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História Flores de Platina - ABO - Flor-de-mel


Escrita por: eeveemochi

Capítulo 4 - Flor-de-mel


Fanfic / Fanfiction Flores de Platina - ABO - Flor-de-mel

Ayami acordou assustado sabia que estava em casa, só não sabia como tinha chegado até ali, virou na cama ficando cara a cara com Miyazaki, o alfa Ishikawa se aproximou mais colando sua boca a dele por reflexo, Ayami se levantou irritado.

- como eu odeio quando você faz isso. - comentou baixo, era algo que acontecia quando eles eram crianças, o Uchiha foi até seu banheiro, escovou os dentes e se olhou no espelho lembrando da noite anterior.

A festa, a pegação e claro, em Hideki que fez o favor de levar seu noivo até o fliperama, Hideki... por quê????!!!

Ayami saiu do quarto depois de terminar a sua higiene matinal. Desceu indo até a cozinha onde Aoi fazia o café da manhã, Kaito conversava com Rinko de forma amistosa, então se lembrou de que foi Rinko que o levou para casa, aparentemente Aoi a levou em um encontro e depois os Ishikawas foram para o fliperama para curtit com seus velhos amigos.

- bom dia. - Ayami falou desanimado. - cadê a mamãe?

- saiu com o papai e o tio Mika, a gente ficou fora o dia inteiro ontem. - Kaito comentou cruzando os braços. - me lembra de nunca mais aceitar nenhum convite do Miyazaki. 

- você fazendo isso me lembra muito o meu pai. - Rinko falou olhando para Kaito. - surreal. 

- Mika estava aqui? – Ayami perguntou assustado.

- eu não sei ao certo o que aconteceu. Mas meu pai dormiu aqui... – Rinko o olhou. – junto dos seus...

- aqui está amor. - Aoi serviu Rinko.

- você é a melhor! Eu te amo... – Rinko sorriu.

- eu também te amo. 

A loira fez bico recebendo um selinho da namorada, sim, todos sabiam do relacionamento de Rinko e Aoi, exceto seus pais. Começou online e bem, agora que estavam no mesmo país finalmente oficializaram a relação.

Rinko começou a comer, Ayami olhou para as duas e sentia inveja da relação delas. Rinko Ishikawa era linda como Ino e Mika, loira e alta, e o principal, alfa dominante, a garota atraia olhares por onde passava conquistando alfas, betas e ômegas, Rinko era boa em tudo que se empenhava fazer, gostava de esportes e luta, a alfa era faixa amarela em judô, os norte-americanos ficavam fascinados por ela, mas foi a pequena ômega filha de Fuyuki e Neji que a conquistou.

Aoi Uchiha era completamente o oposto de Rinko, baixinha e fofa, sua aula favorita era economia doméstica onde ela fazia bolos e doces para a namorada. As duas estavam animadas para as aulas começarem, já que iriam para o mesmo colégio. Conhecidas como abelhas rainhas por seus colegas de turma, estavam ansiosas para que todos as vissem como um casal. 

- quer mais omelete amor? - Aoi perguntou.

- eu quero...

- eu ainda nem comi... - Kaito falou erguendo uma sobrancelha. – solteiro não tem um pingo de sossego...

- arranja um namorado ou namorada que cozinhe para você. - Rinko apontou com o garfo para Kaito. - porque a minha só cozinha pra mim. 

- você é do mal Ricchan. – Kaito estreitou o olhar.

- você não imagina o quanto. – Rinko imitou o sorriso de seu pai.

Kaito pegou o prato dela e saiu correndo para o seu quarto, Rinko o olhou, Miyazaki e Ikkaku faziam o mesmo e isso era tão irritante.

- seu cretino! – Rinko gritou. - KAITO VOLTA AQUI!

- como vocês sabiam? – Ayami perguntou com curiosidade depois de observar as duas.

- Sabia o que? – Rinko olhou confusa para Ayami.

- que vocês são destinadas? – Ayami perguntou com curiosidade.

