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História Gêmeos de Illéa - Ep. 43 - Príncipe Lucky


Escrita por: Kailandra

Notas do Autor


Minhas lindas e Divas!!!
Sim eu adiantei o capitulo, pq eu estou ansiosa com ele kkk e pq eu ja fiz o capitulo final só vou arrumar rsrsrsrs
Primeiro, vcs viram a capa nova? O que acharam? A fic ganhou uma capa tão fashion e simples q eu simplesmente amei kkkkk
Segundo, o capitulo é o maior que eu já escrevi em toda a minha vida, meu deus!!!
Mas um final digno!

É isso boa leitura depois eu falo mais!

Capítulo 43 - Ep. 43 - Príncipe Lucky


Fanfic / Fanfiction Gêmeos de Illéa - Ep. 43 - Príncipe Lucky

Agora com a minha irmã Grace casada e morando na Rússia, eu confesso que me senti um pouco desorientado, solitário e até mesmo infeliz.

Mas em seu casamento eu pude ver como ela estava feliz, eu não poderia estragar isso jamais, eu sempre prezei por sua felicidade estragar seu momento estava completamente fora de cogitação, mesmo que eu não acreditasse no verbo felicidade, pois para mim era momentâneo, mas eu também acreditava que Grace sentiria melhor lá, uma vez que ela amava o Valdmir.

Durante a festa passei meu tempo me isolando da minha família feliz, fiquei o tempo todo ao lado da Rachel, por sorte ela resolveu não me pressionar para me derreter e falar sobre coisas românticas, convenhamos que falar sobre sentimentos era um pouco demais para mim, isso era coisa do Shalom, eu nunca fui do tipo romântico e não será de um dia para o outro que me tornarei.

Me senti muito mais feliz quando estava no avião de volta para casa, após voltarmos ao palácio senti de novo a solidão, o palácio estava incrivelmente vazio, sem as selecionadas, sem os príncipes da Grace, sem a Grace e seus gatos. Mas eu não tive muito tempo para pensar sobre isso, no dia seguinte começamos a trabalhar com os rebeldes, todos que se entregaram receberam penas leves de serviço comunitário, o pai de Rachel ficaria preso algum tempo e depois ele seria solto para cumprir serviço comunitário ele e todos os líderes da rebelião receberam a mesma punição.

Exceto Kol, esse fugiu e era o homem mais procurado em toda Illéa, quanto a Sophie ficara hospitalizada alguns dias e quando estava melhor ficou na prisão, mas com o passar dos dias e percebendo que Kol não viria busca-la ela perdeu a noção das coisas, enlouqueceu. Uma semana antes de ser açoitada em praça pública que era uma regra da seleção uma vez que ela envolveu-se com outro homem durante a seleção, aliás um não, sabe-se lá com quantos ela não dormiu para conseguir o que queria, mas no final não aconteceu porque ela se suicidou nessa semana que antecedeu sua punição, com uma faca de plástico que lhe foi dado para comer, ela cortou seus pulsos, o que me fez pensar na dor que ela sentiu antes de morrer, o que me vem à mente “o que leva o ser humano a extremos, será que realmente não existia nada para ela? Será que a vida dela valia tão pouco?”. Eu passei a ter pesadelos todas as noites, todas as noites eu era açoitado por garota encapuzadas, poderia ser um sonho pornográfico, mas não era, era assustador, elas estavam me punindo por tudo que eu fiz, eu não me orgulhava disso, mas não existia como consertar isso. Eu fiz o que pensei que Grace me mandaria fazer, eu enviei uma carta pedindo desculpas a todas elas, como eu consegui saber quem eram? Bom eu não sei como, mas meu pai possuía uma lista completa de todas as garotas a quem fiz mal, Giovanna não aceitou minhas desculpas, ela disse que aproveitava-se de mim igualmente então era apenas diversão, no futuro eu faria algo para essas moças, eu não sabia o que, mas minha redenção necessitava disso. Mas voltando ao caso de Sophie eu não posso dizer que lamento, ou que eu sinto algo, pois eu não sinto e não sou hipócrita, claro que eu fiz um belo discurso, mas eu não fiz por ela, eu fiz por seus pais, eles eram apenas vítimas do acaso.

