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História Fy Eiddo (SasuSaku) - PARTE 03: Ortho (Orto)


Escrita por: DudaKCALY

Notas do Autor


Oi, oi, gente!! *-*

Capítulo 53 - PARTE 03: Ortho (Orto)


Fanfic / Fanfiction Fy Eiddo (SasuSaku) - PARTE 03: Ortho (Orto)

Fy Eiddo

Capítulo Cinquenta e Três – Ortho (Orto)

.-*-.

Quando olho em seus olhos
É como observar o céu à noite
Ou um belo nascer do Sol
Há tanta coisa que eles carregam
E assim como as antigas estrelas
Eu vejo que você chegou tão longe
Para estar bem onde você está
Qual a idade da sua alma?

I Won’t Give Up – Jason Mraz

.-*-.

– Muito bem, vamos começar – anunciou Mebuki, séria, parada no centro da grande sala de treinamento.

Sakura ainda olhava ao redor, abismada.

Robert Arquerrite tinha cedido uma de suas melhores salas após um simples pedido de sua mãe. Bastou que Mebuki lhe pedisse, com uma voz aveludada e palavras educadas, por um lugar onde pudessem ter privacidade para que treinassem Sakura e o Meistr, sem nem mesmo contestar, havia ordenado que a maior e mais bem equipada sala da ala de treino fosse desocupada.

Então, sua mãe e o Meistr tinham mesmo tido algum tipo estranho de relacionamento?

– Sakura! – voltou à realidade quando ouviu o berro de sua mãe.

Piscou os olhos, aturdida, até que conseguiu desviar seu olhar para Mebuki.

– O que foi?

– Pare de olhar ao redor como se estivesse em outro mundo e preste atenção! – ralhou a loira apoiando ambas as mãos na cintura, mostrando sua irritação – O treinamento de um feiticeiro requer muita concentração. Sem isso não passamos de manipuladores de energia!

Sakura assentiu, se dando um soco mental.

Sua mãe estava certa. Poderia especular sobre o tipo de relacionamento entre Mebuki e Robert mais tarde, muito provavelmente com a ajuda de Sasuke.

Adorava que seu namorado também fosse um fofoqueiro em tempo integral.

– Desculpe, eu só... – pigarreou, agora forçando-se a desviar seus pensamentos de Sasuke – Eu estou impressionada que tenha conseguido essa sala com tanta facilidade. O Meistr tende a dificultar as coisas para nós.

– “Nós”? – indagou Mebuki erguendo uma de suas sobrancelhas – E quando “nós” deixou de ser eu e você para ser você e a alcateia Uchiha? Porque saiba, querida, que contra nós – Mebuki apontou dela mesma para Sakura e vice-versa – Robert não tem absolutamente nada contra.

Sakura apenas revirou os olhos e permaneceu em silêncio, não querendo iniciar mais uma discussão com a mãe. Sabia que ela ainda estava irritada pelo confronto com Mikoto há algumas horas, então relevaria o humor azedo da mulher.

– Você não disse que iríamos começar? – perguntou, querendo mudar de assunto – Estou esperando.

Mebuki ainda estreitou os olhos, desconfiada, mas logo balançou a cabeça.

Deixaria a filha mudar de assunto ao invés de responder sua pergunta.

– Venha até aqui, vamos começar com algo básico.

Sakura assentiu, começando a caminhar em direção à mãe e ao centro da grande sala, mas seus olhos captaram uma figura inerte do lado oposto.

– E ele? – perguntou se referindo a Kakashi – Vai ficar apenas ali sentado com a cara enfiada nesse livro erótico?

Kakashi ergueu os olhos negros e furiosos.

– Isso aqui não é erótico – resmungou – É uma obra de arte, se quer saber.

– Não quero saber – murmurou Sakura finalmente alcançando a mãe.

Estavam mãe e filha paradas de frente uma para outra, na distância de dois grandes passos, sobre um grande tapete de borracha que cobria o chão frio, provavelmente eram onde faziam os treinamentos corporais.

– Tire os sapatos e o casaco – pediu Mebuki também realizando os movimentos – Vamos relaxar.

Sakura quis perguntar, mas resolveu apenas fazer o que a mãe pediu. Retirou seu tênis, e também o grande moletom que vestia – mesmo que não houvesse mais necessidade para isso, já que sua nova condição lupina a tornava imune ao frio.

Mebuki se sentou em posição de índio, e Sakura, mesmo confusa, apenas imitou a mãe, também se sentando no chão, sentindo a borracha macia sob seu corpo.

– Sakura – chamou Mebuki com a voz tranquila, atraindo a atenção da rosada – Olhe em meus olhos.

Quando Sakura olhou dentro daqueles olhos verde-musgo, sentiu-se girar, e num piscar de olhos não estava mais na sala de treinamentos, ou sequer em Wawr. O sol de inverno aqueceu sua pele como um beijo morno, e a brisa gelada correu por seu corpo, trazendo uma sensação de vitalidade.

