa cueca senhor Ishikawa? – Fuyuki perguntou. 

- vamos viajar em família. Vai ser incrível eles disseram... – Mika falou. - nossa primeira viagem em família... devia ter deixado vocês com a Kushina, suas pestes!

- Você ama a gente! – Ikkaku sorriu largamente.

- sim! Porque somos a sua cara. – Miyazaki falou cutucando Mika.

- então vocês estão na roça pois eu sou a mais parecida com o papai. - Rinko sorriu vitoriosa.

- tipo, até o Kaito se parece mais com o papai do que você. – Ikkaku falou fazendo Kaito e Mika se engasgarem com a própria saliva.

- Que? – Rinko falou. - isso é sério?

Aoi e Ayami desviaram o olhar. Neji e Fuyuki preferiram ficar quietos diante disso, Mika suspirou, pois, sabia onde essa conversa ia dar.

- Você é a cara da nossa mãe. – Miyazaki a olhou. - se não fosse os olhos vermelhos, você ia ser como o Inojin...

Rinko arregalou os olhos. - isso é sério? Eu sou mais parecida com ele em tudo.

- discordo. – Miyazaki falou atraindo a atenção de Mika.

- concordo com Miyazaki. – Ikkaku falou.

- os três já chega desse assunto. – Mika advertiu.

- quer saber? – Rinko falou animada. - Vamos apostar para ver quem é mais parecido com o papai

- tá apostado! – Ikkaku e Miyazaki falaram juntos bem animados.

- é como falar com três portas. – Mika comentou irritado.

- são seus filhos. Você queria o que? – Fuyuki sorriu.

- Yakko, Wakko e Dot, eu proibo vocês de me imitarem. – Mika falou olhando para os três. - e eu estou falando sério!

- que? – Miyazaki falou. - Você proibiu o que está no meu DNA?

- Você falar isso já é algo absurdo, principalmente porque sua primeira frase completa foi "Fuyuki é meu pai, Mika satanás", sabe quantas vezes eu quase fui preso por sua causa?

- está vendo sou eu a mais parecida. – Rinko sorriu vitoriosa.

- loira, por favor, né? – Ikkaku olhou para a irmã gêmea. - eu sou o mais parecido. Não é padrasto?

- não me envolve. – Fuyuki falou olhando para Mika.

- está vendo até ele concorda... – Ikkaku sorriu.

- Você tem olhos azuis! – Miyazaki falou.

- e você tem olhos roxos! – Ikkaku rebateu.

- os meus são vermelhos. – Rinko falou.

- mais é loira! - Os dois Ishikawas gritaram.

- JA CHEGA - Mika gritou assustando a todos. - porra, vocês são meus filhos. Tem algo meu em cada um de vocês, parem de tentar achar quem se parece mais porque nenhum dos três parece.

- o Kaito parece... - Aoi falou sem perceber.

- Ikkaku! - Mika falou irritado.

- eu não falei nada. – Ikkaku olhou para Aoi. - foi ela...

Aoi corou com tanta intensidade quando Mika a olhou. - f-foi mal.

- vamos entrar? – Neji perguntou.

- mon Dieu tu as pris trop de temps, ce mikaku tardif.

Mika a olhou, la estavam suas sailors, Genevieve, Isabelle e Marjoret, as três estavam com suas respectivas famílias, ao verem Mika correram até ele, abraçando e o enchendo de beijos, Fuyuki já estava acostumado com isso, essa relação estranha que os quatro mantinham.

 

Neji observava seu alfa conversando com suas amigas, os quatro estavam plenamente satisfeitos com o que tinham conquistado. Genevieve tinha três filhos, e por sorte os três tinham o talento da mãe, a alfa se casou com uma ômega, uma modelo francesa Ève Coralie, se conheceram em uma festa na casa de um ator americano, as duas beberam demais, foram perseguidas por paparazzis e acabaram em um hotel barato, no dia seguinte Genevieve e Ève almoçaram, conversaram mais um pouco e depois Gene passou a ir em todos os desfiles da modelo, Mika e Ino foram convidados ao casamento, mas só Mika compareceu.

