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História Frankenstain - PAUSADA POR FALTA DE TEMPO - Primavera de 1854


Escrita por: Si1mari11ion

Notas do Autor


Por esse fim de semana e só gente XP
Boa leitura :)

Capítulo 36 - Primavera de 1854


Ficou sentido com a possibilidade de envolver Camus naquela batalha por muito tempo, sequer conseguia passar um dia inteiro perto do rapaz sem querer chorar.

Aproveitou a distancia e tentou encher a mente com outras coisas. Procurou saber mais sobre os dons, foi atrás de mais famílias de Descendentes e fez algumas visitas aos amigos do Santuário, afinal Shun não era nada fácil.

¬ Seus cabelos estão mais escuros ou é impressão minha? – perguntou ao menino dependurado em seu braço.

¬ Impressão sua... – respondeu num choramingo. – Agora vamos... Quero ver a Grande Marie chegar...

¬ Quem é Grande Marie? – não se lembrava de ninguém com esse nome.

¬ É o sino novo. – o menino já o puxava. – Vem!

Nenhum membro da Igreja sabia da existência de Shun, então quando alguém subia para ver os sinos ou o sineiro – a forma mortal de Phoenix – o menino tinha que se esconder.

Porém, o loiro era fraco com crianças, não conseguindo lhes negar nenhum pedido. Logo estava escondido com o pequeno, vendo a chegada do sino Grande Marie encima de uma das vigas do telhado.

Ainda enrolou bastante aquele dia, tudo para não voltar para casa tão cedo. Tanto que quando voltou, a folga de Camus já tinha terminado e ele já estava de volta à escola.

¬ Ah... – a dona da casa parecia bastante triste. – Se eu soubesse que você estava chegando eu teria segurado Camus mais um pouquinho. Ele queria tanto se despedir de você, Milo.

Apenas dava um sorriso sem graça, pedia desculpas e dizia que ia procurar não se atrasar da próxima vez.

Em breve teria que bolar outro plano para despistar Camus, pois ele se formaria aquele final de ano.

Mas também teria que colocar um basta naquilo em algum momento e voltar a ser o Milo de sempre.

¬ Cheg-AHHHH!!

Mal abrira a porta e já tinha sido derrubado por uma rasteira, e quando se recuperou, Camus estava montado em si, segurando seus braços com firmeza e o mirando com a intensidade de mil sois.

Nem sabia que ele estava de folga!

Deve ter recebido uma dispensa de última hora como recompensa por algo ou fugiu da escola, afinal ainda estava com sua farda azul e vermelha. O cap escondia todo seu cabelo rubro.

¬ Eu acho bom o Monsieur Dilitírio voltar a se porta como um homem da sociedade e falar com minha pessoa antes que minha paciência de esvaia por completo. – sua voz era fria e cortante como uma faca.

Milo engoliu seco frente tanta irritação, nunca antes vira Camus irritado, o que dirá furioso. E se já estava sentindo medo dele irritado, não queria nunca conhecer ele furioso.

¬ Oui Monsieur... – respondeu ainda assustado.

Camus se afastou, mas permaneceu montado em Milo e cruzou os braços com a expressão bastante séria. Nem ligava que o pai estava mirando a cena da porta de seu escritório com verdadeira curiosidade e confusão.

¬ Vai sair de novo? – perguntou o rapaz.

¬ Vou. – prometeu à Kagaho que ia para Festa da Vida, comemorada por todos os Descendentes por uma semana inteira. – Pode sair de cima de mim? Seu pai está vendo.

¬ Se ele for brigar, que ele brigue apenas comigo e depois de termos nos acertado. – rebateu. – Aonde vai?

¬ Camus... – tombou a cabeça para o lado girando os olhos.

¬ Me responda. – segurou o queixo do maior, o obrigando a mirá-lo novamente. – Você mal para em casa, está pior do que meus pais. Me evita e nem fala comigo. E agora non quer dizer aonde vai, ou melhor, você nunca me disse!

¬ Camus... – reclamou de novo.

¬ Qual o seu problema afinal? – o rapaz estava bastante bravo.

¬ Nenhum. – respondeu. – E porque quer saber aonde vou? Não tem nada demais aonde vou.

¬ Mentira! – seu olhar era cada vez pior. – Você non confia em mim!

¬ É claro que eu confio em você! – respondeu de imediato, odiava quando o menor pensava que não tinha valor aos seus olhos. – Só não quero que se fira!

