História Give Me Your Love - Last Name

Point of View — Justin Bieber  

— Tudo pronto, senhor Bieber. — Me levantei com um sorriso de canto e o homem me entregou os papéis, sorrindo do mesmo modo. — Agora só precisa ir até o ICBC e retirar os novos documentos com a garota.  

— Claro, obrigado. — Apertamos as mãos e saí dali rapidamente.  

— Pronto? — Ryan perguntou e assenti. — Como ficou?  

— Bianca Mackenzye Bieber. — Respondi e soltei um sorriso.  

— Sorte que o seu ficou no final. Acho que a tia dela ia surtar se você tivesse colocado seu nome primeiro. — Chaz comentou e assenti.  

— Pelo menos agora ela tem seu nome. — Chris disse sorrindo e o acompanhei.  

— Vamos, já está tarde e elas estão sozinhas em casa.  

Eles assentiram e cada um entrou no seu carro. Coloquei os papéis no banco do passageiro e o liguei, logo saindo dali. Todos nós fomos dar uma última olhada na casa e em uma semana vamos para lá. Aproveitei que tínhamos tempo e passei num cartório. Fiz uma coisa que queria há um bom tempo.  

Há uns dias atrás, Bianca me mostrou coisas suas e vi que seus documentos não tinham meu sobrenome. Não entendi o porque, afinal, Karine sabia desde o começo que eu era o pai dela. Então, não tinha motivos para não colocar meu sobrenome na Bianca. Talvez, tivesse medo que eu não assumisse e pedisse para tirar o nome, mas nunca faria uma coisa dessas. Faria apenas se o filho não fosse meu, mas como esse não é o caso, não tenho motivos para não querer que ela tenha meu sobrenome.  

Dirigi durante algum tempo e logo estacionei meu carro na garagem. Desci com os documentos na mão e olhei para cima, notando que a luz do quarto da Bianca ainda estava ligada. Olhei no relógio e me assustei um pouco. Já se passavam das dez horas da noite. Havia demorado mais do que imaginei.

Abri a porta e coloquei os papéis em cima da mesinha de centro da sala. Subi as escadas, enquanto era seguido pelos outros. Atravessei o corredor e cheguei a porta do quarto dela, que estava meio aberta.  

— Meninas?  

Abri a porta por completo e sorri ao ver aquilo. As quatro estavam deitadas sobre colchões no chão. O quarto estava meio revirado e todas estavam de pijama. Bianca estava quase caindo de um colchão e segurava um ursinho. Raquel estava dormindo nas pernas da Fernanda, que estava com a cabeça para fora do colchão e Nicki já estava completamente no chão, dormindo de barriga para baixo. Olhei para os outros e eles riram, balançando a cabeça negativamente.   

— Acho melhor deixar elas aqui, Chaz. — Disse e ele assentiu.  

— Coitadas, vão acordar morrendo de dor. — Chris disse e ri de leve.  

— Bom, podemos evitar isso.  

Caminhei até a Bianca e sorri ao ver minha princesinha dormindo. A segurei um pouco acima da cintura e a ajeitei no colchão. Ela resmungou um pouco, mas nada que a impediu de continuar dormindo. Dei uma leve volta e segurei a Raquel, a colocando do lado da Bianca. Chaz puxou a Fernanda pelos pés, fazendo-a ficar no colchão novamente e Ryan segurou a Nicki no colo, a colocando ao lado da Fernanda logo em seguida.  

Começamos a sair do quarto, mas parei na porta as olhando. Todas dormiam profundamente e sorri ao ver a Bianca apertar o ursinho que estava com ela. Arqueei a sobrancelha e me aproximei um pouco. Me abaixei quase ficando a sua altura e encarei o ursinho. Eu havia dado aquele urso para a Karine quando começamos a namorar. Na verdade, dei para ela no nosso primeiro Dia Dos Namorados. Lembro que ela amava essas coisas e, como eu a conhecia bem, sabia que ia gostar.   

Me sentei no chão e fiquei olhando a Bianca abraçada ao ursinho. Por algum motivo, não conseguia desviar o olhar. Estava meio fascinado pela cena e duvido muito que me cansaria de olha-la. 

Estou feliz por saber que mesmo depois de sua mãe e eu termos terminado, de certa forma, ainda estava presente na vida dela. A olhei por mais alguns segundos e soltei um suspiro fundo. Bianca se mexeu um pouco e se virou, ficando de frente para mim. Ela apertou o urso e abriu os olhos. Piscou algumas vezes e sorriu levemente me olhando.  

— Você demorou. — Disse com a voz sonolenta.  

— Eu sei, pequena. Desculpa. — Respondi meio baixo e passei a mão pelo seu cabelo, fazendo carinho ali. — Mas já estou aqui e você pode voltar a dormir.  

— Daddy, posso te dizer uma coisa? — Disse e fechou os olhos, respirando fundo.  

— Claro que pode.  

— Você é o melhor pai do mundo.  

Sorri no mesmo instante e ela fez o mesmo. Senti meu coração palpitar e uma sensação diferente e boa tomou conta de meu corpo. Ia dizer mais alguma coisa, mas Bianca já parecia dormir. Me inclinei dando um beijo em sua testa e mexi em seu cabelo, parando aos poucos para não acorda-la. Me levantei devagar e a observei durante mais alguns segundos, indo em direção a porta em seguida.  

