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História Flores de Platina - ABO - Acônito


Escrita por: eeveemochi

Capítulo 7 - Acônito


Fanfic / Fanfiction Flores de Platina - ABO - Acônito

Escândalo: o ator, modelo e cantor Mikaku Ishikawa e a estilista Ino Ishikawa anunciaram hoje que estão em processo de separação. O ator tem quatro filhos com a estilista, Mikaku Ishikawa é conhecido por seus trabalhos em dorama sendo o principal, "o marido do meu irmão", atualmente o ator está cotado para o filme. "laços de sangue"...


 

O ômega de olhos pretos sorriu largamente deixando suas lágrimas escorrerem livremente. - essa é a minha chance. – ele falou com a voz chorosa saindo da cama daquele alfa estupido.

 

[...]

Ayami acordou tarde naquele dia, seus pais iam para casa de seus avos e depois iam fazer compras, seus irmãos e amigos provavelmente estariam no colégio, hoje exclusivamente Ayami estava sozinho com ele. Se levantou indo até o quarto de seus pais e abriu a porta, Mika estava dormindo sozinho, era um hábito o observar adormecido, não entendia o porquê fazia isso. Mas ficava ali apenas o olhando. Se sentou na cama, se aproximou tocando o rosto de Mika com delicadeza, sentia a pele quente dele em seus dedos, sua respiração calma e tranquila, ver Mika assim, vulnerável era uma raridade.

Mika se moveu, virou na cama e olhou ao redor, estava sozinho, durante o sono sentiu um toque em seu rosto e isso o fez despertar, na noite anterior Fuyuki o avisou que sairia com Neji e ele ficaria sozinho, talvez tivesse sido Fuyuki antes de sair, se levantou e foi até o banheiro. Estava com preguiça, e não queria sair do quarto, mas saiu mesmo assim, caminhou pelos corredores e foi até a sala da casa dos Uchihas, o violão que Kaito deixou no chão continuava lá.

Ele o pegou dedilhando e afinou antes de começar a tocar de verdade. Ayami observou Mika tocando violão sozinho em casa, para o alfa Ishikawa as crianças estavam no colégio, aproveitou esse momento de solidão para compor.

- Naquela mesa ele sentava sempre e me dizia sempre o que é viver melhor

Naquela mesa ele contava histórias que hoje na memória eu guardo e sei de cor

Naquela mesa ele juntava a gente e contava contente o que fez de manhã

E nos seus olhos era tanto brilho, que mais que meu filho

Eu fiquei seu fã...

Eu não sabia que doía tanto, uma mesa num canto, uma casa e um jardim

Se eu soubesse o quanto dói a vida

Essa dor tão doída não doía assim

Agora resta uma mesa na sala e hoje ninguém mais fala no seu nome

Naquela mesa tá faltando ele e a saudade dele tá doendo em mim

Naquela mesa tá faltando ele e a saudade dele tá doendo em mim...

Mika parou olhando para a porta onde Ayami se mantinha afastado. – pensei que estivesse no colégio

- hoje eu não tenho aula. – Ayami o encarou. – eu gostei da música, sua voz é bem familiar...

- talvez seja porque eu vivia cantando para você quando era um bebê... – Mika deixou o violão de lado e se levantou. – quer tomar café comigo?

Ayami o seguiu até a cozinha. – acha que isso dá certo?

- isso o que? – Mika pegou uma frigideira.

- passar a noite com os meus pais, se divorciar, acha que isso vai dar certo? – Ayami se aproximou. - Que vão esquecer que você fugiu igual um covarde?

- acho que sim... – Mika começou a preparar uma omelete.

- bom para mim não

- eu não devo nada a você, então para de se doer por algo que não te diz respeito.

- mas você me abandonou! – Ayami falou. – você me deixou, no dia do meu aniversário, faz ideia de como eu me senti?

Mika parou, virou encarando Ayami. – e você faz ideia de como eu me senti quando ouvi você dizer que Miyazaki assassinou Jun e que era ele quem deveria ter morrido? – Mika deu um passo a frente. – acha que eu te abandonei seu fedelho mimado? Você já parou para considerar o que eu senti, ou sentia naquela época?

Ayami engoliu em seco. – eu sinto muito.

- Não, você não sente, você herdou isso do seu pai, essa vontade de sempre querer estar por cima, de sempre estar certo, as vezes Ayami devemos parar de pensar no que o outro fez e pensar no que fizemos, não fui eu quem te abandonou, foi você quem me abandonou.

- eu? – Ayami perguntou confuso.

- Naquele dia quando acusou o meu filho, meu pequeno Ayami com quem eu amava passar o tempo me abandou e se transformou em uma pessoa egoísta que só pensa nela mesma. Antes de me acusar, olhe para o seu teto de vidro. – Mika se afastou saindo da cozinha.

Ayami ficou ali parado e viu que a omelete estava pronta. O jovem alfa respirou fundo sentindo o cheiro de queijo e pimentão, olhou para a janela que ficava acima da pia da cozinha que dava visão da entrada e da rua, Mika estava sentado no meio fio fumando seu cigarro e se deitou na neve. Ayami queria ir até lá, pedir desculpas e se retratar, mas não se moveu, ele estava cansado de se desculpar, se afastou pegando o celular e ligou para o ômega.

- oi, quer brincar?

 

[...]

- o que? – Neji perguntou. – vamos para um festival? Onde?

- Coreia do Sul. – Fuyuki avisou.

- e por que temos que ir? – Neji olhava seu marido juntando um monte de roupas que ele nem sabia de quem eram.

- vamos acompanhar Mika, por isso deixamos ele em casa, para preparar tudo antes. – Fuyuki o olhou.

Estavam em uma casa pegando roupas, se realmente iam para onde Mika ia se apresentar, Neji estava ansioso para ver toda a equipe de maquiagem, designers e os estilistas que deixavam Mikaku Ishikawa ser outra pessoa completamente irreconhecível, se Neji não soubesse jamais desconfiaria. Mas estavam em um apartamento.

- você tem certeza disso? – Neji perguntou.

- vai dar tudo certo. - Fuyuki o olhou pelo espelho.

- você disse isso da última vez, e lembra o que aconteceu? – Neji cruzou os braços. 

- eu lembro o que aconteceu... – Madara falou desgostoso.

(8 anos atrás)

Mika saiu da van junto com seus assistentes, maquiadores e cabelereiro. E claro seus empresários. Fuyuki e Madara queriam ficar próximos para qualquer eventualidade,

Depois de algum tempo morando no Japão, Mika foi contratado pela empresa Uchiha, Madara e Fuyuki cuidavam da agenda dele para eventos e claro, eles é quem decidiam seus trabalhos, se era bom ir fazer um show na China ou aparecer em alguma premiação, até o momento os dois empresários estavam fazendo excelentes escolhas.

