História Good Boy - Segunda Temporada - Mudança de clima

Acordei no outro dia, me sentindo muito bem. Taehyung estava dormindo do meu lado e eu fiquei ali, encarando seu jeito sereno, seu rosto delicado e perfeito.

Após um tempo naquela posição, decidi sair e pegar um café da manhã para nós dois. Quando sentei na cama, o loiro se mexeu e segurou meu braço.

— Onde você vai? – Ele resmungou.

— Bom dia, meu anjo. – Sussurrei e abaixei perto dele para lhe dar um beijo na bochecha. – Vou buscar nosso café.

— Ah, fica aqui mais um pouco? – Dessa vez ele abriu os olhos e fez um biquinho ao despreguiçar.

— Ah que lindo. – Sorri e deitei de novo, o puxando para meus braços. – Ainda está com sono, meu amor?

— Um pouquinho.

— Vamos levantar? Aí nós aproveitamos a cidade agora e voltamos para o quarto mais cedo, igual ontem. O que acha?

— Pode ser. – Tae sorriu e sentou na cama, coçando os olhos de maneira fofa. – Vamos tomar um banho e aí nós vamos tomar café.

— Tá bom. — Levantamos da cama e fomos tomar nosso banho.

Depois das nossas higienes matinais, descemos para o restaurante do hotel.

— Vou pedir um café caprichado para nós, precisamos repor as energias. – O loiro sorriu perversamente e segurou minha mão.

— Ontem foi incrível. – Retribuí o sorriso e me inclinei para perto do seu ouvido. – Precisamos repetir.

— Também acho. – Tae respondeu baixo e me deu um selinho. – Obrigado por ser tão carinhoso.

— Eu sempre vou ser. – Enfiei meus dedos no meio dos cabelos dele e comecei a fazer carinho. — Eu quero vitamina de morango. – Falei.

— Eu acho que vou pegar uma vitamina também. Vai querer comer o que?

— Qualquer coisa, eu confio em você.

— Tudo bem. – Ele chamou um garçom, que veio todo animado nos atender. Kim falou algumas coisas com o rapaz e por fim ele se afastou de nós. – Ponto.

— O que você pediu?

— Peguei bolo, biscoitos, salada de fruta e nossas vitaminas.

— Nossa, Tae, para que isso tudo?

— Relaxa amor, vem poucos biscoitos, um pedaço de bolo pequeno e uma taça de salada de frutas. É provável que ainda fiquemos com fome.

— Se for levar em consideração o tanto de energia que gastamos ontem, né? – Brinquei.

— Exato.

Pouco tempo depois, nossos lanches chegaram e nós comemos tudo, enquanto analisávamos o mapa.

Perto do hotel, tinha uma loja que alugava bicicletas. Caminhamos até lá e pegamos duas para que não fosse necessário andar, já que hoje visitaríamos lugares mais distantes.

Realmente, eu acho que o clima brasileiro fez muito bem para nós dois. Tae parecia muito mais feliz, ele estava mais carinhoso comigo e eu com ele – confesso – tudo ficou mais agradável e a cada momento que passava eu sentia que o amava cada vez mais.

Nosso segundo dia no sul do Brasil foi incrível. A cidade era maravilhosa, romântica, agradável e tudo o que eu queria, estava bem ali na minha frente, que era eu e o Tae juntos de novo.

**

— Esse país é incrível. – Comentei quando deitamos na cama para dormir.

— Ele é sim. Você precisa de ver como que o Jin ficou aqui. – O loiro sorriu com a lembrança. – Nós falamos uma vez que combinaríamos de voltar.

— Foi um momento bom para vocês, não foi?

— Foi sim. – Ele sorriu. — Amor? – Chamou animado. – E se nós chamássemos eles para vir passar um tempinho conosco? O resto da viagem, talvez?

— Ah, acho difícil, eles trabalham e você sabe...

— Não, Kookie. – Tae se ajoelhou na cama e ficou de frente para mim. – Eu sou chefe de todos eles, com exceção do Hobi e do Yoongi, que não trabalham. Posso falar que é uma viagem de negócios.

— Tem o Woozi também, amor.

— O Woozi tem os empregados dele no restaurante, eles dão conta.

— Será? – Comecei a achar a ideia bem legal. Nunca pensei em como seria estar em outro país com meus hyungs todos juntos.

— Vamos ligar e perguntar?

— Tudo bem, vamos. – Levantei da cama também e peguei o celular, para falar com os meninos.

