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História Frankenstain - PAUSADA POR FALTA DE TEMPO - Inverno de 1865


Escrita por: Si1mari11ion

Notas do Autor


Faculdade está começando a se mostrar de fato, mas por incrível que pareça eu ainda estou super animada :)
Boa leitura ;D

Capítulo 51 - Inverno de 1865


¬ Camus! — deu risada.

¬ Fica quieto!— brigou, mas o tom era de quem ria.

Por alguma razão desconhecida estava vendado e era levado pelo ruivo para os fundos do quintal, com os cinco cães correndo e latindo animados logo atrás.

A neve cobria o chão como um manto e topo das árvores como toucas, o dia estava frio sem incomodar e o sol ainda conseguia sobrepor-se um pouco às nuvens.

O que Camus poderia estar tramando num dia como aquele?

¬ O que deu em você, hein?— perguntou rindo com a animação que o cercava.

¬ O que deu em VOCÊ!— respondeu rindo. – Hoje é um dia especial, como pode não saber?

¬ Hoje?— estava ainda mais confuso. – Mas hoje é 9 de novembro, o que tem em 9 de novembro além do 18 de brumário?

¬ Mas como é tolo.— disse rindo sem parar de empurrá-lo.

O fundo do quintal nunca lhe pareceu tão fundo, chegava a se perguntar se estavam mesmo no fundo do quintal ainda.

¬ Chegamos!— o mais novo parou de empurrá-lo e se afastou.

¬ Chegamos onde?— brincou. – Chegamos ao Arco do Triunfo? Ou quem sabe chegamos ao Portão de Brandemburgo?

¬ Engraçadinho.— a resposta veio com algumas lambidas em suas mãos.

¬ Europa. Ásia.— chamou pelas cadelas entre risos. – Qual a fixação das duas pelas minhas mãos?

Ouviu os latidos animados das Kirin’s e também podia ouvir os rabos sendo abanados contra o chão de neve.

Ainda teria que conversar com Libra e Draco sobre aqueles seres estarem na companhia de Camus, mas nada que não pudesse adiar por hora.

¬ Posso tirar a venda?— perguntou.

¬ Non! Espera mais um pouco!

Soltou um riso e esperou o “mais um pouco” exigido mesmo com a curiosidade lhe corroendo a sanidade.

Os sons também não ajudavam o seu autocontrole, o som das árvores eram instigadores, o abanar de rabos eram agonizantes e o som do ruivo mexendo em algo era enlouquecedor.

¬ Posso agora?— as mãos estavam até coçando.

¬ Só um instante!

¬ Meu Deus, Camus!— haja aflição. – O que tem no fundo do quintal além do canil?! Ainda mais hoje?!

¬ Você anda muito estressado.— sussurrou rente seu ouvido; quando ele chegou tão perto?! – Pode tirar a venda agora.

Soltou os dois nós feitos sem grande dificuldade e piscou algumas vezes com a repentina claridade, o rosto sorridente do mais novo o aguardava naquela imensidão criada pela neve.

¬ Oi.— disse sorrindo de volta.

Camus limitou-se a soltar um pequeno riso.

¬ Feliz Aniversário, Milo.— estendeu uma caixinha.

¬ Aniversário?— apanhou o objeto com extremo cuidado. – Mas só o Criador sabia o dia de meu nascimento e nunca o contou a ninguém. E não precisava me dar presentes, na verdade, o que você me deu? Não me lembro de falar que queria alguma coisa, o que muito raro deu comentar. E isso aqui é a caixa de uma joalheria cara? Pra que gastar tanto? Ainda mais comigo? Esmeralda mesmo fala que eu sou mais bruto que o falecido marido dela! E ainda tem ma-...

Foi calado com um beijo bastante aclamado e louvado pelos cães, nem eles aguentavam mais o seu falatório relativamente curto. Separaram-se apenas pelo ar que faltava, mas mesmo assim a distancia permanecia ínfima entre os corpos.

¬ Eu calculei a data com base do que você me contou e esta é a data em que cheguei como a mais provável.— respondeu fazendo leves carinhos em sua nuca. – E eu quis gastar. Eu queria te dar um presente de verdade, algo que tivesse alguma importância pra você, uma parte de mim. Mas non consegui encontrar algo assim, então fui até a joalheria com a ideia de que pelo menos eu podia te devolver uma coisa perdida.