¬ Se onde está indo non tem nada demais, enton seu temor é tolo. – volveu. – Eu sei me cuidar! Non sou mais um garotinho!

¬ E porque você quer saber?! – estava ficando sem argumentos. – Quer ir junto, é isso?!

¬ E se eu quiser?! Algum problema?! – teimou.

Serena e Zaphire apenas assistiam a cena com os mesmos olhares de confusão e curiosidade. Zaphire tinha em suas mãos algumas cartas e Serena um pano de prato.

¬ Não vai falar nada? – disse a moça ao seu marido.

¬ Falar o que? – mirou a esposa com um sorriso infantil. – Parecem meus pais discutindo. Deixe que se acertem sozinhos.

Quando juntos, discutem. Quando separados, sentem saudade.

Realmente pareciam um casal nesse sentido.

Ainda ficaram discutindo por um longo tempo, mas enfim chegaram a um “acordo” e atualmente estavam selando dois cavalos.

¬ Como você me convenceu mesmo? – perguntou apertando a sela.

¬ Ai Milo... – suspirou. – Eu apenas fiquei insistindo em saber, enton você perdeu a paciência e disse que ia me mostrar apenas para que eu parasse de perguntar.

¬ Espere um pouco! – bradou ao vê-lo montar. – Então eu sou o bobo dessa história?

¬ Interprete como quiser. – o rapaz deu de ombros e lhe sorriu. – Agora vamos. Você disse que ia me levar, me fez vestir roupas folgadas, me fez selar o cavalo e ainda me fez mentir pro meu superior ao dizer que estou gravemente doente. Non pode faltar com sua palavra agora.

¬ Eu me odeio. – suas únicas palavras antes de montar.

O caminho era longo e Milo até tentou desencorajar Camus pelo trajeto, mas o rapaz fingia não estar ouvindo em momento algum.

Sentia um misto de alegria e medo no peito. Estava feliz por estar com o ruivo, mas estava triste por estar lhe mostrando a porta que o levaria para a vida que levava.

Só rezara o caminho inteiro para que nada acontecesse com Camus depois daquela noite.

¬ HEY!! MILO!!

Sorriu abertamente quando desceu do cavalo e recebeu o garoto num abraço apertado de irmão.

¬ Que bom que veio! – estava bastante animado. – Mama insistiu para que começássemos a festa apenas quando você chegasse!

¬ Esmeralda é meio exagerada. – respondeu rindo.

O garoto então olhou por cima do ombro de Milo quando sentiu estar sendo observado com verdadeira fúria.

O ruivo sustentava uma carranca que fizera o moreno tremer dos pés à cabeça. Se assustou naturalmente com tamanha hostilidade, mas tratou de se acalmar e olhá-lo menor.

Logo deixou que um sorriso adornasse seu rosto.

¬ Então você é o Camus? – aproximou-se e estendeu-lhe a mão em cumprimento. – Milo vive falando de você, principalmente dos seus belos, macios, cheirosos, longos e característicos fios de sangue. É um prazer conhecê-lo. Sou Kagaho Sintza.

Camus mirou Milo por cima do garoto, constatando que o loiro parecia em desespero por ter algo do tipo pronunciado em voz alta e de uma vez só. Nunca antes vira o mais velho com o rosto vermelho.

Acabou sorrindo com aquilo e se arrependeu um pouco do ciúme.

¬ O prazer que é meu Kagaho. – apertou a mão do mais novo. – Tenho certeza de que nos daremos muito bem.

¬ Certamente. – respondeu alegre.

Uma garotinha, bastante familiar à Milo, veio correndo em suas direções e agarrou a mão do garoto, querendo puxá-lo de volta para a festa.

Claro que a pequena os cumprimentou com um aceno assim que chegou e sorriu ainda mais abertamente.

¬ Já estou indo Raki. – disse o moreno risonho. – Agora venham! Só faltavam vocês dois na festa!

Camus assistiu o garoto colocar a menininha sobre seus ombros e sair correndo animado na direção da festa, ao mesmo tempo Milo se afastava com os cavalos em que vieram.

Estava prendendo os animais junto dos outros quando o mais novo se aproximou com as mãos atrás das costas e um leve sorriso no rosto.

¬ Acha mesmo aquilo do meu cabelo? – questionou com expectativa.

O mais velho enrijeceu a postura e prendeu o ar por um tempo, não era de comentar muito esse tipo de coisa e quando pego “no flagra” ficava bastante constrangido não importando quem fosse.

Mas naquele caso era Camus, logo seu constrangimento aumentava bastante e era incapaz de desconversar num momento como aquele, o jeito era dizer a verdade.

