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História Glitch - Eu apenas estava o consolando, Ebba.


Escrita por: flarke e greatelly

Notas do Autor


olá mores, como vocês estão? an, eu tô mt ansiosa pra saber a reação de vocês com esse capítulo porque Ebba irá nos dizer em primeira mão como está se sentindo skhdksjd esperamos mt que gostem, boa leitura sz

Capítulo 5 - Eu apenas estava o consolando, Ebba.


Fanfic / Fanfiction Glitch - Eu apenas estava o consolando, Ebba.

Ebba Zingmark narrando.

Estirada. Literalmente jogada no meio fio de uma rua deserta olho para todos os lados com um medo incoerente. Os pêlos de meus braços se arrepiam pela corrente de ar gelada que bate contra meu corpo e meus dentes batem uns contra os outros, consequentemente. Observo meu corpo sujo por uma terra escura e após alguns segundos raciocinando o que possivelmente aconteceu comigo olho ao redor, notando que estou em um lugar especifico, o cemitério. Porém, não consigo nem sequer imaginar o que vim fazer aqui durante a noite e ainda mais o porquê meu corpo está sujo pela terra do cemitério. Será que matei alguém? Rio de meu pensamento imaginando o porquê eu mataria alguém, e, além disso, quem esconderia o corpo de uma pessoa assassinada em um cemitério? Que ironia.

Levanto-me do chão um pouco sem forças, no entanto forço minhas pernas a se sustentarem firmes para que meus pés ocupem o chão da forma correta. Abraço meu corpo impedindo parcialmente o frio de tocar meu corpo e sigo ao único caminho que sei no momento. Minha casa. Lentamente caminho em direção a minha residência, enquanto alguns poucos carros passam por mim em alta velocidade, até porque estamos em uma avenida, provavelmente, e motoristas aqui nunca se habituaram a dirigir abaixo da velocidade permitida.

Entretida com meus pensamentos, mal percebo que já estou no hall de minha casa. Sorrio alegre e corro até a porta tentando abri-la, mas a mesma se encontra fechada, então me lembro da chave reserva que Louis sempre deixava embaixo do tapete que diz: Bem-vindo. Ajoelho-me e pego a chave que continua no mesmo lugar, destranco a porta e respiro fundo quando giro a maçaneta e vejo minha sala, um pouco mudada, contudo não me lembro de tê-la modificado. As luzes estão acesas e ouço o barulho de secador. Mas desde quando Louis seca cabelo com secador? Ok, às vezes ele me pedia para fazer isso a ele, mas isso não faz sentido. Coloco a chave na mesa de centro.

― Louis? ― grito na esperança de que ele venha até aqui explicar-me o que está acontecendo. Tento mover minhas pernas, mas elas não saem do lugar, sem contar a falta de ar azucrinante que estou sentindo.

O possível secador é desligado e ouço passos suaves vindo na direção do nosso quarto. Sorrio já esperando por Louis aparecendo em meu campo de visão, no entanto quem aparece é Sarah e quando ela me vê só não cai para trás porque estava perto da parede. Seus olhos arregalados mostram-me que é uma surpresa eu estar aqui, mas sou eu que tenho que estar surpresa com sua presença. Não me lembro de tê-la convidado para jantar aqui. E onde está Louis? Por que eu estava em um cemitério enquanto os dois estavam aqui sozinhos?

― Sarah, que surpresa te ver aqui. ― rio tentando descontrair e entender qual é o motivo do susto que quase a levou para o chão ― E Jesus, quanto tempo estivesse fora? Você parece um pouco... Grávida? ― noto sua barriga que antes era impercebível, pois minha mente estava trabalhando lentamente e tentando processar os fatos.

― Ebba, o que está fazendo aqui? ― indaga-me e dou risada não entendendo sua interrogação.

Aproximo-me dela deixando a chave em cima da mesa de centro e Sarah da passos para trás, com medo da minha aproximação.

