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História Gêmeos de Illéa - Ep. 34 - Brooke Mcqueen


Escrita por: Kailandra

Notas do Autor


Olá suas divas!
Domingo, final do dia, amanhã terá aula/trabalho/tudo junto, então para finalizar o ultimo dia do findi com chave de ouro um capitulo extra =)
Boa leitura!

Capítulo 34 - Ep. 34 - Brooke Mcqueen


Fanfic / Fanfiction Gêmeos de Illéa - Ep. 34 - Brooke Mcqueen

A decisão que eu havia tomado me assustava, dilacerava meu coração, eu não queria ir embora, mas eu sabia que não faria nada aqui, eu apenas iria continuar com esse sofrimento sem qualquer razão. Então eu respirei fundo e escrevi um bilhete para o príncipe, no bilhete eu pedi a ele para me encontrar na sala de leitura do segundo andar, eu queria que nossa conversa fosse discreta, eu não queria chamar atenção para todas as pessoas do palácio, eu gostaria de sair da mesma forma que entrei, de cabeça erguida, mesmo sabendo que a seleção mudara completamente minha vida.

Eu saí de meu quarto e dei de cara com um dos guardas, ele era muito bonito, alto, olhos verdes, cabelos tão curtos que eu não saberia ao certo sua cor. Como eu gostaria de ter me apaixonado por ele, seria muito mais fácil.

- Ricard, poderia por gentileza entregar isto para o príncipe? – eu pedi indicando o bilhete em minhas mãos.

- Claro, está bem senhorita? – ele perguntou, provável que tenha visto meu aspecto triste.

- Estou, obrigada Ricard – eu disse forçando um sorriso, ele saiu, eu me dirigi para a sala do segundo andar e fiquei olhando para fora, pela janela.

A seleção para muitas garotas efetua mudanças na vida delas, para mim não foi diferente, mas não pelo luxo, pela vida de princesa, eu conhecia os protocolos, eu poderia não ser uma princesa, mas cresci dentro dos protocolos da realeza, então para mim isso não é diferente, mas eu havia conhecido ele e ele havia sido a minha ruina, apenas porque me apaixonei pelo príncipe errado.

- Brooke? – perguntou Lucky entrando na sala.

- Lucky – eu o cumprimentei com uma reverencia e ele rolou os olhos, Lucky era um príncipe bem errado e frio, mais frio do que a maior parte deles, mas existia algo nele que nos outros não existia, Lucky era sincero, ele só não era sincero em relação aos seus sentimentos, mas com ele as cortesias não eram falsas.

- Está tudo bem? – ele perguntou com a sombra de preocupação em seus olhos e eu sorri, como ele cresceu, como ele mudou, eu gostaria de ter me apaixonado por ele no final das contas.

- Não, eu gostaria de sair da seleção – eu disse sentindo meus olhos arderem.

- Eu não entendo, eu fiz algo errado? – ele perguntou e eu senti as lagrimas escaparem de meus olhos.

- Eu peço perdão Lucky, por tudo que eu fiz, eu sinto tanto – eu disse e ele pareceu confuso.

- Não vai me dizer que andou dormindo com algum príncipe? – ele disse rindo.

- Não! É claro que não, mas eu não posso negar que no processo da seleção eu me apaixonei, um amor proibido e platônico – eu admiti e ele me olhou sério.

- Eu avisei que o amor era uma merda – ele disse, eu ri nervosa e sem humor limpando as lagrimas que haviam escapado.

- Você tinha razão no final, mas eu não fiz absolutamente nada, nem um beijo nada, eu respeitei as regras o tempo todo, eu apenas não aguento mais, eu não quero mais vê-lo eu não quero mais... Por favor – eu pedi segurando uma nova onda de lagrimas que me acometeram.

- Mas eu não entendo, por que você quer isso? – ele voltou a perguntar, pegando minhas mãos, era verdade ele não compreendia o que era sofrer de amor. Então Grace entrou na salinha inesperadamente, ela parecia ansiosa e estava acompanhada por... Ele!

Apolon me olhou friamente e eu não me dei ao trabalho de olhar para ele por mais tempo do que para anunciar que estava ciente que ele estava ali, era por causa dele que eu estava partindo, Apolon havia partido meu coração de uma forma que eu precisava ficar longe para curá-lo.

- Bater é educado sabia? Aprendi com uma garota por aí – disse Lucky com deboche.

- Desculpe Luc, preciso muito falar com você – disse Grace e Lucky olhou dela para mim.

- Tem certeza? – Lucky perguntou para mim beijando minhas mãos.

- Tenho, está na hora de voltar a vida normal – eu respondi sentindo as lagrimas traiçoeiras novamente arderem em meus olhos.

- Mas eu ainda não fiz minha escolha Brooke – ele disse pesaroso.

- Eu sei, mas eu também sei que não seria uma boa esposa para você Lucky, somos incompatíveis e agora eu percebo isso – eu disse virando o rosto para a janela, olhei o jardim sem o ver.

- Eu vou esperar lá fora – disse Grace e ela saiu levando consigo Apolon.