O alfa Ishikawa usava uma máscara preta que cobria sua boca e nariz, Madara e Fuyuki vinham em outro carro então não precisavam se disfarçar assim como ele, foi uma notícia internacional quando Midori Ogawa assinou um contrato com os Uchihas, seu antigo empresário Killer Bee não achou isso uma boa ideia, mas continuava sendo o engenheiro de som da The apacheman & the sailor moon, Mika iria participar de um programa ao vivo. Mas não como Mikaku Ishikawa e sim como Midori Ogawa.

Tocariam apenas 2 músicas de suas escolhas com uma banda auxiliar, já que sua banda estava ocupada seguindo a vida. A realidade era que Mika tinha deixado de ser ele, deixado muita coisa passar e a principal, sua banda. Era seu império, mas ele não iria deixar mais isso acontecer.

- se você pudesse fazer um desejo qual seria? – Madara perguntou do nada.

Mika olhou para o alfa. - eu desejaria sentir gosto de carne toda vez que eu comesse frutas ou verduras. – Mika sorriu. - talvez assim eu comesse mais frutas e verduras. 

- você é ridículo. – Fuyuki falou segurando seu queixo e o beijo. – assim toda vez que comesse qualquer coisa ia ter gosto de carne, nossa que nostálgico te olhar assim...

- é estranho me vestir assim depois de tanto tempo. – Mika sorriu, já estava completamente caracterizado, o alfa terminou de se vestir e ajeitou o cabelo. 

- Midori. Você entra em 5 minutos. – um produtor do programa avisou.

Mika concordou e se levantou pegando um cigarro, o alfa suspirou. - vejo vocês daqui a pouco. – Mika falou indo encontrar sua banda substituta. 

 

Fuyuki olhava para o celular tentando ocupar a mente até Mika aparecer. Madara digitava em silêncio, ambos esperavam Mika sair do camarim agora parecendo um staff, a apresentação tinha sido um sucesso, um redator do programa disse que nunca tinha visto um pocket show tão bom quanto esse e que ver Midori Ogawa de perto era uma realização pessoal. Fuyuki estava orgulhoso de Mika, porém esse orgulho estava diminuindo aos poucos devido a demora. 

O alfa sentiu uma sensação ruim, guardou.  - pai?

- hum? – Madara nem o olhou.

- vamos lá ver o que está acontecendo. – Fuyuki falou meio desesperado. - eu não estou com um bom pressentimento.

Madara o olhou, ia dizer que não precisava se preocupar com isso no momento, mas ao ver como seu filho estava apenas concordou, voltaram para a área onde Mika estava, Fuyuki tentou abrir a porta, mas estava trancada.

Os dois alfas se entreolharam. Fuyuki se afastou chutando a porta com ódio, o cheiro de ylang-ylang fez eles pararem, os três alfas contratados para substituir as sailor moon estavam em cima de Mika, o Ishikawa estava com as mãos amarradas e a boca amordaçada, Mika virou o rosto tentava falar, o alfa tremia tanto que parecia que ia morrer. Fuyuki rosnou deixando seus feromônios acabarem com eles. Os três alfas se afastaram sentindo dor, Madara se aproximou ajudando Mika.

- ele está no cio. - Madara avisou se autocontrolando para também não atacar Mika.

- Yui. – Mika falou. - me...

Fuyuki o pegou no colo. - precisamos ir!

- na-não vai dar tempo... Yui..."

- então vocês TRANSARAM no banheiro e eu fiquei ouvindo. Foi horrível e não quero repetir isso novamente. - Madara falou se arrependendo, pois, acabou lembrando de todo o ocorrido. – por isso vamos levar o Neji

- Foi um sexo muito bom. E em casa foi melhor ainda... – Fuyuki sorriu.

- idiota. – Neji se aproximou beijando com delicadeza. – e por que estamos aqui?

- bom, precisamos pegar as roupas para o Mika. – Fuyuki sorriu.

- aqui? – Neji ergueu uma sobrancelha.

- ah, eu não te disse? – Fuyuki o olhou. – esse apartamento é do Midori.

Neji o olhou sem acreditar, Fuyuki abriu uma porta que dava acesso a uma sala cheia de discos de bronze, prata, ouro, platina e diamante, fotos de Midori com diversas celebridades, prêmios e mais prêmios, era como um museu, Neji olhou com fascinação e correu até a sala tirando fotos de tudo. Madara e Fuyuki olharam para o ômega.

- assustador. – Madara comentou. – Mika sabe que mora com uma groupie?

Fuyuki não sabia se Mika sabia disso, afinal, uma groupie é termo usado para alguém que busca intimidade emocional ou sexual com um músico. Essa expressão foi usada pela primeira vez em 1967 para descrever as garotas que perseguiam integrantes de bandas de Rock. Madara balançou a cabeça negando.

 

 

- senhor está pronto? – Log perguntou, estavam em Seoul com seu chefe, teve uma longa conversa com Madara Uchiha e Log foi escolhido para ser o assistente de Mikaku Ishikawa, era um trabalho bom, com bons benefícios, e um deles era viajar para todo canto. O outro?

Estava sentado apenas de cueca em uma cadeira de maquiagem sendo preparado para um show surpresa.

Mika terminava a maquiagem, seus maquiadores terminavam de fazer as tatuagens falsas, o alfa o olhou pelo espelho e sorriu. – falta pouco.

- o senhor Uchiha está aqui para vê-lo... – Log avisou.

Fuyuki entrou, olhou para Mika sendo preparado, milhares de pessoas foram até ali para assistir aos shows de rock de dezenas de bandas, mas não sabiam que o último show da noite seria de Midori Ogawa. - oi. – o alfa dominante sorriu.

- veio ver se eu não fugi?

- em partes, mas também vim lhe desejar boa sorte. – Fuyuki o beijou. - Boa sorte. - então o beijou novamente. - e esse é do Neji, vai dar tudo certo amor...

Mika sorriu. - obrigado.

 

Neji olhava para o palco, as luzes estavam apagadas, uma banda tinha terminado seu show e agora esperavam pela próxima atração musical, Neji estava no camarote junto com Fuyuki e Madara. Os dois saíram para conversar com Mika e a equipe.

- voltei. – Fuyuki avisou. – desculpa a demora.

- como ele está? – Neji o olhou animado.

- ansioso... – Fuyuki sorriu. – e eu pedi para ele cantar algo diretamente para nós.

Neji ia perguntar, mas parou, uma música distorcida com uma batida esquisita, todos começaram a falar, então ele reconheceu a música, era a introdução de Perto, Neji olhava para o palco, o som de uma guitarra foi ouvido e toda vez que era tocada uma luz vermelha surgia.

