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História Fy Eiddo (SasuSaku) - PARTE 02: Rhyddhad (Alívio)


Escrita por: DudaKCALY

Notas do Autor


Oi, oi, gente!! *-*

Capítulo 30 - PARTE 02: Rhyddhad (Alívio)


Fanfic / Fanfiction Fy Eiddo (SasuSaku) - PARTE 02: Rhyddhad (Alívio)

Fy Eiddo
Capítulo Trinta – Rhyddhad

 

.-*-.

Fique comigo
Me proteja, me abrace carinhosamente
Se deite ao meu lado, sim
E me envolva em seus braços

Ed Sheeran – Kiss Me

.-*-.

 

Sua consciência foi voltando aos poucos. Sentia seu corpo deitado sobre algo macio e uma leve carícia em seus cabelos.

Sua nuca formigava e seu coração galopava em seu peito. Sua alma estava em paz.

Sasuke estava ali, e ela soube disso antes mesmo de abrir seus olhos.

Resolveu aproveitar mais um pouco do carinho de Sasuke, mas ela sabia que ele já havia notado que ela tinha acordado.

­– Eu sei que deve querer descansar, mas preciso ver seus olhos – a voz rouca sussurrou, e ela sentiu o hálito quente de Sasuke bater contra seu rosto – Por favor.

Sakura forçou seus olhos, e lentamente os olhos esmeraldinos se revelaram para Sasuke. O moreno sentiu o peso dos dias anteriores sair de seus ombros.

Faziam três dias que Kakashi havia trago Sakura para o distrito Uchiha. Mesmo com o Hatake afirmando todos os dias que ela estava bem e só precisava descansar, Sasuke estava enlouquecendo e toda a alcateia em clima de tensão. Temiam que sua futura Senhora não voltasse a abrir os olhos.

Sasuke sabia que ser explorado pelo Sharingan era uma experiência devastadora, mas seu coração apaixonado não se acalmava. Ele precisava que ela abrisse os olhos, que olhasse para ele e o envolvesse num abraço apertado.

Podia ser um ser sobrenatural que já havia enfrentado inúmeros desafios, mas perante a inércia de Sakura ele se tornava um garotinho assustado e carente.

Sakura encarava o Uchiha com carinho e alívio. Lembrou-se dos momentos que achou que jamais voltaria a olhar dentro daquelas imensidões negras.

Os olhos verdes marejaram, e os negros também.

– Sasuke... – ela sussurrou com a voz rouca por conta dos vários dias desacordada.

Ele suspirou e fechou os olhos, enquanto uma fina lágrima escorria por seu rosto.

– Não sabe como é bom ouvir sua voz – ele disse voltando a abrir os olhos e encará-la.

Ela sorriu levemente.

– Tive medo de nunca mais vê-lo – ela confessou – Eu achei que nunca mais iria...

Sasuke a interrompeu selando os lábios quentes nos dela.

O beijo era calmo, cheio de carinho e saudade.

Ainda sentindo o corpo pesado, Sakura levantou os braços e envolveu-os no pescoço do moreno, puxando-o para mais perto.

Sasuke segurou a nuca da rosada com força, porém sem machuca-la, e puxou os fios róseos levemente.

Ele apenas precisava senti-la, saber que ela estava bem. E viva.

Ah... Só Deus sabia como ele precisava ter certeza que ela estava viva.

Mesmo com pouca força, Sakura tentou puxá-lo para cima dela. O moreno entendeu o recado, e dando um impulso com os pés, deitou-se delicadamente por cima da rosada, deixando seu corpo apoiado no braço que não estava na nuca dela. As pernas enrolaram-se sozinhas.

Sakura, ao sentir o peso quente de Sasuke sobre si, suspirou de contentamento.

Uma sensação de paz e “volta para casa” apossou-se do Uchiha.

Sakura tinha se tornado seu vício, sua completa perdição.

Mas, de repente, a porta se abriu de súbito e o casal separou-se apenas o suficiente para ver quem entrava.

– Sakura, meu amor, que bom que... – Mikoto interrompeu sua fala na mesma hora que viu a situação do casal. A pele branca da morena corou rapidamente – Oh, me desculpem!