Estava naquele mesmo lugar onde tinha encontrado Haul. O lago de águas douradas pelo Sol brilhava à sua frente, enquanto as cerejeiras rosadas contrastavam com o céu azul e sem nuvens.

– Bela paisagem – Sakura levou um susto ao ouvir a voz de sua mãe soar atrás de si.

Se virou, quase não reconhecendo Mebuki. Os cabelos loiros estavam longos e sedosos, os olhos verde-musgo brilhavam como pedras preciosas, vivos como há muito não via, e o vestido longo de tecido leve brincava contra sua pele alva.

– Mãe – Sakura deixou escapar, os olhos arregalados – Como... Como a senhora está aqui?

Mebuki caminhou calmamente até ela, parando ao lado da filha, os olhos sábios fixos no imenso lago à frente delas.

– Você já esteve aqui antes? – perguntou, não respondendo à pergunta da filha.

Sakura assentiu, hesitante.

– Quando você me libertou do feitiço, eu vim aqui pela primeira vez. Foi aqui que conheci Haul.

– Haul? – indagou Mebuki, desviando seus olhos curiosos para a filha.

– Sim, minha loba.

Mebuki assentiu, compreendendo.

– Bom, provavelmente foi ela que te chamou quando se libertou.

– Ela estava presa?

– Pelo feitiço, assim como sua energia estava suprimida.

A rosada piscou, compreendendo. Realmente Haul tinha vindo em sua direção, e naquele momento tinha pensado que a loba parecia ter se libertado de alguma coisa.

– Onde é aqui, mãe? – perguntou, os olhos fixos nas águas calmas do lago.

– Aqui é o que nós chamamos de Orto. É o princípio, o ponto de partida, a origem de todos os seus poderes, e consequentemente de você também. É como se fosse seu próprio universo particular, o coração da sua alma.

Sakura piscou seus olhos.

– Então isso, esse lugar... Sou eu?

Mebuki respirou fundo.

– De uma forma bem simplificada? Sim, isso é você. Nada aqui segue seus gostos, o que você prefere. Tudo aqui mostra apenas o que você é, em toda sua essência. Cada elemento desse lugar possui um significado.

– Quais são os significados? – Sakura não pôde conter sua curiosidade.

Mebuki sorriu, olhando para a filha com amor.

– Você é uma alma iluminada e revigorante, criada para trazer paz e direcionamento. O sol e a brisa fresca mostram isso.

Foi impossível para Sakura não pensar em Sasuke, no que tinha visto no Orto do Uchiha. A noite estrelada e o clima morno eram tão agradáveis quanto seu sol e sua brisa fresca.

O que significariam?

– Se... – iniciou, passando a língua por seus lábios secos – Se ao invés de um dia de Sol houvesse uma noite estrelada, com um céu tão lindo de tirar o fôlego, e um clima morno ao invés da brisa gelada... O que significaria?

Mebuki assumiu uma expressão confusa, mas resolveu explicar mesmo assim.

– Bom, pessoas que possuem seu Orto em noite ao invés de dia geralmente são mais fechadas e difíceis de compreender. Geralmente se envolvem apenas com pessoas próximas, pois tem dificuldade em se expressar, e também não são tão cativantes como você, por exemplo. Costumam afastar os outros muito mais do que atrair. Em resumo, tendem a ser pessoas frias, aparentemente. Porém, nesse caso, o clima morno provavelmente indica que essa pessoa, mesmo que muito fechada, sente tudo com intensidade e carrega grandes sentimentos pela família e pela pessoa amada. Climas quentes indicam grande devoção, até mesmo ao ponto de sacrifício.

Sakura engoliu seco, os olhos fixos no lago.

Devoção ao ponto de sacrifício.

Sim, mesmo sem saber de quem se tratava, sua mãe tinha descrito Sasuke com perfeição.

Pigarreou, espantando os pensamentos.

– O que mais? – perguntou, os olhos desviando novamente para focar na figura calma da mãe.

Mebuki desviou seus olhos da filha, apontando com o queixo para frente.

– O lago representa sua energia espiritual. Está vendo aquela nascente que mina e corre pelo meio das pedras, sempre alimentando o lago com mais e mais água?

Sakura desviou os olhos, vendo o fluxo de água que corria pelo meio das pedras, brotando do chão, sob a grama.

– Sim.

– Essa é a energia que usamos para fazer magia erudita, a energia que sempre se renova, que nunca se acaba. O lago representa isso.

– E as cerejeiras? – perguntou a rosada – Por que há tantas delas?

– As cerejeiras representam sua energia física, aquela que não se renova, a que mantém seu corpo e sua vida. Elas sempre precisam estar assim, saudáveis e floridas, para indicar que tudo está bem com seu corpo. Isso explica o fato de seu cabelo ter mudado de cor quando passou por sua primeira precipitação. A flor de cerejeira simboliza o amor, a felicidade, a renovação e a esperança, exatamente como sua alma.

Sakura observou a quantidade de cerejeiras que circundavam o lago da metade para trás e seguiam a perder de vista para o horizonte. A brisa leve corria, balançando os galhos com delicadeza e fazendo as pétalas se soltarem, espalhando seu perfume e caindo como chuva.

