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História Forever Ties - Capítulo 02 - Broken


Escrita por: Minzylorde

Notas do Autor


Olá meus amores, espero não ter demorado muito para postar, era para o capítulo ter saído ontem, mas como eu tinha que reler para tentar deixar o minimo de erros possíveis, eu acabei deixando para hoje mesmo. Estava muito morta ontem, mas enfim, cá estou para resolver esse nó que deve estar na cabeça de vocês.

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Capítulo 2 - Capítulo 02 - Broken


Fanfic / Fanfiction Forever Ties - Capítulo 02 - Broken

Capítulo 02

 

 “Nada foi em vão, o amor existe e vale a pena se doar
mesmo que signifique perder o chão sob os seus pés
.” 

–Bae?... – Antes que Irene pudesse tomar qualquer tipo de reação, os músculos novamente travaram ao escutar aquela voz.

–Taehyung? –Jimin apertou os olhos, enquanto a figura do amigo ficava visível à medida que ele se aproximava junto a Jungkook, Hoseok, Jin e sua namorada.  

Park exaltou-se ao encarar Jin de mãos fortemente atadas com a mulher que compartilhava a cama pela manhã.

–Bae? –Uma voz feminina agora insistia em chama-la, o que trouxe os olhos de Jimin para expressão perdida de Irene a loira que ele nem se dará o trabalho de saber o nome.

Irene juntou toda sua coragem para virar-se e encarar os velhos amigos de cabeça erguida – Não poderia ser tão difícil, não é? 

– Oppa, me diz que é miragem. – A coreana balançou o braço do namorado, que não conseguia desviar o olhar assustado que estudava com atenção cada pedaço da loira.

–JungHee-ah. –Ela sorriu encarando o rosto da ex-melhor amiga.

Antes que Irene fosse capaz de dizer algo a magra coreana de roupas extremamente justas fincou os saltos sobre o asfalto, e sem hesitar deixou um tapa estalado e brusco sobre a face pálida que agora recobrava um grande tom avermelhado junto ao arranhão das unhas pontudas.

–O que pensa que está fazendo? –Jimin berrou, afastando o corpo de Irene para trás do seu.

–Está de brincadeira Jiminie? – Jiminie? Desde quando você o chama assim?

–Já disse para não me chamar assim. –Berrou novamente, fazendo com que Jin rosnasse trazendo o corpo da namorada para trás de si.

–Isso é realmente irônico vocês não acham? –JungHee soltou uma gargalhada aguda, fazendo os olhos de TaeHyung se revirarem. 

–O que está fazendo aqui? –A voz de HoSeok foi como uma porta ao céu, as lágrimas que Irene reprimiam era pouco para a visão do rosto embargado de seu melhor amigo. 

–Você não tem o direito de estar aqui... –TaeHyung soltou em um murmúrio, desviando o olhar da pequena Irene, a que ele costumava proteger contra tudo e todos.

–Por que não diz nada? –Jin explodiu deixando que a raiva que sentia pelo amigo fosse transpassada a figura da mulher.

–O que a com vocês? – Fora a vez de Park berrar. Odiava a sensação de sentir-se um completo idiota, e era exatamente como se sentia sendo ignorado daquela forma.

–Você realmente não tem o direito de estar aqui. –Jin prosseguiu, sem se importar com a fala do ex-amigo. 

–Não é nada que eu já não tivesse escutado. – A voz fraca de Irene suspendeu o silêncio, e os olhos de Park Jimin.

–Você é idiota ou que? O que ainda faz ao lado dela Jimin-ah? –JungHee insistiu.

–Parem! Parem de agir como se ele não estivesse bem aqui e agora. – Irene berrou surpreendendo a todos. – Passaram tanto tempo apontando a “pessoa” que ele se tornou... Droga! Esse é o Jiminie, ele ainda está aqui. Já tentaram de fato conhece-lo? Eu passei apenas algumas horas em meu completo luxo, e já me dei conta do quanto o novo Jimin é tão incrível quanto o velho. Acontece que esse é quem ele é agora, quer vocês aceitem ou não. – Suas palavras saltaram sem qualquer pausar para respirar, era como um grito no escuro e literalmente.

