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História Forbidden - Relação Entre Irmãos


Escrita por: Sweet-Demon

Notas do Autor


Dessa vez fui mais rápida. ;)
Estou tentando manter uma rotina pra minha vida, vou tentar por no mínimo uma vez por mês.
Espero que gostem e boa leitura!

Capítulo 51 - Relação Entre Irmãos


Fanfic / Fanfiction Forbidden - Relação Entre Irmãos

Amy

Drake continuava desviando de meus golpes o melhor possível, considerando o fato de eu estar sentava em suas pernas enquanto ele está deitado no sofá. Sei que caso ele quisesse seria fácil se livrar de mim, mas aproveitei seu divertimento com a situação para descontar meu aborrecimento por ter sido seguida até em casa por ele.

— Não adianta me bater, só vou embora quando seu irmão chegar. — Falou gargalhando como um idiota.

— Se manda, Drake! Não quero você aqui! — Reclamei. Tenho medo do que Drake pode aprontar quando finalmente conhecer meu irmão. Pode acontecer desde uma conversa civilizada até a terceira guerra mundial.

Pensando bem... Eu duvido que Drake consiga ter uma conversa civilizada...

— Para de ser invejosa, garota! — Sem coragem de tirar os braços de frente do rosto, ele me repreendeu em tom de brincadeira. — Não pode acabar com minhas chances de encontrar o amor da minha vida.

— Eu sou o amor da sua vida, e nem eu te aguento. — Parei de bater e, quando ele tentou me encarar, apertei a almofada em seu rosto. — Vai se arrepender de não ter ido embora. — Ele tentou rir, mas o travesseiro o impediu, fazendo com que ele se contorcesse igual uma lagartixa.

Quando ele começou a se debater mais a porta da frente abriu. Virei na direção da entrada e vi uma Amanda acabada, com olhos vermelhos e inchados. Ela parece cansada, mas despertou no instante que me viu tentando sufocar meu amigo.

Infelizmente sua reação não foi nada comparada com a do meu irmão, que parecia cobrar uma resposta com o olhar. Fiquei quieta o encarando, sentindo o desespero do Drake triplicar

— Oi, como foi o d... — Fui empurrada e jogada para o lado antes de terminar.

— Oi... Sou Drake... — Se apresentou sem folego, abrindo um sorriso radiante e galanteador em direção ao meu irmão.

— Olá, sou Amanda. — Ela respondeu amigável ao ver que Matt parecia fora de órbita.

O clima continuou estranho, com Drake esperando ansioso por alguma reação engraçada do meu irmão Sua cara feia era perceptível para todos ali, ele nem fez questão de disfarçar. Difícil saber o motivo de estar de mal humor. Ele saiu resolver os preparativos do casamento, deveria estar nas nuvens.

Se bem que nenhum deles parece muito feliz.

— Ele me seguiu. — Falei para quebrar o silencio. Agora foi a vez da Amanda me olhar com uma careta.

— Não teria seguido se tivesse me deixado te trazer em casa. — Tentou se explicar. — Passamos uma tarde tão boa juntos e você me dispensa na primeira oportunidade como se eu fosse uma garota de programa. — Lamentou com seu típico tom brincalhão.

Amanda parecia melhor ao assistir Drake sendo dramático.

Matthew nem tanto...

— Você não tem nenhuma amiguinha para te apresentar a cidade? — Tentei uma indireta muito da direta.

— Você é minha melhor amiguinha. — Devolveu, sabendo exatamente o constrangimento que está me fazendo passar.

— Drake eu te amo, mas quero te matar. — Sussurrei próximo dele. — Vaza e amanhã te pago um milkshake.

Seu sorriso duplicou de tamanho e ele ficou em pé.

— Bem, eu estava curioso para conhecer a família que a Amy fala tão bem. — Mentiu descaradamente, já que eu nunca falei mais do que algumas palavras sobre minha mãe. — Mas já está tarde e eu preciso ir.

— Não quer ficar para o jantar? — Amanda, como a boa mulher que é, ofereceu.

— Não! — Eu e Matt falamos ao mesmo tempo, causando uma crise de risos em Drake.

— Eu sei quando não sou querido. — Brincou, sem perder o sorriso, e me deu um selinho rápido. Abraçou Amanda com cuidado para não machucá-la e apertou meu irmão com toda sua força. Matt não o afastou e não correspondeu, ficando com os braços um pouco abertos esperando alguém lhe dizer o que fazer.

— Se soubesse nem teria vindo até aqui. — Puxei meu amigo e o empurrei em direção a porta, recebendo uma piscadinha antes de fechar a porta. Escondi os olhos como se isso me fizesse sumir do mundo. Foi a situação mais esquisita dos últimos meses.

Ouvi passos indo em direção aos quartos e suspirei.

— Ele é um charme. — Amanda sussurrou e seguiu meu irmão.

— Até demais... — Sussurrei para mim mesma e fui para a cozinha preparar qualquer coisa para comermos.

A janta foi rápida, em menos de uma hora estava tudo pronto. Durante a refeição meu irmão estava emburrado, mexendo na comida sem realmente comer. Amanda tentava me contar como andava as preparações do casamento com falso ânimo, mas Matt murmurava sempre que ela tentava fazer com que ele participasse. Quando percebeu que o assunto não andava, suspirou.

— Hoje foi um dia difícil.

— Pela cara dele, posso imaginar. — Comi um pouco.