Rachel estava ocupada demais com o nosso casamento, Amberly e minha mãe à estavam ajudando com todos os tramites, os filhos de Amberly agora estavam morando no castelo e Amberly me repreendia sempre que eu ensinava algo errado para eles, não que eu queria que eles seguissem meus passos, eu apenas achava divertido irritar minha irmã mais velha, eu também sabia que eles eram bundões demais para fazer qualquer coisa. O pouco que eu conseguia encontrar a Rachel era nos treinamentos de esgrima e ela reclamava que estava exausta com os preparativos do casamento.

Amberly além de ajudar Rachel e me vigiar para não ensinar bobagens para seus filhos, estava providenciando a cerimonia de renúncia também, agora após trinta e seis anos de reinado, meu pai renunciaria e anunciaria Amberly a nova rainha de Illéa, finalmente ela calaria a maldita boca, mulher irritante e eu me livraria dos olhos afiados dela.

Assim eu teria que adiar em um dia minha viagem de lua de mel, pois meus pais queriam que todos nós estivéssemos presentes nesse momento, eu não gostei muito da ideia, mas resolvi ceder afinal era mais fácil do que brigar por horas e ainda ter mais pessoas para me odiarem, meus pesadelos já bastavam para me assombrar por uma vida inteira e eu não precisava de mais.

Eu não me importava com quem reinaria em Illéa, eu havia comprado uma propriedade distante, isolada e perfeita, eu não pretendia ter que lidar com essas coisas de realeza por muito mais tempo, quando retornasse da lua de mel nós nos mudaríamos para nosso refúgio e teríamos uma vida normal, que é o que o ultimo da linha de sucessão, eu estava muito satisfeito com isso, eu finalmente teria a vida que sempre quis, um homem rico e normal.

No dia que antecedeu meu casamento minha família começou a hospedar-se pelo palácio e o caos tomou conta do silencio, todos meus irmãos, Zack e Zed com suas esposas, eu não podia deixar de chama-los. Quando caiu a noite, as mulheres roubaram a Rachel e foram para a despedida de solteira, eu sorri com essa perspectiva, se ela teria uma eu possivelmente teria uma também.

E não deu outra, Zack me levou para o salão de festas, as mulheres usariam o grande salão, quando entrei no salão ele haviam transformado em um salão de jogos, havia uma mesa de poker, uma roleta, outra mesa de cartas, bilhar e etc.

- E onde estão as strippers? – perguntei sentindo falta de mulheres seminuas andando pelo recinto.

Meu pai me olhou e gargalhou, junto com todos os outros homens.

- Seriamos mortos se tivesse strip aqui – comentou Antony rindo.

- Relativo, eu tive na minha despedida – comentou Shalom e eu sorri.

- Não foi nada agradável de se ver – disse Phillip rindo.

- Eu dancei pelado na festa do Shal – anunciou Zack rindo.

- Bom mantenha suas calças bem fechadas, neste caso – eu disse para o Zack, tudo que eu não queria ver na minha despedida de solteiro era homem pelado, eu suspirei e olhei em volta desolado - Já que será uma festa sem graça, só me resta ganhar de vocês nos jogos – eu disse com presunção proposital e vi os olhares de desafio que me lançaram.

Fizemos umas rodadas de jogos com punição de bebida e pouco eu bebi, eu não fiquei afetado com a bebida, para ser bem sincero eu teria que beber o triplo para me sentir afetado.

Meu pai se despediu de nós algumas horas depois que a festa começou, ele estava cansado e iria dormir, foi então que a festa começou de verdade. Uma hora depois Zack estava muito bêbado cantando no karaokê, Zed o acompanhava igualmente bêbado, Antony estava dormindo na mesa de bilhar, eu e Shalom fizemos algumas pinturas em seu rosto, eu não preciso dizer que haviam muitos desenhos indecentes nas pinturas, Phillip estava acabando com a raça de Vladmir, Nikolai, Apolon e Nuno no Poker.

Depois de pintar obscenidades no rosto dos bêbados que dormiam pelo recinto, sentei em um canto com um copo de whisk e fiquei apenas observando, eu gostava de observar as coisas, eu já havia bebido bastante e agora queria ver o efeito do álcool nas outras pessoas, quando a festa acabou Jaina teve de vir buscar o marido Zack que estava rolando seminu pelo chão, Zed saiu igualmente carregado por Sarah.