–Quem é você? –Jimin procurou o olhar castanho assustado, a visão começara a falhar pela segunda vez no dia, Irene novamente recobrara as madeixas negras aos seus olhos. A dor forte na cabeça começara a piorar, Park logo levou as mãos a cabeça.

–Ahh! – O grito rouco foi o suficiente para que todo o seu corpo se encolhesse.

–Hyung! –Jungkook foi o primeiro a correr a seu encontro.

–Irene já chega. – A voz de Sue surpreendera a loira que se afastou em consequência deixando Jimin agachado ainda com o olhar sobre si.

–Qual o seu problema? –Sue gritou, balançando os ombros da amiga.

–E-eu.. Mas eu não disse nad...

–Já chega! Leve-a daqui. –A voz grave e autoritária de Namjoon fez a mestiça arrastar a loira para longe do tumulto, a uma distância favorável para que explodisse.

Irene juntava as próprias forças para parar de tremer e encarar sua realidade, no entanto, as mãos tremiam e os lábios trincavam pelo vento gelado que batia contra o corpo pálido e gélido, era como se as lágrimas estivessem entaladas, e deixa-las cair seria como aceitar toda a carga que impunham em seus ombros.

Realmente é minha culpa Jiminie? Eu já não consigo te olhar com os mesmos olhos, acontece que o meu eu egoísta me permitiu seguir em frente acreditando que você seria forte o suficiente para seguir o seu caminho sem mim, sem a garota infantil que sempre fora totalmente dependente de você. Era o que você queria não era?

–Yah! –Sue suspirou alto, pisando fundo sobre o asfalto molhado. –Qual o seu problema Irene-ah? Quem é Park Jimin para você afinal? De repente você acha que conhece uma pessoa, aposta tudo nela e logo descobre uma outra realidade onde essa pessoa acaba mostrando as verdadeiras vertigens. De que lado eu devo ficar Irene? Da para ver naqueles olhos o quanto ele não quer se lembrar dessa cicatriz. O que realmente aconteceu? Eu realmente quero acreditar que você tem um bom motivo para reparar toda essa culpa que você nem ao menos aguenta carregar.

–O meu problema? Não... Qual é o seu problema? –Irene berrou cessando os passos.

–O-o que?

–Quem você pensa que é para achar que sabe algo sobre o Jimin? Por que quase o beijou hoje mais cedo? Ou porque encontrou naqueles olhos a algo que só o Steve tinha? – Bae fechou os punhos, ainda de costas a Kwon que vinha logo atrás. –Então quem eu penso que sou? Não, não Sue-ah... Quem você pensa que é?

–Como ousa? –Sue apertou os passos e deixou que um tapa estalado formigasse sobre as bochechas já inchadas de Bae que fechou os olhos apertando ainda mais os punhos. – Steve? Nunca mais ouse tocar nesse nome. Você nem se quer o conheceu, então não use mais essa boca mentirosa parar tocar nesse nome. –Os olhos de Kwon transbordavam e Irene sabia bem o motivo. Aquele era o único ponto fraco de Kwon Sue, pois esse foi o único e fiel amor de sua vida, Steve Miller. Um dos melhores guitarristas dos últimos tempos, ou melhor, teria sido se não fosse pelo acidente aéreo há dois anos. Steve viajava de volta para Londres, vinha da casa dos pais em Milão, o veiculo aéreo sofreu uma turbulência e até então nenhuma noticia sobre avião havia sido encontrado, apenas a certeza de que todos os passageiros haviam sido mortos. – Quem eu penso que sou? – Pigarreou, dando uma breve respiração cansada. –Eu achei que fosse sua amiga.

Em poucos minutos a figura de Sue foi se perdendo na escuridão, enquanto os pingos da chuva já alcançavam a pele descoberta de Bae que ainda suportava as lágrimas entaladas, encarando o céu escuro.

Qual o problema comigo? Jiminie, isso é tudo culpa sua. Voltei a me sentir uma fraca desprotegida que se impõe a culpa sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo. Perdoe-me por não manter a promessa, me perdoe por continuar sendo fraca.

Irene fechou os olhos, e sentiu o corpo pesar com os flash’s em preto e branco.

–Vamos! Nós temos que ir. – Disse a voz grosseira da mulher que puxou o braço da filha descalça.