― Essa é minha casa, pelo o que eu sei. Por que está tão assustada? O que está acontecendo? ― pergunto impaciente querendo respostas, no entanto ela se afasta mais quase tropeçando nos móveis, ainda com os olhos arregalados.

― É melhor você se sentar, eu acho... An, irei buscar um cobertor, pois está frio. ― ela da passos para trás ainda espantada e vira-se correndo para o quarto.

Sento-me no sofá e olho ao redor vendo as minhas fotos com Louis em nossa estante. Sorrio ansiando a presença dele, entretanto percebo que o mesmo não está em casa, deve estar no trabalho, ele sempre se deu por inteiro ao trabalho, não duvido que ele tenha mudado nessa minha pequena viagem, se posso chamar o que vivi de viagem. Sarah volta com um cobertor em suas mãos e passa pela cozinha trazendo uma xícara de café, um pouco receosa pego o cobertos e me enrolo agradecendo-a, seguro a xícara em minha mão e dou um gole. Ela se posiciona em minha frente e respira fundo.

― Ebba, como você veio parar aqui? Como você está aqui na minha frente? Eu estou alucinando? Sonhando? Ficando louca? ― pergunta rapidamente sem dar espaço para cada palavra dita. Franzo meu cenho sem saber ao certo o que responder, porém decido dizer o que sei até agora.

― Juro que não estou entendendo o que está acontecendo, Sarah. Acordei dessa forma no meio fio perto do cemitério e apenas andei até aqui, sem saber o que estava acontecendo. Pode me dizer o que houve? O porquê eu estava jogada em uma calçada e por que você está aqui? ― pergunto aflita e ela suspira fechando os olhos brevemente e voltando a olhar para mim após segundos.

― Você morreu há três anos, Ebba. ― ela responde abatida e em resposta arqueio as sobrancelhas.

O som da porta se abrindo atrás de mim causa-me uma sensação estranha. Raciocinar está sendo difícil, saber que morri há três anos faz com que meus pensamentos fiquem conturbados. Meu coração dispara freneticamente a falta de ar se faz mais presente a cada minuto. Vazia, é como eu me sinto.

― Louis... ― ouço Sarah sussurrar o nome de meu marido e a olho vendo-a olhar para algo atrás de mim.

Respiro fundo antes de tudo e viro-me apreensiva. E ali está ele, sorrio como se eu não o visse há anos. Deixo a xícara com a “cafeína” sobre a mesa de centro e levanto-me contente em vê-lo, ando vagarosamente até ele e consigo notar uma lágrima escorrer em seu lindo rosto. Aproximo-me mais e acaricio sua barba por fazer, encantada com o rosto belo da pessoa com quem me casei.

― Querido... ― sussurro sentindo meus olhos se encharcarem de lágrimas e Louis deixa as flores que carregava na mão cair ao chão, e inicia um choro compulsivo, deixando-me assustada, mas não o satisfatório para não abraçá-lo.

Sinto-me miúda em seus braços outra vez. Suas mãos acariciam minhas costas cobertas pelo cobertor e deito minha cabeça em seu ombro, passando minhas mãos em seu cabelo. Louis me afasta repentinamente e me analisa de cima baixo, seus dedos gelados tocam minha face  acariciando-a e seus olhos percorrem toda a extensão do meu corpo.

― Sou eu, meu amor. ― sorrio passando minhas mãos pelo seu rosto, mas ele se afasta passando por mim e indo até perto de Sarah. Viro-me para eles e fico sem entender o que se passa.

― Como isso aconteceu? ― Louis indaga Sarah que está tão apavorada quanto ele. Conheço Tomlinson de longe, quando ele está aflito com algo, suas mãos passeiam pelo seu cabelo, como ele está fazendo agora, bagunçando tudo que antes era um penteado.

― Eu não sei, Louis. Ela apareceu aqui chamando por você, disse que estava caída na calçada do cemitério. ― minha amiga diz a ele o que eu disse a ela, todavia a expressão dos dois não muda.

