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História Friends - Primeiro desafio


Escrita por: BrittGomez555

Notas do Autor


Olá pessoas incríveis da internet. Tudo bom com vocês? Eu espero que não estejam zangados pela minha demora. Mas cá estou eu, com um capítulo incrível!!
Boa leitura.

Capítulo 6 - Primeiro desafio


Fanfic / Fanfiction Friends - Primeiro desafio

Já passava das seis da tarde quando olhei no relógio. Soltei um longo suspiro enquanto esperava Harry fazer - pela décima vez - um exercício de físico-química. Batuquei a caneta na mesa, mas parei quando ele me jogou um olhar ameaçador. Revidei com uma expressão que dizia claramente "Anda logo!" e ele voltou a se concentrar. Depois de alguns minutos Harry jogou o lápis das mãos e disse.

- Pronto!

- Você achou a reação química? - indaguei.

- Sim, uma reação de neutralização entre ácido clorídrico e hidróxido de cálcio.

- Balanceou?

- Uhum! Dois mols de ácido dando duas moléculas de água.

- Qual foi o resultado final.

- Cento e oitenta gramas de água. - ele respondeu e me jogou um olhar apreensivo. Olhei para o papel em minhas mãos e assenti, confirmando o resultado. Ele jogou as mãos para o alto em sinal de alívio e falou. - Química é um saco!

- Eu sei... Bom, acho que já terminamos por hoje. Estou cansada... Você é um cara difícil. - proferi, me levantando para pegar um copo d'água.

- Não sou tão difícil assim. Com uma roupa mais justa e alguns sorrisos você me conquista. - zombou, tomando o copo da minha mão.

- Vai pra casa, Harry! - falei, sacudindo a cabeça enquanto revirava os olhos.

- Bem, como você cumpriu a parte do trato...

- Troca de favores! - corrigi-  Trato fIca parecendo que fizemos um pacto ou algo parecido. E aliás, a gente já estudava juntos antes, nem precisava disso tudo!

- Favores, que seja. É justo, você me ajuda e eu te ajudo. Beleza, já que você cumpriu o que prometeu, eu tenho que começar a fazer a minha parte. Então...- Harry sugeriu.

- Então... - franzi a testa. Ele me encarou de cima em baixo e apertou os lábios, pensativo.

- Eu te pego as nove. Fique pronta! - ele completou, antes de pegar seus livros.

- Pronta pra quê? - indaguei, confusa.

- Você verá. - ele disparou, antes de bater a porta.

 Mordi meu lábio inferior, tentando entender o que Harry havia planejado, mas nada do que eu pensava fazia sentido. Na verdade, eu estava confusa demais para tentar adivinhar o que se passa naquela cabeça. Fiquei na cozinha terminando de arruma-lá para começar a preparar o jantar.
                                        ******

 Estava terminando de secar meu cabelo quando meu celular vibrou. Era o Harry, dizendo que sairíamos dentro de dez minutos. Merda! Eu nem tinha escolhido uma roupa ainda. Corri para o meu armário e busquei por uma calça jeans e uma camiseta estampada. Não sabia onde a gente ia, então optei por uma peça coringa.

- Vai sair? - minha mãe sondou e eu confirmei com a cabeça -  Você vai naquela boate nova com a Lexi e o Louis?

- Não. Eu vou sair com o Harry... - corrigi, enquanto buscava pelo meu par de All Stars no fundo do meu armário.

- Com o Styles? - ela perguntou.

- Aham! A gente vai dar uma volta pelas ruas de Nova York... - falei, soando como uma pergunta. Ela abriu um sorriso mordaz e sugeriu.

- Tipo um encontro?

- Mãe, não viaja! Você sabe que somos só amigos, não sei porquê tanta surpresa. Enfim, a gente só vai sair. Sem nenhum sentimento rolando na história.

- Ah! - ela deu um sorriso tristonho - Eu sempre achei que vocês formariam um casal bonitinho.