– Admito que não são minhas preferidas, mas são estupidamente lindas.

Mebuki riu.

– Como eu te disse, esse lugar não segue seus gostos, e sim sua essência. Ah, quer saber de uma coisa curiosa?

Sakura ergueu uma das sobrancelhas, encarando a mãe, que ostentava um sorrisinho sapeca.

– Que coisa curiosa?

– Todas as mulheres sobrenaturais possuem árvores frutíferas em seu Orto. Então, quando ficam grávidas, é o tempo que se desenvolvem os frutos.

Sakura arregalou seus olhos.

– Como assim?

Mebuki soltou uma risadinha.

– O dia que você visitar seu Orto e essas cerejeiras estiverem carregadas de cerejas, você já sabe o que significa.

Sakura quis rir em empolgação, mas se controlou. Mal podia imaginar sua reação, no futuro, quando aquelas belas árvores rosadas estivessem verdes e enfeitadas por milhares de pontinhos vermelhos.

– Como é o seu? – perguntou na empolgação, os olhos brilhando – Seu Orto, digo. Como foi quando engravidou de mim?

A rosada observou, rapidamente, o brilho sumir dos olhos de Mebuki, e ela assumir uma expressão dolorida.

– Quando... Quando eu rejeitei minha ligação com Madara, meu Orto... Ele mudou.

Sakura franziu sua testa, a expressão preocupada.

– Mudou? Isso é possível? Como pode sua alma mudar?

Mebuki assentiu, os olhos fixos nas águas douradas abaixo delas.

– Antes meu Orto era muito parecido com o seu. O Sol de inverno, a brisa calma. Ao redor do meu lago existiam milhares de figueiras, todas verdes e frondosas, algumas do tamanho de um prédio pequeno. Depois que rejeitei minha ligação com Madara, meu céu escureceu, o clima ficou frio e minhas figueiras... Elas se retorceram e ficaram cinzentas, cobertas de barbas-de-velho. Eu sabia que isso indicava que elas haviam ficado infrutíferas.

Sakura prendeu sua respiração, impressionada.

– M-Mas... Mas você me teve.

A loira abriu um sorriso triste, assentindo.

– Sim, e foi a única vez que elas se recuperaram e deram figos. Depois disso, voltaram à inércia, e quando Madara me prendeu e sugou minha energia física... – sussurrou, a voz falhando – Depois disso, a maioria delas morreu, e agora não passam de um tronco seco. Algumas poucas sobraram, e estão se recuperando, mas é um processo lento e dolorido.

Sakura não podia acreditar no que ouvia.

O Orto simbolizava seu eu mais íntimo, a origem de seu poder e o coração de sua alma. Se esse lugar podia ser afetado pela rejeição da ligação com seu marcado, podia-se então entender a profundidade de tal ligação.

Era, realmente, algo de alma.

– Como era o Orto dele? – perguntou Sakura, querendo desviar o assunto.

Mebuki piscou os olhos, parecendo despertar de seus pensamentos, a testa se enrugando em confusão.

– Como assim, Sakura?

– O Orto do Madara – voltou a indagar a rosada – Como era?

Mebuki negou com sua cabeça.

– O Orto é algo extremamente íntimo, Sakura, algo que não é para ser compartilhado. Eu mesma só entrei no seu para poder te explicar, mas ninguém deve entrar no Orto o outro.

Sakura travou todos os seus movimentos, o estômago gelado, em choque.

– Isso... O que acontece se eu entro no Orto de outra pessoa? – a pergunta saiu tão rápida que ela quase perdeu o ar.

A loira coçou sua testa, parecendo pensar.

– Bom, nada de ruim acontece, se é o que quer saber. Mas entrar no Orto de uma pessoa é algo extremamente íntimo, é muito maior do que qualquer intimidade física que possamos ter com alguém. É, literalmente, conhecer aquela pessoa no mais profundo de seu ser. Não há como forjar ou manipular seu Orto, então ele apenas exibe você em sua forma mais pura e verdadeira. Além do mais, esse seria um gesto de extrema confiança, afinal quando se permite a entrada de alguém, você também deixa exposta sua forma mais fragilizada, livre de qualquer proteção ou resistência. Portanto, é praticamente impossível que se compartilhe isso com outros, já que poucos aceitam ou sentem vontade de exibir o que realmente são, ou até mesmo possuem alguém em quem confiam a esse ponto.

Sakura mordiscou sua bochecha interna, o coração galopando forte em seu peito.

– Até mesmo entre marcados? – murmurou a rosada, tentando esconder sua comoção.

Mebuki assentiu.

– Até mesmo entre marcados.

A rosada respirou fundo, a profundidade do momento que havia vivido com Sasuke batendo como um tapa em sua cara.

Tinha visitado o Orto de Sasuke, ele a tinha deixado entrar. Tinha conhecido o moreno do jeito mais profundo e puro que poderia conhecer, ficando de frente com sua forma mais fragilizada e livre de resistência.