Rinko ficou em silêncio pensativa. - eu acho que sempre soubemos...

Aoi olhou para o irmão e sorriu largamente, ela se lembrava desse dia com felicidade. - não é verdade. Foi naquele dia...


 

"- Rinko para de chorar filha, ou você vai acabar doente... – Mika aninhava a menina em seu colo de forma protetora.

O alfa estava sozinho em casa com os quatro filhos, Miyazaki estava com 5 anos e estava na cozinha brincando de fazer papinha enquanto Ikkaku de 4 anos comia coisas do chão que seu irmão deixava cair e espalhava farinha por toda parte, ambos fazendo jus ao nome que ambos carregavam. Miyazaki Harikēn e Ikkaku Nowaki, furacão e tornado. Jun estava deitado no sofá assistindo tv enquanto tomava sua mamadeira.

Mika até impediria os dois filhos na cozinha se não estivesse tão preocupado com a sua princesa, Rinko estava vermelha de tanto chorar, por alguma razão a pequena começou a chorar do nada, Ino tinha ido até a casa dos pais e deixou o marido com as crianças. Estava tudo indo bem até a menina respirar fundo e começar a abrir o berreiro, um choro triste e magoado, claro que isso desesperou Mika.

- calme toi ma fille, ça va aller...

Cansado de tentar acalmá-la, resolveu pedir ajuda pegou o celular ligando para Ino, ela recusou todas as 15 chamadas, o alfa suspirou ligando para alguém que realmente o ajudaria nessa situação. 

alô.

- Au secours, Rinko ne veut pas arrêter de pleurer...

no meu idioma, idiota. – Neji odiava quando Mika ficava tão nervoso que esquecia que não estava na França.

- Rinko, acho que ela está doente, eu não sei o que fazer, por favor me ajuda. 

Neji entrou com os seus 3 filhos, a casa estava uma zona, os dois meninos na cozinha  agora brincavam de fazer bolo e tinham estragado metade das compras do mês, Jun adormecido no sofá sem proteçãoMika estava tão alheio de tudo ao redor que nem reparou quando os dois filhos começaram a bagunça.

Mika só queria fazer Rinko parar de chorar o alfa até chorava junto com ela, estava frustrado por não conseguir acalmar sua princesa. 

- Mika.

aidez-moi s'il vous plait. – o alfa falou com a voz chorosa. 

Neji suspirou e olhou para os três filhos. - vão brincar.

Ayami saiu correndo procurando por Benji, enquanto Kaito foi brincar com Miyazaki e Ikkaku, já Aoi ficou ali observando Rinko no colo de seu tio, a pequena Ishikawa usava um vestido rosa e seus cabelinhos presos em marias-chiquinhas, Neji foi até o alfa pegando a menina no colo, beijou sua testa sussurrando algo.

Aoi olhava para a sua amiguinha chorando no colo da sua mãe, não sabia ao certo porquê, mas isso trazia tanta tristeza ao seu coração e fez com Aoi chorasse também. 

- ótimo. - Mika a pegou. - o que foi Aoi-chan? Por que está chorando mon petit?

Neji olhou para a filha.- Aoi está tudo bem meu amor, não precisa chorar. Vai ficar tudo bem filha...

Mika ficou ao lado de Neji, as duas meninas ficaram pertos, se olharam por um tempo parando de chorar. Rinko piscou algumas vezes, pois seus cílios estavam cheios de lágrimas. Os olhos vermelhos refletiam Aoi e os lilases refletiam Rinko.

 Aoi foi a primeira a sorrir fazendo Rinko sorriu.

- graças a Deus !- Mika falou sentando no sofá.- obrigado Aoi, muito obrigado...

- agora que você parou de chorar feito um neném Rinko vem papa - Miyazaki falou.

Mika olhou para o filho e arregalou os olhos assustado. - Miyazaki do céu! O que você fez??!!

- papa! Vem comer Mika idiota...

- Enfant stupide, tu as détruit ma cuisine!"