Sakura corou até que seu rosto fosse um completo pimentão.

Sasuke começou a gargalhar baixo, e para a mãe não perceber, escondeu seu rosto na curva do pescoço da rosada, e não se arrependeu. O cheiro delicioso dela continuava o mesmo. Ele respirou fundo para poder sentir melhor.

Mikoto encarou o casal com ternura, e sentiu seu peito se aquecer ao ver o filho tremer por conta da risada que tentava prender. Faziam dias que não via o filho sequer suavizar a expressão pesada que tinha, e vê-lo rir novamente era maravilhoso.

– Eu deveria ter pensado que depois de tantos dias... Quero dizer, eu faria o mesmo... – e ao perceber o que tinha dito Mikoto corou ainda mais e começou a chacoalhar as mãos em frente ao corpo – Esqueçam o que eu disse, esqueçam que eu entrei aqui! Estou saindo! Falo com você depois, Sakura.

Sakura ainda ficou encarando a porta, com olhos arregalados e pele corada enquanto Sasuke gargalhava mais e mais alto.

Sakura, ao sentir o deboche do namorado, deu um tapa leve nas costas dele.

– Sasuke, que feio! Coitada da sua mãe!

O moreno levantou a cabeça e passou a encará-la de perto.

– O que foi? Va me dizer que não foi engraçado?

Sakura, que até agora prendia a risada, ao ver a expressão divertida do namorado pôs-se a rir também.

Realmente havia sido extremamente embaraçoso, mas mesmo assim engraçado.

 

 

.-*-.

 

 

Três dias antes...

 

Itachi estava do lado de fora, parado como uma estátua sob a grama verde do jardim. Podia sentir a energia de um feiticeiro dentro da casa, mas não se sentia no direito de entrar.

Mesmo que tivesse ajudado Sasuke, ele não era mais parte da alcateia Uchiha.

E mesmo que quisesse, não era atrás de Sasuke que ele queria ir.

Fechou os olhos e respirou fundo, puxando o ar com toda força que tinha. Sentiu o cheiro de todos dentro da casa: Seus pais, Sasuke, Gaara e Ino, Naruto e Hinata, Sara e Richard e ainda outro, que deveria ser do feiticeiro.

Mas, ao longe, ele pode sentir, e quando aquele cheiro invadiu suas narinas ele não sentiu mais nenhum outro.

Seus pés moveram-se sozinhos e quando percebeu já estava correndo, contornando a casa e indo para o jardim que havia atrás da construção.

Seus movimentos foram desacelerando quando viu a mulher sentada no meio da grama.

Izumi mexia delicadamente em algumas flores, mas sem se interessar verdadeiramente. Seus pensamentos estavam em Itachi e no quanto ele estava demorando para voltar.

Seu peito estava apertado. Teria algo acontecido com ele?

Mas antes mesmo de ouvir os passos ela sentiu o cheiro. O cheiro dele.

Sua cabeça se levantou rapidamente e ela olhou para trás, em direção à casa de seus sogros.

E lá estava ele. Itachi estava parado ao lado da construção, ofegante e olhando para ela intensamente. Tinha alguns arranhões e estava coberto de sangue e poeira, mas estava vivo.

A alegria por poder vê-lo de novo era tão grande que ela não se conteve.

– Itachi! – chamou alto levantando-se num salto.

Os dois correram um ao encontro do outro, e quando os corpos se chocaram Itachi tomou Izumi nos braços, tirando-a levemente do chão pelo abraço apertado.

Os se abraçavam com força, como se o mundo fosse acabar.

Itachi colocou Izumi no chão, levou suas mãos para o rosto dela e então selou seus lábios num beijo sôfrego e desesperado.

As línguas travavam uma batalha envolvente. Nesse gesto eles tentavam matar um pouco da saudade que os corroía por dentro.

Itachi começou a chorar e nem mesmo percebeu. O alívio que estava sentindo era tão grande que ele se sentia zonzo.