Fui para meu quarto, uma coisa eu não podia negar, eu rira bastante nessa despedida de solteiro, porem eu esperava poder organizar a de Josh, aí sim esse garoto veria o que é uma festa de despedida de solteiro de verdade.

Era a manhã do dia de meu casamento, eu obviamente me mantinha bem longe do quarto de Rachel, estava farto de tantas repreensões, estava arrumando minha gravata. Era normal os homens sentirem vários tipos de emoções nesse dia, mas eu particularmente estava ansioso para as núpcias apenas isso.

Aporta do meu quarto foi escancarada, olhei para sua direção chocado, e a figura que adentrou me deixou ainda mais chocado, Rachel fechou a porta ás suas costas, ela estava usando o vestido de casamento, todo branco sem mangas ela andou decidida até mim e eu não pude deixar de sorrir.

- Dizem que dá azar o noivo ver a noiva vestida para o casamento, antes do casamento propriamente dito – eu disse com um sorrisinho nos lábios.

- Pro inferno essa maldita tradição! – ela exclamou ficando de frente para mim.

- Que outras tradições vocês quer mandar para o inferno? – eu perguntei aproximando meu corpo do corpo dela, ela se afastou.

- Chega de brincadeira Lucky! Eu não posso me casar com você – ela disse brava e eu fiquei confuso, como assim ela não se casaria?

- Não pode? O que está acontecendo?

- Não posso me casar com uma pessoa que não me ama – ela disse, seu rosto aflito, suas bochechas estavam vermelhas e eu não sabia dizer se fazia parte da maquiagem – Posso colaborar com o caso dos rebeldes no que for necessário, mas eu não vou me casar apenas por causa disso.

- E quem não ama você? – perguntei então ela me olhou confusa.

- Você ama? Quero dizer você disse que nosso casamento era por causa dos rebeldes... – ela parecia chocada.

- É mesmo necessário isso Rachel? Quero dizer você realmente acha que sou tão altruísta assim? Eu deveria me sentir lisonjeado com isso?

- Lucky por que é tão difícil você apenas me confortar? Apenas dizer se o que sente é o que eu sinto por você? – ela me indagou.

- Rachel, eu não sei se posso fazer isso, eu... Você disse que me aceitava como eu era! – eu rebati.

- Eu disse! E aceito, mas estou no meu limite estou me sentindo tão solitária, me sinto uma estranha para você, eu não me sinto amada por você, você fica o tempo todo longe e não faz questão de ficar comigo eu tenho tantos medos, estou assustada de me casar e ser infeliz – ela disse de uma vez e eu demorei um pouco para processar tudo isso.

- Certo, eu estou distante mesmo, mas isso não significa que eu não goste de você que eu não sinta todas essas coisas cor de rosa por você, apenas que eu tenho que controlar os desejos que sinto por você, eu não quero ser um homem sem meu membro, quero dizer eu pretendo usar muito depois do casamento, se eu tocar em você antes meu pai vai subir pelas paredes então resolvi apenas me manter distante...

- Como ele saberia qualquer coisa? – ela indagou.

- Não sei, meu pai tem poderes, ele sempre sabe das merdas que eu faço, deve ser magia negra! – eu brinquei.

- Mas poderia ter me falado, eu estou enlouquecendo pensando que você não me ama, aliás você não disse que me ama, como posso acreditar que você sente se eu não sei o que sente? – ela me indagou aflita, percebi que seus olhos estavam marejados de lagrimas.

- Rachel, não me obrigue a isso, é doloroso, como farpas em meu corpo – eu disse com sinceridade, porque uma palavra era tão importante? Engolir meu orgulho era tão importante assim para ela?

- Você tem me torturado não com farpas, mas com ferro em brasa Lucky, cada dia é uma agonia, um dia incerto, um sentimento de não pertencer a este lugar – ela disse e eu suspirei, respirei fundo.

- Rachel, eu amo você, faz muito tempo que eu amo você eu não escolheria qualquer outra garota, mesmo que não tivesse acontecido nada, mesmo que você fosse apenas uma garota sem ligações importantes com os rebeldes, eu nunca cogitei escolher Pamela, ela apenas acabou sobrando, Sophie era apenas uma diversão ela me usava e eu retribuía, Ophelia faltava algo nela, sempre faltou. Sempre estive mais perto de você, eu não nego que fiquei em dúvida durante um tempo, mas você sempre se sobressaiu – eu terminei e ela jogou-se em meus braços chorando, mas o que eu fiz de errado agora? Eu não lhe dei o que queria? Eu confessei que a amava, mas porque estava chorando agora?

