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História Garota da Praça - Binuel - Quinze -Fim da Primeira Fase


Escrita por: JonFanfics

Notas do Autor


Olá, vamos para um novo e surpreendente capítulo*

Capítulo 16 - Quinze -Fim da Primeira Fase


Bia encarava Alice sem entender nada daquilo que a mulher dizia. O discurso dela parecia tão sem sentido. Sem pé nem cabeça. Pela forma como a mais velha lhe falou parecia que ela sabia sobre seu passado com o Mestre, e de tudo que rolou. Mas, como era possível? Será que todas as pessoas que se aproximavam dela estavam de alguma forma envolvidas com o maníaco? Só podia ser isso, porque não havia outra explicação plausível para tudo isso. Pensando assim, ela afastou-se bruscamente do abraço de Noah, pois mesmo que o médico estagiário parecesse do bem, pelo visto não poderia confiar em ninguém ao seu redor pois essas pessoas acabavam sabendo mais sobre sua vida do que ela própria, e isso poderia vir a ser MUITO perigoso. 

Sentiu sua cabeça girar com o impacto de tantas informações lhe sendo mostradas tão bruscamente e uma atrás da outra. Seus olhos se fecharam sozinhos, o desconforto lhe atingindo cada vez mais. Tentava decifrar o que Alice queria dizer com "descobrir o passado" e o "espelho", mas nada de coerente lhe vinha á cabeça. Ouviu ao longe o que pareceu ser a voz preocupada de Noah a chamando, no entanto Bia não tinha certeza pois parecia que o som vinha de uma dimensão muito longínqua da mesma em que ela se encontrava. Como se ela estivesse em Marte e a voz vinha da Terra, sendo impossível de decifrar e poder ouvir claramente. 

 — Bia? - Noah berrava, um tom de histeria e preocupação presente em sua voz ao notar que a morena não estava nada bem, e parecia mesmo estar a ponto de desmaiar e cair dura no chão. Não entendia o motivo dela ficar assim de repente. Estava tão bem. Também nunca presenciou nada desse tipo em sua vida. Beatriz se debatia parecendo que ia ter convulsões, ou melhor, que já as estava tendo. Mas ao mesmo tempo parecia outra coisa totalmente diferente. Noah só não fazia a menor ideia do que estava acontecendo. - Bia, me responda. Por favor. - Tentou mais uma vez chamar a jovem, sem ter nenhum sucesso. Ele então correu rapidamente em sua direção, podendo a segurar nos braços antes que a mesma caísse e espatifasse no chão duro e frio do aposento. 

 Olhou sua expressão. Parecia tão serena e calma. Poderia até mesmo dizer que estava dormindo. Isso se não se debatesse sem parar. Noah estava assustado. Mesmo sendo um médico estagiário não sabia como agir naquele momento, se sentia inseguro e impotente por não poder fazer nada para ajudar. Ainda mais porquê se importava com a garota. E muito. Não sabia o que faria se algo de ruim lhe acontecesse. Não, xingou-se mentalmente por pensar nessa merda de possibilidade. Beatriz ficaria bem. Nada de ruim lhe aconteceria. 

 — O que está acontecendo com ela? - Perguntou para si mesmo, acariciando seu rosto levemente, e em seguida sentindo-a se acalmar aos poucos e deixar de se debater. Franziu a testa, confuso. Foi a sua carícia que a acalmou? Isso se perguntava. Não importava. Ela estava parecendo melhor, e isso era maravilhoso. Ainda que não soubesse nada sobre o que realmente ocorreu. 

 Sentiu Alice se ajoelhar ao lado dele no chão, encarando Bia com um sorriso maternal no rosto. Lembrou-se então das palavras sem sentido algum ditas pela dona da pousada. Foi justamente depois da conversa que Bia começara a se sentir mal e tudo aquilo acontecera. Noah suspirou, visualizando a Moreira pelo rabo de olho e começando a desconfiar dela. Seria Alice algum tipo de bruxa? Não que ele acreditasse que elas existiam, mas a atitude de Bia não era normal, e depois de conhecer a história dela tudo era possível. Até as fantasias mais loucas criadas pela mente insana do ser humano. 

 — Ela ficará bem. - Ela proferiu. - Se você sair de perto dela. - Deixou claro, tendo um tom áspero em sua voz e encarando o jovem com ódio. Um ódio que ninguém nunca vira na expressão tão suave e doce da dona de pousada. 

 Noah bufou, sem entender as atitudes da mulher e desconfiando cada vez mais dela. - Como assim ela ficará bem se eu sair de perto dela? - Vociferou, irritado. - Senhora Alice, desde que entrou nesse bendito quarto você não falou coisa com coisa. Arrisco dizer que você tem sérios problemas mentais, ou então está fazendo algum mal a Bia e quer desviar as atenções para mim. Por acaso é algum tipo de bruxa? Fez algum feitiço de magia negra nela não é? Pois acredite quando digo que irá se arrepender amalgamente por isso. - Esbravejou o estadounidense. Talvez tivesse falado demais, mas a raiva e desconfiança a qual sentia pela mulher era mais forte que seus pensamentos coerentes. Havia algo de muito errado em Alice Moreira, e ele desvendaria o que era. Nem que fosse a última coisa que viesse a fazer na vida. 

 Alice o encarou seriamente por alguns segundos, para em seguida dar uma gargalhada alta e consistente. Ato esse o qual dava mais forma à teoria dela ser completamente doida de pedra. 

 — Faça-me rir rapaz, eu não sou nenhum tipo de bruxa. Nem fiz algum feitiço na jovem. Eu só quero o seu bem, nada além disso. E obviamente, estando ao seu lado eia não logrará isso. Você é a personificação do mal. Nunca fez bem a Bia. Em nenhuma vida. E não é agora que fará. Ainda bem que o espelho está a chamando. Porquê perto de você essa menina não pode ficar de jeito nenhum. - Foi firme, falando um pouco mais alto e dirigindo a Noah um olhar indecifrável, mas o qual o assustava e dava calafrios. 