- Deus me livre! Vira essa boca pra lá! Nem nos seus piores sonhos, sr. Miranda. O Harry não é o tipo de garoto que namora! - falei, batendo na madeira para isolar o pensamento.
 

Algumas batidas soaram na porta e ela desceu para atender. Segundos depois vi Harry parado na porta do meu quarto. Ele usava uma calça jeans com lavagem escura, uma camiseta em gola v cinza e uma jaqueta. Seu cabelo bagunçado combinava bem com o seu estilo bab boy ou coisa parecida. Sua testa franziu quando eu apareci na sua frente.

- Que porra de roupa é essa, Camila? Está indo tocar em uma cerimônia religiosa ou coisa do tipo?

- O que você queria? Optei pelo básico já que você não me disse para onde vai me levar. - retruquei. Ele revirou os olhos e fez uma careta. Soltei um grunhido e abri meu armário novamente procurando outra roupa. Harry se pôs atrás de mim e comentou.

- É! Parece que estou olhando o armário de alguma freira... Você não tem nada mais sexy por aí? Cadê as roupas que você usava nas festas que íamos com Lexi  e Liam?

- São todas da Lexi, ela me emprestava. Mas que droga de regra de conquista que eu tenho que ficar quase pelada para flertar com um cara? - indaguei, atordoada.

- Não é isso! É só que... - ele parou e me fitou. Depois disse, me puxando para o banheiro - Vamos acertar alguns detalhes... Dá próxima vez eu peço ajuda da Alexia.

- Não! Você pode fazer qualquer coisa, menos envolver a Lexi nessa história. - repreendi.

- Camila, eu só sei ver se uma mulher está sexy com a roupa certa. Por exemplo, eu sei que você não está legal com essa roupa. Só não sei te explicar o motivo. - ele explicou e eu cruzei os braços, parecendo irritada. - Por isso eu preciso de uma opinião feminina para te ajudar a valorizar o que você tem de melhor. Mas... - ele insinuou, jogando um olhar sugestivo, enquanto descruzava meus braços. - Se você precisar de ajuda para tirar tudo isso, pode me chamar. Sou especialista nisso.

- Você não cansa, não é? - desdenhei. Ele me jogou uma piscadela e buscou alguma coisa na minha necessaire. - O que você quer aí?

- Calma, eu vou achar... - observei-o espalhar minhas coisas em cima da pia e pegar um lápis preto, um rímel e um batom rosa. Ele assentiu, concordando com algum pensamento seu, me entregou os três objetos e colocou as coisas de volta na necessaire. Então, ele retirou meus óculos, pegando meu rosto e ordenou -  Não pisca.

- O que você vai fazer, Harry? - estremeci, vendo o lápis se aproximar dos meus olhos.

- Relaxa! Não vou te deixar cega.
 

Tentei repetir sua última frase em meus pensamentos, mas estava com receio. Em que mundo um cara, no estilo de Harry, sabe passar maquiagem em uma mulher? Mas, a princípio, vi-o marcar meus olhos com uma certa delicadeza e finalizá-los com o rímel. Fiz um biquinho quando ele pegou o batom para passar em meus lábios. Virei para me ver no espelho, depois que ele terminou, e fiquei pasma. Fora alguns borradinhos na boca, não havia quase nenhuma imperfeição no destaque dos olhos.

- Onde você aprendeu a fazer isso? - vi-o abrir a boca para falar algo, mas eu interrompi, zombando -  Já sei, você sabe muita coisa além de borrar o batom de uma garota.

- É... - ele disse forçando um sorriso e completou - Bem, coloque suas lentes de contato. Te espero lá fora.

Observei-o deixar o banheiro meio tristonho, enquanto colocava minhas lentes. Será que eu disse algo para ter o magoado? Mordi o lábio inquieta e saí, encomtando-o parado em frente a minha janela, fitando o céu. Me aproximei dele e perguntei:

- Falei algo errado?