¬ Uma coisa perdida?— não entendeu. – E do que esta falando? Tê-lo aqui já é o maior e melhor presente que eu poderia querer.

O mais novo sorriu e roubou-lhe mais um beijo. Adorava quando ele roubava beijos, pois eram nas horas menos esperadas e sempre nas horas mais bem-vindas.

¬ Non vai abrir o presente?— perguntou ainda de olhos serrados, com a testa encostada na sua e a respiração quente afagando o rosto.

¬ Vou...— queria ganhar mais beijos, então tratou de roubá-los. – Vou abrir sim...

¬ Agora...— disse risonho ao afastá-lo.

Soltou um muxoxo de desagrado, mas tratou de fazer o que lhe era pedido.

A caixinha era vermelha e macia, era gostoso ficar segurando. Em seu topo residia um pequeno laço amarelo, muito provavelmente fosse algum pré-requisito da loja quando o artefato comprado seria um presente.

Honestamente, ficou com dó ao desfazer o laço, estava tão bem feito e bonito.

¬ Vamos.— o ruivo agora era o mais agoniado, algo esperado da pessoa que deu o presente.

Ficou demorando só de maldade, mas não podia enrolar pra sempre e quando abriu levou um dos maiores sustos da sua vida.

Uma correntinha de ouro repousava sobre o tecido negro do interior da caixa, seus elos eram tão unidos que era difícil distingui-los e por ser feita de duas correntes menores entrelaçadas parecia mais uma cordinha dourada.

Uma coisa tão delicada e ainda sim tão áspera. Uma coisa que lembrava um pouco os dois.

¬ Dégel uma vez me contou que você ganhou uma linda correntinha de um estranho.— contou atrás de si. – Ele disse que você gostava muito dessa correntinha, mas ao longo dos anos você precisou rompê-la diversas vezes e entregar as partes para alguém. Antes de partir há oito anos, eu notei que você a prendia no braço e quando voltou percebi que non havia mais correntinha... Gostou?

Milo ainda estava processando as palavras do mais novo quando apanhou o pingente com o símbolo de Athena, tudo que lhe restou da corrente original. Prendeu o pingente à corrente e depois a prendeu do pescoço, sentindo o peito aquecer no mesmo instante.

Aquela corrente não era apenas uma lembrança, era o marco da primeira vez que foi tratado como um homem por alguém de fora.

Aquela corrente era um dos pilares que o sustentavam como homem e não monstro ou demônio.

Virou-se para Camus sentindo o rosto molhado e com o curioso cheiro de ferro. O mais novo apenas lhe sorriu e limpou seu rosto com carinho.

¬ Estou muito feliz por ter gostado.

Realmente, estava mudo, não tinha ideia do que falar.

Então, apenas agiu.

Puxou o ruivo para um abraço apertado e beijou seu ombro com todo o carinho que tinha, não precisava de mais nada naquele momento para ser feliz.

¬ Tem mais uma coisinha.— disse o mais novo verdadeiramente animado com a perspectiva de tê-lo feito feliz. – Na verdade, é um problema.

¬ Sabia que tinha uma boa razão pra você me levar pra tão longe da casa.— respondeu.

¬ Desculpe.— pediu envergonhado. – Você é um perigo quando irritado em espaços pequenos.

¬ Só me diga qual é o problema, por favor.

¬ Tem uma festa que eu tenho que ir.— respondeu.

¬ Hun?

¬ Eu vou ser promovido nessa festa.

¬ Hun?— ainda não estava gostando. – Estou muito feliz por você, mas a falta de informações está me impedindo de sorrir.

¬ E o Eikthyrnir também vai ser promovido.

Os cães se calaram e chegaram ao ponto de se afastar, eles sabiam muito bem o que estava por vir. Claro, seria algo em menor escala porque o ruivo estava ali, mas isso não queria dizer que a reação não seria menos violenta.

¬ Eu não vou!— o afastou na mesma hora e saio andando na direção da casa. – Ou melhor, você não vai! Recebe a medalha pelo correio!