Ficamos o resto da refeição em silencio, arrumamos tudo naquele clima quase mórbido e cada um foi para seu canto. Me preparei para dormir, sentindo o corpo pesado ao deitar na cama. Fiquei no celular mais tempo que o esperado, apenas voltando ao mundo real quanto minha porta abriu e eu vi o Matt ali, com a cara ainda completamente amarrada.

Ele veio decidido em minha direção e se sentou na beirada da cama. Abri espaço e ele se deitou ao meu lado. Ele escondeu o rosto com as mãos e ficamos em silêncio. Esperei ele começar a falar, mesmo estando nervosa sobre qual seria o assunto.

— Não sei se consigo aguentar. — Falou por fim.

Me virei em sua direção. Essas palavras podem significar milhares de coisas, então esperei ele se explicar.

— Eu sei que são os pais dela, mas aqueles dois são um inferno. Não aguento passar mais um minuto sequer perto deles, quem dirá aturar uma cerimônia inteira os agradando. Parece que eles não percebem o quão insuportáveis são. — Desabafou.

Naquele segundo eu preferia estar falando sobre qualquer outra coisa com ele. Eu sou a irmã mais nova, não sei nada sobre dar conselhos de casamento!

— Eles estão tentando fazer o que eles acham ser o melhor para ela. — Arrisquei e ele me encarou com uma sobrancelha arqueada. — O que? Nosso pai é um alcóolatra desiludido e nossa mãe está morta. Não sei como lidar com casamentos. — Me defendi.

Meu irmão soltou uma risada fraca, achando minha desculpa engraçada, mas sem forças para realmente rir. Pelo menos não está rabugento.

— Fico honrada de você vir até mim para pedir conselhos e tudo o mais, só que foi uma péssima ideia. Talvez a irmã da Amanda seja uma escolha melhor. — Lembrei alguém mencionando a tal irmã e arrisquei mais uma vez, recebendo uma careta em resposta. — Não? Tão ruim assim?

— Não tanto quanto chegar em casa e encontrar um estranho sendo torturado. — Diferente do que pensei, ele não parecia irritado. — Devo me preocupar?

— Provavelmente.

Matthew se virou para ficar de frente para mim. Nenhum de nós parecia incomodado com nossa proximidade, então a conversa pôde seguir. Na verdade é até reconfortante estar assim com ele.

— Talvez eu devesse conhecê-lo, sabe, para saber com quem minha irmãzinha anda. — Um sorrisinho apareceu no canto de seus lábios, mostrando que me provocava.

— Nunca! — Neguei com o tom de voz um pouco elevado, revirando os olhos de forma teatral. — Ele nunca mais sairia daqui. Sua cara emburrada foi a melhor resposta que poderia ter dado para ele.

— É?

— Uhum.

— E será que posso saber onde se conheceram? Não é como se você saísse de casa para conhecer gente nova...

— Olha a hora, está tarde. — Cortei o assunto na cara dura. Ele achou graça. — Está na hora de irmãos mais velhos e cansados saírem do quarto das irmãs mais novas e irem dormir. — Tentei empurrá-lo da cama, mas ele conseguiu me puxar para seus braços para me impedir, apertando-me contra seu corpo até eu sentir meus ossos estalarem.

Por mais que estivesse confortavelmente em seus braços, tentei usar minhas pernas para me afastar. Impossível! Mesmo que meus joelhos estivessem um pouco acima de sua cintura, empurrando-o com toda minha força e nos deixando em uma posição engraçada, ele ainda é maior e mais forte que eu.

Rimos tanto do nosso desastre que minha barriga começou a doer e eu desisti.

— Ganhei. — Sua voz soou divertida.

Matthew me puxou mais ainda em direção a si e beijou minha testa com carinho.

— Boa noite. — Falou com a voz um pouco mais calma e me soltou.

— Boa noite. — Respondi ainda deitada, vendo-o sair e fechar a porta do meu quarto.

Fiquei no escuro encarando a porta por bons minutos. Meu peito aperta e sinto que vou perder essa proximidade que tenho com ele no mesmo instante que ele disser “sim”.

É estranho pensar assim já que eu achei que o tinha perdido depois de ir embora, e pensei que não sentiria tantas saudades após minha mudança. Parece que estou fugindo da minha família que tanto prezei, o que soa dramático já que vou morar a alguns minutos de distância.

Respirei fundo para tirar esses pensamentos da cabeça e me foquei no importante: minha nova casa. Com sorte amanhã cedo eu receberei uma lista do dono com alguns móveis que já estarão disponíveis para mim, o que ajudará com minha mudança secreta.

Como será que o Matt vai reagir quando ver que eu me mudei?


Notas Finais


Comentem o que acharam :D
E uma perguntinha: desde que entrei na febre de ebooks eu estive pensando em transformar essa história em um ebook e postar na Amazon. Não tenho ideia se realmente vai acontecer, mas vai que OuO O caso é que queria fazer algumas mudanças, como o relacionamento do Matt e da Amy... Será que a história perderia muito o brilho se ao invés de irmãos eles fossem irmãos postiços (criados juntos desde cedo como irmãos, mas de pai e mãe diferentes). Quais suas opiniões sobre o assunto?
O único livro que já li com irmãos de sangue como casal acabou em tragédia, então tô meio incerta com isso O_O

Deixando isso de lado, tenham um bom dia, tarde e noite, seus lindos >3<


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