Mika estava no backstage, sua plateia era composta por jovens de 15 a 23 anos e claro, algumas pessoas mais velhas, pelo que ouviu, contava com mais de 58 mil pessoas ali lotando o lugar desde as 14h da tarde, agora perto das 22h estavam mais eufóricos para o show final, Kurama se ofereceu para ser seu guitarrista e Gyuki ia ser seu DJ, ele se aquecia esperando a introdução, olhou para o lado e chegou sua hora.

Fuyuki e Neji se arrepiaram ao vê-lo entrar correndo, Mika usava um cropped preto de manga longa mostrando seu abdômen, ao ver quem era parte da plateia gritou. Madara estava perto do palco assistindo a tudo com atenção, era uma pesquisa de publico e Mika precisava agradar ambas as gerações. Ele começou a se mover junto com a batida da música, uma dança sensual que só Midori Ogawa conseguia.

- Vão me deixam te violar? – Mika perguntou.

- SIM! – Neji e a plateia gritaram eufóricos.

- Vão me deixa te profanar?

- SIM! -Neji gritou novamente pulando animado.

- Vão me deixa te penetrar?

- SIM!

- Vão me deixa te complicarem?

- Me ajude! – Kurama e a plateia gritaram.

- Eu me quebro em pedaços por dentro!

- Me ajude!

- Eu não tenho alma para vender

- Me ajude

- essa é única coisa que funciona comigo, me ajude a ir para longe de mim mesmo. Eu quero te foder como um animal...

Neji gritava eufórico dançava animado junto com Mika, então se deu conta do que ele fazia e olhou para o alfa atras dele. – Yui...

Fuyuki o observava com atenção que mal piscava, o alfa lambeu os lábios e se aproximou ficando atras dele, Neji abaixou sua calça e Fuyuki a dele, os dois sorriam, se beijaram e logo o alfa o penetrou ao som do alfa deles.

- Eu quero te sentir por dentro

Eu quero te foder como um animal

Toda minha existência é defeituosa

Você me deixa perto de Deus!

Mika começou a dançar de forma sensual sorrindo largamente e olhou para sua plateia, todos pulavam e dançavam junto com ele, então ele sentiu algo, bem la no fundo e pela marca, olhou para o camarote e viu os dois juntos.

- Você pode ter minha isolação!

Você pode ter o ódio que isso traz

Você pode ter a minha falta de fé

Você pode ter o meu tudo... – ele gemeu no final graças aqueles dois pervetidos.

- Me ajude

- Derrube a minha razão... – Mika ofegou.

- Me ajude...

- É o seu sexo, eu consigo cheirar! – era difícil se manter sem ficar ofegante.

- Me ajude

- Você me faz perfeito, me ajude a me tornar outra pessoa

Eu quero te foder como um animal

Eu quero te sentir por dentro

Eu quero te foder como um animal! – Mika gritou rosnando e olhou para os dois. - Toda minha existência é defeituosa

Você me deixa mais perto de Deus

Mika dançava ao som da guitarra e batida que Gyuki fazia, Madara gostou muito do resultado, Mika se aproximou mais da plateia e tocou seu abdômen com delicadeza subindo e desncendo.

- Você me deixa mais... perto... – Mika gemeu jogando a cabeça para trás. - Através de toda a floresta

Acima das árvores

Dentro do meu estômago

Raspando por meus joelhos

Eu bebo o mel

Dentro da sua colmeia

Você é a razão

De eu estar vivo...

Midori se curvou acenando para todos, Madara correu para o camarote para compartilhar a novidade e quando entrou se arrependeu amargamente.

- Porra Fuyuki! – Madara bateu a porta. – de novo!

 

 


 

bom dia Mika.

- bom dia Daryuus, obrigado por me receberem novamente.

- é uma tremenda honra te receber aqui. Você é uma lenda.

- ora muito obrigado. – Mika sorriu largamente.

- você ficou famoso pelo dorama "o marido do meu irmão", depois disso teve vários papéis de sucesso. Atuou em peças de teatro, musicais, filmes e lançou dois álbuns. É muito bom recebê-lo aqui novamente.

- obrigado. – Mika estava exausto, foi um show de mais duas horas, pois ninguém esperava que Midori ia aparecer, e depois do sucesso da primeira música ouve uma aglomeração quando souberam que ele apenas ia cantar uma música. Depois de quase uma destruição no palco ele voltou para cantar.

Sua agenda estava repleta de eventos, e os principais eram como Mikaku Ishikawa enquanto sua persona ia fazer algumas apresentações. Estava cansado, mas era uma sensação maravilhosa voltar aos palcos.

- então como é voltar a atuar?

- é normal... algo que eu sentia muita falta, sabe?

- como foi seu hiatus?

- cansativo, mas revigorante. Foi a primeira pausa que eu fiz e foi maravilhosa, mas não faria novamente. Fiquei anos longe daquilo que eu realmente gosto de fazer.

- esse foi o motivo pelo fim do seu casamento?

- não. O amor acabou, simples assim...

- continuam amigos?

Mika sorriu amarelo. 

- então vocês estão nesse relacionamento triplo? – Madara perguntou enquanto assistiam tudo do camarim. – já formalizaram essa relação?

- talvez. – Fuyuki observava Mika, realmente sentiu falta de olhar ele por esse ângulo, assisti-lo no show junto com Neji foi algo único, depois no hotel foi uma experiencia indescritível, agora como Mika, o ator, ele tinha várias facetas, poucas conhecidas, e só Fuyuki conhecia Mikaku Ishikawa em sua essência, e para Fuyuki esse era o principal.

Madara balançou a cabeça negando. - isso não me parece algo bom...

Fuyuki finalmente prestou atenção em seu pai. - por que?

- porque vocês são casados, Mika é um intruso na relação, eu sei que são marcados. Mas... Mika é uma figura pública, duplamente publica, você é apenas Rikudou, qualquer deslize dele pode ter sua vida exposta.

- pai, vai dar tudo certo, ele e o Neji estão em bons termos agora. Está tudo bem tranquilo, é o certo a se fazer.

- eu espero que esteja certo.

- não, eu não gosto que invadam meu espaço pessoal... – Mika respondeu a pergunta do apresentador. - tudo bem tentar conseguir uma foto, um autógrafo. Mas acho inadmissível pular em cima de mim, me puxar, tentar arrancar a minha roupa. Eu já tive problemas com muitos "fãs", mesmo eu sendo uma figura pública eu também prezo pela minha privacidade. Eu gosto de viver normalmente. – Mika relembrou do acidente de Jun quando alguns fãs entraram na UTI pediátrica para tentar consolá-lo.

- algum recado para seus fãs?

- esse é o meu último filme, eu vou me aposentar. Aproveitem enquanto podem...