- Ah Lucky, por que isso tinha que ser tão difícil? – ela perguntou chorando.

- Porque se fosse para ser meloso você deveria olhar a cor dos cabelos, porque você estaria com o irmão errado, esse não seria eu mesmo – eu disse afagando suas costas nuas, nuas...

- Eu fiquei tão aflita – ela disse chorando.

- Ficou aflita porque é boba, deveria confiar mais em si mesma e menos no meu altruísmo, nem acredito que você realmente cogitou meu altruísmo, eu sou a pessoa mais egoísta que conheço na face da terra – eu disse beijando sua têmpora, tentando acalmar o ambiente e não pensar na textura de sua pele abaixo dos meus dedos, na macies de seus ombros...

- Meu egoísta – ela disse apertando seus braços ao meu redor.

- Apenas seu e de ninguém mais – eu disse sorrindo e beijando sua cabeça – Agora eu sugiro que vá retocar a maquiagem e terminar de se vestir se não quiser que eu faça seu vestido virar apenas um trapo – eu disse olhando-a sugestivamente e ela sorriu e me soltou, limpei suas lagrimas com as costas da minha mão.

- Bem que eu gostaria que você arrancasse esse vestido de mim agora mesmo, ele me pinica – ela me disse cheia de malicia.

- Não me tente senhora Schreave – eu disse e ela pareceu surpresa – Vá logo e vamos oficializar essa porcaria toda, depois serei livre para fazer esse vestido em mil pedaços – eu disse e ela riu e se dirigiu para fora do meu quarto radiante deixando-me sozinho para terminar de me trocar.

Suspirei e voltei a me arrumar, mulheres... Sempre tão complicadas, as coisas eram tão simples e ela estava fazendo uma tempestade em um copo d’agua.

Ainda me incomodava o fato de dizer que a amo, mas se esse é o último nível de sentimentos posso acreditar que seja assim então.

Terminei de me arrumar entrei em um carro com meus pais para ir à catedral, onde aconteceria meu casamento, na catedral eu encontrei com Grace, ela estava usando um vestido que ela dizia ser cor de “ameixa” e eu resolvi não questionar a cor, mulheres gostam de “afrescalhar” as cores, Grace, sua cunhada Alecxandra e uma das assistentes de Rachel a tal Maria (a tal porque se eu tinha problemas para lembrar os nomes dos meus sobrinhos imagine das assistentes da Rachel), eram as únicas madrinhas dela, parece que Rachel fez amizade com Alecxandra durante o casamento de Grace, bom Rachel não era do tipo que fazia muitos amigos, mas quem era eu para julgar? Eu também, não era conhecido por ter inúmeros amigos, este era apenas mais um ponto que éramos bem parecidos.

Me posicionei na frente de todos para esperar a grande entrada de Rachel, olhei para os convidados, Ophelia me olhava com olhar de rancor, possivelmente ela viera apenas porque era necessário, Vladmir, Zack e Nikolai eram meus padrinhos, na hora da grande entrada, Grace entrou ao lado de Vladmir, Nikolai entrou com Alecxandra e Zack com Maria.

Elizabeth entrou de má vontade jogando pétalas, mas isso havia sido exigência da Katherine que queria que sua filha participasse do meu casamento ativamente e a tonta da Rachel cedeu, por mim não é não e ponto.

Como o pai de Rachel estava preso, Carlos entrou com ela já que ele nem serviço comunitário teve que pagar, ele salvou minha vida então ganhou um posto na guarda real, eu sorri ao vê-la, nada mais à minha volta importava, nunca importou, mas agora mais do que nunca realmente não importava, seu cabelo estava arrumado todo preso, o véu fixado a uma tirada, seu vestido agora acompanhava um tipo de casaco de mangas curtas que deixava o vestido mais decente, eu gostei da decendia do vestido, mas intimamente preferia que ela não usasse nada, mas claro em outro contexto, no meu quarto.

