Regina e Robin estavam sentados logo embaixo da macieira, ponto de encontro deles desde que se apaixonarem e engataram o relacionamento, anteriormente proibido.
- nunca pensei que estaríamos juntos aqui, com nosso filho – disse a morena, com Roland no colo e olhando nos olhos do loiro que sorria para ela.
- e porque não? – perguntou Robin antes de acariciar a cabeça do filho.
- toda essa proibição, os problemas entre nossas famílias – a morena abaixou o rosto ao se lembrar dos problemas que enfrentaram e observou o rosto sereno do seu pequeno, que produzia alguns sons com a boca.
- já passou meu amor, agora nossa família está mais unida que nunca – Robin selou os lábios da sua amada – nada mais vai nos separar – os olhares se encontraram e os sorrisos surgiram involuntariamente nos lábios dos amantes, mais um beijo aconteceu.
Regina
Regina
Uma voz ecoava ao longe, a morena via a imagem de seu amado apagando-se lentamente, logo toda a paisagem havia sumido e sentiu seus olhos se abrirem violentamente por conta do susto de alguém acordar-lhe.
- o que houve? – se sentou a morena na cama preguiçosamente.
- onde esta Roland? – perguntou Ana – Arthur já chegou e quer levar vocês embora, vá se arrumar menina – continuava a loira apressada.
- como assim? Meu filho está no berço – Regina levantou já desesperada, caminhou rapidamente até o berço e o encontrou vazio, seu coração por um segundo parou de bater, sentiu como se não houvesse mais sangue correndo por suas veias – meu filho...- ela disse quase num sussurro.
- não se desespere menina, um dos tios dele devem ter pegado para brincar enquanto você descansava – Ana tentou amenizar, mas foi em vão.
- eles nunca fariam isso! – a morena saiu de camisola do quarto, desceu em direção a sala de jantar esbravejando – onde está meu filho?
*************
Cora estava carregando o cesto em que continha Roland, a mulher tinha o passo apressado, ia em direção ao meio da floresta, olhava para trás constantemente para garantir que não estava sendo seguida. A senhora aproximou-se de uma pequena e simples casa, bateu três vezes na porta. Não demorou quase nada para que a porta de madeira se abrisse.
- entre, rápido – disse a moça que atendeu a porta.
Ela possuía uma pele clara, os olhos escuros como os de Regina e os cabelos da mesma cor, as duas até tinham algumas características físicas semelhantes.
- eu trouxe a criança, sorte sua que é um menino, tenho certeza de que seu marido ficará muito feliz em saber que é pai – sorriu cora enquanto retirava a criança do cestinho, agora apoiado no chão, como se tivesse repulsa dele, Roland começou a chorar – pegue-o logo – disse a ruiva esticando o menino em direção a sua “nova mãe” – detesto choro de criança. – cora encerrou sua frase, assim que a moça pegou o menino em seu colo delicadamente tentando acalmá-lo.
- meu marido ficará tão feliz ao voltar da guerra, depois de quase 10 meses naquele campo de batalha, esse é o mínio de alegria que eu devo a ele – comentou a moça com o sorriso que atravessava seu rosto enquanto ninava a criança – tem certeza que esse menino foi abandonado? Ele me parece muito bem cuidado – perguntou ela desconfiando de cora.
- minha querida Eva, você acha que eu lhe traria uma criança roubada? Esse menino e foi entregue a um mês atrás, ainda com poucos dias de vida, como eu te disse antes – mentiu ela. – a família dessa criança não o quer de jeito nenhum.
- que pena – comentou Eva ao olhar a criança – um menino tão lindo, me parece ter uma energia tão especial, não entendo como uma mãe pode abdicar de um filho tão facilmente, ainda mais um recém nascido – Eva voltou o olhar para cora, que a observava calada.
- enfim, isso não é da minha conta, agora eu tenho que ir, meu marido me espera, tenha uma boa tarde – Cora virou-se, abriu a porta mas virou-se antes de sair por completo – boa sorte com o primeiro filho Eva.
- espera! – chamou a moça – qual o nome dele?
- Roland – respondeu Cora por extinto, mas sabia que se aquele nome fosse mantido, poderia trazer-lhe problemas – mas chame-o como quiser – a senhora saiu e fechou a porta atrás de si mesma. – droga! – resmungou ela ao sentir a frustração por ter sido entregue pela própria língua.
**********
Não demorou muito Cora entra na sala de jantar como um raio, mas pra sua sorte, o local estava totalmente vazio. A ruiva senta-se em uma das cadeiras em volta da mesa e espera os problemas começarem.
- você! – gritou Regina, ainda de camisola, surgiu da porta que dava acesso ao jardim indo em direção a sua mãe com ódio no olhar.
- eu? – perguntou cora.
- você mesma, onde está meu filho? Pra onde você o levou? – Regina pegou a senhora pelo braço, fazendo-a se levantar, cora solta seu braço violentamente.
- o que você pensa que está fazendo? Me respeite que eu sou sua mãe!
- eu acho bom você me devolver o meu filho, caso isso não aconteça, eu vou esquecer qualquer vinculo sanguíneo que eu tenho com você, eu destruo a sua vida, tá entendendo bem? – Regina proferiu tais palavras perigosamente próxima de sua mãe, seus poros exalavam ódio.
Cora sentiu seu corpo estremecer, nunca imaginou que Regina chegaria a tal ponto, supôs desespero, lágrimas, gritos, mas ameaças diretas, isso ela não esperava de Regina.
- eu não sei onde está seu filho, um de seus irmãos deve estar com ele – disse cora tentando disfarçar seu medo.
A morena segurou a mão pelo pescoço e começou a apertar.