- Se é o que quer, eu não vou me opor, espero que encontre o amor e a felicidade que sempre procurou e que eu jamais poderia lhe dar – ele disse para mim e eu me inclinei para frente e lhe dei um beijo terno na bochecha, ele fechou seus olhos e eu demorei com aquele beijo, eu o abracei com força e ele retribuiu meu abraço.

- Obrigada por tudo Lucky, foi incrível o tempo que durou – eu disse quando me afastei de seus braços chorando, eu não conseguia mais segurar as lagrimas.

- Claro que foi bom, eu sou irresistível – ele disse e eu sorri para ele, mesmo com pesar em meu coração ele era capaz de me fazer sorrir, limpei meu rosto e voltei a me aprumar.

- Muito – eu disse e então nós nos dirigimos para a porta - Ainda nos veremos, eu ainda sou filha do chanceler – eu disse sorrindo com algumas lagrimas ainda escapando de meus olhos.

- O que aconteceu? – perguntou Grace confusa, Lucky apenas balançou a cabeça para ela e eu achei que devia dizer algo.

- Não deu certo – eu disse enxugando as lagrimas que escorriam de meus olhos.

- Até breve – disse Grace para mim e eu me virei e saí de perto deles, andei de cabeça erguida, eu não sairia correndo como uma garota tola, eu iria embora como uma nobre, porque eu era e sempre seria.

Me dirigi diretamente para meu quarto, minhas assistentes já haviam sido instruídas para fazer minhas malas, eu mandaria as malas irem para o carro, me despediria de Ophelia e partiria, entrei em meu quarto e me assustei ao ver Apolon sentada em uma cadeira, sozinho.

- O que está fazendo aqui? – eu perguntei friamente.

- Por que você está fazendo isso Brooke? – ele perguntou.

- Onde estão minhas damas? Como você entrou? – perguntei ignorando sua pergunta.

- Eu pedi para elas saírem – ele disse sem rodeios, Apolon era tão bonito e tão frio, éramos amigos, conversávamos muito, passávamos horas falando sobre nossos países, mas nas últimas semanas eu sentia que as coisas haviam mudado, seus olhares, a forma como ele fazia questão de tocar em meu braço, pegar minhas mãos, os beijos que ele dava em meinhas mãos...

- O que você quer vossa alteza? – perguntei friamente fazendo uma reverencia.

- Não faça isso comigo Brooke, sabe como me sinto – ele disse levantando-se e vindo em minha direção.

- Já falamos sobre isso Apolon, nada disso importa – eu disse dando alguns passos para trás.

- Sabe como eu gosto de você, por que está indo embora? – ele estacou quando perguntou.

- Certo, vamos falar sobre isso de novo? – eu perguntei cruzando os braços.

- Eu não entendo qual o seu problema Brooke, eu disse que amo você o que mais você espera de mim? – ele perguntou frustrado.

- Eu também amo você Apolon, mas de que serve isso? Isso não significa nada, não nos termos que dispomos – eu disse.

- Por que não fica comigo? – ele perguntou aproximando-se e eu voltei a dar alguns passos para trás.

- Eu não farei o que me pede, eu não serei sua amante, eu não ficarei com você por que seu interesse matrimonial não sou eu e sim a princesa Grace – eu disse sentindo meus olhos arderem de novo, sentindo-me sufocada.

- Mas eu não a amo, eu amo você, casar com ela é meu dever – ele disse como se fosse a coisa mais natural do mundo.

- Sim e ter filhos certo? Não Apolon.

- Mas sei que sua amiga estava disposta para isso com Henry – disse Apolon.

- Ela não era minha amiga, e eu não sou como ela, do que me tomas? Algum tipo de prostituta barata? Apenas me deixe em paz Apolon – eu disse apontando para a porta.

- Poderíamos ser felizes – ele disse.

- Você poderia ser, eu não seria e sua esposa com toda certeza também não, se nosso amor é tão fraco que você não é capaz de lutar por ele então é melhor deixa-lo morrer – eu disse olhando-o com determinação, eu não derramaria uma lagrima na sua frente.

- Eu não posso, você sabe que não posso, eles querem que eu me case com uma princesa, eu sou um príncipe eu...

- Vá embora Apolon – eu pedi.

Ele caminhou em minha direção e me tomou em seus braços, me assustei ele jamais havia feito algo assim, então ele beijou nos lábios.

Há algum tempo atrás, eu teria me deliciado com seu beijo, eu imaginava como seria seu beijo, mas agora... De que adiantava? Seria apenas para me magoar ainda mais profundamente, ele explorou minha boca com sua língua, meu corpo traiçoeiro respondeu ao seu beijo de forma faminta, eu sabia que era errado, que eu não devia, mas meu corpo não me respondia, ele respondia ao seu toque eu perdi o controle sobre mim mesma.

Suas mãos apertavam minha cintura com força e eu o abracei com força, quando ele se afastou de mim eu estava arfando, seu beijo havia sido muito mais do que eu um dia poderia ter sonhado, mas eu sabia que era apenas porque eu nutria sentimentos por ele. Eu me afastei dele quando retomei o controle sobre minhas ações.