Essa nova realidade aqueceu forte seu coração, ao ponto de lágrimas quentes brotarem em seus olhos, fazendo sua visão embaçar, a luz do Sol transformando tudo em um borrão dourado.

– Sakura – ouviu sua mãe chamar, o tom preocupado – O que foi? Está se sentindo invadida? Quer... Quer que eu vá embora?

Sakura negou, sorrindo, enquanto limpava suas lágrimas.

– Não, não é isso. Só... Continua sua explicação, mãe. Sei que veio até aqui por um motivo.

A loira assentiu, ainda um pouco confusa com a comoção repentina da filha.

– Bom... Todos os sobrenaturais possuem um Orto, já que renascemos. Aqui é onde a alma descansa entre uma vida e outra, onde ela se recarrega e se mantém até que a nova oportunidade de renascer chegue. E por isso esse lugar é tão importante. E também é por isso que ele precisa ser eficientemente protegido.

– Protegido? De que forma?

– Desde a infância, os sobrenaturais aprendem a cultivar uma proteção, uma espécie de barreira que impede que figuras hostis entrem em seu Orto e causem alguma destruição. Por exemplo, se essa guerra contra Madara realmente acontecer e ele conseguir acesso ao seu Orto, ele pode te destruir de dentro para fora, além de ter acesso à sua energia física e espiritual sem nenhuma resistência.

Sakura sentiu sua pele empalidecer. Todos os momentos que ela mesma e toda a alcateia, inclusive Sasuke, ficaram expostos à Madara passou como um raio por sua mente.

– Então todo mundo pode fazer isso? Invadir meu Orto e me destruir de dentro para fora?

Mebuki negou.

– É exatamente aí que eu queria chegar. Apenas feiticeiros extremamente poderosos conseguem manipular sua própria energia física ao ponto de conseguir invadir, ou pelo menos tentar invadir, um Orto alheio. Por exemplo, Sasuke é um Alfa extremamente poderoso, mas ele é apenas um lycan. Em teoria, ele não poderia ter acesso a um Orto.

Sakura ergueu uma sobrancelha.

– Em teoria?

Mebuki respirou fundo, parecendo irritada.

– É por isso que esses Uchiha são tão temidos e tão odiados. O sharingan dá esse poder a eles: acesso ao Orto.

A rosada arregalou os olhos, sentindo como se sua mente se expandisse.

– Uau! – exclamou, surpresa – Agora eu entendo por que o sharingan é tão temido.

Mebuki assentiu.

– Claro que é mais complexo que isso. O sharingan não serve apenas para sair invadindo Ortos, ele também tem outras funções, mas se quiser saber sobre isso pergunte ao Sasuke. Eu não tenho paciência pra ficar exemplificando o quanto os Uchiha são habilidosos e blá, blá, blá.

Sakura quis rir, mas se controlou.

– Então Madara possui dois jeitos de invadir o Orto: pelo sharingan e pelo lado feiticeiro que ele adquiriu, é isso?

Mebuki negou.

– Madara não é um feiticeiro tão poderoso ao ponto de conseguir manipular sua energia física desse jeito. Como eu já te disse: ele não é um feiticeiro, apesar de querer mais do que tudo ser. Ele é um lycan, que infelizmente é descendente do maldito clã Uchiha, e por causa daqueles olhos, pode ser uma ameaça.

A rosada assentiu.

– Certo, então preciso aprender a me defender.

– Exatamente – confirmou Mebuki – Não pode se dar ao luxo de deixar aquele crápula te destruir, ou pior: ter acesso à sua energia. Pelo tamanho do seu lago e pela quantidade de cerejeiras podemos presumir quanta energia você possui e, portanto, o quão poderosa você é. Uma quantidade tão exorbitante de energia jamais poderia cair nas mãos daquele homem.

Sim, isso jamais poderia acontecer. Se tinha mesmo uma quantidade tão grande de energia como sua mãe afirmava, também era sua responsabilidade mantê-la longe daqueles que poderiam querer usá-la para o mal.

Era sua responsabilidade manter tudo isso bem longe de Madara.

– Então me ensina – pediu a rosada, o tom decidido – Me ensina a construir uma defesa tão forte que ele nem se atreva a tentar.

Mebuki sorriu, um sorriso de canto e cheio de confiança.

 – Ah, não se preocupe, querida, porque nisso eu sou especialista.

 

 

(...)

 

 

– Ótimo, me deixaram de fora de novo – resmungou Kakashi se levantando.

Sabia o que os olhares vítreos e as expressões neutras estampadas nos rostos de Mebuki e Sakura queriam dizer: elas estavam no Orto.

Jamais tinha tido poder suficiente para manipular sua energia ao ponto de conseguir espiar no Orto alheio, e Ashura sabia que essa era a maior inveja que tinha de sua irmã.

Ter esse tipo de poder era o topo, o mais longe que um feiticeiro poderia chegar.

Kakashi sabia que jamais teria algo parecido com isso.

Bufou, caminhando em direção à porta.

Odiava-se por parecer retroceder séculos no tempo, àqueles dias em que mal conseguia olhar para sua irmã sem que a inveja e a raiva lhe consumissem. Odiava-se por ser tão volátil, mas não conseguia controlar.