- Não... São só algumas lembranças que vieram a minha mente... - ele virou-se e prosseguiu, sorrindo - Mas nada para se preocupar. Pronta?
 

Assenti, peguei meu celular e uma jaqueta, me despedi da minha mãe e saímos em seguida. Ele colocou seu capacete e me entregou um. Coloquei e fechei minha jaqueta até em cima. Subi na sua Harley e busquei algo para me segurar. Ele soltou uma risada e disse, entrelaçando meus braços em sua cintura:

- Eu não mordo, Camila.
 

Revirei os olhos e ele deu a partida na moto, arrancando em seguida. As ruas de Nova York se tornaram pequenos feixes velozes e as luzes eram apenas flashes. Apertei os olhos numa tentativa de afastar uma pequena tontura que fez meu estômago revirar. Sim, Harry estava cortando entre os carros com uma velocidade consideravelmente alta. Minutos depois ele parou em frente a um bar com a frente feita de lajotinhas de cerâmica. Desci da moto, tirando o capacete, entregando a ele.

- Onde estamos?

- Bem-vinda ao Soundpony! - falou, gesticulando com um sorriso reluzente. Ele passou as mãos nos meus cabelos, jogando-os para o lado e indagou - Pronta para o pecado? - olhei para a porta do pub e vi uma pessoa sair de lá vomitando, enquanto ria sozinha. Fiz uma careta e admiti.

- Não!
                                        ******

 A música tocava bem alta fazendo meu coração pulsar conforme a batida. Harry me arrastou até o bar e sentou-se em umas das banquetas. Ele ergueu dois dedos para o barman - cujo nome era Derek - que assentiu, indo pegar as bebidas.

 O lugar em si era um tanto quanto emblemático. As paredes eram enfeitadas com notícias de jornais onde os clientes escreviam frases ironizando-as. Camisetas de personalidades, bandeiras de outros países e luzes de pisca ajudavam a decorar o ambiente. No fundo do salão havia pessoas dançando, rindo e cantando loucamente, além das máquinas de pinball que brilhavam sob meus olhos.

- Incrível! - murmurei e Harry sorriu, me entregando uma cerveja. Balancei a cabeça negando - Eu não bebo, e você sabe disso. Mas obrigada! - ele revirou os olhos com a minha resposta e disse, colocando a garrafa na minha frente:

- Você vai precisar para o que eu vou te propor.

- Seja o que for, eu consigo fazer sem ter uma dose na cabeça. É só mandar. - provoquei. Ele deu de ombros, tomou um gole e começou:

- Ok! É o seguinte: eu sei que seu objetivo é o idiota do Zayn, mas você precisa aprender a atrair a caça primeiro. Evitar aquele desastre que aconteceu na casa do Parker - lembrou-me.

- Dá para a gente se concentrar só no que vamos fazer hoje? - retruquei, tentando apagar da minha mente aquele dia.

- Desculpa, mas é mais forte do que eu… - ele riu e eu tentei manter a calma. - Vamos lá! Você vai ter que se desgrudar de mim e conseguir três números de telefones. Só isso!

 Meu estômago revirou com a ideia.Eu, Camila Traynor, a garota mais tímida e esquisita de Nova York, vai ter que conversa com três caras diferentes em uma noite? Pressenti um novo desastre. Mordi o lábio com o pensamento e Harry falou, notando o meu desespero:

- Eu disse que você iria precisar de uma bebida, mas…

- Eu consigo fazer! - disse mais para mim mesma do que para ele.

- Então, vai! É só escolher alguém e chegar. Sem truques… Eu vou ficar aqui.

 Levantei-me e segui para o fundo do bar, com aquela maravilhosa sensação de estar saindo da sua zona de conforto. Sabe? Estômago revirando, um frio percorrendo a sua espinha e um bolo formado no meio da sua garganta, como se você tivesse acabado de engolir um grande novelo de lã. Olhei para trás, buscando algum incentivo de Harry, mas vi-o rodeado de mulheres. Ocupado demais. Claro!