–Só me deixe vê-lo, por uma última vez... Só uma vez. – A loira chorava feito uma criança aos pés da mãe. – Por favor, por favor...

JÁ CHEGA! – Berrou a mulher de meia idade. –Foi o combinado não foi? Quem você pensa que vai continuar pagando as despesas do hospital? Sabe o quanto aquela cirurgia me saiu caro? Esse garoto poderia estar paraplégico agora, você tem alguma noção disso? Acha que aquela mulherzinha e o marido desempregado conseguiriam arcar com a conta do hospital? Já concedi a esse seu capricho ridículo, não permiti que o garoto virasse um estorvo para a família que já não tem onde cair morta.

O que a com a senhora mamãe? O que aconteceu com a SunHee daqueles retratos? –Apontou para o criado mudo. –Onde foi parar o seu coração? Do que adianta ter todo o dinheiro do mundo, quando esse coração gelado e vazio nunca estará satisfeito com nada? E por quê? Tudo isso por que o papai nos deixou para se casar com outra mulher e agora MinSoo-shi está fazendo o mesmo? Mas... Fazer o que mamãe, eu não os culpo. Quem aguentaria conviver com essa mulher robô e compulsiva por dinheiro que você se tornou?

Irene foi calada pelo tapa forte e estalado das mãos pesadas e grossas da mulher tremula a sua frente.

Como é? Robô? Você por acaso tem alguma noção de como eu trabalhei duro para chegar aonde cheguei? Uma mulher solteira com um bebê sem pai nos braços? Sabe como a sociedade sul-coreana é cruel? Não, você não sabe. Porque cresceu tendo tudo do bom e do melhor, cresceu cheia de mimos e caprichos pelos quais só foram possíveis pelo meu suor, pelo suor dessa mulher robô que deu a cara a tapa para que o mundo não tocasse em uma criança indefesa.

A única coisa que essa criança sempre pediu foi amor e não presentes caros. Aquela família que “não tem onde cair morta” é um poço de amor sem fundo, nunca precisaram de todos esses mimos para criar um filho saudável e feliz sem precisar de um carro ou um escargô para o almoço.

Você é uma ingrata! – SunHee continuava a berrar com a voz tremula, colocando a mão sobre a testa e fechando os olhos com força. Era visível seu mal estar, mas Irene estava tão imersa pelos próprios sentimentos que não daria mais trégua aos caprichos da mãe.

Ingrata? Eu não pedi por essa vida que esbanja a riqueza por onde quer que passe. Eu não pedi para ser filha de uma mulher fria e sem coração como você.

Você se quer tem noção de suas palavras? –Seu tom de voz já não era mais tão preciso, era baixo e cheio de dor. –Toda essa vida sofrida e cheia de preconceito, para que não tocassem na única coisa que realmente tinha valor para mim, o meu tesouro, a minha menina.

Oh! Por favor, não me venha com essa. – Irene elevou o tom de voz, revirando os olhos. –Não acha que é tarde demais para tais palavras doces? Sabe o quanto eu almejei ouvi-las? Mas era exatamente ao contrario, como era mesmo que você dizia? Olhe para essas notas? 89.1? Você é uma garota burra por acaso? Como pode errar três malditas questões? Melhor nota da sala? Isso se quer pode ser considerada uma nota? – Respirou fundo e continuou a imitação sobre as palavras pesadas da mãe. – Ou você se esqueceu do inferno que foi a minha vida escolar? 24 horas de estudos obrigatórios, para ser a filha perfeita e talvez assim ganhar um pouco do seu amor.

Eu queria te tornar uma mulher forte. –Murmurou.

Jura? Eu tive medo da minha própria mãe por anos, e isso foi promissor para você? Olhe bem para mim, sou uma garota fraca, frágil e medrosa. Posso parecer ter tudo senhora Bae, mas a verdade é que eu não tenho nada.

Você acha que não foi doloroso para mim? Não poder dar o amor que a minha menina merecia? Perder cada peça de teatro na escola, os recitais, o primeiro livro que leu por conta própria? Doeu muito Irene-ah, mas eu precisava! Você precisava aprender a viver sem o meu apoio. – A lágrima grossa e orgulhosa finalmente descera junto a todas as outras que havia guardado por anos.

Do que está falando?