O moreno encerrou o beijo lentamente, e depois disso ajoelhou-se em frente à Izumi e abraçou-a pela cintura.

– Me desculpe, meu amor, me desculpe! – ele pedia desesperado – Se eu tivesse sido mais forte, se eu não fosse um idiota, você não teria quase morrido. Foi tudo por minha causa.

Izumi estava estática. Não sabia o que fazer.

Então Itachi se culpava por tudo o que havia acontecido no esconderijo do Orochimaru?

Ainda estática, Izumi piscou inúmeras vezes até voltar ao normal. Sua expressão desmanchou-se em uma cara de pena e seus olhos marejaram.

– Itachi... – ela sussurrou com a voz cheia de afeto.

O moreno ainda chorava agarrado à sua cintura.

Izumi sempre tinha ouvido histórias sobre o clã de seu pai. Os Uchiha eram conhecidos por sua força, sua honestidade e sobre viver tudo muito intensamente, mesmo que não demonstrassem – na maioria do tempo – ter qualquer tipo de sentimento.

Mas agora Itachi estava ali, ajoelhado diante de si, contorcendo-se em culpa, mesmo depois de ter arriscado sua própria vida para salvá-la.

Izumi sentiu seu coração se derreter. Itachi tomava cada vez mais espaço dentro de si.

As delicadas mãos da mulher foram para o cabelo do moreno e ali fizeram uma carícia lenta.

– Itachi – chamou ela com a voz mais firme – Levante-se daí meu amor.

Itachi apertou-a mais.

– Não – sussurrou ele entre as lágrimas – Não até você me perdoar.

– Não tem nada o que eu te perdoar, Itachi – disse ela abaixando-se na frente dele e pegando o rosto masculino entre as mãos – Você deu o seu melhor.

As lágrimas pararam de escorrer e Itachi ficou com o maxilar tenso.

– Não! – exclamou ele, explodindo toda a tensão dos últimos dias – A única coisa que fiz foi ficar paralisado enquanto via eles te levarem. Não fui capaz de reagir, de te proteger! Eu fui um fraco!

– Claro que não! – protestou Izumi – Eu não enxergo você assim.

Itachi bufou e se levantou, afastando-se do toque delicado e quente de sua marcada.

– Mas um dia vai perceber que eu sou um fracasso – começou Itachi – Decepcionei minha família, decepcionei minha alcateia e agora... Fiz o pior de tudo. Decepcionei você. A mulher que esperei minha vida inteira. Por causa da minha fraqueza você foi ferida, quase morreu e...

Izumi deu um passo à frente e interrompeu Itachi.

– E mais nada! Pare de se lamentar assim! Ou você já esqueceu que também foi por sua causa que eu saí daquilo? – perguntou ela com a voz cheia de raiva.

Itachi apenas encarou-a boquiaberto. Nunca havia visto Izumi com raiva.

– Izumi... – sussurrou ele, maravilhado.

– E tem mais! – continuou ela interrompendo-o de novo – Se você não parar de se culpar por tudo o que acontece eu vou te dar uns tabefes!

Itachi sentiu quando sua bochecha esquerda se contraiu involuntariamente e um sorriso de canto se abriu.

Izumi deu dois passos para frente. Sua expressão tinha mudado de raiva para indignação.

– Do que você está rindo? – perguntou ela bufando.

Ele abriu um sorriso completo.

– De você.

Ela franziu as sobrancelhas e pôs as mãos na cintura.

– E você admite isso na cara de pau?!

Itachi foi mais rápido do que os olhos de Izumi puderam acompanhar. Numa hora ela o encarava cheia de raiva e na outra já se derretia, enquanto os braços fortes a envolviam e a língua macia explorava sua boca sem nenhuma vergonha.

O beijo foi a cura que a alma dos dois precisavam. As palavras de Izumi acalmaram o coração do moreno.

Ela não o culpava, não o odiava. O peso que saiu de suas costas só não foi maior que o fato dela estar viva e bem.

Eles se separaram com alguns selinhos e Itachi pressionou sua testa contra a de Izumi.