Madara olhou para Fuyuki entendendo o que ele quis dizer com tudo ficaria bem depois, com Mika longe dos holofotes eles conseguiriam manter essa relação em segredo.

 

*******

hoje teremos a presença do astro do rock. Midori Ogawa!

Kaito olhava para o alfa em um vídeo na televisão, assistia uma apresentação antiga de Midori, o vocalista da The apacheman and the sailor moon tocava guitarra com a maior facilidade do mundo. Kaito era o fã número 1 dele desde que era pequeno. Seus pais eram fãs de carteirinha de The apacheman e the sailor moon, Kaito cresceu ouvindo as músicas melancólicas e com duplo sentido que Midori cantava, ele amava o estilo de Midsori, sua voz e seus gritos, gostava de como Midori cantava, ele parecia se divertir muito, e é por isso que ele queria ser um astro do rock. Por causa de Midori Ogawa. 

Kaito sabia que Fuyuki tinha sido um roqueiro anos atrás, não sabia qual banda, mas já ouviu ele tocar e Fuyuki era sensacional. Mas... Midori. Ah, Midori era único. 

O vocalista já tinha tocado com bandas consagradas no passado. Midori escolheu algumas músicas clássicas de sua banda, as músicas mais difíceis para se tocar ao vivo. E ele conseguiu, Kaito estava cada vez mais convencido de que ele, era o melhor vocalista do mundo.

Kaito olhava para ele com admiração, Midori era eletrizante no palco, e entendeu por que ele foi escolhido para homenagear a banda. The apacheman & the sailor moon eram foda demais. Apesar de as sailor estarem de férias...

Midori era demais.

O alfa desligou a TV, estava na sala de vídeo da escola. Ele gostava de matar aula ali, ficar sossegado e assistir seu vocalista favorito em antigas apresentações, já que quase ninguém usava DVD hoje em dia ele estava a salvo na sala, pegou o celular olhando a explosão em uma rede social, Midori estava de volta e tocou em um festival, Kaito se odiava por ter perdido esse feito.

O alfa parou de se torturar, largou o celular e começou a tocar violão, Kaito tinha aprendido graças a Mika e Fuyuki, ambos sabia tocar vários instrumentos e ensinaram as crianças.

A melodia fluía com facilidade, era uma de suas favoritas, se lembrava de quando ouviu pela primeira vez, Midori estava deitado em um oceano preto, boiando e olhando para o que lembrava a lua.

- Eu cruzaria o oceano por você, deixei-me à deriva aqui novamente. Eu cruzaria o oceano por você, os pedaços de mim estão muito quebrados para colar... – Kaito sorriu. - No centro, debaixo de um céu negro o sol só pode arder para você e eu, neste momento antes que eu perca minha razão. Horas como essas não significam nada, desta vez... me dê um sinal, me mostre a luz, talvez hoje à noite, eu te diga tudo. Me dê um sinal, me mostre a luz, talvez hoje à noite, eu te diga tudo...

A porta foi aberta e fechada rapidamente. Kaito se levantou sentindo um cheiro maravilhoso, cítrico e apimentado, algo incomum, mas que naquele momento era o aroma mais gostoso que Kaito sentiu em sua vida.

vou ligar para sua mãe.

- nããããooo. – Haru virou olhando para o alfa de pé. – ora, olá Kai-chan...

[...]

- NARUTO! – Sasuke gritou.

O alfa loiro veio correndo ao ouvir a voz de seu esposo, Naruto olhou para seu teme, Sasuke estava no quarto de Haru e mostrou a cama vazia.

- ele fugiu. – Sasuke falou olhando o alfa. – ele fugiu de novo!

- aquele grande filho da puta. – Naruto falou irritado. – Toda vez é essa porra...

Sasuke suspirou, Haru era o único ômega, e contrariando todas as expectativas seus filhos eram normais, não recessivos como os pais. Porém, Haru era um grande idiota. Ele descobriu sobre o cio de um ômega quando tinha 5 anos e pegou seus pais em flagrante. Sasuke explicou que um ômega passava seus cios assim, com um alfa quando eram marcados, disse que era a época em que um ômega precisava se ausentar um pouco, para cuidar de suas necessidades, seja para ficar ao lado do seu alfa ou para tomar remédios. 

Haru bateu o pé dizendo que jamais se deitaria com um alfa, Sasuke e Naruto acharam adorável, mas ele era apenas uma criança e isso iria mudar no futuro.

Porém, o pensamento de Haru não mudou, quando Tsunade o contou que era ômega. O primeiro pensamento dele foi: "Eu vou vencer os meus cios com a minha força de vontade".

Sasuke e Tsunade acharam isso adorável, mas Haru mais uma vez não estava brincando, o garoto era tão cabeça-oca quanto o pai.


 

Haru sentia o corpo em euforia, estava quente, ele andava pelos corredores do colégio tentando achar sua sala, estava tremulo, sentindo o cheiro de cada um ali e era um mais gostoso do que o outro, ele parou se encostando em uma porta,

- Haru?

O ômega o olhou, alfa, dominante, gostoso que só, era ele. - Yami! – Haru sorriu largamente sentindo o cheiro maravilhoso que vinha do amigo. - cacete Yami, seu cheiro é tão bom. Ayami...

Haru o abraçou forte esfregando o nariz no peito dele, Ayami sentiu o cheiro de Haru e travou ao sentir os feromônios de Haru.

- você está no cio de novo?! – Ayami se fastou.

- tô. Mas eu tô controlando com a minha força de vontade... – Haru lambeu os lábios.

- não, você não está, e nunca vai conseguir! Seu cheiro está forte! - Ayami o empurrou para dentro da sala. - Haru, vou trazer alguém para te ajudar. E ligar para sua mãe. 

- nãããããooo.

Haru sentia cheiro de outro alfa e virou procurando por ele, e la estava ele o olhando. – ora, olá Kai-chan...

- Ha-ru?

- Kaito... – Haru falou indo na direção dele.

Haru tinha cheiro de primavera, um cheiro floral maravilhoso que Kaito não soube distinguir quais flores eram, mas era um cheiro cítrico e apimentado. Mas isso não era o fator importante ali, e sim, que ele estava no cio. 

Haru tirou o violão das mãos dele e jogou no chão, o ômega se sentou em seu colo abraçando o seu pescoço.

- Kaito... – Haru sussurrou se aproximando e o beijou.

Não era a primeira vez que se beijava, Kaito era louco por Haru há anos. Desde que Haru tinha 9 anos e ele 8, o ômega se sobressaía entre os outros, Kaito gostava de como ele sempre parecia feliz. Livre e carismático, sempre sorridente. Como Kaito amava o sorriso de Haru, o pequeno Uzumaki era lindo, comparado aos seus outros irmãos, Haru era baixinho, menor até que Sasuke, tinha cabelos longos e pretos e olhos azuis escuro. Sempre usava roupas em tom pastel, cheio de suéteres fofos e cardigans enormes que o deixavam menor do que já é. 