Logo eu vou me tornar uma pessoa incapacitada, demente, perderei todas as minhas funções cognitivas como memoria, orientação, atenção, linguagem...Tudo vai desfazer-se com o tempo, eu tentei retarda-la ao máximo que pude, quis te dar uma família nem que fosse por pouco tempo. Me casei as pressas sem renegando a qualquer tipo de amor, por você. Mas o que eu posso fazer minha querida? Essa doença não tem cura.

C-como? M-mãe? Yah!... Pare de falar bobagens. –Irene começou a dar passos para trás,  enquanto cada musculo parecia entrar em choque. –Já me torturou de mais mamãe, já chega. Chega de brincadeiras...

Ah minha menina, eu queria muito estar brincando. –SunHee puxou a filha para seus braços, acariciando os fios longos e negros assim como os seus. –Eu preciso ter a certeza de que você vai ficar bem, porque um dia eu apenas tomarei conta de você bem aqui. – A mulher colocou a mão sobre o peito da filha, limpando as lágrimas intrusas que encharcavam o rosto delicado de sua menina.

Mamãe...

Me perdoe Irene-ah, eu sei que vai ser difícil. Mas um dia, por mais que demore eu sei que vai entender. Precisa se afastar desse rapaz e me mostrar que pode ser uma garota forte e independente, capaz de sobreviver sem o meu apoio. Iremos para Londres, e como recompensa tomarei conta de todos os gatos do tratamento e o que esse rapaz precisar para voltar a ter uma vida normal. Me entendeu? Irene, eu preciso de você.

Eu preciso de você! – Aquelas palavras soaram como um eco em seus ouvidos. 

Quando amamos alguém mais do que a nós mesmos, é preciso fazer o certo mesmo que essa pessoa não percorra o mesmo caminho que o nosso. Um dia, você vai entender as minhas palavras, porque esse coração frio um dia já foi quente e viveu um amor capaz de transbordar oceanos.

[...]                                            

Eu realmente achei que ela melhoria com o tempo, mas não foi o que aconteceu. E também não importa o quanto eu pense, no final das contas Jiminie, você sempre teve a todos eles, os melhores amigos que alguém poderia pedir, uma família calorosa e cheia de amor para dar. Enquanto ela só tinha a mim, talvez você nunca entenda os meus motivos, mas no meu coração eu ainda sinto que fiz o certo.

–O que faz parada nessa chuva? Aish... Porque eu sempre tenho um mau pressentimento a seu respeito? –O mais alto correu até Irene colocando o casaco grande sobre suas costas molhadas.

–Mon... –Choramingou puxando a camisa de Namjoon. –Ela realmente precisava de mim, ela só tinha a mim... Sabe como foi difícil ir embora? Eu realmente fiz o certo Namjoon-ah. Então por que estão fazendo com que eu me sinta tão errada? –Ao contrario dos diversos pensamentos contrários aquela era a sua pequena e vê-la totalmente indefesa sempre foi o seu maior fraco. Mesmo sem entender os sussurros chorosos ele a aninhou em seus braços, acariciando os cabelos molhados.

–Está tudo bem, vamos sair daqui. –Mon puxou o corpo pequeno, obrigando-a a seguir seus passos.

–Mas a Sue, eu não posso deixa-la sozinha...

–Esse é realmente o problema agora? Ela te deixou sozinha Irene, não consegue enxergar a si mesma por apenas um minuto? Por que precisa continuar fazendo com que eu me preocupe desse jeito? – Sussurrou frustrado, enquanto ela apenas soluçava ouvindo atentamente cada palavra da voz que tanto sentia falta. –Se te tranquiliza, ela foi levar o Jimin para casa. Pelo menos assim ele e Jin não se matam pelo caminho.

–Mon? –Ela levantou a cabeça parar encarar o rosto moreno.

–Hum? –Abaixou o olhar para encarar o rosto meigo.

–Obrigada!

[...]

No dia seguinte, a claridade da janela forçaram os olhos inchados pelas lágrimas voltarem a se fechar assim que entrara em contato com os primeiros raios solares. Irene virou o corpo para o lado, encontrando o rosto sereno de Monster que dormia pesadamente ao seu lado.

–NamJoon-ah! –Ela o chacoalhou. –Você está atrasado. NamJoon-ah, acorde!