- Apolon por favor, não torne as coisas ainda mais difíceis, apenas vá embora – eu pedi de novo, mas agora minha voz estava quebrada, seu beijo me quebrara.

- Não desista de nós, por favor – ele pediu.

- Você já desistiu de nós – eu disse a ele sentindo as lagrimas traiçoeiras deslizarem por meu rosto.

- Isso será um adeus? – ele perguntou.

- É o que parece – eu disse me segurando para não soluçar.

Ele me olhou e então saiu do meu quarto, eu corri e me joguei na cama, eu chorei como nunca havia chorado em toda a minha vida, essa foi a coisa mais difícil que eu já fizera em toda a minha vida, eu sentia como se uma parte de mim houvesse sido arrancada, como se um pedaço de meu coração tivesse morrido. Eu me sentia dilacerada e as lagrimas não levariam a nada, mas no momento era a única coisa que eu podia fazer. Quando ele se declarou para mim havia sido o momento mais magico do mundo, ele disse que me amava e eu confessei meus verdadeiros sentimentos, mas quando parecia que um sonho se realizaria, ele me disse que eu poderia ser sua amante, eu não nasci para ser amante, isso era algo errado a se fazer, eu não seria amante, ele me disse que ele não poderia se casar com uma garota qualquer que precisava ser uma princesa, e nesse momento ele me perdeu, eu não era uma garota qualquer era a garota que ele amava certo? Mas para ele isso não importava e não importaria para mim também.

Quando finalmente parei de chorar e me sentia vazia, eu me levantei e encontrei minhas assistentes na porta de meu quarto, me despedi delas, pedi para despacharem minha mala e fui ao quarto de Ophelia.

- Brooke você está bem? – ela me perguntou e eu apenas a abracei.

- Estou indo embora – eu anunciei enquanto a abraçava.

- Mas o que aconteceu? – ela perguntou preocupada.

- Muitas coisas, eu pedi para sair, achei que seria melhor assim – eu disse ao me separar dela e ergui meu rosto.

- Só posso dizer que fico feliz de não ter que disputar a final com você – ela disse sorrindo aliviada e eu sorri de volta para ela.

- Espero que você se case com ele no final das contas – eu disse sorrindo.

- Eu vou! Tenho um plano para isso – ela confessou com pesar.

- Tome cuidado com planos, isso pode não trazer o coração dele – eu a alertei, me preocupava com a felicidade dela.

- Eu não me importo com o coração dele, sabe muito bem que eu preciso mudar de vida. Eu não nasci para plantar! – ela exclamou olhando para o lado.

- Mas você o ama certo?

- Gosto dele, mas eu não sei se eu o amo, eu não o entendo, ele nunca fala sobre ele, ele nunca fala de seus sentimentos, eu não sei se ele gosta de mim então eu me mantenho neutra – ela disse.

- Ophelia, você está sendo sincera com ele? – eu perguntei.

- Na maior parte das vezes, eu me sinto enfadada perto dele, as vezes o silêncio é desconfortável e ele parece não perceber, eu as vezes falo o que ele quer escutar – ela admitiu e olhou com um olhar assustado para mim.

- Ele não deve ser sincero o tempo todo, mas você deveria ser você mesma, sempre – eu disse pegando suas mãos.

- Eu mesma não o conquistaria, eu sou o que ele precisa que eu seja para ele – ela disse olhando-me inexpressivamente e eu a abracei.

- Pheli por favor, você não precisa ser o que ele quer que seja, você não precisa se submeter a ele, ele pode amar você – eu disse e ela riu amargamente.

- Ele não é capaz de amar e eu estou pronta para ser uma boa esposa...

- Não Pheli, você não tem que ser a boa esposa, o amor ainda está ao seu alcance – eu disse soltando-a e olhando em seus olhos, algumas lagrimas escaparam de seus olhos.

- O amor me deixou muito antes da seleção – ela disse com pesar desviando o olhar de mim.

Certa vez Ophelia havia me contado de um namorado que ela amava e que ele a deixou para ficar com outra, quando veio a seleção ela viu sua chance de mudar sua vida.

- Quero que seja feliz...

- Então não dirá nada – ela disse sorrindo.

- Não direi, mas me prometa uma coisa – eu pedi.

- Sim? – ela perguntou e eu sorri ternamente para ela.

- Prometa que vai pensar bem, prometa que irá se precaver – eu pedi e a abracei.

- Prometo que irei pensar – ela disse.

Me despedi e parti, eu deixei o palácio como entrei de cabeça erguida. Mas eu me preocupava com o futuro de Ophelia, se ela realmente se casasse com Lucky sem ama-lo a vida de ambos seria uma farsa, será que no fundo ela não o amava mesmo?


Notas Finais


Capitulo um tanto intrigante, muitas coisas explicadas e algumas revelações ^~ #retafinal #grandefinalestaperto
É isso vejo vocês em breve, se eu n postar nada antes até sexta que é o dia oficial de post.


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