¬ Milo...— naturalmente, o mais novo foi atrás.

¬ Não! Não quero saber!— estava enfurecido. – Você não vai! Peço perdão por não ter ido à sua formatura e peço perdão por não ir pra sua promoção! Mas eu não vou e você não vai me obrigar! Ou melhor, nem você vai! Vamos ficar em casa! Eu não vou! Eu não vou encarar aquele... AHHH!! Não vamos! Não vamos! E não vamos!

¬ Vamos sim! Vamos sim! Vamos sim!— respondeu. – Eu nunca te pedi nada! Custa tanto me acompanhar?! Eu non quero ter que ficar encarando mocinhas assanhadas e colegas chatos sozinho!

¬ Eu iria se o Eikthynir não fosse!— rebateu. – Eu não gosto dele! Ele não gosta de mim! Mas em compensação ele gosta até demais de você pro meu gosto! A gente não vai!

Era sempre uma verdadeira briga de foice no escuro quando o assunto era Eikthynir, mas, como sempre, o ruivo ganhava a briga por melhor que fossem os argumentos do loiro.

¬ Como você me convenceu a isso?— dava para ouvir os dentes rangendo.

¬ Ah, vamos.— arrumou sua gola pela quinta vez aquela noite. – É a minha promoção, vamos tentar tornar a noite agradável, oui? Só algumas formalidades, a entrega das condecorações, os agradecimentos, a desculpa esfarrapada e logo estaremos em nossa cama descansando... Ou quem sabe fazendo outras coisas?— sorriu arteiro.

Milo respirou bem fundo e deixou um pequeno sorriso brotar no canto dos lábios, um leve curvar que não escondia por completo a sua irritação.

¬ Por você.

¬ É por essas e outras que eu te amo tanto.— olhou para os lados e roubou-lhe um beijo. – Agora vamos, estamos atrasados.

Sentia-se um pouco mal por só poder participar daquele tipo de cerimônia agora.

Ainda estava bravo, muito bravo, mas começou a se sentir mal.

A Escola Militar de Paris tinha um salão maravilhoso, que segundo Camus servia mais de vestíbulo do que salão de fato.

O lugar estava decorado com lírios e tecido preso no teto e lustres. A decoração natural do edifício era um detalhe que realçava toda decoração adicional com suas arcadas douradas, seus quadros seculares, sua grandiosidade criada por espelhos e a cor creme que concedia calma e elegância.

A música suave tocava ao fundo, baixa e sutil. Não era tocada para que as pessoas dançassem, era tocada para compor toda a elegância do lugar. Quando fosse o momento, ela certamente aumentaria e logo haveria inúmeros casais bailando pelo salão.

As mesas estavam belamente postas com os mais variados e ricos pratos, não tinha um único espaço vazio nas mesas. Os cadetes e os porcos estavam com sorte aquele dia, pelo menos não desperdiçariam comida.

Todo o lugar estava com ar festivo e bonito, digno de uma festa de corte, o que era justo, afinal dizia-se que o próprio Imperador compareceria a cerimônia para condecorar os militares.

¬ Tenho medo de não conseguir aproveitar.— comentou ainda rangendo os dentes.

No fundo, gostava bastante de festas.

Pena que aquela noite não conseguiria comemorar com Camus, afinal ele era um par disputado e dois homens comemorando não era bom aos olhos da sociedade.

Colocou-se em seu lugar durante a festa. Expressão neutra, olhar brando e elegância em um terno verde bem cortado, sempre atrás do ruivo como um fiel cão de guarda.

Por onde passavam atraiam olhares e comentários.

Camus estava belíssimo em sua farda azul com todas aquelas medalhas reluzentes e os lindos fios escarlates penteados de forma a parecerem mais curtos sob o cap de cerimônia.

E Milo estava sendo confundido com outro militar de alta patente, afinal estava andando lado a lado como igual com o ruivo. Entretanto, em pouco tempo acabou com as esperanças de qualquer jovem interessada, pois se juntou aos demais empregados e ficou a observar de longe, com olhos e ouvidos bem atentos.