Quando Carlos entregou ela para mim, ela estava radiante sorrindo, nossos olhos se encontraram e eu me perdi nos olhos escuros dela, peguei suas mãos e levei aos lábios beijando-as.

Durante toda a tediosa cerimonia eu estava pensando na lua de mel para me manter entretido, eu realmente odiava casamentos, eram sempre enfadonhos, eu apenas voltei a catedral quando escutei Rachel me cutucar e sussurrar meu nome.

- Os votos – ela disse baixinho o bispo me olhava com enfado, eu pigarreie e peguei as mãos de Rachel e a olhei nos olhos.

- Eu Lucky Clarkson Schreave prometo te amar Rachel Every até o fim dos meus dias, mesmo quando você for teimosa e irritante, prometo respirar fundo antes de responder e quando chorar ficarei confuso sem entender porque chora, mas eu ficarei ao seu lado, porque mesmo se eu nascer mil vezes, eu não vou merecer você.

Eu encerrei sorrindo, eu não podia deixar de fazer piadas e eu sabia que ela compreendia que isso era o que nos ligava, ela riu e começou.

- Eu Rachel Every, prometo te amar Lucky Clarkson Schreave e todas essas coisas que se prometem na hora dos casamentos, prometo ser bem teimosa e irritante apenas para apimentar a relação, prometo também te aturar com paciência, porque para te aturar vou precisar de muita paciência. E mesmo se você nascer mil vezes e não me merecer, as mil vezes eu aceitaria me casar com você, porque pertencemos um ao outro do jeito mais errado que existe, mas essa é a única verdade para nós. – ela encerrou e eu não esperei o bispo falar eu a beijei nos lábios, minha esposa errada perfeita! Acho que o bispo nos declarou casados, porque eu escutei uma zoeira.

- Porque é assim que deve ser – sussurrei para ela e ela assentiu sorrindo.

Nós saímos da catedral com uma algazarra enorme e quem gritava mais era o Zack, percebi que Maria estava gargalhando com a algazarra que ele fazia. Entrei no carro com Rachel e rumamos para o palácio onde desfrutaríamos da nossa festa de recepção, claro que pouco me importava com essa festa de bosta, por mim teria me despedido do povo todo na igreja e agora ela já estaria nua em nossa festa privativa.

- Não sabe como eu quero pegar esse monte de pano e rasgar – eu disse puxando-a para mim.

- Eu ficaria honrada em ser despida por vossa alteza – ela brincou.

- Bom pelo que eu sei agora, você também tem esse título, princesa de Illéa – eu disse passado minha mão por sua clavícula e ela colocou essa minha mão em seu busto, eu estremeci.

- Princesa distante e bem próxima de uma vida normal ao seu lado – ela disse com malicia.

- Não me provoque, se não... Não sairemos desse inferno de carro – eu disse e ela riu, eu me inclinei sobre ela e a beijei nos lábios, pressionando meu corpo contra o seu, ela acabou deitando no banco e eu deitei por cima dela.

- Altezas? Chegamos – anunciou o motorista e eu interrompi o beijo.

- Salva pelo gongo – eu disse e ela riu.

- Que pena...

- Céus, pare de me provocar mulher – eu disse e ela gargalhou, eu me levantei e saí do carro, ajudei ela a se levantar, ela saiu um pouco desfeita, Maria deu um gritinho ao ver que Rachel estava desfeita e correu para ela.

- Senhora, não pode ir a festa assim – repreendeu Maria.

- A culpa é toda dela – eu disse inocentemente.

- Sei bem de quem é a culpa – disse Maria me dirigindo um olhar travesso.

Maria arrumou o cabelo de Rachel como pôde e entramos na festa, passamos algum tempo cumprimentando pessoas com as quais eu não me importava, queria mais que todos sumissem e me deixassem em paz, mas eu precisava ir até o fim, depois eu poderia me tornar o ermitão da família.

- Lucky será que posso ter uma palavrinha com você? – perguntou Cecille quando veio nos cumprimentar.

- Claro! – eu disse dando de ombros, Rachel deu de ombros também e engatou uma animada conversa com Nuno que estava acompanhando Cecille.

Me afastei com Cecille e a olhei com olhar de curiosidade, o que necessariamente ela queria comigo?