 Entrei no meio da multidão e comecei a dançar com a batida da música. Meus olhos percorreram todo o lugar, buscando um alvo fácil, mas, como todos já estavam meio alterados, não seria uma tarefa tão difícil. Vi um cara loiro, bem musculoso e de barba cerrada, me olhando e decidi que ele seria minha “vítima”. Olhei para ele, joguei um sorriso convidativo e continuei dançando. Ele jogou uma piscadela para mim e sorriu. Desviei o olhar e mordi meu lábio inferior abafando um riso para o quão ridícula eu estava naquela situação. Tornei a olhá-lo e ele jogou um sorriso malicioso quando eu passei os dedos pelos meus cabelos, atraindo-o até mim. Ele deu um passo em minha direção e eu engoli seco. A primeira parte já estava feita.

- E ai, docinho? - ele sussurrou no meu ouvido.

- Olá! - foi tudo o que eu consegui dizer.

- Sou o Tyler. - assenti, sorrindo e disse:

- Camila.

- Então… Vi você me olhando e.. Uau! Você é muito bonita! Além de dançar muito bem… - elogiou-me, divertido.

- Obrigada! Você também é um cara bonito - falei e toquei levemente em seus braços - E forte!

 Ele sorriu ainda mais e tirou um papel do seu bolso. “É agora!”, pensei. Ele iria me dar seu telefone. Será que seria tão simples assim?! Bem, talvez Harry precisasse ser mais criativo.

- Então, Camila… - ele começou e eu abri um sorriso ansioso - Esse é o telefone do meu clube. Entra em contato comigo. Acho que posso arrumar algo para você. - ele terminou me jogando uma piscadela e meu sorriso se desfez quando li o cartão:

Red Key Strips
 

Uma casa de strip-tease? Sério? Olhei para ele, perplexa, que me respondeu com um grande sorriso nos lábios antes de sair. Revirei os olhos e fui em direção ao bar. Harry ria, se divertindo com uma mulher de pele bronzeada e cabelos ruivos.
 

Uma certa expectativa iluminou seu rosto quando me viu. Peguei a cerveja que estava na sua mão e tomei um gole. Fiz uma careta quando um gosto amargo desceu pela minha garganta, mas seria difícil conseguir algo ali sem nenhuma gota de álcool no corpo. Ele mandou a mulher se levantar para eu me sentar. Ela me jogou um olhar de desdém e deu seu telefone para Harry antes de sair.

- Então...? - ele sondou -  Conseguiu alguma coisa?

- Não! Só um possível emprego de striper no no Red Key. - falei, jogando o cartão em sua direção, e em seguida, zombei-o - E você insinuou que eu não conseguiria nada com essa roupa de "freira" - enfatizei freira, fazendo aspas com as mãos.

- Vai ver é um clube para religiosos -  ele riu, tirando a garrafa da minha mão. Fiz uma careta e pedi para o atendente me trazer uma bebida.

- Achei que você não bebesse... - acusou-me.

- Eu estou no inferno, Harry. Quebrei todos os meus paradigmas hoje. - argumentei.

- É isso aí! Já que está no inferno, por que não abraçar o capeta? - Harry falou, tocando sua garrafa na minha.

- Essa frase é tão tio em dia de ação de graça... - Revirei os olhos e tomei outro gole. Observei outra garota se aproximar de Harry e abraçá-lo, colocando um papel no bolso de sua jaqueta. Ele sussurrou algo no ouvido dela, fazendo-a rir, antes de se afastar.

- Que foi? - ele perguntou num tom sarcástico. Balancei a cabeça e ri:

- Nada! Só que as coisas parecem fáceis para você.

- Propaganda! - ele disse levantando um dedo - Isso se chama propaganda. Tipo quando você vai comprar um sapato em uma loja e é tão bem atendida que recomenda para suas amigas? Pois é! Só estou sendo recomendado. - gabou-se.