**

[Saindo do Sul]

— Ai, eu estou tão empolgado. – Tae falava desesperado, enquanto arrumava as malas. – Eu gostei muito da cidade, é uma pena partirmos antes do esperado, mas temos que estar no hotel quando os outros chegarem.

Taehyung estava animado desse jeito, porque os hyungs concordaram em vir para o Brasil. Claro que de início foi difícil convencê-los, já que a era a nossa viagem, nosso momento de fazer as pazes, mas depois de muito insistirmos, enfim conseguimos.

— Será que eles vão gostar? – Perguntei.

— Eu espero que sim. – O loiro chegou perto de mim e sorriu. – Você também gostou da ideia, não gostou?

— Eu gostei. – Gargalhei. – Eu sei que essa viagem era para ser nossa, mas nós estamos bem, não estamos?

— Eu acho que sim. – Tae afagou meu rosto.

— Acha, Taehyung? – Falei chateado.

— Por mim está tudo bem. E por você?

— Por mim também está. – Segurei na mão alheia e o levei até a cama. – Amor, o Jimin virá, se eu fizer algo que te incomode, não hesite em me falar, tudo bem?

— Tudo bem. – Kim abaixou a cabeça e mordeu o lábio.

— O que foi?

— Sabe, Kookie, eu quero muito que a gente dê certo. – Dessa vez ele me encarou. – Eu quero muito que tudo fique bem entre nós.

— E vai ficar tudo bem, amor. Eu acho que nós tivemos um momento muito bom aqui no Brasil. – Comecei a falar. – Nós conseguimos ficar bem aqui sem ao menos discutirmos a relação...

— Sabia que eu fico lembrando da nossa briga as vezes?

— Por quê?

— Não sei. Simplesmente vem cenas da briga na minha cabeça e eu não consigo esquecer. Nós falamos coisas muito fortes nela.

— Eu sei, falamos mesmo. – Acariciei seu rosto. – Mas você não acha que foi bom? Nós estamos nos entendendo melhor, tivemos um momento incrível aqui... Tenta esquecer tudo isso, vamos aproveitar a nossa viagem?

— Pode até ter sido bom aquele desabafo todo, mas não sei bem... e se algum dia isso servir para nos fazer brigar de novo?

— Isso só vai acontecer se deixarmos. – Tentei confortá-lo. – Amor, tudo depende de nós dois, apenas. Podemos evitar brigas, podemos conversar quando algo ficar ruim ou chato. Vamos curtir, deixar tudo acontecer? Eu não vou te deixar de novo e se você tentar terminar tudo comigo, eu vou ficar no seu pé até você voltar comigo.

— Ah então tá bom. – Dessa vez ele sorriu de novo. – Eu tenho muito medo de você desistir de mim.

— Para. – Falei sério e o beijei. – Não começa com esses pensamentos bobos. – Falei sobre seus lábios e pedi passagem para aprofundar o beijo, mas ele negou. – O que foi, Tae?

— Vamos nos atrasar. – Ele sorriu e deitou na cama.

— Você negou o meu beijo por causa disso? – Fingi estar indignado. – Agora é que eu vou beijar mesmo. – Subi em cima dele e me aproximei o bastante para deixar apenas a ponta dos nossos lábios, coladas.

— Eu te amo, Jungkook. – Ele falou sério e fitou meus olhos, passando as mãos para minha nuca e levantando um pouco a cabeça para que pudéssemos nos beijar.

Trocamos carícias por uns dez minutos, até o táxi chegar.

— Vamos embora. – Taehyung disse sorridente e segurou minha mão. – Vamos, porque agora é praia.

**

[Chegando na praia]

— Amor, onde fica o hotel que você alugou? – Perguntei, me lembrando que dessa vez, ele não tinha me falado nada sobre o hotel.

— É surpresa. – Taehyung sorriu quadrado.

— Tae, eu não conheço nada aqui. Não tem o porquê de você não me contar.

— Existe uma coisinha chamada google, que você pode muito bem pesquisar.

— Então tá. Se não quiser, não conta. – Cruzei os braços e fingi estar chateado.

— Ah, Kookie, você vai ficar com raiva?

— Não.

— Ah tudo bem. Eu não aluguei um hotel.

— Não? – Perguntei assustado. – E para onde estamos indo?

— Surpresa. – Ele falou mais alto e gargalhou.

— Ah Taehyung, vá se foder. – Também comecei a rir.

Pouco tempo depois, Tae virou o carro e parou em frente a uma portaria grande. Vendo apenas pela entrada, dava para notar que lugar era bem luxuoso.

— Kim Taehyung. – O loiro disse para um senhor que se encontrava parado em pé do lado do carro.

