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História Good Boy - Ciúmes no noivado


Escrita por: MKimjin e kimiejeon

Notas do Autor


Ei meus amores, tudo bem com vocês?
Essa semana eu estou com um tempinho a mais, então decidi postar mais um capítulo para vocês!
Se tiver algum erro, já peço que me perdoem, algumas coisas passam e eu nem percebo, por mais que reviso tudo!
Boa leitura, beijim

Capítulo 17 - Ciúmes no noivado


Fanfic / Fanfiction Good Boy - Ciúmes no noivado

A semana passou bem rápida e logo chegou sábado, o dia em que meu pai iria embora. Já acordei com aquela tristeza batendo e levantei desanimado.

— Bom dia, pai. Bom dia, mãe. – Dei um abraço apertado nos dois que ficaram me fitando.

— Bom dia, filho. Está tudo bem? – Minha mãe perguntou.

— Está. – Peguei meu café e me sentei num canto para comer.

Fiquei um tempo na frente da TV apenas olhando as cenas que passavam, porque eu não conseguia prestar atenção em nada.

— Jungkook, eu e sua mãe podemos falar com você? – Meus pais chegaram perto de mim e eu apenas fiz que sim com a cabeça, encostando no canto do sofá para que eles pudessem se sentar ali perto.

Os mesmos preferiram se sentar no sofá da frente e ficaram me fitando.

— Fala, gente. O que foi? – Comecei a ficar curioso.

— Então, primeiramente eu gostaria de agradecer por terem me acolhido aqui nessa semana. Queria parabenizar você, Kookie, por estar firme na faculdade, por estar namorando um rapaz bacana e por ter se tornado essa pessoa incrível que você é.

— Obrigado, pai. – Discurso de despedida e eu já estou querendo chorar.

— Mas eu estou aqui com sua mãe, para te dar uma notícia, que pode ser estranha no início, mas esperamos que você consiga aceitar.

— O que? – Já fiquei assustado.

— Filho, eu e seu pai conversamos muito e nós decidimos tentar fazer nosso casamento dar certo de novo.

Fiquei boquiaberto encarando meus pais darem as mãos e um sorrir docemente para o outro. Tudo veio na minha cabeça ao mesmo tempo, meus pais voltaram, eu não seria obrigado a ver minha mãe triste de novo, não veria meu pai apenas nas férias e ele não iria para longe de mim de novo.

Tampei meus olhos com as mãos e comecei a chorar desesperadamente igual a uma criança.

Senti o abraço quentinho dos dois sobre mim e fiquei ali me aconchegando nos colos que eu não ficava há dez anos.

— Eu amo vocês. – Consegui dizer entre o choro e soluços, enquanto minha mãe afagava meus cabelos e beijava minha testa.

— Nós também amamos você. – Meu pai tentava me confortar. – Não chore, filho.


 


 

Duas semanas se passaram, meus pais estavam cada vez mais próximos, eu e o Tae cada vez mais apaixonados, Jin e Namjoon ansiosos pelo casamento, Jimin e Woozi namorando sério, Hoseok e Yoongi do mesmo jeito.

Passamos um bom tempo junto aos noivos escolhendo as coisas do casamento e do noivado, buffet, ornamentações, música, tudo o que tinha direito.


 

**

— Jungkook, deixa eu te buscar? – Taehyung insistia no telefone.

— Não precisa, Tae, eu vou com meus pais. – Jin e Namjoon convidaram meus pais para a festa de noivado e eu iria com eles e com o Jimin.

— Mas Jungkook...

— Taehyung, não faz sentido eu ir com você se meus pais vão.

Ficamos um bom tempo nesse impasse, mas por fim consegui convencê-lo. Quando foi mais tarde, minha mãe me liga:

— “Filho, tive um problema no trabalho e vou me atrasar, vai na frente com o Jimin, porque eu e seu pai vamos chegar lá mais tarde. ”

— Está bem, mãe. – Logo após, mandei uma mensagem para o Jimin “Jimin, você vai comigo, tá? Meus pais vão mais tarde. ”


 

Vesti uma camisa branca, uma calça jeans escura, meu Nike branco e deixei os cabelos levemente espetados num topete. Desci as escadas e fui me encontrar com Jimin do lado de fora.

— Jungkook, eu não vou subir nessa moto. – Ele começou a dar piti.

— Deixa de ser medroso, Jimin. Pega esse capacete e sobe logo.

— Ai, Kookie, eu tenho medo. – Ele choramingava enquanto colocava o capacete e subia na moto com dificuldade.

— Quer uma escada aí? – Comecei a tirar sarro com a cara do mais velho.

— Ah vai se foder, Jungkook. – Depois de várias tentativas, ele subiu na moto e me agarrou com força para não cair.

— Se você ficar me segurando assim, eu não vou conseguir respirar.

— Cala a boca e vai logo, idiota.