 

- foi ali que eu senti que Rinko era a pessoa que eu deveria proteger e ficar pelo resto da minha vida. – Aoi abraçou Rinko de forma carinhosa– e quando ela se foi, eu me senti só... eu... me senti vazia e dormente, era estranho.

A loira a olhou. Também protegeria Aoi de qualquer mal, e a faria feliz a todo custo. Mas para isso acontecer, seus pais não podiam mais ficar juntos, quer dizer, há anos que os dois já não estavam juntos, mas jamais formalizaram a separação. Era algo absurdo de se pensar, eram seus pais e ela desejava o fim desse casamento com unhas e dentes, pois queria a felicidade de ambos, principalmente de seu pai.

Ayami entendeu o que sua irmã quis dizer, o instinto de proteção por Rinko fez com que percebessem que suas almas estavam conectadas, quando estavam em seus momentos de mais vulnerabilidade era quando percebiam quem eram seus destinados, algo raro de se acontecer, um alfa e um ômega destinado se encontrar é tão raro e impossível, era mais fácil ganhar na loteria, mas ali estava um casal de destinadas.

- eu mal posso esperar para te marcar. – Rinko sorriu.

- como é? – Fuyuki perguntou.

As duas meninas continuaram olhando para Ayami com cara de "fodeu".

- vocês estão namorando? – Fuyuki perguntou para as duas adolescentes. 

- tio Yui! – Rinko sorriu largamente. - como você tá? Minha nossa como o senhor está tão lindo...

Fuyuki estreitou o olhar. - KAITO E  MIYAZAKI DESÇAM JÁ AQUI!

- iiii lá vem sermão. – Ayami comentou.

- é, pode apostar que lá vem sermão. - Fuyuki respondeu com sarcasmo fazendo Ayami se assustar.

Fuyuki é, ou pelo menos era do tipo de pai brincalhão e complacente, não era ele quem dava os sermões,  ele na maioria das vezes os recebia junto das crianças, Neji era a voz ativa dentro da casa e ver Fuyuki irritado dessa forma era inédito. 

Neji subiu levando as compras para o quarto enquanto isso Miyazaki e Kaito apareceram, os dois alfas sorriram largamente.

- papai! – os dois alfas disseram juntos. 

- sentem. - Fuyuki os olhou com seriedade. - eu quero entender como adolescentes de 14 a 16 anos arranjaram bebidas?

Ninguém disse nada, afinal, Fuyuki não deveria saber, mas aparentemente alguém abriu a boca e isso infringia a primeira regra do fliperama. “Nunca contar para os nossos pais

- que merda vocês têm na cabeça? – Fuyuki perguntou furioso. -Bebendo, ficando até tarde na rua, vocês ainda são crianças! Seus inconsequentes...

- em minha defesa o meu pai fazia coisa pior na minha idade. – Rinko falou. - e que eu me lembre das histórias você conheceu ele quando meu pai tinha 15 anos. 

- seu pai era emancipado, dono do próprio nariz. Ele não tinha ninguém que pudesse cuidar dele, ou Mika se virava ou ia acabar morto. E  isso não justifica você fazer o mesmo. - Fuyuki a olhou. - você vai seguir os mesmos exemplos que ele?

- talvez eu vá. - Rinko falou com seriedade. 

- Rinko. – Mika entrou na cozinha olhando para ela, ele não ia dizer nada até ouvir sua filha respondendo.

Rinko engoliu em seco. - pa-pai.

Mika se encostou no batente da porta e cruzou os braços. - seu tio Yui tem razão, eu era emancipado desde os 14 anos. Eu não tinha ninguém pra me dizer não ou cuidar de mim, meus pais são uns lixos, e eu não suportei mais viver com eles. Mas eu criei responsabilidade, eu tinha o meu próprio dinheiro e não dependeria de ninguém. Eu me divertia com o meu dinheiro, não era igual vocês seus adolescentes mimados e irresponsáveis que usam do nosso dinheiro oara encher a cara. Então da próxima vez que usar o meu nome em vão pense direito. Porque vocês tem pessoas que se importam com vocês. Mães, pais, tios e avós. Os dois no carro agora.- Mika apontou para a porta.

