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História Gêmeos de Illéa - Ep. 10 - Príncipe Lucky


Escrita por: Kailandra

Notas do Autor


Sextaaaa!!
Novo capitulo, com informações e um Lucky meio bravo rsrsrsr
É isso Boa leitura!

Capítulo 10 - Ep. 10 - Príncipe Lucky


Após sobreviver as entrevistas intermináveis e com bons dados anotados em minha caderneta eu fui tomar café da manhã, quando entrei as meninas da seleção me olharam e eu sorri para elas, a maior parte ficou tímida, mas algumas me retribuíram os sorrisos, me sentei ao lado de Grace para tomar café da manhã. Meus pais pareciam nervosos e ela por sua vez também.

- Bom dia a todos, está tudo bem? – perguntei sorrindo.

- Papai não sabe se foi uma boa ideia a seleção com os ataques acontecendo – disse Grace e eu olhei chocado para meus pais.

- Como assim? Claro que foi, eu tenho direito a ter minha seleção – eu disse indignado.

- O fato não é esse filho, estamos expondo a vidas dessas jovens garotas – disse minha mãe apreensiva.

- Sejam razoáveis, ninguém se machucou nos ataques – eu disse confiante.

- Recebemos uma notificação de que atacaram a sede real no sul, Shalom passa bem, graças ao trabalho da guarda real em conjunto com a polícia local, mas estamos apreensivos – disse meu pai sério e então entendi a gravidade dos problemas.

- Mas e agora? – perguntei.

- Amberly está temerosa quanto ao pequeno Josh, ele e Richard se hospedarão na Noruécia com sua irmã Katherine, Shalom, Zoey e as meninas irão com eles, até que acabe ou que descubramos mais sobre os ataques, iremos proteger nossa família – disse minha mãe séria.

- E quanto a Amberly? – perguntei sério, eu não podia acreditar que isso estava realmente acontecendo, não agora! Era totalmente injusto.

- Amberly se recusou a sair de Illéa, mas ela virá para Angelis ficará conosco e me ajudará a tentar descobrir algo sobre os ataques – disse meu pai.

- Acho que a Grace deveria passar uma temporada na Inglaterra – eu disse temeroso pela segurança da minha irmã.

- O que? Não eu não vou – disse Grace séria.

- Cê, é melhor você ficar a salvo – eu disse.

- Eu não vou Lucky, de forma alguma! – ela disse em tom de desafio.

- Os guardas que estavam ao sul e ao norte estão retornando a Angelis, a segurança do palácio será triplicada – disse minha mãe.

- Lucky, se você puder fazer sua escolha o mais rápido possível, será melhor – disse meu pai sério.

- Sem pressão querido, mas estamos temerosos pela segurança das meninas – disse minha mãe.

- Sem pressão? Percebeu o que estão me pedindo? Quer que eu escolha agora? Quer que eu me case sem amor? Ok escolham vocês e eu me casarei se assim lhes agrada – eu disse nervoso e me levantei.

- Sente-se Lucky e tome se café – disse meu pai sério.

- Perdi a fome! – eu disse e me retirei.

Como eles podiam me pedir para ir rápido e usar a expressão “Sem pressão”? Rumei para meu quarto, eu queria ficar sozinho um pouco, as meninas teriam aulas de boas maneiras e depois do almoço eu sairia com uma delas.

Eu não iria rápido e eu sabia que as meninas ficariam bem, até agora ninguém se machucou, as vezes os que invadiram o sul queriam apenas roubar o Shal.

E no final das contas estão todos bem, acredito que seja muito barulho por nada. Descontei minha frustração em um treino de esgrima, pouco antes do almoço eu tomei um banho e fui almoçar.

Meus pais pediram desculpas, mas eles não iriam almoçar conosco, passei metade do almoço com a Grace me encarando com olhar de desgosto, até que me cansei.

- Já chega o que aconteceu? – eu perguntei baixo e ela bufou.

- Não é evidente? Olha as coisas horríveis que você disse aos nossos pais, eles querem apenas o bem para todos – disse Grace.

- Eles estão me pressionando e a seleção nem bem começou – eu disse rabugento.

- Lucky, se existe alguém nesse mundo que é obstinado é você, se você quiser você acaba isso em um mês – ela disse.

- Mas eu não quero acabar em um mês, quero ter a oportunidade de conhecer as meninas – eu repliquei.