O mais velho assentiu, falou alguma coisa para o Kim e assim, ele liberou a porta, deixando a passagem livre para entrarmos.

O carro foi entrando pelo lugar, num caminho de terra, até chegarmos a uma área enorme, com deques de madeira e quatro chalés incrivelmente luxuosos. Por trás destes chalés, podia-se ver o mar, com as águas claras e calmas.

— Taehyung, que lugar é esse?

— É o resort de um dos amigos dos meus pais. Aluguei essa área só para nós. – Ele sorriu e apontou para os chalés. – Tem um para cada casal, assim, estaremos juntos, mas teremos nossa privacidade. Podemos passar a maior parte do tempo aqui, mas tem um caminho que nos leva até o lugar onde tem festas, jantares, restaurantes e etc...

— Tae, você é louco? Alugou isso só para nós?

— Não sou louco. Eu quero ficar só com meus amigos. – Ele abriu o porta-malas do carro e tirou nossas malas. – Vamos entrar.

Segui o loiro até a entrada do terceiro chalé. Subimos a escadinha e entramos no local.

Lindo, maravilhoso, agradável, confortável, calmo, fresco... Estas eram algumas das qualidades do lugar.

Ao passar pela porta de entrada, me deparei com um quarto imenso, que tinha uma porta de vidro que dava para a varanda e a varanda dava para o mar.

O quarto, não era exatamente só um quarto, ele tinha a cama mais afastada num cantinho, mas tinha também sofás, área de fazer algo para comer – coisa simples, já que não podia cozinhar dentro do quarto — frigobar e uma área de lazer, que ficava através de uma porta perto do banheiro.

— Amor, como assim temos o mar ali na frente e temos piscina aqui dentro?

— Água salgada... – Ele apontou para o lado de fora. – Água doce. – Dessa vez, ele apontou para a piscina. – Curtir com os amigos... – Apontou de novo para o mar. – Curtir o namorado. – Voltou a apontar para a piscina.

— Então você pretende curtir comigo aqui? – Perguntei perverso.

— Jungkook... — Tae começou a falar e veio para perto de mim, segurando minha cintura. – Eu pretendo transar com você em cada canto desse lugar.

— Nossa, Tae. – Sorri envergonhado.

— Nossa, nada. – Kim sussurrou e mordeu o lóbulo da minha orelha.— Você já me falou que gosta de quando eu fico safado.

— Gosto mesmo. – Confessei.

— Eu sei que gosta. – Ele me deu um selinho e mordeu meu lábio inferior. – Você acha que eu aluguei isso aqui à toa?

— O que você pretende fazer? – Decidi entrar no joguinho dele e provoca-lo também.

— Já te falei. Vou transar com você em todos os cantos.

— Não, eu quero saber a respeito de você ter alugado esse lugar. Por que esse lugar?

— Porque aqui é lindo e eu sabia que tinha essa opção de alugar um espaço só nosso. E hoje, nós ficaremos sozinhos aqui, então, nós podemos ficar juntos nesse mar imenso... – Tae diminuiu o tom de voz e enfiou a língua dentro do meu ouvido. – Podemos curtir a banheira de hidromassagem, podemos fazer sexo na areia... – Dessa vez, ele sorriu.

— Taehyung, eu realmente gosto desse seu jeito safado, mas o que deu em você?

— Você quer mesmo saber?

— Quero, claro.

— Jungkook, lembra no dia da formatura, quando eu te deixei prestes a gozar, dentro do banheiro?

— Como esquecer, não é?

— Pois é, desde aquele dia, que eu sinto uma vontade enorme de fazer umas coisas diferentes com você. – O loiro sorriu e se jogou na cama. – Nós fizemos amor em Roma, fizemos no Sul, mas ainda não foi o que eu estou pensando.

— E por que você ainda não fez o que está pensando? – Perguntei e ajoelhei na cama, ao lado dele.

— Nós estávamos em crise, amor. – Tae acariciou meu rosto e sorriu. – Eu queria ir devagar, queria fazer amor, amor mesmo. Te pedir uma coisa dessas, seria loucura.

— Não seria, não.

— Kookie, pensa bem, nós brigávamos o tempo todo. Qualquer coisa era motivo para briga. Nós terminamos e aí, viemos para o Brasil, afim de tentar mais uma vez, coisa que graças a Zeus deu certo. Agora eu tenho coragem de te pedir isso, mas antes, sem chance.

— Vamos combinar uma coisa?

— Que coisa?

— Toda vez que um tiver vontade de fazer algo, nós vamos conversar e tentar fazer essa coisa. Independente se estivermos chateados com o outro.