Isabelle por sua vez se casou com outro alfa, um modelo inglês, Damon Hugh, se conheceram por acaso, em uma emergência odontológica, os dois aparentemente iam ao mesmo dentista, no dia em questão a alfa estava com dor de dente, chegou ao consultório ao mesmo tempo que Damon, os dois brigaram pela prioridade e Isabelle ganhou, depois que saiu de sua consulta, Damon pediu seu número para processá-la, Isabelle mandou ele ir a merda e saiu, logo depois se reencontraram em um café próximo ao consultório onde Damon não deixou barato e foi até lá discutir, Isabelle estava de saco cheio e o beijou para que se calasse, deu certo e junto tiveram um casal de gêmeos.

Marjoret se casou com um beta, um advogado francês, Dominique Sant-Claude, esse era o advogado da banda, ele era responsável pelos processos, royalties, se conheceram quando Marjoret quase foi descoberta, uma revista queria publicar as fotos da sailor sem a máscara, Mika tinha seu próprio advogado, mas que estava indisponível no momento, então contrataram Dominique que era o socio de Sebastian, Marjoret em agradecimento o chamou para beber, depois de uma turnê juntos ele se declarou e bem... ela não queria ficar para titia, juntos tiveram apenas um filho.

Eles estavam felizes por tudo que receberam, sua fama e fortuna, o hiato veio em seguida, mesmo felizes com suas famílias não quer dizer que isso era um adeus a sua vida nos palcos.

Mika pensava nisso com certa frequencia, ele de fato tinha o seu legado com seus quatro filhos e três enteados. 

Genevieve sabia que sua filha Sophie ia seguir seus passos e seus filhos Olivier e Gordon também teria sua fama, mesmo que não fossem músicos.

Isabelle ensinou tudo aos seus gêmeos, Maximillian e Emmanuelle, o garoto já tinha uma banda e tocava em festas. 

Marjoret e Dominique tocavam em casa, a alfa tinha plena certeza de que Ziggy seria um astro, não só por ter o nome de uma lenda do rock, mas porque ele tinha talento.

Fuyuki conversava com os parceiros das sailors, e os adolescentes estavam no jardim esperando o almoço, Neji se aproximou do marido ouvindo a conversa, o ômega agradecia muito por ter feito aulas de francês, Ève era loira de olhos cor de rosa, alta e usava um macacão preto elegante, Damon era moreno de olhos âmbar, tão alto quanto Fuyuki e Dominique era ruivo de olhos verdes.

- Mikaku continua o mesmo, não envelheceu um dia sequer. – Dominique comentou.

- eu preciso descobrir esse segredo. – Ève comentou. – aliás não fomos formalmente apresentados, Ève.

- Neji. – o ômega sorriu tentando não soar com sotaque japonês. – eu amei o seu cabelo.

- obrigada...

Fuyuki abraçou Neji beijando seu ombro. – está se divertindo?

- não muito... – Neji o olhou. – mas ele parece estar tão feliz...

Mika virou olhando para o casal, Neji e Fuyuki sentiam seus corações baterem mais rápido, Mika parecia mais alegre, relaxado, estava tão feliz, por estar naquela casa, com seu casal, seus filhos e suas amigas, Mika se sentia tão bem. Marjorie atraiu sua atenção novamente e ele desviou o olhar.

- eu amo vê-lo feliz... – Neji mordeu o lábio inferior.

- eu sonhei com ele essa noite... – Fuyuki comentou.

- sonhou? – Neji perguntou sorridente. – e foi sobre o que você sonhou?

Fuyuki engoliu em seco. – eu sonhei que ele dizia que ia embora...

- embora? – Neji perguntou assustado. – acha que ele quer ir embora de novo?

- não. – Fuyuki abaixou o tom. – ele disse que está morrendo, que estava sendo envenenado.

- Yui...

- eu liguei para o meu pai, ele disse que precisamos conversar.  – Fuyuki sorriu. – finja que não sabe de nada, sabe como Mika vai agir se ele desconfiar.

- ok...

- vamos fazer o almoço! – Mika avisou indo para a cozinha com suas amigas. – vamos comer Boeuf Bourguignon.