- mas...- Rinko ainda não tinha terminado. 

Miyazaki começou a rir. – você querendo passar um sermão agora? Quer mesmo fazer isso?

- para o carro agora. - Mika falou irritado.

- você voltou há duas semanas. Não pense que manda em mim.

Mika apenas estreitou o olhar, Miyazaki continuava o olhando com desdém, amava saber algo de Mika e poder jogar na cara dele futuramente.

- você sabia que eles estão bebendo? - Fuyuki perguntou. 

- claro que eu sabia, eu fui buscar eles no ano novo...

- e por que não disse nada? - Fuyuki ergueu uma sobrancelha. 

- seria hipocrisia da minha parte. Se eles querem fazer, que façam, as consequências chegam uma hora ou outra, e não adianta me ligar no meio da noite que eu não vou mais ir ajudar ninguém. Se são responsáveis o bastante para irem a porra de uma festa e beberem até beijarem o próprio primo então são responsáveis pelas consequências que isso pode trazer, eu só vou observar e dar risada. Carro agora!

Rinko e Miyazaki não disseram mais nada apenas levantaram e saíram, Fuyuki olhou para os três Ishikawa, Mika parou de andar e virou.

- vocês não vieram com o Ikkaku?

- não! - os adolescentes gritaram.

- eu estou tendo repetindo o passado. - Mika falou pensativo. – eu tenho que ter uma conversa séria com esses irresponsáveis.

- credo Mika, você sendo pai é uma delícia. - Neji falou enquanto descia as escadas.

- Neji. – Fuyuki o olhou.

- eu tenho que ser realista. – Neji deu de ombros. – aonde você vai?

- levá-los para Ino, preciso conversar com ela...

- volte para cá, não fique sozinho naquela mansão... – Fuyuki falou.

Mika concordou e saiu, Neji entrou na cozinha olhando para os três filhos e o marido.

- vocês estão bem? – Neji perguntou,

- s-sim... – os três adolescentes falaram juntos. 

- ótimo, hoje vocês vão limpar a casa de cima a baixo, e sem reclamar. – Neji sorriu.

- mas mãe! - os três falaram desesperados.

- sem mas, levantem agora e podem começar pelo quarto de vocês. – Neji sorriu. - e estão de castigo por 2 semanas.

- saco!

Os três saíram da cozinha, Fuyuki olhou para o marido. - você sabia que a Aoi está namorando a Rinko?

- onde você estava? – Neji sorriu. – as duas são destinadas, estava mais obvio do que água transparente.

Fuyuki revirou os olhos. - era tão mais fácil quando eles eram bebês e você menos sarcástico.

- está achando ruim pede o divórcio e vai fazer novos filhos. - Neji falou virando para sair mas Fuyuki o puxou pegando no colo.

- idiota, eu jamais me separaria de você. Eu te amo pra caralho.

Neji o beijou com ternura. - eu também te amo pra caralho.

oooooooo manheeeeee. Eu quebrei aquele vaso que você gostava.- Kaito gritou.

- eu acho incrível ele ser o pai dele todinho e nem ter convivido com ele por muito tempo. - Neji começou saindo da cozinha.- genes são foda.

Fuyuki suspirou indo até a parte de trás da casa onde ficava a casinha dos cachorro, Wolf o olhou balançando o rabo.

- garotão, soube que você vai ser bisavô... - Fuyuki se sentou ao lado dele. - você é tão lindo...

 

.......

- mãe, como você sabia que o papai era sua alma gêmea? - Ayami perguntou limpando o quarto dos pais.