― Eu morri? Isso é verdade? Porque não há justificativas para eu estar aqui outra vez. O que houve? O que está acontecendo? Por que vocês não me respondem? ― digo já irritada alterando minha voz.

― Nós não sabemos, tudo isso é tão complicado para você quanto para nós. Já faz três anos, Ebba. Três anos que você estava morta e do nada você aparece aqui, ninguém sabe o que houve. ― ela me censura deixando-me pasma. Louis anda de um lado para o outro inconformado.

― Então já que eu estou aqui outra vez, por que vocês não estão felizes em me ver? ― indago.

― Por que ninguém esperava isso, obviamente. ― Sarah retruca alterando a voz. Ok, mas por que ela esta irritada comigo? Lógico que eu adoraria estar com meu marido novamente, mas eu não escolhi isso, na verdade não sei 1% do que está acontecendo.

― Se acalme, querida. ― Louis diz a Sarah e minha pulsação acelera. Vendo que o apelido carinhoso que Louis dava a mim agora foi pronunciado para Sarah, ele olha-me apreensivo.

Então começo a ligar os fatos. Já se passou três anos. A nossa aliança não está em seu dedo. O quadro enorme do dia do nosso casamento não esta mais na parede. Sarah está em minha casa sem qualquer motivo aparente e o que mais me espanta é a aliança de compromisso na mão dos dois, a mesma merda de aliança.

― Ebba... ― Louis se aproxima estendendo suas mãos para me tocar, apesar disso eu me afasto dele com uma repulsa notória.

― Eu não consigo acreditar que vocês estão juntos. E eu estava morta há três anos. Três anos e você já me trocou por outra Louis? ― grito furiosa, jogando o vaso ao lado do sofá no chão, com toda a raiva existente em mim.

― Eu apenas estava o consolando, Ebba. E acontecemos, nós passávamos muito tempo juntos, foi inevitável. ― Sarah procura por desculpas.

― Consolando? Transando com o meu marido? ― pergunto indignada. Meu peito se aperta. Louis está me encarando com seus olhos marejados, como se não soubesse o que fazer. ― O filho que está em seu ventre é do meu marido! Você me traiu! Vocês me traíram! ― continuo a gritar. Encaro Louis, e percebo que meus olhos também estão marejados, e logo minhas bochechas também.

Pensar nisso só piora minha situação. Sinto como se estivessem juntos há tempos. Como se eu nunca tivesse importado. Como se todos nossos anos juntos, não valeram em nada. Encaro meus pés, e desato a chorar. Sinto que deveria sair daqui, mas ao mesmo tempo, sinto que essa ainda é a minha casa.

― Ebba... ― ouço a voz de Louis, e dou dois passos para trás, me afastando de meu marido. Ou ex. Encaro-o e ele está não acredita que me afastei dele. ― Se quiser, eu posso te levar para um hotel... ― esse é o estopim.

— Hotel? Você só pode estar brincando comigo, Louis! — ando de um lado para o outro, desnorteada com as palavras proferidas pelo meu marido. — Eu quem deveria expulsar vocês daqui! — aponto para os dois traidores a minha frente.

— Ebba, para de drama! — diz Sarah, e tenho vontade de arrastar sua cara no chão. Minha melhor amiga agora parece minha pior inimiga.

×××

Louis para o carro a frente do hotel mais próximo a nossa casa. Puxa o freio de mão, e me encara.

— Eu sinto muito pelo o que está acontecendo, Ebba. — profere. Sinto vontade de rir, e batê-lo por seu sarcasmo, mas apenas ignoro e saio do carro.

Louis vem atrás de mim, e entramos no hotel, enquanto ele fala com a mulher na recepção, sento-me em uma das cadeiras perto de um vaso de plantas falsos. Suspiro e começo a pensar no ocorrido de minutos atrás.