— Você acha que isso vai dar certo?

— Eu acho, amor. Talvez, se nós já tivéssemos tentado isso, teríamos feito as pazes antes.

— Então, por mim, tudo bem.

— Okay, agora eu fiquei curioso, que tipo de coisa você ficou com vontade de fazer?

— Sexo de maneira diferente.

— E isso seria como?

— Ah Jungkook, usar umas coisas diferentes, fazer em lugares diferentes... desde que eu falei em praia, eu estou imaginando nós dois transando no mar. Chegando aqui agora e vendo esse lugar desse jeito, eu já imaginei várias vezes eu te chupando lá na piscina.

— Me chupando na piscina? – Perguntei confuso.

— É, Kookie. Você fica sentado naquela parte rasinha, enquanto eu te faço gozar.

— Que parte rasinha?

— Porra, Jeon, a piscina tem um espaço lá, que serve para você ficar sentado, caso queria se molhar, mas não o corpo inteiro. Dá pra eu te chupar bem fácil lá.

— Agora eu vou ficar imaginando a mesma coisa. – Provoquei.

— Eu vou te apresentar o restante do lugar e quando voltarmos para o quarto, eu quero você pelado naquela piscina. – Taehyung se levantou da cama e me puxou junto com ele, me levando para fora do chalé. – Olha, os meninos vão escolher o chalé que eles quiserem, mas devo adiantar que são todos iguais.

— Por que escolheu esse? – Perguntei curioso.

— Por nada. Peguei esse e pronto. – O loiro gargalhou. – Agora vamos por aqui. – Ele me levou por um caminho de pedra, passamos numa ponte de madeira e enfim chegamos na área que ele havia dito que tinha, com restaurantes e etc...

— Ah, é bem pertinho, achei que era mais longe.

— Não é não. Em cinco minutos você está aqui. Eu aluguei aquela área só para nós, o que significa que mais nenhum outro hóspede irá para lá, mas aqui, nós podemos nos divertir como todos os outros.

— Esse lugar é lindo.

— É mesmo. – Tae se virou de frente para mim e segurou meu rosto. – Sabe quem foi que me indicou ele e disse que você poderia gostar muito?

— Quem?

— O meu pai. Ele me ligou e nós conversamos sobre a Chaelin, sobre eu ser gay... e aí ele me pediu desculpas por ter sido rude e disse que queria nos ver felizes.

— E quando foi que isso aconteceu?

— Foi de madrugada. – Sorriu. – Ele esqueceu que o horário do Brasil é totalmente diferente do horário da Coréia do Sul.

— Então tudo se acertou entre vocês também?

— Sim e eu confesso que estou muito feliz por isso.

— Eu acho que estou mais feliz do que você. – Gargalhei e lhe dei um abraço. – Isso me deixa tão mais confortável. Saber que seu pai não vai te maltratar por minha causa realmente me deixa feliz.

— Obrigado por não desistir de mim por causa dessa confusão toda. Eu sei que você odeia a Chae, mas amor, eu nunca ficaria com ela, eu já te disse, além de ser gay, ela é mais velha que eu e... sabe? Não dá. – Tae fez uma careta e começou a andar de volta para o chalé.

— E se ela fosse mais nova?

— Amor, eu – sou – gay. Entendeu? – Ele sorriu e apertou os olhinhos.

— E se ela fosse um homem? – Insisti e fiz um bico de brincadeira.

— Se ela fosse um homem, eu iria fazer ela e o meu primo ficarem juntos.

— Ela é até bonita, né?

— Sim, ela é, mas eu só a vejo como uma irmã mais velha, mais nada. Ela foi minha companheira quando eu era mais novo, nós realmente ficávamos muito tempo juntos, como irmãos mesmo. Aquela história de dividir o pote do iogurte era verdade, nós vivíamos comendo as coisas juntos. Mas aí ela foi estudar fora e nós nos separamos.

— E ela se apaixonou por você?

— Provavelmente, mas eu não me apaixonei por ela, porque né... Mas eu não acho que isso seja paixão.

— O que você acha que é?

— Interesse. – Ele respondeu simples. – A família dela é rica, mas não tanto quanto os meus pais. Eles são amigos há muito tempo, você não acha que rolou um joguinho aí? Só que eles acham que eu sou bobo. Além de não gostar dela, eu nunca ficaria com alguém que eu não gosto, só para continuar os negócios da família.

— Seus pais não gostam de mim por que eu sou pobre?