- Eu chorei no seu casamento – ela confessou e eu me calei – Eu realmente gostaria que os votos que trocou com ela fossem ditos para mim, mas eu desejo de qualquer forma que seja muito feliz, hoje eu chorei, mas eu chorei de felicidade, pois sei que você encontrou o que faltava – ela disse.

- Sei que seremos bons amigos Ceci – eu disse e ela me abraçou.

- Já pensou em como seria se nós tivéssemos nos casado? – eu senti um calafrio com esse pensamento.

- Ceci, sabe que nunca me senti dessa forma com você – eu confessei e ela assentiu me soltando.

- Você poderia ser rei – ela disse.

- Sim, mas eu sei que Nuno fará um trabalho muito melhor do que eu jamais poderia sonhar em fazer – eu disse e ela sorriu.

- Você pode não admitir, mas dentro de você existe uma pessoa incrível e eu quero que nossa amizade dure para sempre – ela disse sorrindo.

- Sabe que serei um ermitão certo?

- Sei que, nem que eu precise mandar busca-lo pelos cabelos, eu quero que me visite – ela disse rindo.

- Não precisa ser tão drástica, eu gosto dos meus cabelos – eu brinquei – Mas me diga o que sente pelo Nuno?

- Algo que está começando a passar da amizade e companheirismo, quem sabe um dia eu o ame? – ela disse sorrindo.

- Sei que sim, você tem um coração espetacular Ceci – eu disse e ela voltou a me abraçar.

- Você também Luc – ela disse sorrindo.

- Agora poderia parar de me agarrar? Minha esposa não vai gostar muito disso – eu brinquei e ela me apertou ainda mais.

- Estou fazendo Nuno ficar com ciúmes – ela brincou.

- E me matando asfixiado no processo – eu brinquei e ela me soltou gargalhando.

- Nós nos vemos depois – ela disse sorrindo e saiu de perto de mim.

Fiquei olhando ela partir, acredito que Cecille foi a única que nunca entendeu que eu lhe dei um fora, mas era bom assim, havia mantido sua essência intacta.

- Que agarramento era aquele? – perguntou Rachel aproximando-se.

- Por que? Está com ciúmes?

- Talvez.

- Que bom, gostei disso. Vou procurar outra garota para me agarrar – eu brinquei e ela me deu um soquinho.

- Nada disso, você é um homem casado e um safado nato – ela disse e eu a puxei para mim.

- Não imagina a quantidade de safadezas que estão passando por minha mente agora mesmo....

- Eu vou adorar descobrir... – disse Rachel e então escutei um pigarro anunciando alguém.

- Posso interromper um pouco? – era a voz de Pamela e eu soltei Rachel que continuou sorrindo.

- Você foi bem inconveniente, mas agora que já interrompeu vai em frente – eu disse e ela ficou séria.

- É brincadeira dele Pam – disse Rachel rindo.

- Ufa! Nunca sei quando ele está brincando – comentou Pamela agora rindo – Queria parabenizar vocês, eu estou muito feliz por vocês – ela disse e me abraçou.

- Obrigada Pam – eu disse e ela me soltou e abraçou a Rachel.

- Sei que não éramos amigas nem nada, mas eu não me sinto ressentida por você ter ficado com o Lucky, acho que as coisas são como devem ser – disse Pamela sorrindo para Rachel.

- E você como está? Onde estão os óculos? – perguntei e ela riu.

- A isso? Usei o dinheiro da seleção para me livrar deles, fiz uma cirurgia e não preciso mais usar, estou bem e coordenada prometo – disse Pamela sorrindo.

- E agora o que fará? – perguntou Rachel para Pamela.

- Sabe, eu tenho apenas dezessete anos, eu quero estudar, quero crescer, quero mostrar que posso fazer várias coisas, eu quero o mundo! – disse Pamela.

- Isso aí Pam, modéstia é para os fracos – eu disse e ela riu.

- Está de olho em alguém? – perguntou Rachel.

- Ah não, eu tenho muito tempo para me apaixonar novamente, agora vou focar em mim mesma, mas se no processo acontecer, porque não? Eu não preciso de um namorado para ser feliz, agora para me sentir feliz quero ficar comigo mesma, namorado virá no tempo certo – disse Pamela confiante.

- Gostei de ver Pam – eu disse e ela me abraçou.