¬ Monsieur Aquarion, faz algo que gosta em suas horas livres ou dirá que sua vida é o trabalho como Monsieur Eikthynir?— perguntou uma jovem muito bela, dando risinhos e sendo acompanhada por outras meninas.

¬ Desculpe-me non atender as expectativas, ma dame, mas non vivo apenas para o trabalho, apesar de valorizá-lo muito.— respondeu com um leve sorrir educado. – Se me permite, tenho orgulho em dizer que gosto muito de ler e criar contos. Talvez já tenha lido algum deles no Le Figaro, meu trabalho mais comentado é La Belle et la Bête.

As moças olharam-se sorridentes e soltaram risos animados, voltando-se para o ruivo logo em seguida.

Todas queriam dançar com um dos homens mais cobiçados de Paris.

Camus talvez nunca entrasse para a história, mas fez sua fama e a administrou muito bem em oito anos. Não tinha uma única moça de Paris que não o admirasse, um rapaz que não o invejasse e um sogro que não o quisesse em sua família.

Era um homem estonteante, de fato.

Todas as moças da festa queriam dançar com o ruivo ao menos uma vez, todas querendo o posto de favorita e, posteriormente, noiva.

Não conseguiu evitar um riso quanto a isso.

O militar em questão dançava com todas as moças, sempre com um sorriso gentil e um olhar doce, mas sempre dizia que nunca iria casar se fosse para viver infeliz com uma mulher ainda mais infeliz.

Ou seja, estavam todas disputando uma posição que jamais existiria.

¬ Ora ora...— ah paciência... – Olha quem temos aqui? Como Camus teve coragem de te trazer? Ele quer enganar as moças por acaso?

¬ Eikthynir, eu não estou aqui para lhe servir de palhaço.— respondeu com severidade. – E eu adoraria que você mantivesse uma distancia saudável de mim e de Mestre Camus.

Se conheciam a exatamente um ano, três meses e vinte um dias, e se odiavam com todas as forças!

A principio Milo não entendia o que era aquela raiva crescente em seu peito, nunca sentiu ódio gratuito afinal, mas depois que compreendeu as coisas só pioraram.

Sempre que se encontravam trocavam farpas e, as vezes, xingamentos, isso até Camus interferir pelo menos.

Milo não gostava de Eikthynir por sua forma de olhar e agir.

Não conseguia olhar para ele e sentir algo de bom, sentia as melhores intenções, mas não as melhores razões. Não se sentia bem perto da raça, sentia que tinha algo errado e que não deveria dar muitas brechas. Não gostava de sua arrogância e muito menos de sua ironia e malícia cativa.

Além de que não gostava da proximidade que aquele ruivo enjoado almejava ter com Camus.

Ciúmes?

Sim.

Mas isso era algo que ainda estava entendendo.

Surt Eikthynir, por outro lado, não gostava de Milo apenas porque ele tinha Camus por perto.

Seus objetivos na vida eram muitos, mas o maior e mais oculto deles era ter o ruivo escarlate para si.

Possessão?

Algum tipo de amor doentio?

A pergunta certa é: ainda há dúvida?

¬ Milo.— chamou assim que notou o clima entre os dois.

Saio de perto do alvo de seu ódio em instantes, muito tempo de proximidade o deixava completamente ensandecido.

Cruzou o salão atraindo alguns olhares, principalmente o das moças. Era um servo sim, mas não deixava de ser bonito e, por isso, chamar atenção, ainda mais em um meio como aquele, onde a aparência é ultra valorizada.

¬ Diga, Mestre Camus.

O ruivo segurou seu braço com firmeza, mas sem que fosse possível machucar. Era mais uma reprimenda para quem olhava, não pra quem ouvia.

¬ Non brigue com ele.— pediu sereno. – Sei que tem suas divergências, mas evite brigar com ele. Quero ter boas memórias desta noite ao seu lado, non com você brigando com um amigo meu.

¬ Ele quem começa.— respondeu. – E que péssimo gosto você tem pra amigos.

Sentiu seu braço ser preso com um pouco mais de força.

¬ Por favor.— pediu em suplica.

O loiro apenas soltou um suspiro e passou a noite, basicamente, fugindo de Eikthynir.