Fiquei rindo do mais velho o caminho inteiro praticamente, parecia que tinha uma estátua grudada em mim, pois, o mesmo não movia um fio de cabelo.

Uns vinte minutos depois, chegamos no prédio do Jin, o qual estava com o estacionamento aberto para quem quisesse parar o carro lá dentro.

— Chegamos, Jimin. Já pode descer.

— Me ajuda, Kookie. Como que eu desço?

— Escorrega para um lado. Só isso.

— Só isso né? – Ele reclamava enquanto ficava virando de um lado para o outro sem saber o que fazer.

— Jimin, desce desse lado aqui. – O puxei para o lado esquerdo. – Segura minha mão e desce.

O moreno segurou minha mão, minha cabeça, meu pescoço, apertou minha cintura, mas depois de muita dificuldade, ele se encontrava no chão.

— Até que enfim, achei que iríamos ficar a noite inteira aqui. – Brinquei.

— Você é muito idiota, Jungkook. – Ele fez bico.

Fiquei rindo dele, que estava até pálido de tão nervoso. Entramos no salão de festa e eu não conseguia parar de rir do mais velho que tremia feito doido. Dei de cara com Taehyung me encarando sem expressão da mesa logo em frente.

— Nossa, Jimin, o que aconteceu com você? – Hoseok perguntou quando viu o rosto pálido do menor.

— Eu andei de moto com esse mala do Jungkook. Nunca mais eu subo naquela coisa. – Ele disse reclamando e indo para perto do Woozi que sorria da cara do namorado.

— Ei, amor. – Me sentei do lado do Tae e lhe dei um selinho.

— Jungkook, você não ia vir com seus pais?

— Ah sim, mas eles vão se atrasar um pouco e eu decidi vir mais cedo. Estava querendo te ver logo. – Sorri e o mais velho continuou sério e sem expressão.

— Por que não pediu para eu te buscar, então?

— Porque eu tenho moto e eu ia dar uma carona para o Jimin.

— Hum... – Ele disse. – Você está bem?

— Estou, e você?

— Também. – Ele disse, sorriu de lado e se virou para frente para conversar com o Suga.

Me levantei e fui conversar com Jin e Namjoon que estavam em pé perto da cozinha.

— Cadê seus pais? – Namjoon perguntou.

— Minha mãe teve um imprevisto no trabalho e eles vão chegar mais tarde.

— Ah que bom que eles virão. Fiquei muito feliz por eles, Kookie. – Jin colocou a mão sobre meu ombro e nós ficamos ali conversando um pouco.

Algum tempo depois, sinto alguém me abraçando por trás e assusto, quando viro, era o Tae.

— Por que você sumiu? – Ele perguntou e deixou um leve selar na minha bochecha.

— Não sumi, Tae. Estava aqui conversando com os noivos. – Sorri e segurei as mãos do ruivo que pousavam sobre minha barriga.

— Senhores? – Ouvi uma voz desconhecida, quando olhei, era do garçom. – Kim Taehyung? – Ele pareceu assustado.

— Choi? – Taehyung me largou e fitou o rapaz que parecia ser um pouco mais novo que nós. – O que você está fazendo aqui?

— Eu trabalho nesse buffet. – Ele abriu um sorriso largo. – Que bom te ver. Como você está?

— Ótimo. Olha, conheça meu namorado, Jeon Jungkook. Kook, este é Choi, um... velho amigo. – Ele nos apresentou e eu estiquei a mão para o menor que pegou na minha com má vontade.

— Bem, deixe-me voltar a trabalhar. – Ele saiu com a cara fechada.

— Pessoal, nos deem licença, nós vamos cumprimentar os convidados que acabaram de chegar. – Namjoon disse, saindo de mãos dadas com Jin.

— Quem era aquele, Tae? – Fiquei curioso.

— Ninguém, Kookie. Um velho amigo, já disse. – Ele respondeu passando a mão no meu cabelo para tirar a franja que caía sobre meus olhos.

— Sim, você disse. Mas eu não acreditei. – Cruzei os braços e o mais velho se rendeu.

— Ele é o meu ex namorado. – Ele suspirou fundo. – Satisfeito?

— E você não ia me dizer? – Fiquei pensando porque ele estava escondendo quem era o cara.

— Já disse, não disse? Então pronto. – Ele pegou minha mão e me puxou de volta para a mesa.

Fiquei ali de novo, sentado olhando para o ontem, pois o meu namorado não estava dando a mínima para mim.

— Jungkook, que cara de desanimado é essa? – Me virei e vi Mark – que era mais um amigo da faculdade – puxando a cadeira para se sentar e conversar comigo.

— É assim que eu fico quando meu namorado não me dá atenção e vai conversar com outras pessoas.

— Nossa, como um moço bonito desse jeito é ignorado pelo namorado? Que pecado. Ah larga ele aí e vamos dançar um pouco? – Mark era um dos caras mais brincalhões que eu conhecia, seu senso de humor era incrivelmente grande, então qualquer coisa que ele falasse, eu ia levar na brincadeira.