- o que? – Ayami perguntou sem entender.

- vamos comer Boeuf Bourguignon. – Rinko respondeu. – o que é isso papai?

- É um ensopado de carne bovina cozida em vinho tinto com legumes, raízes e cogumelos. – Mika a olhou. – não se preocupe, vamos fazer com carne de soja.

- vão mesmo? – Miyazaki perguntou assustado.

- claro. – Mika piscou sorrindo amarelo.

- Não sei dizer se ele está mentindo ou não? – Rinko comentou.

- vai arriscar loirinha? – Ikkaku provocou.

Genevieve abraçou Mika. - vamos cozinhar, que saudade de estar em uma cozinha com você.

- vamos, eu quero fazer uma tarte tatin, estou morrendo de vontade de comer uma desde que cheguei.

- lembra que comíamos sempre depois de um grande show? – Isabelle sorriu. – com sorvete de creme e geleia de frutas vermelhas...

- show? – Miyazaki perguntou assustado. - Que show?

Sophie se aproximou do alfa, tinha achado Miyazaki extremamente atraente, abraçou seu braço. - não sabia, nossos pais...

- não... – Mika a olhou. – não é nada.

- eles não sabem sobre a TA&TSM? – Genevieve perguntou.

- não. – Mika suspirou. – por falar nisso, coloquem uma música.

Isabelle pegou seu celular. - eu sei uma perfeita...

Mika ouviu a batida e reconheceu de imediato a música, era do quarto álbum deles e isso o fez sorrir largamente, era uma música que ele tinha escrito para Fuyuki, ao ouvir a batida o alfa também reconheceu, Mika as Sailor dançavam com a música e cantavam juntos. Seus parceiros também foram para a cozinha, os adolescentes gostaram da batida e dançavam, Kaito sabia que música era essa e a amava demais.

É verão, e a vida parece estar mais fácil

Pegue o microfone com o G.K

Todas as pessoas na dança concordarão que somos bem qualificados para representar a França

Eu, eu e o meu amorzinho...

Vamos correr para a festa e dançar no ritmo vai ficando mais difícil

mais difícil, mais difícil...

Mika olhou para todos e sorriu cantando junto com Midori. - Eu e meu garoto temos esse relacionamento...

Eu o amo tanto, mas ele me trata feito merda

Em isolamento, como numa penitenciária

Ele espalha seu amor por todo canto e quando chega em casa, não há mais nada para mim

Oh, tire esse véu dos meus olhos

Meu Sol ardente vai, algum dia, nascer

Então, o que eu vou fazer por um tempo enquanto observo sua Lua?

Disse, vou brincar comigo mesmo

Mostrar para eles, agora, que estamos sem inibições...

Kaito o olhou assustado, Mika, seus irmãos, primos e os amigos de seus pais pareciam hipnotizados por ele, e bem, ele também. Mika parecia sumir dando lugar para Midori Ogawa, o alfa usava uma camiseta de banda com as mangas rasgadas e uma calça jeans com rasgos nos joelhos, ele sorriu, seus olhos pretos e vermelhos eram assustadores olhando desse ângulo.

- Mau, eu vim para lhe dizer que ele é mau, definitivamente

Mau, teimoso, escandaloso e mau, definitivamente

A tensão está ficando mais pesada

Eu gostaria de segurar a cabeça dele debaixo d'água... Ah, ah, ah...

É verão, e a vida parece estar mais fácil

Pegue o microfone com o GK

Todas as pessoas na dança concordarão que somos bem qualificados para representar a Califórnia

Eu, eu e o meu amorzinho...

Vamos correr para a festa e dançar no ritmo vai ficando mais difícil

mais difícil, mais difícil...

Mika sorriu largamente terminando de cortar a carne, ficaram assim enquanto faziam o almoço, escolhendo músicas, cantando, dançando, sendo um dia agradável para todos. Fuyuki e Neji conversavam animados com seus amigos, os adolescentes com seus novos amigos, Miyazaki por exemplo tinha alguns pretendentes, pois, os filhos das amigas de seu pai o achavam muito atraente, e isso não mudou depois de vê-lo comendo.

- mais vinho? – Mika perguntou.