Kaito amava como ele sempre queria comer doce antes do salgado, de como odiava café e chá, mas amava leite de morango, amava como apenas um sorriso dele parecia iluminar a sala toda. o alfa o apertou em um abraço. - não. Haru...

- Kaito. – o ômega o apertou.

O alfa Uchiha sentia que estava começando a ser afetado. Haru conseguiu tirar sua calça e a do alfa, segurou seu pênis e começou a masturba-lo, não tinha muita noção do que deveria ser feito, mas seus instintos lhe guiavam nessa maravilhosa experiencia. Kaito gemeu baixo sentindo seus toques mais ousados, o alfa sem querer derrubou seu celular que começou a tocar a música mais perfeita para essa situação, Kaito o beijou lambendo sua lingua. Midori Ogawa começou a cantar com sua voz gostosa.

Estavam falando

Bwaa, bwa bwa bwa

Bwaba, bwa bwa bwa

Bwaa, bwa bwa bwa

Bwaa

- que diabos de musica é essa? – Haru perguntou confuso.

Kaito sorriu ouvindo a música ficar sua e sedutora. – Eu acho que te amo...

Midori Ogawa sorriu. - Eu estava dormindo

E bem no meio de um bom sonho

Como de repente eu acordo

De algo que continua batendo no meu cérebro

Antes de enlouquecer, seguro meu travesseiro contra a cabeça

E pulo na minha cama

Gritando as palavras que temo

Eu acho que te amo! Eu acho que te amo...

Haru o abraçou. – põe dentro?

Kaito o segurou com firmeza, tirando apenas suas calças, os dois continuaram a se tocar, explorando seus corpo de forma furtiva.

Esta manhã

Acordei com esse sentimento

Não sabia exatamente como lidar com

E então eu decidi por mim mesmo 

- sim – Fuyuki e Kurama cantaram juntos.

- Eu esconderia para mim mesmo

E nunca fale sobre isso

E eu não fui e gritei

Quando você entrou na sala

Eu acho que te amo! (Eu acho que te amo)

Kaito o pegou no colo e o penetrou de uma vez ouvindo os gemidos fofos de Haru, não era exatamente dessa forma como Kaito imaginou sua primeira vez com Haru, não que fosse virgem ou algo assim, ele já tinha transado com Kyosuke uma vez, mas não era o mesmo que fazer com quem se gosta. Era como ouviu de Ikkaku, “sexo sem amor é só Jiu-jitsu”.

Eu acho que te amo

Então, do que estou com tanto medo?

Tenho medo de não ter certeza de

Um amor que não tem cura para

Eu acho que te amo

Não é disso que a vida é feita?

Embora me preocupe dizer

Nunca me senti assim

Haru segurava seu rosto admirando seus lindos olhos vermelhos, Kaito de todos os seus amigos, ele era o mais bonito e corajoso, ele estava sempre ouvindo música, andando de skate e Haru sempre quis ficar ao lado do alfa, não se um jeito sexual, mas ao seu lado...

Midori parou de cantar e se declarou para sabe-se la quem. - Eu tenho que te dizer uma coisa que venho pensando há muito tempo

Mas não tive coragem de dizer

Eu acho que te amo

Você sabe o que, risque isso

Eu te amo sim

Mas vou dizer que acho que te amo

Porque eu nem sei se isso é amor

Porque eu nunca senti essa sensação antes

Baby, baby, baby, baby, baby, por favor, estou ficando louco

Kaito começou a se mover de forma lenta, pois não queria machucar Haru, o ômega por sua vez sentia cada metida de forma

- Kaito...

- Haru... – Kaito se deixou levar por essa sensação única e maravilhosa, segurou seu rosto e se declarou antes que sua consciência sumisse. - eu te amo.

Acariciava o rosto do ômega, Haru entregou seu nariz ao do alfa e sorriu, ele o beijou.

Eu não sei o que estou enfrentando

Eu não sei do que se trata

Eu tenho muito em que pensar

Ei!

Eu acho que te amo

Então, do que estou com tanto medo?

Tenho medo de não ter certeza de

Um amor que não tem cura para

Eu estou ficando louco!

Haru o abraçou com força sentindo as investidas ficando cada vez mais brutas, Kaito o deitou na mesa e começou a se mover com mais intensidade, fazendo o ômega gemer de forma dengosa e cobrir a boca com medo de ser ouvido.

Eu acho que te amo

Não é disso que a vida é feita?

Embora me preocupe dizer

Nunca me senti assim

Acredite em mim

Você realmente não precisa se preocupar

Eu só quero te fazer feliz

E se você disser "Ei, vá embora", eu irei

Mas acho melhor ainda

É melhor eu ficar por perto e te amar

Você acha que eu tenho um caso?

Deixe-me perguntar na sua cara

Você acha que me ama?

Eu acho que te amo!

Sim, acho que te amo!

Oh, acho que te amo!

Sim, sim, acho que te amo!

Isso!

Os dois adolescentes se beijaram sentindo seus corpos mais relaxados e pesados, os gemidos, suores, saliva, tudo parecia se fundir se tornando apenas um, era a primeira vez de Haru, mesmo sendo na sala de vídeo, em cima da mesa do antigo professor, mesmo sendo por causa do seu cio, ele não se importou, pois essas coisas insignificantes ficaram mais insignificantes por estar com Kaito Uchiha, seu amor secreto. E mesmo que Kaito esteja fazendo isso por causa de seus feromônios, Haru não se importava, pois estava tudo perfeito.

Eu acho que te amo!

Ah, ah (ah!)

Eu acho que te amo!

Isso! (ah!)

Eu acho que te amo!

Sim, ah!

Eu acho que te amo!

Sim, sim, sim, sim, sim, sim! (ah!)

Eu acho que te amo!

- eu te amo Kaito...

- Haru! – Sasuke gritou ao entrar na sala

O ômega virou a cabeça. - mãe, pai, vocês estavam certos. Passar o cio com o alfa é muito bom.

Kaito sentiu que ele podia morrer agora pois a vergonha que sentia poderia matar ele, ou Naruto e Sasuke fariam isso com toda certeza. E para completar a situação Midori gemeu “Oh-oh, sim-ah! Mmhmm”

 

 

Naruto e Sasuke esperavam a enfermeira terminar de injetar os supressores. Haru estava um pouco melhor, mas não 100%. Precisaria de alguns dias de repouso em casa e longe de qualquer alfa, pois, era sua primeira vez e seus feromônios ficariam mais forte do que antes.

Naruto andava de um lado para o outro nervoso, então falou baixo: - tinha que ser ele?