–Só mais um pouco. –Murmurou a voz rouca, fazendo-a rir – as pequenas coisas nunca mudam.

–Eu ainda me lembro de como te fazia acordar, vai mesmo querer um remember? –Ela franziu a testa, preparando os dedos para o ataque.

–Nem pense nisso. –Mon deu um pulo na cama, já segurando os braços pequenos, encarando-a com um sorriso de canto nos lábios.  –O que foi? –NamJoon deixou o sorriso cair assim que encontrou a expressão chorosa novamente incomodando o rosto infantil.

–Nada... –Fungou. –Você sorriu, achei que nunca mais te veria sorrir.

–Ahn... Estamos atrasados, vamos. – O moreno levantou as pressas, virando o rosto rubro para fora de seu campo de vista.

–Estamos?

–Você veio para cá com um proposito, já quer desistir? –Ele arqueou a sobrancelha, puxando roupas limpas do armário.

–Não, mas...

–Sem mais, acho que ainda temos umas peças de seu antigo uniforme.

 –SooMin-shi está lá em baixo?                    

–É seu pai Irene, é assim que ele ainda te vê então não se incomode em chama-lo assim. –Namjoon suspirou, e foi de encontro ao banheiro. –Use o banheiro do corredor, ele está viajando a trabalho por isso te trouxe para cá.

[...]

–Se você fosse um cara, eu realmente já teria te socado por continuar me seguindo.

–Qual é senhor Park Jimin o destemido, iria mesmo socar um cara tão lindo como eu? –Sue tomou a frente do rapaz caminhando de costas para a entrada, o que a fez tropeçar nos próprios pés sendo amparada pelos braços firmes de Park.

– Aliás, essa não era a parte que você me pegava antes mesmo que eu caísse ao chão? –Jimin sacodiu a cabeça com os flash’s da noite anterior, encarando o rosto próximo da garota a sua frente. Park logo a afastou de si, voltando a caminhar com as mãos sobre os bolsos da calça.

–Yah!

–Não me siga, eu realmente sei ser uma pessoa desagradável, então não me force a tal. –Ao contrario do que certamente faria sendo a orgulhosa que sempre foi, Sue permaneceu imóvel. De alguma forma as palavras rudes de Park a haviam magoado e profundamente.

–Qual o seu problema Park Jimin? Porque estou me preocupando por alguém que mal conheço? –Murmurou, apertando os passos para voltar a alcança-lo.

[...]

–Ele deve estar na academia do ginásio agora, você precisa encontrar outra forma de chamar sua atenção. –Mon a instruía, enquanto entravam sorrateiramente após pularem o muro dos fundos do  instituto.

–Aish... Olha só para os meus joelhos, como pode me fazer pular esse muro com essa saia tão curta? Eu cresci Namjoon. – Irene olhava com pena para os joelhos arranhados pela queda mal elaborada.

–Cresceu? Eu tenho não certeza, se cresceu é quase imperceptível. –Mon passou pela irmã bagunçando os fios loiros. –Aliás, eu gostei da cor, mas o natural sempre combinou mais com você.

–Eu realmente nunca poderei me acostumar a essa personalidade bipolar. –Resmungou seguindo o moreno alto.

–Eu sabia que o encontraria aqui. –Monster sorriu satisfeito, vislumbrando a imagem de Jimin suado com a regata larga marcando todo o abdômen bem trabalhado. Park socava o saco de box, cada vez com mais precisão ultrapassando o próprio desgaste físico.

O suspiro alto do irmão foi o suficiente para que Irene entendesse que aquela era a forma que ele havia encontrado para reprimir todos os seus sentimentos.

–É como uma rotina, ele parece bem a olho nu, mas é preciso realmente conhece-lo para perceber que não passa de uma fachada. Mas, acredito que as coisas até que tem melhorado, costumava ser os rivais do instituto no lugar daquele saco.

–O que realmente aconteceu?

–Sinceramente... –Suspirou. –Eu não faço a mínima ideia. A reabilitação foi dura com ele, todos os dias era um desafio, o fato de poder andar é realmente um milagre e sendo o velho ou novo Park, ele nunca aceitou a ajuda de ninguém. Tornar-se totalmente dependente dos pais foi realmente duro, principalmente quando a memória começou a voltar, aos poucos a dura realidade fez com que ele não suportar-se depender da ajuda de outras pessoas para fazer as atividades normais de um ser humano.