- Você quer ter a oportunidade de se aproveitar delas – retrucou Grace.

- Faz diferença? Por que para mim deve ser rápido e para o Shal durou meses? – eu perguntei mal humorado.

- Porque o contexto é diferente Lucky, não estava acontecendo ataques por todo país – disse Grace.

- O palácio está seguro, então relaxa – eu disse.

- Sabe o que você é? Egoísta e mesquinho – disse Grace levantando-se.

- Fazer questão dos meus direitos é ser egoísta? – eu disse calmamente, ciente de que as meninas estavam nos olhando agora.

- Sim, você sabe que pode se esforçar e manter todas seguras – disse Grace.

- Olha Grace, se você acha se se comprometer com qualquer mané é o certo a fazer, azar o seu, eu tenho que escolher e o farei – eu disse e ela fechou a cara, eu dificilmente me referia a ele como Grace.

- Perdi a fome, com licença meninas – ela disse se retirando.

Olhei para as meninas e elas pareciam atônitas com a reação de Grace, mas elas não haviam escutado nossa discussão.

Eu fingi que nada estava acontecendo e voltei a comer, mas a comida tinha gosto de areia, eu queria sair com a ruiva quente, mas não estava no clima, para falar a verdade hoje meu dia havia sido repleto de tantas brigas, que eu não estava com vontade de sair com nenhuma, por incrível que pareça.

Olhei para elas e de rosto eu lembrava as mais tímidas, fui até a loira que falava pouco, acho q começaria por ela, seria mais fácil nos manter calados.

- Vamos dar uma volta? – eu a convidei e ela corou, mas assentiu.

Ela levantou-se e veio comigo, eu não reparei nas outras, mas possivelmente elas estavam desapontadas.

Andamos em silencio por algum tempo e eu discretamente olhei a placa de seu nome, Brooke.

- Então Brooke, quer cavalgar? – eu perguntei e ela me olhou.

- Eu não sei como, eu nunca... – ela ia dizer algo, mas parou.

- Entendo, quer ver um filme então? – perguntei e ela assentiu, rumamos para a sala de cinema.

- Vocês brigam sempre? – ela perguntou repentinamente.

- O que? Não! Estamos passando por uma fase, minha irmã está eufórica com seu casamento e fica descontando em mim – eu menti sorrindo.

- Vi no jornal, ela vai se casar com o príncipe da Inglaterra não é? – ela perguntou.

- Isso – eu disse vagamente, tive uma enorme vontade de acrescentar “O babão”, na frase mas me abstive de comentários.

- Ela deve o amar muito – comentou Brooke.

- Por que acha isso? – eu quis saber quando chegamos a sala de cinema.

- Porque ela vai se casar com ele – disse Brooke simplesmente.

- Bom nem tudo precisa envolver amor, a realeza não é apenas roupas bonitas e caras, fazemos muitos sacrifícios – eu disse meio mal humorado.

- Não deve ser legal se casar sem amor – ela comentou ignorando meu mau humor.

- O que você sabe sobre amor? – eu perguntei com sarcasmo.

- O que todos sabem, que ele é pleno, é incrível, é arrebatador, é especial e único – ela disse e eu ri.

- Bobagens “O amor é uma flor roxa, que nasce no coração dos trouxas” – eu citei meu verso preferido e ela me olhou chocada.

- Como você pode dizer algo assim? Você não procura o amor de sua vida? – ela perguntou.

- Olha Brooke, me desculpe não estou no meu melhor momento, podemos ver esse filme outra hora? – eu perguntei me esquivando de sua pergunta.

- Acho que será melhor – ela disse, virou-se e afastou-se de mim.

Entrei na sala e escolhi um filme bem sanguinário, seria bom me desviar dos problemas e de ideias romancistas. Quando o filme acabou ascendi as luzes me sentindo mais eu mesmo.

- O que acha de mais um filme desses? – perguntou aquela garota baixinha e interessante de tamanho quarenta e quatro, eu sorri para ela.

- Estava de penetra na minha sessão de cinema? – perguntei com humor.

- Quando eu vi a sonsa da Brooke sair, eu vim conferir se ainda ia rolar um cinema e devo dizer que eu amo filmes de ação – ela disse sentada no fundo da sala.

- Eu não sabia que tinha penetra na sala – eu disse e ela riu.

- Me desculpe, eu não quis incomodar, eu vou indo – ela disse levantando-se.