- O atendimento pode até ser bom, mas e se o sapato não for de boa qualidade? Sabe, se ele for pequeno demais para se encaixar direito nos pés... - insinuei, zombando da sua metáfora com um trocadilho. Ele gargalhou, quase engasgando com sua cerveja e retrucou, me jogando um sorriso malicioso.

- É! Você tem razão, mas meus sapatos têm poder de lacear em caso de aperto. Aliás, adoro um pézinho apertado. Se é que você me entende?! - revirei os olhos e ele riu ainda mais.

- A que ponto chegamos... - balancei a cabeça - Enfim, só estou te avisando em caso de propaganda enganosa. - terminei de beber todo o conteúdo da garrafa e prossegui - Bom, de volta a missão. Ainda tenho que conseguir dois números.

- Ok! Só uma dica! Fica atraindo o cara com o olhar, mostrando que está interessada. Se ele ficar na dúvida se pode vir até você, jogue i cabelo para o lado e dê seu melhor sorriso sexy. Depois é só deixar a mágica acontecer. - Harry aconselhou quando eu me levantei e eu concordei com a cabeça.

 Voltei para a pista e comecei a dançar novamente, fazendo valer todas as horas que passei jogando Just Dance. O álcool percorria as minhas veias, fazendo eu me soltar um pouco. Busquei por um novo alvo, mas não foi preciso. Em dois segundos um rapaz magro, de olhos verdes, dançando meio desengonçado, estava atrás de mim, me puxando pela cintura. Virei-me e ele sorriu. Retribui com uma piscadela, passei as mãos pelos meus cabelos e dei um "Oi", ele respondeu, dando um gole em seu uísque, e começamos a conversar.

 Conforme a batida da música ia aumentando, o cara - com nome de Rick - apertava minha cintura roçando seu quadril na minha bunda e descansando sua cabeça no meu pescoço consideravelmente suado. Me senti um pouco desconfortável e virei-me, ficando frente a frente com ele. Ele jogou um sorriso malicioso para mim e disse:

- Sua boca está tão irresistível com esse batom que seria uma pena eu sair daqui sem prová-la.

 Ok! Será que eu tinha bebida O suficiente para aquilo? Ele riu, me deixando um pouco tonta quando seu hálito de ouro uísque invadiu meu rosto. Embora uma parte de mim não quisesse aquilo, eu, de certa forma, já tinha conseguido atrair a presa e, talvez, um beijo valesse mais que um número. Mordi meus lábios o que fez ele aproximar-se ainda mais de mim. Fechei meus olhos, esperando a boca dele tocar a minha, mas algo me puxou pela cintura, fazendo eu me soltar dos braços de Rick. Harry encarava-o sério e disse num tom sério:

- Ela está comigo.

- Não pareceu que ela estava acompanhada, irmão - Rick contestou.

- Várias coisas não vão parecer se você não ser o fora agora. - Harry ameaçou. O cara olhou para mim e saiu, rosnando algo. Olhei atônita para Harry e resmunguei:

- Hey! Eu ia conseguir mais que um telefone ali!

- Camila Traynor, você tem um dedo muito podre para escolher as coisas. - ele declarou.

- Por quê? Da primeira vez eu admito que fui uma lesada, mas não vi problemas nessa minha segunda tentativa - me defendi. Ele me segurou pela cintura, seguindo o ritmo da música e ironizou:

- Claro! Tirando o fato de que Rick Berthan é o mair pervertido daqui, você iria se dar bem. Só teria que conviver com os mandados de abusos sexuais que ele carrega nas costas. Isso se ele não te matasse primeiro depois de te estuprar. Fora isso, sem problemas!

Me encolhido com o que ele tinha acabado de dizer.

- Te devo minha vida, então? - perguntei.

