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História Glue - Eu Saio


Escrita por: Vyvs

Notas do Autor


Demorei? Sim, eu sei. Mas é que essa semana eu fiz algumas provas e corri atrás de umas coisas para trabalhos escolares. Sério, me desculpem por isso.
Mudando de assunto.
Quando a gente pede, a gente vem cá e faz textão. Mas é necessário também agradecer, por isso estou aqui. Fiquei muito contente com os comentários do capítulo anterior, de verdade mesmo. Vocês arrasaram! Não poderia pedir leitores mais lindos que esses! O apoio de vocês é essencial. Por isso eu sou muito grata ❤ muito obrigada seus lindos ❤
P.S: espero que continuem assim.

Capítulo 18 - Eu Saio


 

Eu sabia que aquela seria uma péssima noite de sono assim que entrei no quarto onde estava hospedada. As batidas aceleradas do meu coração estavam absurdamente altas e foi um fato realmente impressionante eu conseguir chegar no quarto sem cair no meio do caminho por causa das minhas pernas molengas. 

Com as mãos trêmulas eu consegui arrancar minha camiseta encharcada e meu short na mesma situação para pior. Depois de escolher as roupas íntimas e o pijama de flanela eu corri para o banheiro do corredor, torcendo para não acordar ninguém e muito menos ser vista por alguém. 

Tomei um banho quente e rápido. Esfreguei meu corpo com pressa e lavei os cabelos, pouco me importando se eu iria dormir logo em seguida. Meu cérebro estava muito ocupado maquinando à todo vapor sobre o beijo que Matthew acabara de me proporcionar. 

Foi do tipo intenso, de arrancar o fôlego de qualquer um. Aquele ósculo recheado por desejo e tensão reprimidos serviu apenas para me deixar sedenta por mais. Era uma espécie de droga extremamente viciante; provocava alucinações e toda quantidade não era o suficiente para suprir o desejo do viciado. 

Porém, como nem tudo são rosas, aquilo não deveria acontecer novamente. Mesmo sendo meu amigo eu precisava admitir que o modelo possuía uma fama nada boa pelo mundo, que descrevia-o como alguém volúvel, fútil e caçador de sexo ocasional. Em seus vinte e quatro anos de vida ele nunca foi visto duas vezes com a mesma mulher. 

Eu não queria me envolver com ele para logo em seguida sair uma manchete com os nossos nomes contando detalhadamente nosso caso. Eu seria descrita como uma pobre coitada que foi fisgada por aquele diabo para apenas ser usada e descartada logo em seguida. 

Percebi que estava demorando demais no banho e por isso desliguei o chuveiro do grande cubo branco, mas conhecido como o luxuoso banheiro da casa dos pais da Somin. Vesti meu pijama cor-de-rosa com pequenos cupcakes azuis estampados.

Limpei o espelho embaçado com a palma da mão e encarei meu reflexo. Parecia que eu havia visto um fantasma. Um fantasma bem safado, aliás, visto a marca na base do meu pescoço que começava a arroxear-se. Eu teria que usar gola polo no dia seguinte. 

Sequei os meus cabelos com uma toalha o máximo que pude. Logo em seguida desembaracei com o auxílio de uma escova e amarrei-os num coque alto. Suspirei e saí do banheiro, louca para deitar.

Eu iria tentar dormir, mesmo sabendo que, se conseguisse, meus sonhos seriam infestados pelos lábios de um certo modelo. 

 

Acordei com o mesmo frio na barriga da madrugada anterior. Aquela ansiedade crescente atrapalhou o meu sono durante toda a noite e, por isso, eu estava mais cansada que antes. Levantei-me na cama já podendo escutar sons que vinham da cozinha. 

Encarei meu rosto pelo reflexo da tela do celular e notei que eu estava péssima. As olheiras estavam muito feias. 

Peguei minha nécessaire e roupas — um short branco de cós alto e uma camisa rosa com gola polo — e corri para o banheiro antes que alguém me visse. Como eu havia sido prevenida peguei um corretivo ideal para manchas roxas pelo corpo. Retirei a camiseta de pijama e cobri aquele hematoma roxo depositado ali por Matthew Kim. 

Depois de anular a cor da marquinha eu passei um pouco da minha base por cima. Preciso dizer que foi um ótimo trabalho, pois estava quase imperceptível. Dei um jeito no meu rosto com maquiagem também, para parecer no mínimo apresentável. Troquei de roupa, passei desodorante e escovei os dentes logo em seguida considerando-me pronta para enfrentar o leão daquele dia. 