- Regina! – a voz de Zelena ecoou pela sala, mas mesmo assim a morena não parou, sua irmã teve que arranca-la de perto da mãe para que ela não cometesse uma besteira – não vale a pena, vá embora com seu marido, ele já disse que vai mandar a tropas procurar por seu filho.
- ela o matou Zelena – Regina já estava aos prantos, sendo segurada pela irmã mais velha, enquanto encarava sua mãe que agora estava apoiada na mesa com uma mão, enquanto a outra acariciava o próprio pescoço.
- Regina – Zelena chamou a atenção da irmã caçula – eu tenho certeza que Roland está bem, agora vá, você tem que ir com Arthur.
A morena não havia deixado de encarar a mãe nem por um segundo sequer, mesmo quando estava sendo retirada da sala de jantar, Regina ainda a observava, até que enfim se encontrava longe demais para insistir no contato visual.
- meu amor, como você está? – Arthur vai em direção a morena, que agora possuía um olhar apático e não responde nada ao noivo.
- ela não esta na da bem Arthur, por favor, dê um tempo a ela – pediu Zelena, o rapaz concordou imediatamente.
Arthur pegou Regina pela cintura e começou a guia-la em direção a carruagem que já estava parada na porta do castelo dos dois.
- Henry, te darei noticias de sua filha sempre que for possível, garanto-lhe que ela será muito bem cuidada. – disse Arthur ao colocar a princesa para dentro de sua carruagem.
- eu sei que será, mas por favor, não esqueça das noticias – o rei olha o estado da sua vida para dentro da carruagem, o olhar perdido, os olhos vermelhos e inchados de tanto chorar – esse bebê...eu nem sei como...
- não se preocupe meu sogro – disse Arthur – vou colocar todas as minhas tropas atrás do Roland, afinal, eu também perdi um filho.
Henry assentiu com a cabeça e observou seu futuro genro entrar na carruagem e partir com sua filha.
~X~
- Robin, Robin! – David corria em direção ao primo, que estava deitado sem camisa.
- que foi? – perguntou Robin assustado pelo desespero do primo.
- ah, vista-se pelo amor de deus – disse David fazendo cara de desgosto e cobrindo os olhos arrancando risos do loiro.
- fala logo o que você quer – levantou-se Robin.
- eu acho melhor você sentar – comentou David, seu semblante estava realmente preocupado.
- o que aconteceu com a Regina? – supôs o loiro.
- o filho de vocês foi roubado, e ela acabou de ser levada para o reino de Arthur como mulher dele – David cuspiu as palavras de uma vez só, não adiantava amolar Robin, a notícia seria bombástica de qualquer jeito.
- como é que é? – perguntou Robin incrédulo.
O loiro começou a colocar o resto das peças de roupa que faltavam em seu corpo rapidamente, assim que estava devidamente vestido pego sua espada e a colocou na cintura.
- aonde você vai? – perguntou David.
- pegar minha mulher de volta e recuperar meu filho – respondeu o loiro, convicto da decisão que tinha acabado de tomar.
- você só pode estar louco – David tentou segurá-lo ao vê-lo sair do quarto.
- não estou louco não, é minha obrigação, eles são minha família – o coração de Robin nunca esteve batendo tão rápido, a adrenalina agora tomava conta dos seus sentidos.
- se você se aproximar de qualquer um deles, todos morrem esqueceu? Ou você acha que os irmãos da Regina estão super felizes com a gravidez repentina da irmã caçula? – Robin abaixou a cabeça sentindo impotente.
- eu não posso ficar aqui sentado – disse Robin, seu olhar era desesperado.
- não só pode, como deve – David colocou uma das mãos no ombro do primo – isso é pela segurança deles.
Robin estava de mãos atadas, sua presença mataria aqueles a quem ele ama, mas também não suportaria ficar parado enquanto seu filho estava perdido pelo mundo.
~X~
Um mês havia se passado depois do incidente com Roland. Arthur já havia desistido de procurar por ele, mas não iria contar a Regina que encerrou as buscar pelo menino, a morena ainda estava visivelmente abalada, mal comia, não falava, apenas ficava trancada dentro do quarto, observando o dia passar em sua varanda. Em uma noite dessas em que Regina observava as estrelas e a noite passar a morena recebeu uma visita inesperada.
- ora ora, olha só quem já se tornou uma mulher – uma voz masculina surgiu ao lado dela, Regina se assustou.
- quem é você? – perguntou a morena dando um passo para trás.
- ah, não tenha medo querida, meu nome é rumplestilsken – o homem se apresentou – eu estou aqui para te ajudar.
- me ajudar? – perguntou a princesa, curiosa.
- sim, mas é claro – respondeu ele, gesticulando com as mãos.
- mas como? – perguntou ela cerrando os olhos e diminuindo o tom de voz para não acordar Arthur que dormia tranquilamente na cama de casal do quarto.
- amanha é a sua coroação não é? – perguntou o homem
- sim, e como isso vai me ajudar?
- ah não querida, isso vai ME ajudar – ele respondeu fazendo a morena franzir as sobrancelhas - enfim, eu conheço artifícios que podem te ajudar a encontrar seu bebê.
- como você sabe? – perguntou a morena, pasma. Aquilo tinha sido totalmente abafado.
- eu sei de muita coisa – ele respondeu gesticulando com as mãos novamente.
- então ensine-me
- não é bem assim, primeiro eu preciso que você se torne rainha.
- porque quer tanto isso?
- digamos que isso será necessário para fortalecer a nossa amizade – ele sorriu demoníaco.
A disposição de Regina para fazer qualquer coisa que a fizesse recuperar seu bebê junto com a mente diabólica de Rumplestilsken poderia ser uma combinação desastrosa.
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