– Eu amo você – sussurrou ele – Arriscaria minha vida mais de um milhão de vezes se fosse preciso. Só não me deixe, por favor.

Izumi acariciou o rosto de Itachi com o seu. Esfregou a ponta dos narizes com delicadeza.

– Jamais vou te deixar se você prometer parar de se diminuir e começar a agir para concertar seus erros do passado. – ela se afastou fazendo Itachi encará-la – Me prometa que vai seguir em frente.

Itachi assentiu lentamente com a cabeça, sem desviar seus olhos dos dela.

– Vou me esforçar.

Eles voltaram a se abraçar com força.

Agora que tudo com Izumi já havia se resolvido, Itachi suspirou.

A próxima etapa seria seu irmão. Ele tinha que se resolver com Sasuke.

 

 

.-*-.

 

 

Três dias depois...

 

Sasuke apoiava Sakura enquanto ela se esforçava para andar. Um braço do moreno estava na cintura fina, e outro segurava a mão dela que estava por cima de seu ombro. Ainda estava muito fraca e tinha os movimentos lentos.

A expressão do Uchiha estava mais para uma carranca. Ele não queria que Sakura se esforçasse tanto, mas quem tirava uma ideia daquela cabeça teimosa? Ela queria descer, falar com Mikoto e também com Izumi. Ele estava quase conseguindo convencê-la a ficar na cama, mas deixou escapar que Sara também estava ali, e então ele não a segurou mais um minuto sequer.

Richard e Fugaku estavam sentados no sofá da sala, assistindo futebol e conversando, quando Sasuke e Sakura alcançaram o fim da escada.

Ao perceber a presença da rosada ali eles se levantaram.

– Sakura – chamou Fugaku adquirindo uma expressão mais leve – Fico feliz que tenha acordado.

Sakura sorriu levemente para o sogro.

– Obrigada, Fugaku-sama – agradeceu ainda apoiada em Sasuke.

– Sara vai ficar muito feliz em vê-la bem, Sakura – disse Richard, atraindo o olhar da Haruno.

Sasuke também o olhou. Ainda bem que ele já conhecia o Uchiha suficientemente bem para saber dizer que Sara ficaria feliz, e não ele.

Sakura abriu um sorriso maior.

– Também ficarei muito feliz em vê-la novamente.

– Então vá até a cozinha – indicou Fugaku – Elas estão lá preparando o almoço.

– Sim, ela vai – afirmou Sasuke – Precisa comer alguma coisa.

Ao ouvir isso, Sakura fez uma careta.

– Não estou com fome. – resmungou.

Sasuke intensificou o aperto na cintura da namorada.

– Pois então trate de ficar – começou ele já puxando-a em direção à cozinha – Você está há mais de três dias sem comer, mal consegue se manter em pé. Precisa de forças.

– Ah, Sasuke... – ela resmungou franzindo o cenho e fazendo um beicinho.

– Além do mais – iniciou Sasuke com uma voz mais séria, o que fez Sakura prestar mais atenção no namorado – Depois que você comer precisamos conversar.

As esmeraldas de Sakura brilharam em preocupação.

– Aconteceu alguma coisa?

– Sim, mas conto a você depois do almoço.

– Algum problema, querido? – perguntou Sakura suavemente.

Sasuke parou de caminhar e encarou-a. Seus olhos brilhavam, cheios de amor.

– Adoro quando me chama assim – revelou ele.

Sakura corou.

Alguma coisa havia mudado em Sasuke nesses últimos dias. Não sabia o que, mas ele estava muito mais aberto e carinhoso, coisa que ela estava adorando.

Um pequeno sorriso se abriu nos lábios rosados.

– Que bom, querido – voltou a falar suavemente – E se você diz que conversaremos depois, confio em você.

Sasuke assentiu, e então continuou seu caminho até a cozinha em silêncio.

– Por Ashura, Sakura! – gritou Sara o mais alto que pode.

A morena largou todos os legumes que estava cortando e veio voando na direção da Haruno, que apenas sorriu e esperou pelo abraço.

As duas se abraçaram forte, como se a tempos não se vissem. Sara enrolou seus braços ao redor do pescoço de Sakura, enquanto a rosada abraçou a cintura fina da morena.