Mebuki tinha tudo: o poder, a aparência, a inteligência. Mas a mulher simplesmente resolveu ignorar tudo, abandonando a família e o prestígio da raça para correr atrás de um macho que só lhe trouxe problemas.

Grande destino, irmã. Pensou com ironia, passando pelo batente e adentrando o corredor.

Precisava tomar um ar.

Enfiou as mãos no bolso e passou a caminhar com calma, os pensamentos rodando em sua mente.

Sim, estava sendo o mais idiota possível, mas era quase incontrolável. Saber que existia um nível de poder que ele jamais poderia alcançar era frustrante. Seu único acalento era pensar que Madara, provavelmente, se sentia do mesmo jeito, já que ele tinha muito mais empecilhos que o próprio Hatake.

Um sorrisinho satisfeito brotou em seus lábios.

Madara que fosse amargurar no inferno.

Dewin – ouviu o apelido irritante, naquela língua grotescamente medonha, e fechou os olhos para controlar seu gênio.

Galês era, com certeza, uma língua que ele não suportaria mais ouvir quando tudo isso acabasse.

Virou-se, não se surpreendendo com a figura grande e intimidadora de Sasuke vindo em sua direção.

– Sim, Alfa? – perguntou num tom indiferente.

O Uchiha parou em sua frente, a expressão fechada, de poucos amigos.

– Como está o treinamento?

– Está indo bem.

Percebeu quando, discretamente, uma das sobrancelhas do Uchiha se ergueu, mas ele não soube dizer o porquê: se era por conta de sua resposta vazia ou porque ele simplesmente não acreditava em suas palavras.

Normalmente era difícil entender o que aquele Alfa pensava.

– Sabe quando acaba? – voltou a indagar Sasuke, a voz grossa verberando pelo corredor.

– Não sei, mas saiba que vai durar alguns dias, uma semana no mínimo. Mebuki está irritada, e quando ela fica irritada dobra todas as situações a seu favor.

Um leve inclinar de cabeça por parte do Uchiha, e o Hatake continuava a tentar ler as reações do Alfa.

– E quando você vai desembuchar?

O tom frio e calmo de Sasuke fez um arrepio gelado descer pela espinha de Kakashi.

Sim, aquele pirralho sabia ser bem assustador quando queria, com aquela calma dissimulada e aquele olhar irritantemente superior.

– Do que está falando? – reuniu coragem para ousar perguntar.

Sasuke sorriu de canto, porém o sorriso não alcançou os olhos, e ele manteve então seu olhar frio e raivoso.

– Você sabe muito bem do que eu estou falando.

As mãos do Uchiha permaneciam enfiadas nos bolsos da calça jeans que usava, mas Kakashi sentia como se estivessem em volta de seu pescoço, lhe sufocando e prontas para quebrarem seus ossos.

– Realmente não sei do que está falando, Uchiha.

Sasuke estalou a língua, mas assentiu, mesmo contrariado.

– Tudo bem, dewin. Em nome das boas relações, vou deixar que você continue com esse seu mistério.

Kakashi sorriu de canto, e mesmo que a máscara negra escondesse seus lábios, Sasuke pôde notar o deboche escorrendo dos olhos negros.

– Acho que você está muito cismado com as coisas, Alfa.

– Vamos dizer então que é cisma minha – concordou o moreno com um bom humor fingido, os olhos negros perfurando Kakashi – Mas saiba que se o seu segredinho, de algum jeito, colocar a Sakura em perigo...

O Uchiha deixou a frase no ar, finalizando sua sentença com um sorrisinho de canto, o brilho avermelhado do sharingan passando por seus olhos como se dissesse “você sabe o que acontece, dewin”.

Kakashi nada respondeu, apenas ficou encarando conforme o Uchiha se virava e se afastava a passos calmos.

Quando se viu sozinho, o grisalho engoliu seco e caminhou para trás, se apoiando na parede mais próxima, sentindo a espinha travada e a nuca soada.

Sim, aquele maldito plano de Obito ainda custaria sua vida, e disso tinha certeza.

 

 

(...)

 

 

Sakura, ainda no Orto, encarava satisfeita os enormes muros energizados que envolviam todo o lugar. Eram transparentes, conservando a bela paisagem inalterada, mas se qualquer um tentasse invadir sem sua permissão, assim que tocasse aquelas paredes invisíveis...

Se desfaria como poeira ao vento.

– Muito bom – ouviu sua mãe elogiar conforme testava com delicadeza a parede energizada. Por onde seus dedos passavam, rastros dourados de energia seguiam, até que desaparecessem – Para um início, até que é uma barreira bem forte.

Sakura sorriu, se sentindo exausta, porém orgulhosa.

– Fiz o meu melhor.

E com um piscar de olhos de Mebuki, estavam de volta à sala de treinamento.

Sakura olhou ao redor, surpresa. Reparou na falta de Kakashi, mas não se atentou a isso.

