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História Give me love, please - Capítulo 36


Escrita por: Mellarkisses

Notas do Autor


Oie meus bebês




Boa Leitura

Capítulo 37 - Capítulo 36


Fanfic / Fanfiction Give me love, please - Capítulo 36

Há uma grande diferença entre a razão e a emoção. 
Sua razão, é quando você sabe que tem que fazer algo, mas a sua emoção não deixa você sentir, como se aquilo fosse realmente o certo a fazer.
Se alguém me perguntasse se eu vivo na razão ou na emoção, eu diria que na razão, mas ainda assim ficaria a dúvida e a inquietação dentro de mim, ao saber que minhas emoções me fizeram perder a razão em algum momento.
Exatamente aquela situação em que a razão nunca poderia ter me faltado. 
A emoção erra, a razão não. 
Mas normalmente, quando você se dá conta disso, já é tarde demais. 
- O que aconteceu, cara? - senti o colchão ao meu lado afundar. 
- Eu estraguei tudo. - falei, sem abrir os olhos. - Como sempre. 
Eu mesmo havia chamado Finnick. Eu precisava desabafar com alguém, principalmente depois de me dar conta do tamanho da merda que eu havia feito em esconder algo tão grandioso de Katniss. 
Depois do que Natalie disse, Katniss não me deu nem mesmo tempo de tentar explicar. Em fração de segundos, ela já batia a porta do seu quarto em minha cara. 
E não adiantou eu bater, gritar ou até mesmo chutar a porta como eu havia feito, ela não quis me ouvir.
- O que você tinha na cabeça? - meu amigo questionou, assim que eu finalizei a história. - Contar algo assim para Glimmer. 
- Na época apenas ódio de Katniss. Eu não imaginava que Glimmer pudesse usar isso contra mim algum dia. - expliquei, estalando os dedos.
- Uma mulher com o ego ferido, é capaz de qualquer coisa, mano. - Finnick coçou a nuca. - Já falou com a Katniss? 
- Você acha que ela deixou? - perguntei, e meu amigo negou. - É a Katniss. Ela não deixou nem eu começar a me explicar. Se trancou no quarto, não atendeu as minhas ligações, e ainda me bloqueou nas redes sociais. - me levantei da cama, e caminhei pelo quarto. - Que ódio. Eu quero matar a Glimmer. 
- Depois do estrago, não sei se resolveria algo. - Finnick coçou a nuca mais uma vez. - Já pensou em falar com Effie? - neguei lentamente. - Eu sei como a sua cabeça funciona, mano. Mas na tentativa de conquistar a confiança de Katniss novamente, talvez essa seja a sua única saída. 
- Chorar e gritar é uma opção? - questionei, e ele acabou sorrindo. - É a minha garota Finn. Eu não posso perde-la. 
- E não vai. - meu amigo caminhou até mim, e me deu um abraço. - Estamos juntos nessa, irmão. 
Na manhã seguinte, a primeira coisa que eu fiz quando levantei - porque dormir, eu não dormi nada -, foi ir até o quarto de Katniss, e depois de minutos batendo na porta, eu me convenci de que ela já havia saído para o colégio. Convencido disso, desci e me encaminhei até a cozinha, onde eu enrolei mais do que o normal com o meu café, na esperança de que ela aparecesse, mas me surpreendi quando ouvi o ronco de seu fusca. 
- Claro, como eu não pensei nisso antes. - revirei os olhos, pegando a minha mochila. 
- Bom dia, Peetinha. - a voz de Natalie me causou enjoo. - Tem carona pra mim? 
- Só se for pra te levar até o inferno. - respondi, destravando meu carro. - E você já pode ir arrumando as suas coisas Natalie. Você vai voltar para o campo ainda hoje.
- Você não seria louco. - ela sorriu, cruzando os braços. 
Joguei minha mochila no banco passageiro, e dei apenas dois passos até estar cara a cara com a morena, que havia acabado com o meu namoro. Em um acesso de raiva, eu segurei seu rosto com uma única mão, e apertei o suficiente, até que ela fizesse uma careta de dor. 