¬ E-Eu... – gaguejou um pouco, era sempre difícil elogiar o menor. – Eu sempre vi seu cabelo como uma das coisas mais bonitas do mundo, Camus. E agora que o Kagaho falou, não posso mentir.

Ainda estava de costas, então não viu que Camus se aproximou e que agora estava a centímetros de si.

O ruivo apenas pousou as mãos em seus ombros e inclinou levemente a cabeça, deixando a boca bem próxima de seu ouvido.

¬ E eu sempre vi seus olhos como a coisa mais linda do mundo. – sussurrou. – Mais brilhantes que estrelas e mais límpidos que a água. Quem não se perde em seu olhar não sabe o significado de viver.

Virou-se para encará-lo, porém o rapaz de vinte e poucos anos já seguia calmamente para o lugar em que ocorria a festa. Correu o mais rápido que podia apenas para alcançá-lo naquele momento.

A festa em questão era a Festa da Vida, era uma festa praticada há séculos pelos Descendentes, sendo também chamada de Festival da Fertilidade em outras culturas.

Era basicamente uma festa para agradecer a fartura dos campos, a vinda de novas crianças e a mudança gloriosa das estações. E também, era uma festa para celebrar a paz enquanto está ainda durasse.

Foram recebidos no grande centro formado dos acampamentos pelo compasso de tambores. Em algum lugar ali perto uma flauta e um violino ditavam a canção em que todos cantavam a mudança de estação.

Um enorme esturjão, que lá no rio bem viveu, agora era servido assado como uma verdadeira iguaria. Aquela era a hora da colheita do trigo de inverno e por tudo lugar havia dourado.

Todos cantavam com louvor, no compasso do tambor, as semente, os jovens, as crianças, a germinar.

Tudo isso naquela gloriosa mudança de estação.

¬ Vamos dançar? – perguntou um pouco mais solto por conta dos copos de vinho, ousando até mesmo abraçar o menor pela cintura.

Tinha muito vinho e cerveja na festa, muitos homens já estavam bêbados, rindo e gritando bastante alto ou dançando, cantando e pulando.

¬ Eu hoje levantei querendo ouvir um Menestrel.

Fugir em sonhos ao virar um copo de hidromel,

Pois hoje uma abelha eu senti me ferroar,

Eu quero essa doçura para minha dor curar!

Cantavam felizes encima de mesas e girando em rodas de amigos, sempre com um copo cheio em mãos.

¬ HEI, HEI, HEI, HEI, HEI!!

¬ Tomei mais uma dose com esses sonhos apesar,

Sonhei que não havia mais garotas a dançar,

Sonhei com uma confusão na veia do hidromel

Preciso de outra condição direto do tonel!

Batiam os copos das mesas, batiam os pés no chão, batiam palmas, exigiam o máximo e melhor dos instrumentos. Era dia de alegria, tinham o direito de sorrir.

¬ HEI, HEI, HEI, HEI, HEI!!

¬ E por favor me traga mais um belo garrafão,

E sirva mais um copo para afogar meu coração!!

¬ HEI, HEI, HEI, HEI, HEI!!

Estava bastante animada a festa, chegavam a participar de algumas cantorias e tomar alguns tragos de bebida, mas não o bastante para ficarem bêbados como os demais.

¬ Não sei dançar esse tipo de música. – respondeu o abraçando de volta. – Por isso tentei até me esconder, é para ninguém ficar me chamando.

¬ E perder a diversão? Nunca! – bateu pé. – Eu te ensino. Igual quando você me ensinou a dançar suas músicas pomposas. – tinha um sorriso lindo no rosto.

Olhou rapidamente ao redor, vendo todos se divertindo, conversando, correndo, dançando e bebendo.

Não tinha preconceitos ou diferenças ali. Estavam agradecendo a boa fortuna e se divertindo para honrá-la. Homem, mulher ou criança. Não importava, estavam dançando e rindo.

¬ Tudo bem então. – respondeu com um sorriso.

Milo o puxou para o meio dos dançarinos assim que uma música mais próxima do que o menor estava acostumado teve início.

Os primeiros passos eram bem simples, eram os que Camus estava acostumado a fazer nos salões de festa. Mas depois, quando o ritmo começou a se tornar mais alegre e agitado, perdeu-se por completo.

¬ Calma. – o loiro soltou uma longa risada enquanto prendia sua cintura com firmeza. – Apenas me acompanhe.