Guardei a maleta de coisas no meu quarto e apareci na cozinha, onde os três já estavam andando de um lado para o outro. Achei que ia cair depois de ver Matthew Kim tão lindo como sempre recostado na ilha da cozinha. Minha atração por ele aumentou de forma formidável. 

Ele estava sem camisa e usava apenas uma bermuda preta. O disfarçado sorriso malicioso que ele abriu me aqueceu. Agora qualquer sorriso daquele desgraçado me faria ficar assim?! Ah, me poupe. Daquele jeito meu coração não duraria dois meses.

Abri um sorriso sem graça para ele e, graças ao nervosismo, segurei meu pingente de sapatilhas. Matthew encarou meu gesto com muita estranheza, mas voltou a conversar com Somin. 

Sentei-me ao lado de Tae. Ele mandava mensagens pelo celular, mas assim que me viu fez questão de guardar o aparelho no bolso da bermuda jeans e sorrir para mim. Sorri de volta tentando aliviar meu nervosismo. 

— Graças a Deus você chegou Jiwoo! — festejou Taehyung. Seu braço enlaçou meus ombros e puxou-me para si de maneira brincalhona. — BM e Somin parecem um casal. Só ficam de risinhos e conversinhas baixas. Um saco! — arqueei as sobrancelhas. Não iria demonstrar ciúmes. 

— Estou aqui para segurar vela com você oppa — entrei na brincadeira, carregando minha voz com descontração. 

— Outra hora — Matthew interrompeu. Ele cruzou os braços sobre o peito, fazendo seus músculos saltarem. Com certeza estava me provocando e, se era realmente isso, ele estava conseguindo com maestria. — Agora nós vamos almoçar em um restaurante. Vamos? 

 

Era um restaurante com um ar bastante clean. Todo decorado por tons claros, inclusive a fachada de tijolos. Arbustos plantados em vasos claros ladeavam a entrada do lugar. Matthew abriu a porta de vidro para que nós três passássemos. 

Sentamo-nos à uma mesa redonda e pegamos  os cardápios. Começamos a debater civilizadamente sobre quais pratos deveríamos pedir. Matthew defendia a ideia de comer asas fritas de frango e eu não conseguia ao menos virar-me para encará-lo ou conversar com ele. 

Torci para que ninguém percebesse meu desconforto. Eu não sabia se havia sido uma boa ideia ir com aquele vestido com decote canoa. Consegui realizar um bom trabalho com a maquiagem para esconder o hematoma de Matthew, mas mesmo assim eu continuava nervosa, temendo alguém perceber e criar ideias erradas sobre nós dois. 

Eu precisava conversar com Somin. Urgentemente. Mas não poderia deixar BM ou Tae saberem disso, se bem que o último ficaria sabendo graças ao amigo linguarudo. Só sabia que era difícil ficar ao lado de Matthew e fingir que nada aconteceu. 

— Preciso ir ao banheiro — levantei-me da cadeira. — Com licença — caminhei até os banheiros que ficavam nos fundos do estabelecimento. Não aguentaria almoçar sem checar a situação do meu pescoço. 

Entrei no banheiro extremamente branco e tranquei-me em uma das cabines. Tirei a água do joelho e fui lavar as mãos em um dos lavatórios. Encarei meu rosto no gigante espelho. Tirei alguns fios de cabelo do pescoço e encarei a situação. 

Não estava de tudo ruim, mas com o calor que estava fazendo rapidamente começaria a derreter. Peguei algumas toalhas de papel e depois de formar uma espécie de almofada com elas eu a embebi com removedor de maquiagem. Retirei o excesso de produto do meu pescoço, observando o roxo ganhar intensidade. Eu deveria matar BM.

Tomei cuidado para não manchar o vestido com o corretivo. Eu estava nervosa e isso atrapalhava meu desempenho com os produtos. Se eu passasse muito pouco ficaria transparente, se exagerasse ficaria chamativo. Era demorado esconder aquilo e, criando hipóteses malucas na minha cabeça, eu fiquei pensando o que meus amigos estariam dizendo da minha demora.