- hum? – Sasuke o olhou, tinha ouvido o que seu marido disse. – o que você disse?

- podia ter sido o Ayami, qualquer outro, Nagisa, tem outros sabe. Mas tinha que ser o filho dele?

- do que você está falando Naruto? – Sasuke perguntou irritado.

- por que o Haru, de todas as pessoas escolheu o filho do Mika? Você não ouviu o que ele fez com a minha irmã? Disse que ela o traiu e mandou retirar o nome dele da certidão do Inojin. Demitiu a Ino da própria empresa e deixou ela sem um centavo. – Naruto falou irritado. – Acredita que aquele desgraçado fez isso?

- ele fez isso? – Sasuke perguntou assustado. - Mika não teria coragem...

- pois ele teve muita coragem e fez isso, disse que o Inojin não é o filho dele. E isso quebra uma das cláusulas do acordo pré-nupcial que meus pais o fizeram assinar, eu nem sabia que eles fizeram isso.

- bem... – Sasuke começou e desviou o olhar.

- o que? – Naruto o olhou.

- bem... – Sasuke o olhou. - Inojin não parece ser filho dele...

- por que isso não me surpreende? – Naruto riu com amargura.

- o que? – Sasuke perguntou sem entender.

- você está do lado dele! – Naruto gritou. – Como sempre você escolhe o lado de qualquer, menos o da minha família.

- fala baixo, se quer fazer escândalos vá para outro lugar. E só para sanar sua cabecinha, eu não estou do lado de ninguém, apenas abra seus olhos Naruto e olhe para o garoto. Ele não tem nada do Mika. – Sasuke falou olhando para o marido.

- não acredito que você disse isso. – Naruto se afastou.

- você nunca duvidou? A Ino até superprotegia o menino diferente dos outros filhos, ele não tem nada do Mika. 

- ela o protegia porque o Mika matou o Jun!

Sasuke o olhou sem acreditar no que seu marido acabou de dizer, Sasuke foi a pessoa que ajudou Mika na fase do luto, pois ele se sentia em dívida com o Ishikawa, e ouvir isso do seu marido, sabendo o estado que Mika ficou, Sasuke se sentiu vivendo com um monstro, vendo como seu marido ficou sentido com suas palavras, o alfa engoliu em seco,

- não vou discutir isso com você. – Naruto falou bravo.

- Naruto...

- a minha irmã está desolada pelo que o Ishikawa fez com ela. Ele a humilhou e você o defende.

Sasuke o acertou um tapa. – sua irmã está desolada? Agora? E por que não ficou quando o filho dela de seis anos teve morte cerebral em um quarto da UTI?!

Naruto manteve sua mão no lugar onde Sasuke acertou, o alfa jamais tinha deixado Sasuke tão irado dessa forma, o ômega se afastou ou seria capaz de se divorciar de Naruto nesse momento.

- por que vo...

- porque eu estava la quando Mika recebeu a notícia, eu estava lá quando eu o vi desmoronar, e eu pensei no Haru, que quase perdemos ele, mas graças a Mika nos temos o nosso filho e ele perdeu o dele, e sua irmã foi para Milão. Porque a grife era mais importante...

- tio Naruto, tio Sasuke. – Kaito se aproximou sentindo o clima estranho. - eu realmente sinto muito pelo que aconteceu eu deveria ter me controlado melhor. Mas...

- Kaito. – Sasuke sorriu passando a mão no rosto dele. - tudo...

- se alguma coisa acontecer com meu filho, eu te mato, me ouviu? – Naruto falou irritado.

Sasuke o olhou assustado, que tipo de reação foi essa. - Naruto!

Kaito não soube como reagir, jamais tinha sido ameaçado por alguém mais velho. - eu não quis...

- você é igual ao seu pai... esse gene podre e maldito. – Naruto falou com amargura.

- Naruto! – Sasuke falou com seriedade assumindo uma pose autoritária. - como você ousa falar assim com ele? – Sasuke o olhou irritado. - se está com raiva desconte em outro. E você Kaito, não se preocupe, vamos conversar melhor quando os ânimos melhorarem

- ok, tio Sasuke. Me desculpe novamente. - Kaito se afastou deixando o casal entrar Na enfermaria.

Sasuke foi o primeiro a se aproximar. – Haru, meu amor...

- mãe... – Haru falou sonolento. - mãe, o Haru gosta de mim...

- você é o Haru. – Sasuke sorriu passando a mão pelos cabelos do filho. 

- ah é... O Kaito... Ele gosta de mim também... – Haru sorriu. - Haru está tão feliz.

O adolescente acabou adormecendo, Sasuke acariciou o rosto dele.

- eu não gosto nada disso.

- isso não tem nada a ver com você. – Sasuke falou. - se está com raiva pelo que ele fez com a sua irmã, vá falar diretamente com Mika, não ouse magoar o meu filho, pois eu não vou te perdoar. 

Naruto ficou furioso e saiu da enfermaria.

********

Deidara e Neji tomavam café em uma padaria delicatessen. Neji sabia que Mika é Fuyuki começaram a investir em imóveis e claro, lojas, essa era a recém-inaugurada Tournesols. Nesses anos todos ao lado de Mika, Neji já estava careca se saber que significava girassol, pois era assim que Mika o chamava de forma carinhosa.

- eu gostei daqui. – Deidara falou pegando seu sanduíche. - parece um dia em Paris.

Neji sorriu. - eu nunca fui a França. E por incrível que pareça eu sei francês...

- mentira, Fuyuki nunca te levou?

- não. 

- por quê? – Deidara perguntou sorridente. - É um lugar maravilhoso, quer dizer, se souber aonde ir... e tendo um namorado francês, tenho certeza de que vai encontrar esses lugares...

- bom, Mika não quer voltar para França tão cedo. Mas já fomos em muitos lugares...

- falando nele, como Mika está? – Deidara sorriu. - Eu ainda não falei com ele desde que se separou da Ino, e claro, jamais vou perdoá-lo por fazer um show e não me levar.

- incrivelmente bem... E isso é surpreendente, ele estava mal quando chegou, deve se lembrar, mas no show... vê-lo ali, foi, incrivelmente erótico, Fuyuki e eu transamos no camarim.

Deidara se engasgou com seu suco e começou a rir junto com o amigo, mas em partes, Neji estava realmente surpreso em como Mika estava bem, o divórcio aconteceu há quase dois meses atrás, e tudo mudou para positivo, as crianças estavam bem melhores. Claro que Miyazaki ainda era o mesmo, mas ele já não saia todas as noites como antes, agora só aos sábados como estipulado, a pedido de Madara, Mika fazia exames todas as semanas e de manhã, Neji, Fuyuki e Mika corriam pela vizinhança, aos poucos Mika ia se reerguendo, e claro, Mika era uma dona de casa muito boa. Cozinhava, limpava e ainda tinha tempo para os filhos, tinha tempo para Fuyuki e Neji.