Depois de muita insistência de Louis, aceito ir ao hotel. Sei que não conseguirei dormir na mesma cama onde esta mulher dormiu. Subo para meu quarto que dividia com Louis para pegar roupas limpas que eu possa usar, e ao abrir meu armário, deparo-me com roupas femininas que não são minhas. Meu coração despedaça ao ver que até disso ele se livrou. Viro-me para sair do quarto, e vejo as duas pessoas que mais me ajudaram na vida, cochichando. Louis analisa-me e suspira. Sei que minha presença ainda mexe com o mesmo.

— Suas roupas… Estão no quarto de hóspedes. Não tive coragem de doá-las. — engole a seco, e olha para a mulher ao seu lado. — Irei buscá-las. — dito isso, Louis sai do quarto.

Encaro Sarah de cima a baixo, e suspiro. Ela está linda grávida. Está como nós tínhamos imaginado quando éramos mais jovens. Eu só não imaginava que seu filho seria de meu marido. Sarah encara-me de volta, e seu semblante de preocupado, vai para desafiador.

— Por que voltou? — ela pergunta. Confusa, nego com a cabeça, dando a entender que não entendi sua pergunta. — Esquece. Eu só quero te dizer que, agora que voltou, não o terá de volta como espera.

— Por que está sendo assim?

— Eu dei tudo para ele. Eu fiz de tudo para ele te esquecer. Ele estava quase conseguindo, mas você resolveu sair do túmulo. — profere com repugnância. — Eu dei tudo o que você não pôde dar, como um filho. — apoia as mãos em sua barriga. — Espero que entenda que agora estamos juntos, e ele me ama.

Suas palavras acertam-me como um soco. Foram tão fortes, que desisti de argumentar. Logo em seguida Louis trouxe-me ao hotel. Seria insuportável ficar com aquela mulher por perto. Sinto que não os conheço mais. Sinto que não sei mais quem são, nem como são suas personalidades. Agora, estou aqui. Saí de minha própria casa para um hotel. Saí porque meu marido arrumou outra e a pôs para dormir em nossa cama. Por um lado, eu entendo Louis. Sua vida seguiria. Ele não ficaria preso a mim para sempre. Mas por outro… Ele engravidou minha melhor amiga. Sinto que isso não tem perdão.

— Vamos? — a voz de Louis me acorda. Encaro-o e ele já está com a chave em mãos. Seu olhar é de pena. Confirmo com a cabeça, e o sigo para dentro do cúbico onde o moreno clica o número cinco.

O silêncio é azucrinante. A música no elevador é azucrinante. A respiração pesada de Louis é azucrinante. Tudo é. Tudo me irrita no momento.

Quando as portas se abrem, dou graças a Deus por isso, e saio atrás de Louis. Louis caminha até uma das portas daquele corredor extenso, e para na última. Ao adentrar, no quarto, Louis liga a luz, enquanto eu sigo direto para a cama, jogando-me na king size de lençóis brancos.

— Bom… Aqui tem tudo o que precisa por esta noite. — suspira pesadamente. — Na mochila tem roupas suas limpas, e pode pedir o que quiser para comer… Deve estar com fome. Tome um banho, e descanse... Virei pela manhã ver como está. — ele diz.

Sinto que devo pará-lo. Sinto que devo dizer alguma coisa. Mas eu não digo. Talvez até seja um pouco de orgulho, mas talvez seja melhor assim.

— Mas uma vez… Eu sinto muito por isso, Ebba. — Louis deixa a chave na mesa que fica ao lado da porta, e se vira para sair.

— Louis! — o chamo. Sem nem mesmo ter noção do que falaria. — Obrigado. — digo a primeira coisa que vem à minha mente.

— Não fiz mais que minha obrigação. — ele sorri minimamente, e sai do quarto. Deixando-me sozinha naquele quarto de hotel, com meus confusos pensamentos.

Então me lembro que no dia do nosso casamento, eu disse para Louis, que não era mais que sua obrigação cuidar de mim, independente do que fosse. Isso é o suficiente para me desabar em lágrimas, sabendo que aquele choro se estenderia pela noite.


Notas Finais


hihihih
sei de nada, esperamos q tenham gostado, beijocas sz


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