- por favor... – Neji sorriu.

- podemos beber? – Rinko perguntou.

- claro, por que não? – Marjorie sorriu. – vocês merecem tomar um belíssimo e encorpado Romanée-Cont.

- sério? – Ikkaku perguntou sendo servido.

- claro, vivam um pouco. Estão na frança, o lar dos melhores vinhos, queijo e sexo à três. – Isabelle sorriu. – disso vocês conhecem né?

Mika se engasgou com seu vinho e começou a rir, assim como todos, apesar de Ayami, Aoi e Kaito estarem rindo por participação. – vamos abrir outra garrafa!

.....

Fuyuki o jogou na cama, Mika olhou para o casal que parecia estar prestes a devorá-lo, durante o almoço beberam demais, principalmente os adolescentes – se divertiu hoje?

- o que estamos? – Mika perguntou atordoado.

- em casa... – Neji beijou seu pescoço. – você bebeu muito com as suas amigas hoje...

- eu... – Mika gemeu baixo. – estou muito bêbado.

- dá para notar, você estava muito bêbado, agarrou meu pau durante o almoço. – Fuyuki ficou por cima dele o enchendo de beijos. – você me deixou muito excitado...

- eu fiz isso? – Mika perguntou sendo beijado pelo casal. - hu-hum...

Fuyuki começou a despi-lo, beijando seu corpo junto com Neji, o casal estava sedento por ele, ver Mika sorrir, sua felicidade contagiante, a forma como bebeu vinha e parecia relaxado, confiante, os dois ficaram de olho esperando o momento certo para atacar, quando Isabelle convidou as crianças para um passei em Lyon onde ela residia atualmente, claro que concordaram. Afinal, queria um tempo a sos com esse alfa.

Mika gemeu baixo ao sentir os toques deles, estava aéreo, não sabia dizer o porquê, apesar de ter uma alta tolerância a álcool, ultimamente ele estava ficando bêbado com pequenas doses, três taças de vinho já o deixavam alto. Mika respirou ofegante, agarrou o lençol com força olhando para os dois e gemeu ao seu penetrado, Neji por sua vez estava no colo de Mika sendo penetrado por ele. Mika revirou os olhos, estava mais sensível que o normal, era uma sensação estranha, seus feromônios preenchiam o quarto deixando Fuyuki mais feroz e Neji mais dócil, as investidas começaram a ficar mais fortes, os três gemiam, grunhiam, xingavam, mas não pararam.

O alfa Ishikawa olhou para o casal, amava tanto os dois, depois de anos longe sentir os dois era tremendamente maravilhoso, ele podia ser ele mesmo ao lado desses dois, jamais seria julgado, seria amado e o sexo... ah, o sexo era divino.

Fuyuki virou os dois, Mika e Neji ficaram de quatro, Neji em cima de Mika, Fuyuki revezava na penetração, amava os gemidos de ambos, acertou tapas, mordeu, puxou seus cabelos, lambia suas peles. Já Neji queria os dois dentro de si, depois de muito implorar ele finalmente conseguiu, o ômega sentia que ia morrer de felicidade ao ter seus dois alfas dentro dele.

Mika sentia o amor, sentia amado, sentia a euforia do sexo, da bebida, era revigorante, não sabia ao certo quanto tempo passou, mas eles ficaram ali horas, parando apenas quando estava fisicamente exaustos. Os três permaneceram próximos, nús, abraçados, se beijando, tocando.

- isso que eu chamo de amor... – Neji comentou se aconchegando entre eles.

- Sim... – Mika sorriu abobalhado. – meu Deus, eu estou muito bêbado.

- isso é raro de se ver. – Fuyuki riu. – eu amo vocês...

- também amo vocês... – Neji sorriu. – eu... quero morar aqui. O que acham?

Mika sorriu, ele amava essa casa, pois foi ali que criou diversas memorias felizes, ele estava pronto para responder quando seu celular começou a tocar, Fuyuki pegou o aparelho, pois, podia ser Isabelle ou uma emergência.

Fuyuki atendeu mesmo que não fosse seu celular. - alô?

soube que está no país. Venha me visitar...

 



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