- Obrigada Lucky, por mais que você pense que não, você me ajudou, me ajudou a ver que eu preciso me amar mais acima de tudo, que eu precisava ser mais forte por mim mesma e não para agradar alguém, apenas para mim – ela disse.

- Curioso esse fato de ter ajudado alguém – eu disse e Pamela riu.

- Ajudou sim, eu acredito que tudo que você passa na vida serve como aprendizado, sempre retiro algo de tudo – ela disse sorrindo e eu me senti muito bem com seu sorriso, era bom saber que ela não me odiava, que ela acharia o que procura do jeito certo, ela não teria um homem que tinha pena dela, ela teria alguém que a amava, alguém que lhe daria o que eu jamais poderia lhe dar.

- Se cuide Pam – eu disse para a Pamela.

- Vou me cuidar – ela prometeu e se despediu de nós.

- Incrível eu ter ensinado algo para alguém – eu comentei para Rachel depois que Pamela se despediu e saiu de perto de nós para curtir a festa.

- Você fez muito mais do que pensa que fez – riu Rachel.

- O que me impressiona – eu comentei chocado, jamais pensei que ensinaria alguma coisa para alguém, ou que faria qualquer coisa boa para alguém.

Então veio Grace com Vladmir.

- Ora, ora, ora, então vamos nos despedir de novo? – eu perguntei e Grace riu.

- Nunca vamos nos despedir de fato – ela disse.

- Então Vlad, vamos deixar esses dois falarem suas “melosidades” em paz – disse Rachel pegando no braço de Vladmir e os dois saíram rindo.

- Com coisa que eu faço o tipo que fica de frescuras – eu disse dando de ombros de Grace riu.

- Não mesmo! Mas e aí? Se declarou? E aqueles votos? Só você para falar tanta merda misturada com coisas fofas nos votos – comentou Grace e eu rolei os olhos.

- Uma pergunta de cada vez, eu sou um homem e sou uma pessoa simples – eu disse e ela gargalhou.

- Se declarou?

- Não é da sua conta, próxima!

- Ahhhh se declarou! – ela disse triunfante.

- Próxima! – eu disse sério.

- Ok! Que merda de votos foram aqueles? – ela perguntou rindo e eu sorri.

- Só porque eu sou mais criativo que você, não desmereça meus votos – eu disse sorrindo e ela riu.

- Os meus foram românticos – ela se defendeu.

- E romantismo não combina comigo – eu disse sorrindo.

- Fato! Onde será sua lua de mel? – ela perguntou com curiosidade.

- Em algum bem longe, ficarei livre para praticar tudo que eu quiser – eu disse e ela corou.

- Você não tem jeito Lucky! – ela me repreendeu.

- Ei! Eu sou um homem casado agora, e eu tenho total direito de pensar bobagens e pratica-las com minha esposa – eu disse gargalhando e ela riu – Mas mantenha sua privacidade para sí, não quero saber disso – eu disse rindo.

- Não vou falar dessas coisas com você – ela disse corando.

- Acho ótimo! – eu exclamei e ficamos um tempo em silencio – Sabe Cê, é um novo começo, muitas coisas vão mudar, muitas coisas estão deixando de ser como são, mas o que importa é que ambos estamos satisfeitos com nossas escolhas, eu não minto que sinto sua falta, e sei que você sente a minha, ninguém te pentelha como eu, mas eu acredito que o tempo vai amenizar isso, afinal estamos juntos desde o ventre de nossa mãe – eu disse e ela me abraçou.

- Claro que eu sinto sua falta, não apenas porque você enchia minha paciência, mas porque estamos juntos desde sempre. Mas eu sei que a Rachel cuidará de você e quem sabe cure as feridas que nunca foram curadas – disse Grace e eu beijei sua cabeça.

- Sempre estarei aqui para você Cê, para qualquer coisa, até para dar um soco na cara do Vladmir se ele for um babaca – eu disse e ela riu e me soltou.

- Não acredito que seja necessário, mas eu também sempre estarei aqui para você, não digo que vou puxar os cabelos de Rachel, porque eu duvido muito que seja necessário, mais fácil precisar bater em você – disse Grace sorrindo.

Eu limpei as lagrimas fujonas dos olhos de Grace e a abracei, não era um adeus, ainda éramos irmãos e mesmo a distância não poderia nos separar, venceríamos a distância.