Deidara suspirou depois da crise de riso, ele sabia como Mika se sentia em relação ao casal Uchiha e agora era o grande passo. - Ino é louca por largar Mika, ele fez muito por nós e ela faz isso com ele... eu ainda tenho pesadelos com Momoshiki.

Neji concordou. - eu também, se ele não tivesse feito o que fez. Não sei se Fuyuki e eu ainda estaríamos juntos...

- ou eu com o Itachi. – Deidara falou com a voz chorosa. - tudo teria dado certo, se o Yui nunca tivesse se envolvido com ele, Mika não teria vindo para cá... eu so me arrependo de nunca o ter ajudado, se eu tivesse tomado conta daquelas crianças... Jun...

- eu as vezes fui muito cruel com ele, talvez pelo fato de que ele é meu destinado, mas sei que ele foi muito importante e ajudou demais a todos nós. - Neji engoliu em seco. - eu sou muito agradecido... deveria ter sido bem melhor, mas eu sentia ciúmes. Eu amo Mika, de verdade. Eu... Só não sei como demonstrar agora, pois meu passado me condena.

Deidara e Neji fungaram e começaram a rir. Deveriam começar a demonstrar o quão são agradecidos por Mika ter aparecido, Neji mimava o alfa sempre que podia o enchendo de carinho e mimos, mas uma parte sentia que Mika sempre desconfiaria dele.

- aaah que tristeza não ter mais ele na família. Porque minha mãe foi categórica em dizer que não quer ele por perto. E vai brigar na justiça para ter o direito de ver os netos.

- pois avise sua mãe que Mika jamais vai deixar isso acontecer depois que a Ino o traiu com um fantasma. Sério. o homem é tão branco que chega a assustar.

Deidara arregalou os olhos - sério? A Ino o traiu?

- sim. – Neji bebericou seu café. - O nome dele é Sai... Eu acho. Eu não prestei atenção, estava comparando Mika e ele, assim, ele não é feio. Mas...

- eu preciso dar uma boa olhada nele para poder julgar. - Deidara suspirou. - eu não sabia que esse tinha sido o motivo para o divórcio. Ninguém está falando nada sabe?

- acho que você vai ter a mesma linha de raciocínio que eu quando ver ele e o Inojin. – Neji deu de ombros.

- então, agora é oficial vocês três estão juntos? – Deidara perguntou com um sorriso sapeca.

Neji o olhou. - como assim?

- qual é, vocês são marcados. E pode ser algo errado de se dizer... Mas eu sempre torci para os três ficaram juntos. Você no meio daqueles dois alfas é a coisa mais fofa e sexy do mundo 

- Sério?

- sério... Eu e todo mundo pensamos assim, só não deixamos transparecer. – Deidara pegou seu croissant. - e por mais que Ino seja minha irmã, eu a conheço muito bem, ela se enjoa rápido de alguma coisa e depois da segunda gestação, ela me disse que ser mãe não era tudo isso que ela imaginava.

- ela é alfa, o instinto materno não é tão forte quanto o nosso...

- você deve estar certo, mas me diz... vocês estão?

Neji corou desviando o olhar. - estamos.

- Aaaah seu ômega safado.

SOCORRO!!

ômegas corram!

eles pegaram um ômega!

Todos na delicatessen começaram a gritar e saíram correndo tentando fugir. Dois alfas dominantes entraram, seus feromônios estavam a flor da pele. Muitos ômegas caiam antes mesmo de tentar correr, sufocados pelo aroma intoxicante e altamente mortífero.

Neji olhou para todo o caos e se levantou puxando Deidara com ele ára uma área segura, ele gritava para alguns ômegas o segui-lo, mas apenas quatro conseguiram, o ômega loiro era mais sensível aos feromônios por ser um dominante, Neji conhecia a loja de cabo a rabo. Ele correu para o escritório de Mika e apertou o botão de pânico trancando a porta, Neji olhou para os cinco ômegas ali dentro. Um ômega ruivo, duas ômegas de cabelos azuis e roxo, e uma ômega mais velha e sua filha.

- vocês estão bem? – Neji perguntou.

Deidara perguntou abraçando a barriga. - que porra tá acontecendo?

- foi um ataque! – o ômega ruivo gritou desesperado.

- M-m-minha filha. – a ômega mais velha. – ela continua lá.

- a polícia já está a caminho. - Neji tremia tanto, ele também não sabia, mas uma coisa era clara. Aqueles alfas não estavam de brincadeira.

As sirenes começaram a ficar cada vez mais perto, depois de um tempo bateram na porta. Neji olhou para a mesma e engoliu em seco ficando na frente de todos.

senhor Ishikawa? – a voz masculina parecia conhecida. – Senhor Ishikawa, somos da polícia.

Neji abriu a porta, ele reconheceu o policial. Asuma olhou para os seis ômegas.

- senhores Uchihas, vocês estão bem?

Neji concordou. - estamos, nós...

- por favor mantenham a calma, vamos escoltá-los para casa.

- obrigado, muito obrigado. – Deidara falou. 

Os seis ômegas seguiram os policiais, a área onde estavam agora a pouco, estava um caos, e quatro ômegas no chão. A mulher mais velha gritou desesperada ao ver sua filha no chão, sem vida, Neji olhou para Asuma.

- sinto muito senhor, eles estão mortos. – Asuma falou com raiva.

- PODER ALPHA! PODER ALPHA! - Os dois alfas gritavam enquanto eram detidos, dois policiais injetavam supressores neles. Mas Neji olhou bem para seus rostos antes de desmaiarem.

O ômega estava apavorado, e como se fosse mágica Fuyuki e Mika entraram. - Neji! - disseram juntos.

- Deidei. - Itachi entrou em seguida.

Deidara e Neji finalmente se permitiram chorar abraçado a seus alfas.

******

Miyazaki procurava Ayami por toda parte, passou pela sala do melhor amigo, então passou na daquele ômega idiota. Nenhum dos dois estavam em aula, tinha ouvido um boato de um ômega no cio e um alfa estarem na enfermagem, logo pensou nos dois.

O Ishikawa andava com tranquilidade até o local onde os dois ficavam...

Há um tempo Miyazaki cometeu o erro de descobrir o segredo de Ayami, e não era sua paixonite por Hideki.

 

"Eles estavam na casa dos Uchihas, voltaram de uma festa e estavam de bobeira, Miyazaki estava jogando PlayStation no porão junto com Kaito. Rinko e Aoi dormiam abraçadas no chão, antes as duas estavam conversando e ouvindo música, mas logo adormeceram.

- cadê o Ayami?

Kaito deu de ombros. - não sei.