Neji trabalhava em um novo livro. Durante esses anos Neji se tornou um grande escritor, claro que não usa seu nome e sim seu pseudônimo. Escrevia livros de autoajuda e ficção, mas ele não fazia isso pelo dinheiro. Ele fazia pelo prazer da escrita, sentia saudade do blog, mas estava velho demais para voltar. O único prazer que tinha daquela velha ida era que continuava sendo colunista em uma revista de moda. Sua coluna era a mais bem avaliada por conta das histórias de seu cotidiano e claro da sua louca família. 

- é uma longa história. – Neji falou enquanto escrevia. - por que?

- eu acho que encontrei o meu par ideal. – Ayami sentou no chão e o olhou.

Neji o olhou animado, então ele finalmente percebeu...- e como é? Quem é? Vocês se conhecem?

- o que?

- seu par ideal. - Neji revirou os olhos.

Ayami sorriu tentando disfarçar. "é lindo, tem cabelos pretos e ondulados, olhos pretos acinzentados e um sorriso lindo". O garoto pensou, se contasse isso logo Neji iria perceber que era sobre seu primo.

- é um ômega. – Ayami falou sem pensar.

- jura Ayami? – Neji falou com sarcasmo. - nossa que novidade. Um ômega ser o par ideal, essa eu preciso anotar.

Ayami riu, se sentou ao seu lado e o observou antes de falar. - eu o conheço há um tempo. Mas foi durante meu aniversário que eu me senti... estranho sabe?

- estranho? – Neji perguntou com curiosidade.

- é, eu me senti tão, bem. E mal, eu queria abraçar ele. Ficar com ele para o resto da minha vida, me senti tão vazio e oco... – Ayami engoliu em seco, não sabia mais se estava falando de Hideki ou de... ele se assustou. – eu não sei,,,

Neji olhou para o filho, Ayami parecia realmente sincero, ele conseguia sentir a dor do primogênito.

- seu pai não é o...

mas pai! - Kaito gritou interrompendo Neji.

eu disse não!! Para de insistir.

- MAAAAS PAAAAAAII!- Aoi falou.

Neji largou o notebook e saiu do quarto, Kaito e Aoi seguravam Fuyuki puxando os braços dele fazendo birra. - o que foi? – Neji perguntou.

- eles querem ir encontrar com os trigêmeos. E eu disse não!- Fuyuki falou para os filhos.

- mãe, o Haru chamou a gente porque aconteceu algo incrível.- Kaito falou desesperado. - por favoooooor.

- arrumaram a casa? – Neji perguntou.

- sim! – os gêmeos responderam juntos.

- ok. – Neji deu de ombros. - vocês podem ir.

- isso!

- Neji! – Fuyuki falou. - minha autoridade!

- eles fora de casa podemos ficar sozinhos. - o ômega cruzou os braços.- o Yuuki só volta amanhã da casa do meu pai. 

Fuyuki pareceu ponderar. - podem ir.

- eca. - os três filhos falaram e saíram correndo.

- vou ligar para o Mika... – Neji avisou entrando no quarto e olhou para a janela e saiu descendo as escadas.

Fuyuki estranhou isso e foi atras, Neji saiu de casa caminhando ate um carro de luxo, Mika saiu do carro, o alfa Uchiha se aproximou a tempo de ouvir a conversa.

 - o que aconteceu? – Neji perguntou. - Por que o Inojin está no carro? 

- eu te atualizo depois. – Mika olhou para os dois.

 



 

Ayami entrou no "fliperama", era um local onde eles se reuniam quando queria fazer algo proibido, era uma das antigas casas dos Uchihas antes de se mudarem para a mansão no campo, a nova geração encontrou essa casa abandonada e resolveram fazer seu clubinho particular, então cada um contribuiu para arrumar o local, colocaram alguns sofás, mesinhas de centro com consoles de videogames, colocaram alguns jogos eletrônicos como fliperamas e pinball, caixas de som, bilhar e claro um geladeira recheada com as mais diversas bebidas.

Aparentemente todos estavam ali, Eien e Itsumo conversavam com Hajime e Haru. As trigêmeas dançavam cima da mesa enquanto Hiro, Nagisa assistiam comentando e gravando. Daisuke conversava com Natsume e Suiichi.