— Olha só quem virou pai coruja e babão. — Ryan se pronunciou sorridente e todos os outros três se encontravam do mesmo modo.  

— Quem diria que Justin Drew Bieber teria um filho. — Chris disse sorrindo, enquanto olhava as meninas de canto. — E ainda mais sendo uma menina.  

— Não posso falar nada. — Chaz comentou. — Eu era louco para ter um menino, mas quando a Fernanda nasceu, eu chorei de tanta emoção. Sei lá, foi uma sensação tão boa que não consegui me segurar.  

— Eu não chorei quando o Kaique nasceu, mas fiquei bem emocionado também. Foi bom ver o meu garoto vindo ao mundo.  

— Pena que eu não tive essa chance. — Comentei baixo, mas sei que todos ouviram.  

— Ah, Bieber, isso não importa. O que importa é que ela está aqui agora e vocês se amam.  

— É, tem razão. — Soltei um sorriso e eles fizeram o mesmo. — Mas agora calem a boca e saiam daqui. Vamos deixa-las dormir.  
 

Point of View — Bianca Mackenzye  

Acordei com uma coisa gelada tocando a lateral do meu corpinho. Abri os olhos com certa dificuldade e vi que estava com metade do meu corpo no chão. Cocei os olhos e olhei para o lado, vendo as meninas ainda dormindo. Acabei escorregando e caí sentada no chão extremamente gelado.  

Olhei para trás e peguei meu ursinho roxo, que também estava no chão. Ajeitei sua "roupinha" e o olhei por alguns segundos. Minha mãe havia me dado quando eu tinha sete anos. Ela me disse que ganhou de uma pessoa especial e agora estava deixando com outra pessoa especial.   Desde então eu não largo esse ursinho. Ele é meu xodó.

— Amiga? — Cutuquei a Raquel, mas ela nem se mexeu. — Quelzinha? Quel? Amor da minha vida? Brisa de verão? Folha de outono? Floquinho de neve do inverno? Bela flor da primavera? Raquel!

— Ai, meu Deus. Que susto, praga! — Falou acertando-me um tapa e comecei a rir.  

— Posso saber porque tanto barulho? — Nicki disse com a voz sonolenta e a olhei de lado. — Quase fiquei surda.  

— Foi a Raquel, essa louca. Viu, amiga, eu disse para você maneirar nas ervas ontem.  

— Não resisti. Elas eram tão lindas, tão verdinhas. — Comecei a rir alto e elas me acompanharam.  

— Calem a boca, eu quero dormir. — Nanda disse colocando as mãos na orelha e passei por cima da Nicki e da Raquel, me aproximando dela.  

— Amiga, cuidado. Tem uma lombriga na sua orelha! 

— Não é lombriga. É seu reflexo no meu brinco. — Abaixei os ombros e Nicki e Quel começaram a gargalhar alto.  

— Estou com fome, Bih. — Nicki disse me olhando, fazendo um biquinho em seguida.  

— Normalmente, sou eu quem diz isso. — Elas sorriram e fiz o mesmo. — Vamos, o Justin deve estar lá embaixo.  

Nos levantamos e, quando íamos sair do quarto, Nanda disse que queria ir no banheiro. Ficamos a esperando e acabou que todas fomos fazer as necessidades. 

Saímos do meu quarto ainda de pijama e atravessamos o corredor em passos calmos. Não tinha motivo para corrermos. Descemos as escadas e entramos na cozinha. Justin estava sentado na mesa e fui até ele, o dando um beijo na bochecha.  

— Bom dia. — Disse primeiro.  

— Bom dia, pequena. — Ele respondeu-me, passando o braço em volta da minha cintura. — Bom dia, meninas.  

— Bom dia, tio Justin. — Elas responderam em uníssono, fazendo-o sorrir.  

— Dormiram bem?  

— Sim. — Respondemos todas juntas, nos sentando em volta da mesa.  

— Só foi ruim ter que acordar com a feiura da Bianca. — Olhei raivosa para a Raquel e todos ali começaram a rir.  

— É lógico, peguei de você.  

— Nossa, eu não deixava!

— Chamou para a treta, amiga.

— Acaba com ela, Bianca.

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— Compra para mim? — Disse sorrindo grande, enquanto segurava quase dez barras de chocolate.  

— Todas não, Bianca. Pode escolher duas. — Daddy disse soltando um sorriso, enquanto direcionava seu olhar para outra prateleira.  

Abaixei a cabeça e os ombros, caminhando lentamente até a parte dos doces. Parei em frente as diversas barras de chocolate que haviam ali e observei os que estavam presentes em minhas mãos. Porque será que dói tanto devolver isso? Isso é muita tortura! Meu corpinho não aguenta essas coisas!  

Depois de tanto sofrimento, acabei escolhendo uma barra de Alpino e outra de Diamante Negro. Voltei calmamente para o corredor onde Justin estava, mas adivinha? Ele não estava lá. Olhei para todas as direções possíveis, mas não o encontrei.  

— Droga.