- Sente-se aqui, vamos ver mais sangue espirrar pela tela – eu disse a ela e ela sorriu.

- Opa! – ela disse correndo a sentar-se ao meu lado.

- Quer pipoca? – perguntei e ela sorriu.

- Claro! Sempre! – ela exclamou e eu reparei em sua plaquinha, Rachel, verdade uma das minhas preferidas.

- Qual você quer ver? – perguntei a ela e fui pegar pipoca.

- O que acha de ver “Massacre a realeza”? – ela perguntou e eu me virei para ela.

- Foi uma direta? Quer me ver morto? – perguntei brincando.

- Morto? Não apenas estirado aos meus pés – ela disse presunçosa.

E eu lhe dei um sorrisinho, voltei a me sentar ao seu lado e escolhi um filme particularmente violento.

- Vai precisar se esforçar muito para isso – eu lhe respondi, em relação a seu comentário.

- Cuidado eu sou apaixonante – ela disse com um risinho quando apaguei as luzes.

Eu deixei meu braço roçar com o dela, virei meu rosto e sussurrei em seu ouvido antes de começar o filme.

- Eu devo dizer que também sou apaixonante e tenho um leque grande de opções – eu disse docemente para ela e reparei que ela estremeceu.

Ela não disse nada, ficamos em silencio vendo o filme, ela era muito bizarra, nas cenas mais tristes ela estava gargalhando devido a vários defeitos que ela apontava, eu acabei rindo junto com ela, ela fazia comentários irônicos sobre o filme e era impossível não rir. Quando o filme acabou eu acendi as luzes minha barriga estava dolorida de tanto rir, olhei para ela e ela virou-se para mim.

- Sobre nosso assunto mais cedo, vou lhe dar algo para que não pense em outras – ela disse e então beijou meus lábios, eu por minha vez logicamente correspondi, foi um bom beijo devo dizer. Depois de alguns minutos ela se afastou e sorriu.

- Foi um bom beijo, mas nada demais – eu disse cheio de presunção.

- Isso será o bastante para você lembrar-se do meu nome – ela disse e virou-se para sair.

- Sabe do que sempre vou me lembrar? Você é a garota quarenta e quatro – eu disse e ela virou-se e abaixou a alça do vestido, eu abri minha boca.

- Quem sabe um dia você não confere? – ela disse e saiu correndo da sala.

Caramba, ela fez mesmo isso? Rachel estava na minha lista de muito preferidas agora. Eu sorri com a ironia das coisas, chamei para sair a sonsa e acabei me divertindo muito com uma garota realmente legal. Claro que isso não queria dizer nada, eu sairia com todas, exceto as que eu iria eliminar é claro. Mas Rachel só por abaixar a alça do vestido e me mostrar parte de seu sutiã já havia ganho minha admiração, isso e o fato de não ter me obrigado a ver um filme enfadonho sobre coisas que não acredito.

O melhor é que essa tarde realmente me fez esquecer todos os problemas por algum tempo, mas a questão dos ataques agora voltou em minha mente, mas então eu balancei a cabeça e voltei a razão, isso não era problema meu, meu pai tinha a futura rainha Amberly, o futuro rei Antony, o Shalom e todo o parlamento para tomarem decisões e fazer o que deveria ser feito, quem era eu para pensar em fazer algo? Me preocupar com todos esses problemas era bobagem, eu não tinha que me descabelar por tão pouco.

Rumei de volta para o meu quarto pensativo, pensando sobre os problemas que eram realmente importantes no momento. Agora com o casal certinho de volta ao castelo seriam mais olhos para me vigiar, como poderia dar mais errado? Não que eu não gostasse dos meus irmãos mais velhos, eles eram apenas indiferentes para mim, eu não tive tanto contato com eles para formar um vínculo como o que eu tinha com Grace, eu os reconhecia como irmãos, chegava a gostar deles, mas não me importava de fato com eles. Perdido em meus pensamentos nem percebi mas eu estava vagando pelo castelo, olhei em volta reconhecendo agora onde eu estava, estava em frente a biblioteca, incrível como eu havia me distraído tanto.

Entrei na biblioteca, não era um lugar que eu vinha com frequência, mas eu pensei que talvez pudesse achar algo que me ajudasse, talvez um livro que ensinasse maneiras de passar despercebido aos olhos perspicazes do meu pai.