Miya Nara cuidava do som sendo a DJ.

- os meninos desordeiros! - Kaito gritou indo até os seus melhores amigos. O apelido veio não pelo fato de serem um loiro, o ruivo e o moreno. E sim por serem as pestes Daisuke, Suiuchi e Natsume.

Ayami ouviu uma risada gostosa e virou. O ômega bebia e conversaba com um alfa que Ayami não conhecia.

- Ikkaku! – Ayami puxou o amigo.

- devagar! – Ikkaku o abraçou, estava bêbado. - o que foi? Vamos brincar?

- onde você estava? – Ayami o olhou. - Seu pai está louco atrás de você!

- sério?! – os olhinhos azuis de Ikkaku brilharam. - meu pai???

Ayami se perdeu na imensidão azul dos olhos dele.- s-serio.

- aí meu pai é tão fofo. Eu vou pra casa abraçar ele!!! – Ikkaku o abraçou. - Obrigado Yami-Yami...

- de... nada...

- onde você estava?

Ayami e Ikkaku se afastaram olhando para Miyazaki, pelo visto o alfa tinha conseguido fugir de Mika e estava de péssimo humor.

- eu estava por aí nii-chan. Por que??

- Mika está te procurando, aconteceu uma coisa...

- o que? – Ikkaku perguntou assustado. - O pai vai embora de novo?!

- não... Em casa a gente conversa.

Ikkaku saiu correndo antes de ouvir o que o irmão ia falar. Ayami até tentou impedir mas o ômega era muito rápido.

Miyazaki deu de ombros e sorriu.  - vamos jogar o jogo da garrafa!

 

Ayami amava esse jogo, pois a probabilidade era sua aliada, estava sentado no chão em uma roda com seus irmãos e amigos, olhou ao redor vendo todos os seus amigos. O primeiro a girar a garra foi Kaito caindo em Haru. Os dois coraram todos os tons de vermelho, ao fundo ouviam todos gritando "beija! Beija!"

Kaito se aproximou beijando o Haru, os dois se separaram voltando para os seus lugares, Ayami sorriu vendo o quão envergonhado estava seu primo e Kaito o olhava com fascinação. Miyazaki girou a garrafa torcendo para que caísse em uma pessoa especial, a garrafa parou.

Miyazaki olhou. - Kamui?

O ômega terminou de tomar sua cerveja e o olhou. - filho mais velho do Mika. Cadê o gostoso do seu pai?

- eu tenho nome. – Miyazaki cruzou os braços. – e eu não sei onde ele está, vai beijar ou não?

Kamui deu de ombros e o beijou, Miyazaki tocou o rosto recebendo um tapa de Kamui. - sem toques pirralho. É apenas um beijo...

Kamui corajoso. - alguém gritou.

- cuida da sua vida arrombado. – Miyazaki falou irritado.

- Gira a garrafa Miyazaki. – Ayami falou antes que Miyazaki arranjasse briga de novo. 

O alfa girou parando no melhor amigo de infância de Rinko. Shinki Sabaku, o ômega recessivo olhou para Miyazaki, o alfa esperava por alguma reação.

O ruivo o olhou. - espera, eu não quero beijar ele.

- o que? – Miyazaki perguntou indignado. - por que?

- porque a sua boca já teve mais língua que o Google tradutor! - Kaito gritou. 

- cala a boca! - Miyazaki o olhou.  

Ayami ria alto olhando para Miyazaki, Ikkaku contou a todos que seu irmão mais velho já tinha pegado todos do colegio em que estudava. - eu acho que você podia ter ficado sem essa.

- como assim você não quer me beijar?!- Miyazaki insistiu.

Shinki cruzou os braços. - não achei minha boca no lixo.

- Caralho Shinki!- Natsume falou. 

Shinki deu de ombros. - eu não sou obrigado, isso não é um contrato que me obriga a te beijar.

Miyazaki olhava para ele sem acreditar. - eu não sou obrigado a ouvir isso Sabaku idiota.