Ficaram míseros segundos ameaçando dançar como todos os outros, apenas se habituando ao ritmo da música. E no momento mais alegre saíram dançando e rindo ao redor de todos os outros que dançavam como eles.

Quando a música em questão acabou todos aplaudiram e assoviaram, logo mais outra canção era emendada pelos alegres bêbados.

¬ Bela mulher da tropa,

Recebe meus respeitos,

Eu quero dormir debaixo

Dos teus enormes peitos!

Naturalmente as mulheres reclamariam da falta de decoro, mas seria em vão, com bêbado não há discussão.

Mas não ficaram ali para descobrir o desenrolar da história.

¬ Vocês ficam tão lindos juntos. – disse Esmeralda com a cabeça apoiada nas mãos.

¬ Pra você todos ficam lindos juntos, mulher. – disse Kiki bebendo um pouco de seu copo.

¬ Você é um chato Ariesu. – reclamou a moça. – Estavam tão lindos dançando.

¬ Comigo tropeçando a cada dois minutos nos pés do Milo? – o rapaz ria sem parar. – Tenho cá minhas dúvidas.

O ruivo já tinha se envolvido bastante com aquelas pessoas e aquele meio, parecia um amigo de tão longa data quanto Milo.

¬ Dúvidas tolas! – a moça deu a língua. – Estavam lindos, sim senhor.

Riram junto da moça, que agora tinha cismado de querer ler a mão de Camus, e que agora duvidava de suas habilidades.

¬ Aceita logo. – tomou mais um gole de sua bebida. – Ela pode querer ler sua sorte nas folhas de chá.

¬ E você está bebendo o que homem? – perguntou Milo rindo.

¬ Chá de Jasmim. – mostrou o copo em brincadeira. – Eu neguei a leitura da mão e olha no que deu, estou me embebedando de chá e não de vinho e cerveja.

O quarteto caíra na risada com tal brincadeira, precisam rir mais vezes.

Enfim Camus cedeu aos caprichos da jovem mulher e aceitou a leitura de mão grátis, afinal tudo é bom quando se é de graça.

¬ Nossa, a sua linha da vida é muito curta! – disse espantada. – É claro que isso não quer dizer muita coisa. – sorriu.

Estava tentando concertar o estrago que fez, o efeito do álcool quase sumiu por completo em Milo com aquelas palavras.

Os humanos podiam despertar um sentido extra, o sétimo sentido, como era chamado pelos Santos e Deuses.

Esses sentidos os aproximavam dos seres divinos com sua mínima onisciência e onipotência, os famosos dons sobrenaturais que mandou tantas mulheres inocentes para fogueira durante a Caça às Bruxas.

E Milo sabia que todos ali tinham o sétimo sentido muito bem desperto.

¬ Impressionante. – disse a moça. – A sua linha do amor não tem nenhuma divisão. É uma única linha e é bastante marcada, intensa. Está vendo?

¬ E o que significa? – não acreditava nessas coisas, mas entrava na brincadeira.

¬ Significa que você terá um amor por toda sua vida. – explicou paciente. – O seu coração pertença a uma única pessoa. É a sua alma gêmea e você será fiel a essa pessoa por toda eternidade, estão destinados a se encontrar em todas as vidas. A linha não tem o menor desvio.

O clima ficou um tanto pesado, afinal os dois Wánax presentes sabiam bem quem era a alma gêmea do ruivo em questão e a alma gêmea em questão fingia não ser com ela, o que deixava tudo meio esquisito.

¬ Já deu. – disse Camus rindo, um misto de nervosismo e graça. – A brincadeira foi legal, mas o clima já está ficando estranho. Ainda sim, agradeço a gentileza.

Curvou-se com polidez e sorriu para a jovem moça, que acabou por corresponder-lhe o sorriso e oferecendo um brinde.

¬ Ah! – Kiki dava risada ao ver os dois se afastando juntos. – Os Rozan mandaram fogos de artifício! Não se esqueçam!

Apenas acenaram e continuaram a correr pelo acampamento, parecendo dois adolescentes brincando.

Riam, cantavam, dançavam e se divertiam. Queriam viver aquela festa para sempre, queriam viver aquele momento de paz para sempre.

¬ Acho que nos afastamos um pouco. – disse o maior com o rosto dolorido de tanto sorrir.

¬ Estamos em uma clareira nem tão distante assim dos acampamentos. – respondeu o menor. – Aliais, como chegamos aqui?

¬ Estávamos brincando. – deitou na grama verde com os braços abertos. – Acho que a última vez que brinquei assim você era um menino.