–Tão orgulhoso... –Murmurou deixando que uma lágrima teimosa escorresse por sua bochecha.

–Não é assim que eu vejo. Em seu lugar eu nem sei como teria reagido a tudo isso, e esse talvez seja o motivo pelo qual não posso deixa-lo, por mais que ele faça de tudo para nos afastar eu sei que ele ainda se importa, e eu não quero pagar para vê-lo desistir de si mesmo.

–Você realmente é um bom amigo Oppa. – Irene apertou os passos, deixando um sorriso para trás. Ela tinha um objetivo diferente agora, mostrar a Park Jimin a pessoa forte que havia se tornado, e não só a ele, mas fazê-lo querer mostrar a todos que o novo Park era ainda melhor do que o antigo.

Irene correu pelo ginásio como uma fugitiva até ficar a poucos metros de seu objetivo. Bae abraçou o saco de box com os olhos fechados – dizem que uma garota nunca deve se colocar na frente dos punhos de um homem, e parece que a loira não sabia disso.

–O que está fazendo? –Berrou perplexo com os punhos preparados que por pouco não acertaram o saco. O olho de Irene ainda permanecia fortemente fechado, e a respiração pesada na qual Park se segurava para não achar engraçado.

–Não é óbvio? – Ela abriu um olho de cada vez, suspirando aliviada por não ter sido esbofeteada.

–Sério? –Pigarreou, arqueando a sobrancelha. –Quer mesmo levar um soco? Se for o caso... –Park avançou, voltando a fechar os punhos com um sorriso maldoso nos lábios, fazendo com que Irene contesse a própria respiração. –Aigo! Posso ser o pior dos delinquentes, mas ainda tenho um fraco por mulheres bonitas, idosos, e crianças. –Riu baixo, coçando a nuca.

–Então você me acha bonita? –Ela sorriu se orelha a orelha, colocando as mãos sobre a cintura. –Bom, realmente me acham uma beleza e tanto, não seria para menos... –Jimin novamente pigarreou.

–Eu não disse que te encaixava na categoria de “mulheres bonitas”. Está mais para uma criança.

–E você pode se apaixonar por uma criança? – A loira avançou o único passo que os separada, inflando o peito.

–Você realmente é uma garota de atitude. – Park afastou o rosto próximo da garota empurrando sua testa com o dedo indicador. –Eu não sei da onde você surgiu, mas eu realmente estou curioso a seu respeito, então podemos no máximo ser amigos.

–Amigos? – Perguntou desanimada.

–Que foi? Você não quer? Então tudo bem... –Ela fitava os pés, mexendo nas pontas do cabelo enquanto Jimin a encarava pelos cantos dos olhos.

–Não, não, não. –Ela apertou o braço do mais velho, forçando o melhor sorriso. –Vamos ser amigos! Eu quero ser sua amiga.

–Senhor Park... – O nome vinha cantarolado da voz fina que logo foi perdendo a força, ao encontrar a figura baixa e loira que fazia seu corpo ferver.

– Sue-ah... – Bae murmurou, deixando que as mãos se afrouxassem soltando os braços do mais alto.

–Achei que não viria hoje.

–Posso dizer o mesmo. –Bae sussurrou, o suficiente para que só Park escutasse. O moreno estudava cada perca de entusiasmo naquele rosto pálido, de alguma forma aquela mulher era a grande incógnita em sua vida, uma que todos queriam afastar enquanto ele lutava para não querer por perto.

O sinal havia soado, o lembrete final para que Irene se apressasse a procura de um esconderijo, no entanto, Sue foi mais rápida entrelaçou os dedos longos a mão gordinha de Park e o puxou para que a seguisse, enquanto Irene apenas encarava a expressão perdida de Jimin que ao contrario do que esperava tinha os olhos cravados no rosto bonito de Sue, seguindo-a sem muito questionar.

Você me olhava da mesma forma...

Sue só parou de correr quando os pulmões imploravam por ar, e as pernas por um descanso.

–Eu realmente gostaria de entender o que te faz se apegar a mim mesmo transbordando de tanto orgulho? –Park ria com dificuldade, também pela falta de ar. As bochechas rubras de Sue foram incapaz de deixar que seus olhos o encarassem.