- Suponho que sim - ele sussurrou no meu ouvido, enquanto me apertava para junto dele. Fechei os olhos tentando digerir tudo aquilo, confirmando o que eu tinha pensado desde o início: essa noite está sendo o segundo maior desastre da minha vida. Suspirei por alguns instantes e concluí:

- Acho que preciso de outra bebida.
 

Ele assentiu e me levou até o bar, pedindo para Derek mais uma rodada. Bebi um grande gole de cerveja que desceu borbulhando pela minha garganta fazendo com que eu sentisse o mundo dar uma leve girada. Sim, para alguém que nunca tinha bebido, duas cerveja já era o bastante para deixar um pouco tonta.

- Está melhor? - Harry perguntou preocupado.

- Vou ficar... - respondi - Mas eu cansei desse joguinho, Harry. É melhor eu ficar quieta aqui. - tentei abortar o plano.

- Tudo Bem! Acho que você já se soltou demais hoje... Em outras noites você até me atrairia. - ele brincou. Dei um soco leve em seu ombro e virei metade da minha bebida. Ele olhou para frente, pensativo e disse - Sabe de uma coisa?! Talvez ver como se faz te ajude  a não errar mais. Está vendo aquela mulher ali? - ele apontou para uma mulher morena, de cabelos curtos e pretos. Assenti e ele continuou. - Ok! Fique aqui e apenas observe os movimentos dela. Será a nossa cobaia... - Harry concluiu antes de beber um último gole de sua cerveja e sair.
 

Analisei Harry infiltrar-se na multidão dançando e começou a encarar a garota que jogou um olhar sensual, convidando-o a se aproximar. Ele hesitou, esperando mais uma brecha. A mulher desviou o olhar, sorriu de lado, passando a mão pelos cabelos negros e começou a dançar para Harry, que vou aí uma oportunidade para chegar perto dela. Por um instante eu me senti confusa. Parecia que eu estava assistindo a um documentário sobre acasalamento de um faisão. Seja lá o que tinha acontecido, Harry conquistou a presa e os dois estavam se atracando no meio da pista. Balancei a cabeça, rindo com a cena dos dois.

- É engraçado o jeito que eles nos enganam... - olhei para o lado e vi um homem com cabelos castanhos claros, com a barba fechada, tatuado e meio rockeiro comentar do meu lado. Hesitei. Depois das minhas últimas experiências não sabia se continuava com uma conversa. Ele sorriu para mim e prosseguiu - Os nossos amigos... Eles sempre nos enganam com aquela conversa de " Hey! Vamos sair para nos divertir! Hoje a noite é nossa!". Depois de três cervejas eles esquecem que vieram acompanhados...

- Pois é! Somos um mero castiçal para eles. - comentei, ainda receosa.

- Eu meio que fui promovido. Não dou nem cinco minutos oara começar a ser babá do Jackson - ele falou, apontando para um cara que estava se agarrando com a ruiva que deu o número para o Harry. Ele estava cambaleando, mas se equilibrava na cintura dela. Ri com a cena. - Taylor - ele estendeu a mão para mim.

- Camila - apertei sua mão.

- Bem, seu amigo parece ser bem durão né?

- Ele se faz as vezes, mas, na verdade ele é um grande idiota. - desdenhei, olhando oara Harry dançando com a nossa "cobaia"

- Entendo. Eu vi você na pista antes daquele cara chegar. Fiquei com receio de te tirar dos braços dele, mas eu deveria ter feito. - Taylor comentou tomando um gole de sua vodca.

- Pelo menos você está qui agora - comfortei-o e ele assentiu, dando um sorriso torto. Desviei os olhos para seu braço e notei uma tatuagem de uma banda desconhecida no seu pulso. Apontei para ela e perguntei - Quem é?

 Ele olhou para o seu próprio braço e disse:

- É a minha banda. The Golden Age. A gente toca aqui toda quinta-feira. - ele mordeu o lábio inferior e prosseguiu -  Nova York é tão cheio de opiniões que precisamos buscar uma válvula de escape para fugir disso tudo.  Meu som meio que mostra isso...