- Eu mandei você não se meter com a Katniss, você não me deu atenção. Então, sim, se prepare para conhecer o meu lado louco, Natalie. - a soltei com força, e ela levou a mão a bochecha, afagando a mesma. - Você e Glimmer vão me pagar. 
- Que tipo de magia essa garota usou em você, Peeta? - neguei com a cabeça. 
- Algo que você nunca vai conhecer, se continuar sendo a vadia que sempre foi. - dei as costas para ela, e entrei no carro. - E não esqueça de arrumar as suas coisas. - foi o que eu disse, antes de dar a partida. 
Katniss estava fugindo de mim, e isso eu já havia notado, mas essa fuga não duraria muito tempo, já que nós tínhamos que passar muito tempo juntos na escola, em função das aulas, ensaios e organização do grande show. 
Eu ainda não havia cruzado com Glimmer, mas mesmo assim eu já me preparava para não me exceder, e acabar batendo na loira, que com certeza era algo que ela merecia. 
Eu estava sentado na cantina, olhando para cada rosto que passava pela porta de vidro, esperando que, em algum momento, Katniss aparecesse e então, eu a puxaria pelo braço, e faria com que ela me ouvisse. 
Mas quando o primeiro sinal tocou, eu fiquei sozinho no refeitório, e ela não apareceu, eu me toquei de que conversar com Katniss seria mais difícil do que eu imaginava. 
- Gostou da surpresa? - levantei em um salto, pegando o braço de Glimmer com força. - Ai, bebê. Assim você me machuca. - ela sorriu, em meio a uma careta de dor. 
- Eu devia era matar você. - rosnei, apertando um pouco mais seu braço. - Que merda você tem na cabeça, Glimmer? 
- Você me esnobou pra ficar com uma caipira ridícula, Peeta. - ela gritou. - O que você queria que eu fizesse? Que eu ficasse sentada vendo você ser feliz com outra pessoa? 
- E o que você pretendia. - perguntei, mas não dei tempo para que ela respondesse. - Acabar com o meu namoro, e depois esperar que eu viesse correndo pra você? 
- Você me usou. - a loira soltou com raiva, e eu acabei sorrindo, sem humor algum. 
- Eu não usei ninguém. Você é que se esfregou em mim, até que eu te levasse pra cama. E depois que conseguiu o que queria, não largou mais do meu pé. - ela abriu a boca para reclamar, mas eu fui mais rápido. - E eu não me lembro de ter te prometido um relacionamento sério, e nem mesmo exclusividade, até porque vadia não tem esse direito. - a soltei bruscamente. - Você e Natalie foderam com o meu namoro. Mas fiquem sabendo que se vocês fizerem qualquer coisa para prejudicar Katniss, eu mesmo vou foder com a vida de vocês. 
Deixei Glimmer sozinha no refeitório. 
Isso não era nem de longe o que eu gostaria de fazer com ela, mas a minha prioridade no momento, era outra. 
Uma prioridade loira, que cruzou na minha frente, naquele exato momento. Puxei Katniss pelo braço, até que ela estivesse frente a frente comigo. 
- Não. - ela me cortou, antes que eu pudesse abrir a boca. - Me solta, Peeta. 
- A gente precisa conversar. - falei, segurando seu braço com delicadeza, diferente do que eu fiz com Glimmer.
- Não precisamos, não. Eu quero distância de você. - ela empinou o nariz para me encarar. - Me solta, Peeta Mellark.
- Distância é o que menos você vai ter de mim, docinho. - acabei sorrindo, quando ela revirou os olhos. - Por favor, me escuta? 
Ela pareceu ponderar, e por fim sorriu. 
- Claro. - sorri mais abertamente. - Eu vou te escutar, mas vou levar o mesmo tempo que você levou me escondendo a verdade. 
- Katniss... - ela se soltou do meu aperto. 
- Nos falamos daqui a seis meses, Peeta Mellark. - e com isso ela me deixou. 