–Acredite, também é um grande ponto de interrogação para mim.

–Tenho que enfatizar que a carne é fraca, ainda mais por um rosto tão bonito. – Jimin se aproximou da figura magra, segurando o rosto delicado com uma das mãos. –Mas quer saber de uma coisa? Eu realmente odeio alguém que trai os amigos. Quero acreditar que você puxou a mão errada. – Os olhos indecifráveis de Park assustavam a figura alta e magra da mestiça que ao contrario do que pensava, não sabia lidar com aquele desconhecido.

–Me impressiona a sua fidelidade a amizade, se eu não me engano os rumores por essa escola não te fazem o melhor amigo da nação. Convenhamos senhor Park, dormir com a namorada do amigo não é a coisa mais fiel a se fazer por uma amizade. –Orgulhosa e incapaz de levar desaforo para casa. Essa era a personalidade que Kwon tinha por natureza, não aquela que se espelhava atrás de Bae Irene.

Jimin riu sarcástico, apertando a mão que segurava o rosto bronzeado.

–Então não somos boas pessoas. – A respiração do moreno já se misturava a falha tentativa de retribuir o ar que falta nos pulmões da garota.

 Aquele era o Park Jimin que apenas a figura loira conseguia reprimir, com ela era como se o melhor de si fosse despertado, e no olhar daquela mestiça tudo o que ele conseguia enxergar era o reflexo daquele sorriso infantil. 

–Jimin? Está tudo bem? – Sue se assustou com a careta de dor daquele homem que recuava em pequenos passos.

Fleches daquele sorriso invadiam sua mente, a risada contagiante, o brilho no olhar, os fios longos e negros que lhe davam tanto charme. A beleza natural que só ela possuía, que a seus olhos era o defeito mais perfeito que alguém poderia possuir, no entanto, era uma beleza comum que mais parecia um pecado aos olhos de Park.

–É-é você. –Jimin se aproximou inconscientemente.

–O-o que? –Sue tentou recuar, mas Park puxou sua cintura que bateu de encontro ao peitoral suado. –D-do que está falando? J-jimin?

–Era o que faltava não era? Você...

–Jimin eu não estou entendendo.

–Irene... –Ele acariciou a face sem expressão que mantinha as orbes arregaladas. –Como eu pude me esquecer.

Antes que Sue fosse capaz de tomar qualquer atitude, ou se quer desmentir seus olhos paralisaram ao encarar os olhos castanhos e cansados da amiga que assistia a tudo sabe-se lá a quanto tempo. Bae recuava à medida que o olhar pesado e culposo de Sue a atingia.

Seus olhos só foram afastados do foco principal quando os lábios fartos e carnudos de Park Jimin haviam  lhe roubado o ar restante. A caricia dos lábios macios era uma novidade que ela queria poder não desejar, queria poder lutar contra e afastar, mas estava completamente inconsciente por aqueles lábios, cedeu-lhe facilmente a passagem da língua explorando cada canto que ele estudava com cautela e ferocidade.

Enquanto Bae apenas deixou que a lágrima por cair fosse reprimida pelo orgulho vacilante, e de repente nada mais se via, apenas a escuridão que as mãos que lhe tapavam os olhos, o corpo sem força logo foi virado as pressas por mãos ágeis e pesadas.

–Vamos embora! – A esperança. J-hope a puxou-a para si, e a guiou para longe da cena dolorosa.

Não posso mentir, foi doloroso Jiminie, mas eu não o culpo por beijar outros lábios. Até porque eu posso conviver com o fato de suprir suas necessidades com outras mulheres, não é como se eu pudesse deixar de te ter em meu coração por esse motivo. Mas, o que realmente me dói é fato de você beijar outros lábios imaginando ser os meus. 


Notas Finais


Eitaaaaaaaaaaaaaaaa, o que é esse bolo de informações? MAS QUE MERDA ESTÁ ACONTECENDO?
Comentem! Eu realmente estou empolgada e ansiosa para saber o que passa na cabecinha de vocês. O último capítulo eu deixarei mais para o final de semana, então fiquem atentos pode sair a qualquer momento. O último vai ser lacrante, e super hot u_u kkkkkkkkkkkkkk

Beijinhos


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