- Agora saindo do sentimentalismo e suas gatas? – perguntei para amenizar o clima e conduzindo Grace para junto de Rachel e Vladmir.

- Bruno ficará com elas até eu voltar da lua de mel, Alecxandra não gostou da ideia, ela estava louca para conhecer minhas gatas – disse Grace quando nós nos juntamos à Rachel e Vladmir.

- Alecxandra ama animais – comentou Vladmir sorrindo e abraçando Grace que voltou para seus braços.

- Espero que você goste também Vlad, porque minha irmã é meio doida – eu disse e os dois riram.

- Eu gosto, e principalmente porque sua irmã gosta eu gosto ainda mais – disse Vladmir sorrindo e beijando a testa de Grace que parecia muito satisfeita com a resposta dele.

- Podemos ter animais? – perguntou Rachel animada.

- Quantos você quiser Rachel, quem vai cuidar é você então se quiser encher a casa com eles azar o seu – eu disse dando de ombros e nós todos rimos, puxei Rachel para os meus braços e beijei sua cabeça.

- Acho que está na hora da sua dança especial – comentou Grace.

- Depois eu posso ir embora? – perguntei esperançoso e ela riu.

- Terá de ficar até o fim – disse Grace e eu e Rachel suspiramos, Grace e Vladmir gargalharam e nós dois nos dirigimos para a pista de dança.

Começamos a dançar, depois de girar Rachel duas vezes ela finalmente falou alguma coisa.

- E quanto a Ophelia? – perguntou Rachel.

- Isso importa?

- Eu não a vi – disse Rachel.

- Bem não me importo, a vi na catedral com cara de bunda, deveria se sentir brava demais para vir a festa, mas espero que ela encontre o que procura – eu disse.

- Um marido rico – completou Rachel e eu ri.

- Exatamente! – eu disse rindo e quando acabou a música eu a tomei em meus braços e a beijei nos lábios – Assim como as estrelas estão lá no céu, meu amor é seu Rachel, inegável e imutável – eu sussurrei em seu ouvido quando finalizei o beijo e ela arfou.

- Lucky eu....

- Calma! Eu vi isso em algum lugar, mas a veracidade das palavras se adequam ao momento – eu disse e ela me abraçou com força.

Eu não fazia ideia de onde viera essa frase e nem me importava, o significado dela era o bastante, eu amava Rachel e agora que ela sabia disso era cada vez mais fácil de admitir para ela, as outras pessoas que pensassem o que queriam, apenas o que importava era nós dois, o resto é o resto.


Notas Finais


Sobre a Pamela, eu sempre tento passar algo mais real para vocês e foi o que aconteceu com a Pamela, ela não precisa ter um namorado e nem estar casada para ser feliz, ela precisa acima de tudo se amar! Então é isso eu não disse q ela ficará sozinha, ela apenas vai encontrar o amor na hora certa, agora ela está feliz e cheia de planos e esperanças para seu futuro.
Como eu disse na resposta de varios comentários eu NÃO vou fazer fic da Grace assim como Não farei nem do Bruno, nem da Liz e nem do Lucky (embora ninguem tenha pedido tb kkkk), não está nos meus planos, eu vou dar um tempo em A seleção, quero ver o que virá em The Heir e quam sabe não me inspiro em voltar a seleção? Mas eu me sinto mt presa no mundo da Kiera, eu gosto mais do meu mundo onde faço o que quero, então meu proximo passo será tornar toda essa história original e isso vai me levar mt tempo, assim pretendo por hora ficar apenas com "It's not about you, It's about me", que em breve terá sua primeira temporada encerrada.
Assim, nós nos veremos na quinta na original e sexta para o Epilogo dessa historia.
E nos comentários claro!! rsrsrsrs
Amo vcs

Tudo começa com Maxon e America em: "A princesa de Illéa" #1 Link => https://spiritfanfics.com/historia/a-princesa-de-illea-1922669
Depois passa para a seleção do Shal em "O principe de Illéa" #2 Link => https://spiritfanfics.com/historia/o-principe-de-illea-2128246
E tem um Spin-Off - A rainha da Noruécia Link => https://spiritfanfics.com/historia/a-rainha-da-noruecia-2259367


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