Se passaram seis dias, e realmente Katniss estava levando a sério a coisa de levar seis meses para me escutar. 
Ela vinha me ignorando, como se a minha presença na vida dela não causasse mudança alguma. E a cada dia que passava, eu me desanimava um pouco mais. Eu tinha Katniss perto de mim todos os dias, mas ainda assim, ela estava longe de minhas mãos, e isso doía. 
Foi um erro meu. Eu não tinha o direito de esconder algo tão grandioso de Katniss. Mas o problema é que não era um segredo meu. Tinha mais pessoas envolvidas nessa bola de neve, e eu não tinha o direito de passar por cima da decisão de nenhuma delas. 
Foi antes de Katniss vir para Los Angeles. 
Eu fui atrás do meu pai. Eu precisava de dinheiro para uma festa, e Effie e Haymitch conversavam sobre o assunto no quarto. Eu lembro que pensei em interromper, mas tudo me pareceu tão interessante, que eu não pude deixar de ouvir toda a conversa. 
Não havia explicação para o abandono, foi um ato insano, mas Effie teve as suas razões, e eu não era ninguém para julga-las. 
Ela e Haymitch nunca ficaram sabendo da minha intromissão. Eles nunca descobriram que o segredo deles, já não era só deles. Eu mantive esse fardo comigo até que Katniss apareceu, bagunçando a minha vida e o meu coração. E então, em um ato de muita raiva, eu contei a Glimmer que Katniss foi abandonada e que eu sabia o porquê, mas eu não disse o motivo, e eu agradecia a Deus por isso. 
Muitas vezes, eu fiquei entre a razão e a emoção. Uma parte de mim queria contar a Katniss, mas a outra não me deixava abrir a boca. 
Mas depois de ser ignorado por seis dias, pela garota que eu amava, eu decidi que Finnick tinha razão. Só tinha uma pessoa que poderia me ajudar com Katniss. 
- Porque você demorou tanto para me contar, Peeta? - Effie perguntou, suspirando pesadamente. 
- Desculpa, eu não pretendia comentar sobre o assunto com Katniss, mas foi o que eu contei a você. - falei, olhando para as minhas mãos. - Eu realmente sinto muito, Effie. - disse sincero. - Mas agora você sabe o quanto Katniss é importante para mim, o quanto eu sinto falta dela. Eu preciso que você me ajude. - falei, encarando o rosto nervoso da mulher que eu queria como sogra. - Você vai me ajudar? 
Ela sorriu minimamente. 
- É claro que sim, querido. - respirei aliviado. - Depois de tudo o que você me contou, é certo que a hora da verdade chegou. - Effie caminhou pelo quarto, e abriu uma de suas gavetas, e bem do fundo, retirou um envelope branco. - Faça com que Katniss leia essa carta, e eu prometo que quando ela terminar de ler, eu vou estar esperando por ela, pronta para contar a verdade, e resolver tudo isso. Eu prometo. 
- Obrigado, Effie. - falei, realmente agradecido.
- Depois que você entregar essa carta à Katniss, tudo estará nas mãos do destino. - ela sorriu nervosa, me abraçando. - Nas mãos do destino, querido.  
Naquela noite, Katniss não apareceu para o jantar, e na falta de oportunidades de lhe entregar a carta, eu mesmo a joguei por baixo da porta de seu quarto, logo após dar três leves batidinhas. 
Não demorou muito até que ela abrisse a porta, e procurasse por alguém nos corredores, e nesse breve momento, eu pude notar o envelope em suas mãos.  
Não me restava mais nada a fazer, a não se esperar pelo destino, como Effie mesmo disse. E eu apenas torcia para que a vontade dele, condissesse com a minha.


Notas Finais


Feliz Páscoa, que a paz do nosso Senhor Jesus prevaleça sobre a vida de cada um de vocês.

Um beijo no coração ❤


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