- vou pegar alguma coisa para beber. Quer algo?

- não.

Miyazaki se levantou do velho sofá e subiu de volta para a casa, desviou da cozinha indo até o quarto de Ayami e abriu a porta sem que ele percebesse. - Ayami.

Os dois o olharam, Miyazaki não precisava ser um gênio para saber o que estava acontecendo. Os dois estavam nus na cama do alfa adolescente, ômega sorriu.

- aniki."

 

Miyazaki chegou até o antigo armazém onde guardavam os equipamentos das aulas de educação física. Era um lugar afastado e poucos sabiam da existência, só quem tinha muito tempo livre para explorar o lugar. 

Yami... - o ômega falou baixo.

Os gemidos e respiração acelerada, os dois realmente estava tendo um bom tempo...

Miyazaki encostou a testa na porta e fechou os olhos. Ele odiava tanto esse ômega, odiava com todas as forças por ser ele a pessoa ali com Ayami. Mas agradecia por Hideki ter voltado, assim nem ele e nem esse ômega idiota teriam Ayami.

Ayami... Yami...

Ikkaku. - o alfa gemeu rouco e o beijou.

Miyazaki se afastou dando a volta e indo para uma área deserta que estava em reforma, descobria esses lugares juntos de Ichigoshiki, o alfa olhava para o celular. Ele não parava de mandar mensagens, o pequeno Ishikawa não queria mais saber daquele velho e do seu dinheiro sujo. Não agora que Fuyuki o aceitou como seu filho e, Mika e Neji estavam próximos o suficiente para ficarem juntos. Então eles seriam uma família.

O alfa suspirou frustrado pegando seu maço de cigarro.

- Oe.

Miyazaki virou vendo Arashi, ele vinha com tudo. - espera! – Miyazaki foi arrastado pelos cabelos até o carro. - ARASHI!

- cala a boca.

- eu...

Arashi colocou duas pílulas na boca do adolescente e tampou com a mão, Miyazaki tentava se soltar, sentia o remédio se dissolvendo com sua saliva. Ele engolia aos poucos sentindo o corpo ficar dormente. O alfa mais velho afastou sua mão admirando como Miyazaki ficava lindo dopado. 

[...]

Ikkaku saiu de cima de Ayami pegando sua roupa, o ômega suspirou passando a mão no rosto tirando sua franja da frente de seu olho. Ayami basicamente o tinha arrastado até ali dizendo que precisava de ajuda, pelo que entendeu, Haru o deixou excitado e para não violentar o ômega, ele recorreu ao eu amigo de brincadeiras.

- então, vai me contar como foi com o Hideki? – Ikkaku perguntou

Ayami ainda estava em estado de êxtase, Haru tinha os feromônios mais gostosos que ele já sentiu, o alfa piscou olhando para o ômega. - o que?

- Hideki. – Ikkaku falou com um sorrisinho no rosto abotoando sua camisa.

Ayami engoliu em seco. - como sabe?

- sou um ômega dominante, eu sinto os cheiros de feromônios mesmo não querendo, foi bom?

- eu transei com ele se é o que imagina, ele me levou para casa dele e depois do sexo ficou me abraçando e chorando dizendo que não deveria ter feito isso. – Ayami suspirou.

- hum... – Ikkaku vestiu a cueca e virou o olhando. – mas você gosta dele?

Ayami suspirou. - eu... não... sei.

- como assim? – Ikkaku perguntou sem entender.

- ele é noivo de outro alfa, e estão juntos a tanto tempo. Eu não quero ser a pessoa que vai se intrometer nisso. – Ayami suspirou.

- mas isso não quer dizer nada, ele ainda não foi marcado. – Ikkaku ficou pensativo. - por que você não o faz se apaixonar por você?

- como assim? – Ayami perguntou sem entender.

- tipo, seja atencioso, mostre que você não é um alfa comum. - Ikkaku sorriu sentando-se no colo dele. - e claro quando chegar a hora, faz o que você faz comigo, mas sem a parte do ir embora logo depois do ato, conforte-o, diga coisas fofas e o melhor, faça ele se apaixonar, assim ele desfaz o noivado.

Ayami sorriu, Ikkaku era um ômega incorrigível e incrivelmente lindo, tinha cabelos longos e pretos e lindos olhos azuis, um dominante com todas as boas qualidades. O Ishikawa se aproximou beijando o queixo do alfa, saindo de seu colo.

- quer fazer de novo? – Ikkaku perguntou sorridente.

- quero.

 

********

Mika entregou a xícara de chá de camomila para Neji, o ômega o olhou assustado. - beba, vai se sentir bem. 

- eu ainda estou sem entender, por que entraram aqui? – Neji falou com a voz chorosa pegando a xicara de chá.

- é uma epidemia de ômegacidio, dizem que o número de alfas matando ômegas está crescendo. – Mika falou. - eu vi que isso está espalhando pelo mundo. Alguns órgãos de proteção aos ômegas estão se mobilizando, porém, alguns políticos alfas concordam que ômegas não são nada além de objetos sexuais.

Neji engoliu em seco. - esses alfas mataram ômegas e acharam isso certo?

- Neji...

- eu falei com a polícia, os alfas foram liberados sob fiança. De agora em diante a delicatessen vai ter seguranças. E você, tome cuidado, não vai sair de casa sem que alguém o acompanhe. – Fuyuki falou abraçando Neji.

Neji arregalou os olhos. - nossos filhos!

- Ikkaku Caralho! – Aoi gritou entrando em casa. – da pra parar de me empurrar seu corno?

- desculpa, minha nossa quanta grosseria. - Ikkaku falou entrando junto de Ayami. - chegamos!

- ooooh mãe, o tio Sasuke falou que quer conversar com você. Aparentemente o Kaito comeu o Haru. – Aoi falou.

- parece um caminhoneiro falando. – Rinko comentou. - tenha classe amor.

- perdão, o Kaito fez sexo com ele na sala de vídeo. – Aoi sorriu.

Neji saiu correndo abraçando a todos, Ayami, Ikkaku, Kaito, Aoi e Rinko. - vocês estão bem? Cadê o Miyazaki? E seus primos? Estão a salvo? - Neji perguntou.

- estamos bem mãe, o que aconteceu? – Ayami perguntou assustado.

Fuyuki e Mika olhavam para eles, os dois alfas não disseram nada Neji começou a chorar caindo de joelhos no chão. Os adolescentes se juntaram abraçando Neji. Mika e Fuyuki foram o mais rápido possível.

Neji se sentia tão impotente, ômegas foram mortos próximo dele e não conseguiu fazer nada para ajudar. Vidas foram perdidas e agora...

- vai ficar tudo bem mamãe. – Aoi falou.

Neji fungou. - vai. Porque eu vou tomar providências antes que alguém destrua minha família. 



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