¬ Oui. – soltou uma leve risada. – Mas quando eu era menino você non me agarrava e puxava pela cintura como estava fazendo.

O rosto estava queimando mais uma vez, dessa vez mais intensamente por conta da bebida que ingeriram.

¬ O que andam te ensinando na caserna? – rebateu.

¬ Nada muito útil por incrível que pareça. – deu de ombros. – Mas tem historinhas que me dão muitas ideias.

¬ Ideias? – levantou um pouco a cabeça. – Que tipo de ideias?

Camus apenas jogou o corpo para o lado de Milo, sentando-se em seu quadril – aquilo já estava virando uma mania – e apoiou as mãos em seu peito.

¬ Ideias. – respondeu com um sorriso desavergonhado.

¬ Camus. – chamou sério.

Ambos estavam meio altos e temia fazer grandes bobagens nesse momento, uma delas era as ideias que passaram a correr sua mente.

¬ Um amigo da escola me disse que quando eu bebo, mesmo que seja um gole, eu perco a memória. – contou se inclinando para frente, quase deitando no peito largo do maior. – Também disse que eu perco, em parte, meu pudor e faço coisas impensáveis para alguém como eu. Mas sabe o que eu acho?

¬ Não tenho ideia. – respondeu.

¬ Acho que são outras coisas que me deixam assim. – sorriu.

Camus inclinou-se um pouco mais, unindo os lábios num mero selar e Milo nem tentou se afastar.

¬ Eu sei que é estranho... – disse o mais novo com a boca ainda próxima. – Mas eu te quero tanto Milo... Por que é tão difícil para você me querer de volta?

Medo.

Tinha medo daquele sentimento ser apenas uma sombra. Camus e Aquarius eram sim a mesma pessoa, o mesmo ser, a mesma essência, mas isso não lhe privava do medo de ser rejeitado um dia.

Tinha a impressão de que seu coração batia apenas por Camus, tinha a impressão que ele explodiria sempre que ganhava um beijo de Camus, tinha a impressão que ele pararia quando longe de Camus e tinha a impressão de que se desmancharia se tivesse Camus.

¬ Camus. – chamou. – Por favor. Tenho medo de seu desejo juvenil.

¬ Eu amadureci Milo. Amadureci principalmente o sentimento. – deslizou seu quadril contra o do maior. – Porque é tão difícil me aceitar? Eu te amo, mas parece que você non. Você non me ama, Milo?

¬ É claro que eu te amo. – respondeu sentindo vontade de chorar com a situação. – Amo mais do que qualquer coisa nesse mundo e não suportaria viver sem você.

¬ Enton, ao menos hoje, mesmo que eu non me lembre conscientemente amanhã, me mostre o quanto me ama. – deu-lhe mais beijos. – Milo...

Tinha quase a certeza de que se arrependeria, tinha quase a certeza de que sofreria, então porque achava que valeria a pena?

¬ Camus... – prendeu os fios ruivos, o puxando para um novo beijo. – Camus... Camus...

Distribuía beijos por todo rosto do menor enquanto tratava de tirar sua camisa, passando a beijar-lhe pescoço, ombros e peito.

¬ Milo... – puxava sua roupa, tentando tirá-la. – Milo...

Inverteu as posições, podendo assim se alojar entre as pernas do mais novo e permitir que ele tirasse sua camisa.

Sentiu um arrepio quando as mãos finas passearam por suas cicatrizes com extremo carinho, como se tivesse medo de abri-las apenas com o toque.

Tomou-lhe os lábios com o desejo crescente. O beijo era tão profundo e intimo que chegavam a ver estrelas por detrás dos olhos.

Separaram-se apenas pela falta de ar.

¬ Eu te amo, Aquarius...

¬ Eu te amo, Scorpius...

Um apito cortou o silencio da noite e logo uma explosão colorida iluminou o céu noturno.

Depois mais apitos e outras explosões se seguiram. Eram fogos de artificio dos mais bonitos. Formavam desenhos ou apenas pareciam flores ao explodir e encantar a todos.

Mas isso nada importava para os amantes de tão longa data.


Notas Finais


Prometi um beijo. Dei um gostinho. E agora as pessoas devem estar querendo me matar por não ter dado o prato principal :P
Mano... Eu tenho que admitir que eu sou muito filha da puta quando eu quero XD
Espero que tenham gostado :)

Bjs. L ;3

P.S. a música que o Camus e Milo dançaram se chama The Butterfly das Celtic Woman :)


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