— Jungkook, entenda duas coisas: primeira, eles gostam de você, apesar de quererem que eu fique com alguém que seja da escolha deles, coisa que eu nunca farei. Segunda: você não é pobre. Pelo amor de Zeus, quem ganha uma Harley Davidson do pai assim, do nada, não é e nunca será pobre.

— Meu pai tem dinheiro, eu não.

— Sua mãe também tem. E se for pensar assim, eu sou pobre, porque quem tem dinheiro são meus pais.

— Tae, eu nunca seria capaz de pagar uma viagem dessa para nós.

— Kookie, meus pais me deixaram de lado quando eu tinha aproximadamente 7 anos de idade. Depois disso, para compensar a ausência, eles me davam uma mesada absurda e ainda me davam tudo o que eu pedia, tudo, tudo mesmo. Com isso, eu não gastava nada do que era meu e ainda ganhava as coisas. Meus cartões são vinculados à conta do meu pai, ou seja, tudo o que eu gasto, é ele quem paga. Pensa só, desde os sete anos, até hoje...

— O que de bizarro que você já pediu? – Gargalhei. – Porque vindo de você, né?

— Para você ter uma ideia, eu ganhei o meu primeiro carro com 13 anos. Meu pai pagava motorista e mantinha o carro para mim.

— Há, e esse carro era um?

— Era uma Mercedes. – Ele sorriu. – Meu gosto por Jeep veio aos 16 anos, quando ganhei outro carro. E depois, eu comprei o meu, que estou agora.

— O quê de mais bizarro?

— Eu tenho permissão para pilotar um helicóptero.

— O QUE? – Gritei.

— Sim, quando fiz 18 anos, eu queria pilotar um helicóptero.

— Nossa, Taehyung...

— Ah amor, eu não tinha atenção dos meus pais, não tinha ninguém comigo, eles me deixavam por conta do dinheiro, então, nada mais justo do que me darem o que eu quisesse. Eu não me orgulho de falar essas coisas. Eu sei que fiz eles gastarem muita coisa à toa, mas esse era o jeito que eu tinha de me distrair. Eu só mudei, depois que conheci você.

— Que bom que mudou, porque você era um mimadinho. – Falei simples, quando finalmente chegamos de volta no chalé.

— Eu ainda sou um mimadinho, mas a única coisa que eu quero é você. – Tae me abraçou por trás e começou a beijar meu pescoço. – Você ainda está pensando em nós dois na piscina?

— Estou. – Respondi sério e me virei para ele. – Quer tentar? – Sussurrei e tomei seus lábios num beijo rápido.

— Vamos logo, porque daqui a pouco os meninos vão chegar e nós vamos ter que ficar com eles.

— Dei eu só tomar uma ducha rápida?

— Claro, pode ir.

Andei em direção as malas e abri a que eu tinha guardado roupas de calor. Separei uma sunga e peguei meus chinelos.

Entrei no banheiro e fui tomar um banho rápido, só para tirar o suor do corpo, já que eu havia tomado um no hotel em Gramado e não tinha nem duas horas e meia que isso tinha acontecido. Rapidamente, eu já estava limpinho e cheiroso de novo, para o meu hyung.

Saí do banheiro e fui em direção a área externa, onde o Tae já se encontrava dentro da piscina e fitando o mar.

— Que lindo que você está aí. – Comentei, enquanto entrava dentro da água.

— Vem cá, amor. – Ele me puxou e me empurrou na parede da piscina. – Se lembra de quando nos beijamos dentro da piscina na casa do Hobi e do Yoongi?

— Lembro. E me lembro muito bem o que foi que nós fizemos depois daquele beijo. – Sorri perverso e abracei seu pescoço.

— Aquela foi a primeira vez que você me ignorou.

— Ah foi sim, fui eu quem te ignorou o dia inteiro. Foi.

— Oh amor... – O loiro sorriu e encostou sua testa na minha. – Me desculpe, eu era um idiota.

— Era mesmo. – Falei na brincadeira. – Me lembrei também, de quando nós ficamos na piscina do seu sítio... também teve coisa depois disso.

— Chocolate... – Tae sussurrou e mordeu meu lábio. – Bastante chocolate...

— Aquilo foi muito bom. – Me aproximei e tomei seus lábios de novo. – Devemos repetir...

Taehyung desceu suas mãos para minha bunda e começou a apertá-la forte. Não esperei nem um minuto a mais, antes de abraçar sua cintura com minhas pernas e pedir passagem para aprofundar o beijo.

O ósculo foi se estendendo, foi ficando mais quente e quando eu menos esperava, Tae me levantou de uma vez e fez eu ficar sentado na tal parte rasa da piscina.

— Vamos começar a aproveitar esse lugar.