Sara respirou fundo. Já tinha ficado perto de Sakura, mas não tanto assim. O cheiro que vinha dela era muito, mas muito bom.

Riu internamente com o pensamento. Sasuke deveria ficar louco com essa mulher.

– Também é muito bom te ver, Sara – disse Sakura com a voz embargada – Obrigada por tudo que fez por mim.

Sasuke havia contado a ela tudo o que aconteceu depois que ela foi para o acampamento de Pain, e ela repetiu mais de mil vezes que jamais trocaria a alcateia Uchiha por outra.

Sasuke respondeu a ela que sabia. Agora sabia. E também pediu desculpas por sua desconfiança, quando na verdade ele deveria ter visto que algo estava errado.

Sara soltou Sakura, mas não totalmente. Ficou com as mãos nos ombros da rosada e passou a admirá-la.

Somente Sasuke percebeu quando seu pai e Richard chegaram na cozinha. Eles sorriam de canto e Richard tinha um olhar abobado em direção à Sara.

Sasuke suspirou.

Era triste ver como ele mesmo ficava quando olhava para Sakura.

Mikoto aproximou-se lentamente. Quando os olhos da matriarca se encontraram com os da Haruno, as duas fizeram cara de choro.

– Sakura... – sussurrou a matriarca com a voz embargada.

– Mikoto-sama... – sussurrou Sakura de volta.

– Ai, o que vocês estão esperando? – perguntou Sara revirando os olhos – Se abracem logo!

A morena empurrou Sakura para o colo de Mikoto, que a acolheu com graça e carinho.

Mikoto acariciava os cabelos rosados delicadamente, enquanto seu outro braço apertava a nora com força.

– Ah, minha menina... – começou ela a sussurrar para Sakura – Você não sabe quanta falta nos fez.

Os olhos de Sakura marejaram. Foi impossível não se lembrar de sua mãe. Ela tinha o mesmo jeito manso de falar.

– Também senti sua falta, Mikoto-sama.

As duas se apertaram ainda mais forte, e depois de um tempo Mikoto soltou-a e olhou no fundo dos olhos esmeraldinos.

– Agradeço do fundo do meu coração por tudo que fez, mas acho que você merece uma bronca! – ralhou Mikoto – Isso não se faz, Sakura!

A Haruno baixou sua cabeça.

– Eu sinto muito, Mikoto-sama – começou Sakura com a voz falhando pelo choro que queria segurar – Mas eu não podia deixar outra mãe minha morrer.

Ao ouvir isso, Mikoto não se conteve, e inúmeras lágrimas caíram de seus olhos e escorreram livres por seu rosto.

– Oh, querida... – sussurrou antes de puxar Sakura para mais um abraço apertado.

Sara já fungava e enxugava as lágrimas, tamanha era sua emoção.

Fugaku observava a cena com um sorriso de canto. Finalmente Mikoto havia conseguido sua tão sonhada filha mulher. E ainda duas, considerando que ela e Izumi haviam se dado muito bem também. Suspirou com o pensamento, e então encarou o filho mais novo que tinha seu olhar vidrado na cena entre sua mãe e sua marcada.

Como se desenrolaria essa história agora que Itachi havia praticamente salvado a vida de Sakura?

O filho mais novo não havia mandado o irmão embora nos últimos dias, mas também não havia dito que ele poderia ficar definitivamente. Sasuke fugia do irmão como o diabo foge da cruz, provavelmente para não ter que pensar nisso agora.

Itachi e Izumi estavam hospedados na casa que seria dele e de Mikoto depois que Sasuke se casasse. Tinha achado melhor dar o espaço que Sasuke precisava para se resolver com Sakura e com o feiticeiro.

Fugaku temia pelo futuro do filho.

O patriarca sentiu uma mão forte cobrir seu ombro direito. Era Richard.

– Não se preocupe, Fugaku-sama – disse ele calmamente – Tudo vai se resolver.

Ele assentiu e lançou um olhar agradecido para o Arquerrite.