– Mas – começou Mebuki, o olhar sério, atraindo novamente a atenção da filha – Saiba que manter suas barreiras quando se está em repouso é fácil. Durante uma batalha, quando está usando sua energia para atacar e defender, é aí que precisa provar que realmente domina seu próprio poder. Precisa sempre manter a barreira alimentada, destinando a quantidade certa de energia, nunca gastando de mais ao ponto de enfraquecê-la.

A rosada apertou seus lábios.

– Como eu vou fazer isso?

Mebuki se espreguiçou, erguendo os braços para cima de sua cabeça e esticando a coluna.

– Bom, esse será um processo por etapas. Precisamos, como eu disse, fortalecer você de dentro para fora. Com seu Orto protegido, vamos começar a treinar sua manipulação de energia, ou chakra, como preferir. Depois, vai aprender as melhores maneiras de se defender. Quando tiver habilidade em tudo isso, só aí que vou te ensinar como atacar.

Sakura respirou fundo, sentindo que tinha um caminho longo pela frente.

– Antes disso – começou a rosada também se espreguiçando – Fiquei sabendo que o clã Hatake possui algumas... particularidades.

A loira riu, se levantando.

– Claro que sim, do contrário não seríamos referência dentro da raça feiticeira.

Sakura também se levantou, sentindo seus joelhos protestarem.

– Vai me contar?

Mebuki passou ambas as mãos pelo cabelo, jogando-o para trás. Sakura não pôde deixar de reparar na diferença entre sua mãe no Orto e sua mãe no mundo físico. Agora os fios estavam curtos e opacos, não passando dos combros, as pontas secas e sem vida.

– Bom, como deve imaginar, a enorme energia física é uma de nossas características. Mas também há outra habilidade que nos faz ser bastante lembrados, e também muito requisitados, até mesmo caçados.

Sakura franziu seu cenho.

– Que habilidade?

A loira olhou bem nos olhos da filha.

– A de cura.

Sim, já imaginava. Seu tio tinha dito uma vez que poderia ter habilidade de cura, como sua mãe.

– Por que isso nos faz ser caçados?

– Não há outro clã de feiticeiros que tenha esse dom, e você sabe do que as pessoas são capazes quando estão doentes, você é médica.

A rosada assentiu, compreendendo.

– Como isso funciona?

– Mais uma vez, manipulação de energia física. Em resumo, transferimos nossa própria energia física para outra pessoa, até que esta esteja curada e reestabelecida. Com isso, podemos curar qualquer coisa.

– Qualquer coisa?

Mebuki assentiu.

– Só há uma coisa que não conseguimos fazer.

– E o que é?

– Trazer alguém de volta à vida – revelou, num tom sério – Só podemos curar pessoas vivas. Se alguém recebe um golpe fatal e morre antes de chegarmos ao local, então não há mais jeito. Não podemos ir contra a morte.

Sakura mordeu seu lábio inferior interno, a curiosidade lhe corroendo.

– O que aconteceria se tentássemos... Você sabe... Transferir nossa energia para uma pessoa morta?

A loira jogou um olhar irritado em direção à filha.

– Isso não deve acontecer.

– Eu sei, eu sei – concordou Sakura cruzando os braços – Mas e se?

Mebuki revirou os olhos. Sua filha era uma pestinha curiosa.

– Como eu disse, curamos as pessoas transferindo parte de nossa energia física, que não se renova. Isso só é possível porque, como eu também já disse, o clã Hatake possui uma energia física significativamente maior do que outros clãs feiticeiros. Quanto maior o ferimento ou quanto mais complexa a doença, mais energia você usa. Porém, se você tenta aplicar nossa técnica de cura numa pessoa que o coração já parou de bater, o que acontece é que toda a sua energia física é transferida para aquela pessoa, e você morre. É basicamente como se você doasse sua própria vida para outra pessoa.

Sakura assentiu.

– Entendi.

Mas isso é proibido – voltou a afirmar Mebuki, o olhar sério e o tom duro – Se você estiver no campo de batalha, algum dos seus se ferir e você não chegar a tempo, não importa quem seja, se o coração parou de bater não há mais jeito. Ponha isso na sua cabeça, entendeu? Não ouse tentar fazer nada estúpido, Sakura.

– Tudo bem, eu entendi, proibido – concordou a rosada erguendo os braços.

– Só estou repetindo porque eu sei como você é. Mas saiba que, não importa quem for, se morreu, acabou. É o fim. Sem segunda chance. Ou chegue antes, ou não faça nada, compreendido?

– Compreendido – afirmou novamente a rosada.

Mebuki puxou o ar com força, parecendo exausta.

– Por hoje chega – anunciou, deixando que os ombros caíssem – Vá descansar, você já passou por muita coisa hoje. Recupere suas energias e volte aqui amanhã bem cedo.

Sakura assentiu, girando seus braços e massageando seus ombros.

Sim, o cansaço das últimas horas começava a pesar com força sobre seus ombros.

– Seu exercício será treinar e fortalecer sua barreira no Orto – continuou Mebuki, autoritária – Quando chegar aqui amanhã, eu quero tentar entrar e não conseguir, entendeu?

