História Foi por voçês que sobrevivi! - Pedir desculpa é difícil com o coração partido

Anteriormente:

- Sra. Saonji… a Reika … a Reika esta ai por minha culpa. – Disse sem me conter mais fazendo todos os persentes olharem para mim.

Todos olhavam confusos para Erika, no meio da dor. Afinal de contas tinha sido um carro que tinha atropelado Reika.

 - Erika do que estás a falar? Foi … foi um carro que a atropelou. Não tu. – Disse a mãe de Reika.

A Erika não parava de chorar, então falou:

 - Já estávamos atrasadas para nos encontrarmos com os rapazes e ela queria ir por um caminho direto para nos despacharmos, mas eu insisti que tínhamos de ir por outro sítio para ir a uma pastelaria comprar um bolo de que gosto muito. Ela chateou-se mas veio comigo. Corremos para nos apressar, mas eu parei para descansar a meio do caminho enquanto a Reika continuou foi nessa altura que ela foi atropelada. Perdoe-me. – Disse ela ainda chorando.

A compreensão do sucedido alcançou todos como um balde de água fria. Em meio a dor e a surpresa da revelação ninguém se apercebeu que Ryuuji se aproximava de Erika. Depois o som de um estalo foi ouvido no quarto e todos olharam atónitos para a cena que tinha acabado de acontecer.

O Ryuuji dirigiu-se á Erika e deu-lhe um estalo.

 - Como tens a coragem de estares diante da Reika depois do que lhe fizeste?

 - Ryuuji?!... – Falou Sho

Ryuuji saiu a correr da sala chorando.

A Sra. Saonji levantou-se e dirigiu-se á Erika. Com uma mão limpo as lagrimas de Erika e com a outra segurava as mãos dela.

 - Erika, minha querida porque te culpas por algo que não fizeste?   

 - Mas… mas…

 - Eras tu que ias a conduzir aquele carro?

 - Não.

 - Então a culpa não é tua mas sim de quem ia a conduzir.

 - A mãe da Reika tem razão. – Disse Sho

 - Não ligues ao que o Ryuuji disse, Erika, eu depois falo com ele. – Disse Ouzo

- Amigos. – Disse Erika ainda a chorar.

A mãe de Reika abraçou Erika.

- Vou procurar o meu irmão. Não vá ele fazer alguma asneira.

- Eu vou contigo. – Respondeu Shou

Ouzo e Sho saíram do quarto de Reika.

Ouzo e Sho procuravam por Ryuuji. Porém parecia que este se tinha evaporado. Procuraram em todos os sítios possíveis do piso onde o quarto de Reika se encontrava. Ouzo rezava para que Ryuuji aparece-se.

- Ouzo?

- Sim?

- Porque é que o Ryuuji reagiu assim? Nunca o vi assim ou a perder o controlo. Muito menos a bater em alguém ou a desaparecer. Ele estava tao estranho. Sabes o que se passa?

 - Também nunca vi o meu irmão a reagir assim. Porém… Acho que sei o que é.

- A serio? O que é?

- Posso estar enganado, mas tenho observado o meu irmão e ultimamente ele anda mais sentimental; sempre a olhar para a Reika quando pensa que ninguém o está a ver. Ele estava a chorar ao pé da Reika quando a fomos ver.

- Eu também estava a chorar Ouzo.

- Não é isso. Acho que ele está apaixonado pela Reika. E eu até me arrisco a dizer que era ele que enviava as flores á Reika. Eu reconheci a letra dele.

O silêncio instalou-se entre os dois amigos. Porem não durou muito tempo.

- OOOOO QQQUUUUÊÊÊÊÊ?

- Não grites. Eu disse que era a minha opinião. Posso estar errado.

- Agora já faz sentido o facto de ele ter gritado com a Erika.

- Mas isso não justifica. A violência não é justificação para nada. S fosse o Kota ainda compreendia mas o Ryuuji… e viste tão bem como eu que isso só piorou a situação.

- Pois.

Ambos continuaram á procura de Ryuuji, até que depois de muito andarem, dão com ele no terraço do hospital.

- Ryuuji…

- Porquê… porque é que isto teve de acontecer? - Perguntou Ryuuji.

- Eu não sei. Mas… - começou Sho

- Vais imediatamente ter com a Erika e vais pedir-lhe desculpa. Ela esta a sentir se pessimamente. – Entreviu friamente Ouzo

- A culpa é dela.

- Tu ama-la?

- Eu odeio a Erika

- Não estou a falar da Erika mas sim da Reika. Tu ama-la?

- Eu… Mais que a mim próprio.

- Eu já desconfiava que fosse isso. Foste tu que envias-te as flores á Reika, não foi.

- Como percebes-te?

- Ora Ryuuji tu sempre foste demasiado certinho e nada sentimental. Foi fácil de notar em como começavas a agir de maneira diferente. Ou em como estavas mais sentimental. E eu reconheci a tua letra nos bilhetes que deixavas com as flores. E também me apercebi que as tuas mesadas. Aquelas que estavas a juntar de repente começaram a desaparecer. A quantidade de flores que ofereceste não são propriamente baratas.

- Eu pensava que tinha sido discreto.

- Sabes a Reika não ia gostar de saber que tu estavas zangado com a melhor amiga dela. Por isso se amas como afirmas, vais regressar ao quarto de Reika e vais pedir desculpa. Era isso que a Reika haveria de querer. Que nos dessemos todos bem independentemente do que acontecer.

 - Tens razão. Desculpa.

- Não é a mim que deves dizer isso. Mas sim à Erika.

- Eu sei.

Sho observou a conversa entre os gémeos e viu como Ouzo tinha dado a volta a Ryuuji. Sho havia pensado que seria mais difícil, afinal os Furuyas eram conhecidos pela sua teimosia.

Os três encaminharam-se para o quarto de Reika e Ryuuji foi até Erika que já tinha cessado o choro:

- Desculpa não devia ter explodido com tanta facilidade. Devia ter tentado compreender o teu lado. Afinal tu também estás a sofrer. Viste a Reika a ser…

- Não faz mal. Compreendo que não te tenhas conseguido controlar quando vemos uma pessoa que amamos nestas condições.

Ryuuji arregalo os olhos. Como podia Erika saber que ela amava Reika. – Pensava Ryuuji.

Erika piscou para Ryuuji. E ele compreendeu que a amiga sabia. Afinal Ryuuji não tinha sido tao discreto assim…