Se aquele ruivo cenoura fosse pra um lado, estava indo imediatamente pro outro e, de preferência, levando Camus junto. Não tinha força no mundo que o seguraria se o infeliz o tirasse do sério, então o melhor era manter distancia mesmo.

Ademais, a noite foi muito agradável.

De fato, o Imperador veio e entregou as condecorações para os homenageados da noite. A comida estava ótima e o pouco que sobrou seria dado aos cadetes e oficiais responsáveis. A música, sempre agradável aos ouvidos, não falhou em momento algum e tornou a noite muito mais bela.

Todas as moças dançaram ao menos uma vez e conseguiram algum admirador para alegria e desespero de seus pais. Todos os rapazotes divertiram-se e provariam da ressaca logo em breve. Todos os homenageados saíram felizes e gloriosos daquela festa.

A noite foi muito agradável e tinha tudo para continuar assim, se não fosse o maldito Eikthinyr.

¬ Camus.— chamou logo na saída. – Ou devo me dirigir a você como Major Aquarion?

¬ Surt.— e o mais novo não ajudava. – Nunca precisamos de formalidades em descanso, porque precisaríamos agora?

¬ De fato.— soltou um riso. – Fugiu a noite toda dos amigos, teria um tempo para eles agora?

¬ Primeiro que as moças são como flores, querem nossa atenção e carinho para floresceram cada dia mais belas e confiantes.— respondeu com um mínimo curvar de lábios. – Segundo que agora eu lhe darei a devida atenção, non precisa se enciumar das moças.

¬ Sua sutileza ao elaborar provocações é espantosa.— volveu o outro.

¬ Com licença.— pediu o loiro respirando bem fundo. – Mestre Camus, está tarde, portanto peço que não demore em sua conversa. Estarei o aguardando com Diamond e Dust.

O mais novo iria lhe responder, mas aquele atentado foi mais rápido e insanamente irritante.

¬ Já devia ter ido.— grosseiro sem igual. – Não sei como você ainda mantém esse incompetente, Camus.

¬ Surt, quantas vezes eu tenho que dizer que-...

¬ Tudo bem.— disse o loiro. – Eu não me afeto com esse tipo de coisa, apenas não demore muito Mestre Camus.

¬ E alguém pediu sua opinião?— precisava de muita paciência.

¬ Eu estou falando com o meu Mestre.— respondeu com os olhos cerrados. – Quem está interferindo na conversa é você.

¬ Petulante até o osso.— riu com desdém. – Faz um favor a todos e suma das vistas, apesar de sua boa aparência qualquer um vê que não passa de um animal vestido de homem.

O silencio de absorção durou alguns instantes.

Instantes longos o bastante para Milo se inflar de ódio e Camus se reduzir em pânico e cautela.

¬ O que disse?

¬ Suas roupas são bonitas.— continuou com desdém. – Mas seu jeito, sua postura, é a de um selvagem. O que garante que de fato não seja um animal fingindo ser homem? A forma que me olha é a de um animal. E mesmo que se prove um homem, pra mim você não passa de uma coisa qualquer menos um homem. Pra pessoas como eu e Camus você é tudo, menos um homem ou algo que mereça atenção.— sorriu com ar de vitoria. – Você não merece se quer ser chamado de homem, você é qualquer coisa, mesmo um homem.

Sua visão se pintou de vermelho.

A noite foi muito agradável e tinha tudo para continuar assim, se não fosse o maldito Eikthynir dizer que ele era uma coisa e não um homem.


Notas Finais


Eu achei que seria legal falar algumas curiosidade sobre a fic aqui nas notas finais, então aqui vai a primeira :)
~ No começo, quando eu ainda receava postar, o Shion seria o irmão mais do Dégel e não o Mentor no Santuário. Imaginem como essa fic seria se o Shion fosse o irmão do Dégel, ia ser um negócio totalmente diferente não? Afinal, se fosse assim o Dégel não precisaria casar com a Serafina e não precisaria ir para Paris. Isso ia mudar muita coisa. ~
Espero que tenham gostado ^-^
Até a próxima vez que a faculdade me der folga XD Bjs. L ;3


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