Rosada assentiu novamente, já caminhando em direção à porta.

– Pode ao menos fingir que não está ansiosa para me deixar e ir para perto daquele Alfa Uchiha? – resmungou a matriarca, mas não havia nada de desconfortante em seu tom. 

Sakura apenas riu fraco, sentindo-se cansada demais para retrucar.

Sim, queria mais do que tudo dormir nos braços de Sasuke.

– Até amanhã, mãe.

 

 

(...)

 

 

Sakura entrou no quarto que dividia com Sasuke sentindo-se exausta até os ossos.

Assim que passou pela porta, o cheiro bom do Uchiha a invadiu, e como um bálsamo pareceu revitalizar seu corpo, aquecendo sua pele e relaxando seus músculos. Fechou os olhos, jogando a cabeça para trás, e soltou um murmúrio satisfeito pela sensação que correu seu corpo.

Ouviu uma risada baixa, e sabia quem ria de sua desgraça.

– É melhor não estar com um sorrisinho convencido quando eu abrir meus olhos – resmungou, erguendo sua cabeça e abrindo seus olhos.

A visão se Sasuke tentando conter sua risada a fez revirar os olhos, mas sorrir satisfeita.

– Sua mãe pegou pesado com você? – o moreno perguntou, se levantando da cama.

– Não sei se aquilo foi pesado ou não, mas me sinto tão cansada – murmurou a rosada em resposta.

O moreno se aproximou, e quando o calor do corpo dele a envolveu, Sakura sentiu que poderia desabar, mas firmou as pernas. As mãos grandes e calejadas foram até os ombros femininos, massageando com habilidade os músculos tensos.

– Uhum, uhum – concordou Sakura, assentindo – Bem aí.

Sasuke respirou fundo, sentindo uma pontada de preocupação crescer em seu peito, e então trouxe a rosada para mais perto.

A única coisa que ele queria era poder livrá-la de todo aquele peso, mas ela estava se esforçando tanto que jamais a desencorajaria.

– Quer tomar um banho quente? – perguntou num sussurro, segurando-a com carinho entre seus braços.

Sakura relaxou as pernas, apoiando seu peso em Sasuke.

– Não consigo – revelou, a voz abafada pelo rosto estar esmagado contra o peito de Sasuke.

O Uchiha passou um dos braços pelas costas e outro por trás dos joelhos, erguendo a rosada em seus braços.

– Eu te ajudo – anunciou num tom pervertido, já começando a caminhar em direção ao banheiro.

Sakura revirou os olhos.

– Nem vem, queridinho. Não tenho disposição nem para erguer um braço. Você perdeu sua oportunidade quando me rejeitou na neve.

Sasuke estalou os lábios, em protesto, mas riu.

– Vai usar isso contra mim por algum tempo, não é?

Sakura envolveu o pescoço do Uchiha com seus braços, apertando-o com as últimas forças que lhe sobraram.

– Ah, com certeza, querido.

O moreno assentiu, depositando a rosada no chão, no meio do banheiro.

– Tudo bem, eu aceito meu castigo – brincou enquanto ia até a banheira, ligando a água numa temperatura agradável – Tire sua roupa e entre na água quente, vou buscar suas roupas.

A rosada fechou os olhos e sorriu, numa expressão fofa e agradecida. Seu coração poderia explodir de amor com o carinho que Sasuke dedicava a si.

Sim, ele a tinha deixado entrar em seu Orto, conhece-lo por completo. Aquele moreno de aparência charmosa e presença intimidante, aquele Alfa dono único de seu amor.

– Obrigada, querido.

O moreno assentiu, saindo do cômodo.

Sakura tirou suas roupas, sem conseguir fechar o sorriso que brincava em seus lábios, e com lentidão entrou na banheira, soltando um gemido longo e prazeroso conforme a água quente entrava em contato com sua pele.

Recostou-se na cabeceira, jogando a cabeça para trás e fechando os olhos, o vapor subindo e aquecendo o ar ao seu redor. Respirou fundo, sentindo o cheiro bom de algum produto que Sasuke havia jogado na água.

Seu corpo foi relaxando e relaxando, ao ponto de nem ouvir quando Sasuke retornou ao banheiro. Por isso, levou um pequeno susto quando sentiu mãos grandes voltarem a massagear seus ombros, agora cobertas de um líquido cheiroso que facilitava os movimentos.

– Vou te ajudar com isso ou amanhã não vai conseguir nem se mexer – explicou o moreno, o bafo quente batendo contra a orelha de Sakura.

Foi o suficiente para arrepiá-la dos pés à cabeça, mesmo que a água estivesse quente como o inferno.

– Sasuke – chamou com delicadeza, os olhos fechados apenas aproveitando a sensação das mãos dele percorrendo seus ombros, braços e mãos.

– Hm? – murmurou ele em resposta, parecendo concentrado.

Concentrado em manter sua sanidade.

– Você sabe o que é o Orto?

A pergunta sussurrada fez os movimentos de Sasuke travarem por alguns segundos, mas ele logo se recuperou e voltou a massagear a pele lisa e quente sob suas mãos.