Quando entrei vi uma das selecionadas com um livro grosso ao seu lado, tomando notas de algumas coisas, eu dei um sorrisinho peguei um livro qualquer e sentei na mesa ao lado dela, e fingi estar lendo, ela não pareceu de abalar com a minha presença o que me incomodou bastante, como ela não parecia saber de minha presença? Como ela não se importava? Era uma das meninas com feições asiáticas que eu havia gostado muito, será que ela não se importava em me conquistar? Então o que ela fazia na seleção? Olhei o título de um dos livros que ela tomava nota “História de Illéa, fatos do começo ao fim”. Me levantei e fingi procurar algo, ela continuou sua tarefa inabalavelmente, então depois de algum tempo “procurando” virei para ela e perguntei.

- Será que você viu o livro “História de Illéa, fatos do começo ao fim”? – perguntei casualmente, então ela finalmente me olhou.

- Estou terminando de fazer algumas anotações dele, me dê apenas uns cinco minutos – ela disse suavemente, como se eu fosse apenas uma pessoa comum na biblioteca e isso me irritou muito.

- Pode ficar, não quero atrapalhar seu trabalho – eu disse com um pouco de raiva, olhei seu nome na placa, Ophelia.

- Muito gentil da sua parte – ela disse voltando sua atenção para o livro.

- Isso é alguma tática sua? – perguntei um pouco irritado.

- Como? – ela levantou o rosto e olhou para mim.

- Me ignorar dessa forma – eu disse frustrado.

- Bom eu tenho uma tarefa para fazer apenas isso, lhe incomoda? – ela disse simplesmente.

- Não... Sim! Me incomoda, você nem me cumprimentou quando entrei – eu disse e sua expressão ficou inalterada.

- Bom, digo-lhe o mesmo, você chegou depois e não cumprimentou, logo eu não me senti obrigada a dizer nada – ela disse, ela era realmente incrível, ela nem se abalava ao me enfrentar dessa forma.

- Bom eu sou o príncipe – eu disse cheio de importância.

- Esse fato não lhe exclui a educação, se queria falar comigo, bastava falar – ela disse sorrindo.

- Queria passar um mistério – eu disse carrancudo e ela riu.

- Bom nem todos entendem suas sutilezas, tente ser mais direto na próxima vez – ela disse sorrindo, e ela ficava muito bonita sorrindo.

- Quer que eu seja direto? – perguntei com meu sorriso cheio de segundas intenções.

- Existem muitas formas de ser direto – ela disse.

- O que seria ser direto para você? – perguntei me aproximando dela.

- Fale o que quer falar, além de ser honesto ainda é direto – ela disse me olhando, seu olhar era penetrante, e por um momento senti como se ela pudesse enxergar minha alma.

- Honestidade nem sempre é apreciada – eu comentei.

- Honestidade é sempre apreciada, nem sempre ela é compreendida, muitas vezes, as pessoas entendem o que querem entender – ela disse e eu fiquei confuso, do que estávamos falando afinal? Eu estava flertando com ela e ela estava me dando algum tipo de lição de moral? Eu não compreendia. Ela pareceu notar minha confusão e sorriu de novo e eu me vi preso em uma armadilha, voltei a sorrir com segundas intenções, eu não deixaria que ela ganhasse assim, eu podia virar o jogo, peguei sua mão e me debrucei na mesa, cheguei bem perto de seu ouvido, a vi estremecer com a proximidade.

- Você tem toda razão, a honestidade nem sempre é compreendida, porque o que eu quero pode muitas vezes estar implícito no que eu falo, o que eu quero está muito além das palavras está na ação, no ato ou nas sensações – eu sussurrei em seu ouvido e ao me distanciar dela, deixei que nossos rostos roçassem de propósito, eu a senti arfar. Olhei para ela com um olhar inocente e sorri antes de deixar a biblioteca. Sai sem dizer mais, deixando um ar de promessas que talvez eu quisesse cumprir, mas se ela era tão esperta, havia percebido que eu sabia jogar seu jogo e que em um próximo encontro ela não me pegaria de guarda baixa, iriamos jogar o mesmo jogo, com as mesmas cartas e quase de forma igual, porque eu tinha total noção de que no final de tudo, eu era o prêmio eu teria que ser conquistado.


Notas Finais


Bom eu deixei vocês conhecerem três das selecionadas, não apenas da Rachel e a Cléo, Brooke e Ophelia =)
Nos vemos nos comentários!!!


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