Será que eles desconfiariam de algo? Meu Deus! Que desculpa teria que usar para responder aos questionamentos? Maldito Matthew Kim! Se o beijo dele não fosse tão inebriante com certeza eu não permitiria que fizesse aquele estrago no  meu pescoço. 

— Você está demorando muito Jeon Jiwoo. Estou com saudades — uma voz me assustou. Tão concentrada eu estava que nem percebi a presença de Matthew Kim na porta do banheiro. Quase escorreguei de susto. Aquele diabo estava muito lindo. 

— Pare de ser debochado — eu pedi voltando para a minha tarefa anterior. BM entrou no banheiro e trancou a porta atrás de si, me encarando como se eu fosse sua caça e ele o caçador. Larguei a base dentro da minha bolsa na pia e virei para encarar o rapaz. 

— Por que você está escondendo a marquinha que eu deixei aí? — perguntou de forma manhosa. Sua proximidade estava me deixando muito nervosa.

— Para não dar explicações — resmunguei. — Pensei que havia dito para você parar com o deboche. 

— Vou ter que te beijar outra vez para acabar com seu mau-humor? — sua voz parou de ser manhosa e adotou seu tom sensual arrepiante. Fiquei muda com a ameaça. Matthew tinha um olhar maníaco, mas não fez nada precipitado. Seus passos suaves diminuíam nossa distância e me deixava mais nervosa ainda. 

— V-você está no banheiro feminino! S-saia d-daqui antes que sejamos e-expulsos do restaurante — avisei ridiculamente trêmula. 

— Relaxa — respondeu. Suas mãos tocaram a minha cintura com delicadeza. Aproximou muito nossos corpos e eu fui obrigada a encará-lo com a cabeça erguida. — Você ficou linda nesse vestido. Seu corpo está irresistível — sussurrou o elogio. 

Naquela tarde eu usava um vestido acima dos joelhos, branco com listras azuis e decote canoa que deixava meus ombros à mostra. Não era nada demais, apenas deixava minha cintura fina. Meu corpo não era tão belo quanto o de Somin, por exemplo. 

— Pare de dizer essas coisas só para me seduzir — pedi não empregando nenhuma firmeza na voz. Matthew sorriu e encostou nossos narizes. 

— Você diz como se fosse minha intenção, mas nem percebe que seduzido estou eu — confessou um pouco envergonhado, mas sem perder a postura sexy. — Eu nunca beijo a mesma mulher duas vezes, Jiwoo. Você é a única que eu quero beijar todos os dias, baby — e sem dizer uma única palavra a mais, seu beijo me calou. Eu estava arrepiada tanto pelas palavras quanto pelo ato.

Minhas mãos percorreram seu peito forte até chegar aos seus ombros. Eu não podia apertar muito porque sua pele estava muito irritada ainda pelo sol. Tive que me contentar em acariciar suavemente seus músculos sobre o tecido alvo de algodão da camisa de botões.

Seu coração batia rápido contra o meu, tão rápido quanto. Nossos lábios dançavam em conjunto, de maneira sensual e deliciosa. As línguas quentes se tocaram poucos segundos depois. As mãos em minha cintura desceram para meus quadris e seguraram lá com firmeza. 

Minhas mãos embrenharam-se nos cabelos dele e os seguraram como se fossem um porto seguro para mim. O que me impedia de cair. O beijo ficou cada vez mais quente. As mãos de Matthew foram descendo até que tocaram em lugar proibido. 

— Desencosta da minha bunda — ordenei com frieza. Estava bom demais para ser verdade. BM tinha que pisar na bola hora ou outra. 

— Jiwoo... — ronronou de forma manhosa tentando me beijar outra vez. Empurrei seu peito para que ele se afastasse de mim. Estava me sentindo ultrajada com aquela falta tremenda de respeito. Eu não havia lhe dado tamanha intimidade para tocar minhas nádegas daquela forma invasiva. 

— Cale a boca — ordenei. — Eu não sou uma vadia. Não sou como as garotas que você está acostumado — desabafei. — Sai daqui! Agora! Sai!

— Ei, calma! 

— Se você não sai eu saio — destranquei a porta do banheiro e saí dali, deixando-o sozinho ali dentro. 


Notas Finais


Gente mas esse BM parece uma cadela no cio! Mas a Baby não é assim tão fácil. Depois de enrolar muito para ter o primeiro beijo, agora eles não vão mais parar huehuehue espero que gostem ❤


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