- Entendo - concordei. - As vezes eu só queria me teletranspontar para outro lugar. - ele balançou a cabeça concordando comigo e depois fechou a cara, numa expressão tristonha.

- Droga! Parece que meu turno de babá vai começar mais cedo... - olhei para onde Jackson estava é o vi jogado no chão. Apertei os lábios, mostrando uma certa decepção e murmurei:

- É uma droga mesmo!

- Você pode anotar meu telefone? - ele perguntou receoso.

- Depende. Você não é nenhum dono de uma boate de striper ou um pervertido? - indaguei, zombando de mim mesma. Ele riu e negou. Tirei meu aparelho do bolso entregando para ele anotar seu número. Ele devolveu e disse:

- Bem, só serei pervertido caso você queira. - ele disse, mostrando seus dentes brancos brilhantes - Me liga quando vier ao Soundpony outra vez. Ou a gente pode marcar algo em outro lugar.

- Tudo bem! - falei com a voz suave. Ele sorriu, deu um beijo na minha bochecha e saiu.
 

Meu rosto se iluminou. Eu tinha conseguido um telefone! E não era de nenhum tarado! Harry se aproximou, arrumando sua jaqueta e cabelos.

- Viu como se faz? - indagou com um tom egocêntrico.

- Mais ou menos. Para ser honesta eu estava ocupada demais conseguindo um número de telefone... - joguei, dando um sorriso de lado.

- Como é? - ele franziu o cenho.

- Olha só! - falei mostrando meu celular com o número de Taylor na tela.

- Uau! - ele disse surpreso e depois vanglorizou-se - Vamos lá! Pode me agradecer. Eu sou um ótimo tutor, não?

- Parte do mérito foi seu, mas eu não precisei fazer aquela dancinha de acasalamento. - zombei - Aliás, onde aprendeu a dançar daquele jeito? Vendo Animal Planet?

- Vamos embora, freirinha. - ele falou, revirando os olhos.

 Harry pagou a conta e pegou na minha mão, me levando para fora do pub. Ele subiu na moto e eu o acompanhei, passando os braços pela cintura dele. Seguimos direto para casa apesar sa insistência dele de querer parar para comer algo.

- Pronto! Está entregue. - falou tirando o capacete e depois resmungou - Poderíamos ter finalizado a noite com Taco's, mas...

- Harry, são quatro da manhã. Quem em sã consciência come Taco's as quatro da matina? - contestei.

- Eu como Taco's as quatro da matina.

- Harry, você furou quatro sinais vermelhos e confundiu um gato com um saco de lixo - objetei -  Acho que você acabou de ser reprovado no quesito "sã consciência"

- Em minha defesa, aquele gato estava deitado no meio da rua. Ele que não estava em sã consciência. Eu merecida Taco's, ele não - ele retrucou.

- Harry, se isso te conforta, a gente pode ir almoçar lá amanhã. Quero dizer, hoje. Que tal? - propus. Ele jogou um sorriso torto para mim, me puxou pela cintura e disse:

- Olha só você! Mal conheceu o meu charme esta noite e já está me chamando para almoçar? - fiz uma careta com aquilo e me soltei dos braços dele.

- Só queria ser legal com você, mas perdeu a chance. - falei com desdém-  Até mais, Harry.

- Ok! Até as duas então - Harry disse, se recompondo.

- Para... - sondei.

- Estudar. Ou você esqueceu do nosso combinado? - ele indagou, arqueando as sobrancelhas. Assenti e murmurei um "ok" antes de me dirigir até a porta da minha casa e entrar.


Notas Finais


Então, o que acharam? Eu espero mesmo que tenham gostado.
Comentem aí em baixo o que acharam, isso significa muito pra mim, divulgue a fic para algum amigo, vai me ajudar e eu serei eternamente grata. ❤❤
Até mais, amores.
xx


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