Bem, talvez ele também tivesse arranjado mais um filho.

 

 

.-*-.

 

 

Itachi estava sentado em uma das cadeiras da mesa da cozinha enquanto Izumi terminava de preparar suas refeições.

Os pensamentos do moreno estavam longe.

Pelo que havia sentido, e também pelas emoções que Sakura enviava sem perceber pela ligação, ela já tinha acordado.

O que iria ser dele agora? E de Izumi?

Uma vez Sasuke havia dito que ela poderia ficar, se quisesse.

Ele cumpriria sua palavra? E ela, como reagiria?

– No que tanto pensa, Itachi? – perguntou Izumi enquanto botava a comida dos dois sobre a mesa que Itachi havia arrumado.

– Sakura acordou. – foi o suficiente para Izumi travar por alguns instantes, mas logo voltar ao normal.

– Então acho que está quase na hora de você conversar com o seu irmão.

Itachi suspirou.

– Não vai ser nada fácil. – resmungou ele.

Izumi apenas encarou-o. Sabia de tudo o que havia acontecido entre os irmãos, inclusive que Sakura os havia resgatado.

Uma loira chamada Ino também havia lhe contado que se não fosse pela rosada a morena teria ficado por lá mesmo, considerando que elas não sabiam que ela era a marcada de Itachi.

– Você vai conseguir – afirmou Izumi sorrindo, e depois se sentando em frente à Itachi para comer.

O moreno engoliu seco.

– Izumi...  – chamou ele – Sasuke pode não me deixar ficar.

A morena não deu muita importância para a revelação e continuou pegando sua comida.

– Então daremos um jeito de arranjar um lugar para nós.

Itachi apenas encarou-a.

– Eu jamais deixaria você desamparada, nem que para isso... – ele deixou a frase morrer.

Izumi parou tudo o que estava fazendo e encarou-o.

– O que? O que foi?

Itachi respirou fundo.

– Nem que para isso nós precisemos nos separar.

A morena largou se uma única vez a colher que segurava.

– Como é que é?

– Sasuke uma vez me disse que você poderia ficar se desejasse. – explicou ele rapidamente – Se ele ainda permitir, você então ficará aqui, segura. Eu partirei.

Izumi levantou-se rápido, fazendo a cadeira atrás de si cair.

– E você já se perguntou se eu quero isso, Itachi?!

Itachi também se levantou.

– Não vou deixar você vagando pelo mundo desprotegida.

– Eu não estaria desprotegida, eu teria você!

Itachi riu de canto, amargo.

– Ah, e eu te protegeria exatamente como consegui fazer lá no esconderijo do Orochimaru, não é?

Izumi socou em cima da mesa com força, fazendo a madeira ranger e os talheres saltarem dos pratos.

– Você prometeu que superaria seu passado!

– Eu superar meu passado não altera os acontecimentos. Eu falhei com você e posso voltar a falhar.

– Não! Você me protegeria exatamente como matou Kabuto para que eu sobrevivesse!

– São situações diferentes!

– Exatamente! – ralhou Izumi – Então pra que ficar se comparando ao passado toda hora?

– Por que ele me fere! – confessou Itachi – Quase ter perdido você é como a morte para mim!

Izumi respirou profundamente.

– Se você continuar se agarrando ao passado jamais poderá viver o futuro! – disse ela agora mais calma.

Itachi apenas apertou um lábio no outro.

Izumi adquiriu uma expressão amargurada.

– Vê se cresce, Itachi – disse ela para depois sair à passos duros da casa.

Itachi rastreou seu cheiro, mas percebeu que ela apenas estava indo para a casa de seus pais, provavelmente encontrar Sakura.

Ele suspirou e caiu sentado na cadeira, passando as mãos pelo rosto e cabelo.

O que iria fazer agora?

 


Notas Finais


U.U Itachi e Izumi já tão quebrando o pau, pessoal. Oq é q eu faço com esses dois teimosos, hum?
Oq acharam do reencontro dos dois casais Uchiha mais queridos do mundo??
Espero vcs nos comentários hein *-*
Bjox e até o próx!! ^.^


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