Miyazaki sentiu o celular vibrar vendo mensagem do irmão.

"Ikkakutapa verbal na cara de quem não vale nada!

EuVAI SE FODER!"

 

Rinko surgiu do nada. - hey! Não fala assim com meu Shi, nii-chan baka!

- para de defender ele e me defende imouto-chan idiota! 

- eu não, aliás coragem do Kamui te beijar. Coragem mesmo.- Rinko olhou para Kamui.

- agora eu tô ficando assustado. - Kamui comentou lavando a boca com vodca. 

- eu odeio tanto vocês. - Miyazaki falou passando a mão no rosto e se levantou para colocar uma música.

- Ayami é sua vez! - Hiro gritou.

Eu sei que nunca envelheceremos juntos

Porque você nunca vai envelhecer para mim

Você é o rosado das minhas bochechas

E estou com medo porque isso significa que eu sou um pouco mole

Então não se culpe pelo que aconteceu...

Ayami girou a garrafa caindo em Hideki. O alfa não sabia se tinha sido sorte ou coincidência, mas não achou nenhum pouco ruim. 

Ayami sentiu o mundo ficar mais lento, seu coração acelerou e sua visão ficou mais clara. O alfa não soube dizer o porquê ou como, mas ele gostava de Hideki. Gostava muito do primo e não era de um jeito bom. Mordeu o lábio hesitante, estava ansioso e amedrontado.

Não era só do Sol que eu estava me escondendo

Fui uma criança confusa, complicada e abandonada que ninguém ensinou como é viver

E eu ainda estou com medo de não ser suficiente

Eu sempre me senti como um monstro

Muito antes de ser mordido

Apenas visto como um monstro

Vamos só dizer que já estou acostumado com isso

E eu cresci sendo assim, sendo forte e me fechei, porque amor só tinha me machucado antes

Mas te amar é um bom problema para se ter

E eu estou acostumado com aquilo, mas poderia me acostumar com isso

 

Hideki conhecia bem essa sensação. sentia isso desde que tinha 14 anos, ele sabia que Ayami era seu par ideal, ele entrava no cio todas as vezes que via o alfa. Hideki deu o primeiro passo beijando o adolescente, o cheiro forte de flor-de-mel se fez presente.

- oh não!- Kamui gritou puxando Hideki.

Os alfas dominantes do local começaram a tossir, Ayami sentia o nariz sangrar pois era o que estava mais próximo.

- Ayami!- Kaito o puxou. - vem vamos sair daqui.

Os alfas começaram a sair o mais rápido possível do fliperama, os ômegas ajudavam Kamui a esconder Hideki.

Yeah eu estou acostumado com aquilo, mas poderia me acostumar com isso

 

Kaito puxava o irmão mais velho para um beco afastado da casa, Ayami passou a mão no rosto secando suas lágrimas e percebeu que seu nariz sangrava, era doloroso, seu coração parecia pesado, sua cabeça doía.

- eu vou chamar um uber, fica aqui. - Kamui avisou indo para a calçada.

- o-ok. - Ayami se sentou no chão tentando respirar.

- Ayami. - O alfa virou vendo Hideki. - me ajuda. Ayami por favor. 
 

E eu sei que nunca envelheceremos juntos

Porque você nunca vai envelhecer para mim

Você é o rosado das minhas bochechas

E eu amo que isso signifique que eu sou um pouco mole...

Você é o rosado das minhas bochechas

E eu amo que isso signifique que eu sou um pouco mole...

 

Kaito voltou com Rinko e Aoi. - vem Yami, o carro chegou.

Rinko olhou para o beco vazio. - Ayami?

- acho que ele foi embora. - Aoi falou.

Kaito suspirou. - fodeu...

RINKO, MIYAZAKI! O PAPAI CHEGOU!! – Mika buzinava.

Rinko olhou para a namorada. - esse é o meu pai?

- fodeu em dobro. - Kaito riu de nervoso. 



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