Noah cada vez entendia menos das falas da mulher. E antes que pudesse rebater as acusações sem sentido proferidas contra a sua pessoa, Bia despertou de repente, os pegando de surpresa. 

 Ambos acompanharam com intriga enquanto a mesma se levantava agilmente do colo do rapaz para em seguida ir ao encontro de Alice, quem a sorriu. 

Bia sorria, pegando na mão da mulher. Enquanto estivera inconsciente, tivera uma visão onde vira uma versão mais sombria de si mesma seguindo uma voz a qual lhe dizia para atravessar o espelho e enfrentar seu passado. E por mais impossível que pudesse parecer, ela sentia dentro de si que era exatamente isso que deveria fazer. 

 — Alice. Eu vi. - Exclamou, animada. - Tive uma visão. O espelho está me chamando. Não sei como, mas eu preciso atravessar ele de alguma forma, para então começar a desvendar o meu passado. Eu preciso fazer isso o quanto antes. - Falou, ao que Moreira assentiu positivamente e se levantou, a guiando até o espelho do banheiro, o qual aparentava estar normal, mas que poderia mudar tudo em questão de segundos. 

 — A hora chegou, criança. Te desejo toda a sorte do mundo em sua jornada. - Alice falou sinceramente, soltando a mão da moça. 

Bia sentiu seu coração acelerar. Não sabia bem o que a esperava, mas sabia ser o certo a se fazer. 

 Respirou fundo.

 — Passado, aí vou eu. - Sorriu, antes de andar até o espelho e surpreendentemente se sentir ser sugada para dentro do vidro. Ainda pôde ouvir a voz de Noah ao fundo: 

 — BIA. VOLTE. NÃO FAÇA ISSO!

 E dentro de segundos a jovem Bia Urquiza desapareceu para dentro do espelho, deixando apenas uma sorridente Alice e um incrédulo Noah no local.

 ......

Victor passava pelo corredor do laboratório do Mestre frustrada.  Estava se aproximando da cela dela. Helena. Ou no caso Ana agora. Não queria ter que passar pela tortura de revê-la.  E desde que ela acordara meses atrás,  combinou com Thiago de se afastar da mesma, já que os dois começavam a desenvolver algo e a ruiva havia perdido suas memórias antigas por conta do chip. Ela não lembrava dele e do amor o qual viveram. E isso doía. Demais.

O Mestre havia intimado ele a dar uma olhada na garota, porque Thiago fora para uma missão secreta. Tentou argumentar que não queria ver a jovem,  mas não teve jeito. Suspirou,  sentindo seu coração palpitar forte e suas mãos trêmulas ao parar na frente da cela e digitar a senha para entrar.

Respirou fundo, tomando coragem 9 ara entrar. O coração quase lhe saia pela boca quando sua Helena o encarou de forma séria e até confusa. Ela estava diferente, mas ao mesmo tempo tão igual àquela a qual ele amava.

- Olá, He..Ana. - Se ajoelhou na frente dela, não podendo conter sua emoção e as lágrimas as quais inundavam seus olhos. Recriminou-se.  Qual colocou tudo a perder lhe chamando pelo nome antigo.  Mas é que para ele ela sempre seria sua Helena. 

- Olá. Quem é você?  Eu sinto que te conheço. 

Victor a encarou intensamente, engolindo em seco. Essa frase lhe dando uma esperança a qual estava morta durante muito tempo. Será que ela lembrava dele? 

.........,

 Manuel suspirou, já ficando irritado. Faziam alguns minutos que Jazmin saira e o deixara novamente sozinho naquele inferno de cela, pois a ruiva não queria de forma alguma estar presente quando seu senhor chegasse.

Para Manuel, o Mestre estava demorando muito. O jovem espanhol via-se envolto em um misto de medo, ansiedade, nervosismo e raiva para estar frente a frente com o monstro o qual tanto fez mal para a sua amada, no entanto parecia que ele não chegava nunca. E isso o frustrava.

 Foi então que o viu colocar a senha secreta e abrir a porta de vidro da cela para em seguida entrar e ve-la fechar detrás de si.. Um homem alto, esbelto. Com seus trinta e poucos anos, no máximo quarenta. Tinha um porte sério e altivo. Poderia ser confundido com um empresário de sucesso, e poderia também ser objeto de cobiça de muitas mulheres. Olhando-o assim, Manuel não o veria como o monstro de quem Bia tanto falava. Mas, como dizia um ditado popular, as aparências enganam. Mas o que deixou Quemola em choque foi ver que ele era idêntico ao seu pai Antônio.  Então o Mestre era o seu tio o qual nunca viu. Não era possível. 

 Quando o Mestre o encarou intensamente, Manuel engoliu seco e sentiu um calafrio percorrer toda sua espinha. Aquilo não era brincadeira. Apenas com um simples olhar o rapaz foi capaz de saber que estava em sérios apuros. 

— Ora ora, finalmente encontro com o mais ilustre prisioneiro. O meu famoso sobrinho Manuel. - Bradou o homem, com voz grave e um sorriso cínico estampado no rosto. - Temos assuntos pedentes faz tempo, rapazinho. - Deixou claro. 

 E novamente Manuel pôde sentir um medo sem tamanho. Que nunca sentiu em qualquer outra situação a qual já houvesse vivido.


Notas Finais


Gostaram?
Não percam a segunda fase, intitulada de Garota da Praça - Sombras do Passado, nesta mesma fanfic. E que terá muitas surpresas!
Comentem muito!


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