– Sim, eu sei.

Sabia que ter deixado Sakura entrar em seu Orto tinha sido uma grande intimidade, e se sentia culpado por ter feito isso sem explicar antes para ela o significado de tudo aquilo.

Sentia-se bem em compartilhar aquilo com ela, já que a rosada era a pessoa que mais confiava em todo o mundo, mas ficava nervoso ao pensar que ela poderia se sentir responsável por uma coisa que não queria.

– Você sabe que me deixou entrar no seu? – ela voltou a perguntar.

Sasuke tentou identificar algum tipo de mágoa ou resistência na voz da mulher, mas não encontrou nada de ruim, o que acalmou seu coração.

– Sim, eu sei. Isso é um problema para você?

Sakura se sentou na banheira, se afastando das mãos de Sasuke, e então girou sobre o próprio corpo, erguendo-se e ficando de frente para o moreno.

Sasuke engoliu seco perante a visão dos seios expostos de Sakura, mas se forçou a não focar sua atenção ali, e sim nos olhos verdes que brilhavam com intensidade para si, cheios de amor e compreensão.

– Um problema? – perguntou Sakura num tom incrédulo, porém delicado – Você sabe o quão honrada eu me senti quando descobri a profundidade da sua confiança em mim?

O moreno travou sua respiração.

– Eu... Deveria ter te consultado primeiro. Foi errado te convidar para lá sem que você soubesse o que significava.

A rosada balançou sua cabeça, sorrindo.

– Sasuke, quando vai entender que nada que venha de você pode ser “demais”?

E sem aviso prévio, Sakura se aproximou, depositando uma mão de cada lado do rosto de Sasuke.

Num piscar de olhos, o Uchiha não estava mais no banheiro abafado pelo vapor quente, e sim num lugar aberto e de clima agradável. O cheiro de Sakura o invadiu por completo, e a brisa gelada refrescou sua alma, enquanto o sol de inverno aquecia sua pele.

Abriu e fechou a boca mil vezes, sem conseguir dizer nada. As milhares de cerejeiras que conseguia enxergar em direção ao horizonte em contraste com o lago de águas douradas eram a coisa mais linda que já tinha visto.

– Agora que eu também te trouxe sem aviso, estamos quites, não acha? – ouviu a voz doce sussurrar em seu ouvido.

Se virou, extasiado pela visão. Sakura era a coisa mais linda que já tinha tido a honra de ver. Os cabelos róseos e longos balançando com a brisa, os olhos verdes brilhando como duas estrelas, as bochechas rosadas em contraste com a pele alva, o vestido longo e branco, de tecido leve... Todas essas características a faziam parecer um anjo.

– Você é linda – sussurrou, maravilhado – A coisa mais linda que eu já vi.

Sakura sorriu, se aproximando, trazendo consigo a brisa fresca e o cheiro floral viciante.

– Eu te amo – declarou num tom apaixonado – Nunca esqueça disso.

Sasuke passou seus braços pela cintura fina, sentindo a pele quente contra a sua, trazendo-a para perto até que seus corpos estivessem grudados e seus rostos a centímetros um do outro, as pontas dos narizes se tocando com delicadeza.

– Eu te amo – também declarou, o tom firme e sincero – Nunca duvide disso.

Encerraram a distância juntos, colando os lábios num beijo quente, lento e cheio de sentimentos. As línguas brincavam uma com a outra com calma e prazer, o gosto doce do amor podendo ser sentido em cada pequeno movimento.

Sasuke sentia-se voando, o corpo em êxtase e livre de qualquer sentimento ruim.

Os corpos grudados, a brisa fresca e a luz do Sol se tornaram, então, a combinação preferida de Sakura.

 

 

 

 

 

Orto (No Latim e no Galês: Ortho)
Substantivo Masculino

1. frm. o princípio, a origem.

2. o processo de surgimento de um astro no horizonte.

 


Notas Finais


AI GENTE, TÃO BONITINHOS! *-*
Esse cap foi mais parado, mais explicativo, e tbm pra mostrar pra vcs um pouco do treinamento da Sakura! :D
Aproveitem os ventos frescos, porque a guerra vem aí! KAHSKAHSKAHS

Sasuke apavorando o Kakashi KKKKKKKKK O que acham do pensamento do feiticeiro sobre a "ideia do Obito ainda custar a vida dele"? Concordam??

Gente, nosso casal é tão lindo *-*
O que acharam de toda essa mitologia dos Ortos que criei? Uma boa ideia? Entenderam bem? Alguém ficou com duvida? Podem dizer suas opiniões/dúvidas nos comentários que eu leio/respondo hehehe

Por falar nisso, LANÇO UM DESAFIO: escolham um personagem que ainda não teve seu Orto descrito (excluindo, então, Sasuke, Sakura e Mebuki) e me digam como imaginam que seria!! Tô curiosa para ver a criatividade de vcs hahaha

Acho que é isso pessoal, espero que tenham gostado!!
Bjox e até o próx cap!!


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