— Nossa, se tocar tango, eu danço. – Nós dois caímos na gargalhada, pois uma vez, nós estávamos numa festa, aí começou a tocar tango e nós dois fomos para o meio da pista de dança e ficamos lá fazendo uma performance. – Aquele dia foi tão engraçado.

— Jungkook, se tocar tango, eu venho aqui e te arrasto para a pista. Aquele dia você estava bêbado, hoje não. Quero só ver se vai.

— Mark – Bati a mão na mesa. – Se tocar tango, eu vou.

— Está anotado. – Ele sorriu e nós ficamos ali conversando por um tempinho, até que ele resolveu ir dar umas voltas.

— Tae, conversa comigo? – Chamei.

— Quer falar sobre o que? – Ele disse.

— Qualquer coisa. – Me inclinei para beijá-lo e o mesmo virou um pouco o rosto, o que fez meu beijo atingir o canto da sua boca, o qual não era meu alvo. – O que foi?

— Nada. – Ele sorriu de mal jeito e balançou meus cabelos.

Fiquei ali por uns dez minutos e continuei sendo ignorado pelo Tae. Decidi ir lá para fora pegar um ar fresco.

Encostei num murinho de pedras e fiquei ali tomando um vento. Depois de um tempinho, o ruivo surge na porta e caminha até a mim.

— O que você está fazendo aqui? – Ele perguntou.

— Estou tomando um ar. – Respondi.

— Está passando mal?

— Não. Estou bem. Só não quero ficar lá dentro e muito menos quero ser ignorado pelo meu namorado.

— Eu não estou ignorando você.

— Taehyung, você está estranho desde a hora que cheguei. Ficou com raiva porque eu disse que viria com meus pais?

— Não.

— Ah tá bom viu... – Cruzei os braços e virei o rosto para olhar para outro lugar.

O mais velho se aproximou de mim e virou meu rosto para me beijar. Ele me deu um selinho demorado e eu não correspondi.

— Não posso te beijar se você não permitir. – Ele sussurrou e passou o polegar sobre meus lábios, os forçando a abrir.

— Você vai continuar me ignorando? – Perguntei tirando a mão dele do meu lábio.

— Vem cá, me beija? – Ele insistiu.

— Não – Afastei ele e virei o rosto. – Você não consegue nem falar que vai parar de me ignorar.

— Eu não estou te ignorando, Jungkook. Só porque estou conversando com o Suga, não significa que eu esteja te ignorando. Ah, se não quer, não beija. É só falar que não quer.

— Você está nervosinho hoje, por quê? Não me venha falar que você ficou com ciúmes porque eu dei carona para o Jimin.

— Você que fica brigando comigo porque eu estou conversando com outra pessoa e eu que estou nervosinho? Eu que estou com ciúmes? Engraçado, porque você estava com altos papos com o Mark lá e eu não falei nada.

— Claro que eu ia ficar com altos papos com ele. Você sequer me deu atenção desde a hora que cheguei.

— Kookie? – Ele se aproximou de mim e pegou no meu rosto, deixando uma mão de cada lado. – Eu não quero brigar com você. Vamos parar, vamos?

Ele foi se aproximando e me beijou. Dessa vez, eu permiti que ele me beijasse direito, apesar de estar chateado com ele, eu também não queria ficar brigando.

Passei meus braços para sua cintura e o puxei par mais perto de mim, colando nossos corpos.

— Rm rm – Alguém pigarreou atrás de nós.

Soltei o Tae e vi que era seu ex namorado com uma bandeja de bebidas.

— Querem alguma coisa?

Sim, um pouco de sossego e um momento a sós com meu namorado.

— Não, obrigado. – Usei os bons modos que minha mãe me ensinou.

Taehyung por sua vez, pegou um copo de suco e começou a puxar papo com o outro.

Que saco. Saí andando para dentro do salão sendo seguido pelos dois.

Os outros ficaram conversando na porta e eu resolvi entrar e me sentar um pouco.

Me sentei ali e fiquei uns dez minutos com os cotovelos em cima da mesa, apoiando a cabeça na mão esquerda e dobrando um guardanapo com a direita. De repente, começou a tocar tango e eu não me segurei e comecei a rir. Olhei de lado e o Mark vinha todo sorridente esticando os braços para mim.

— Ah Mark... você mandou eles colocarem tango? – Eu sorri para ele que já vinha me puxando pela mão.

— Não, Jeon. Isso foi pura coincidência. E você disse que dançaria comigo se tocasse, então você virá. – Ele foi me arrastando até a pista de dança, onde nós começamos a dançar estranhamente bem.

Como da outra vez, as pessoas ao redor fizeram rodinha e deixaram só nós dois ali no meio dançando, sendo o centro das atenções. Todos começaram a bater palmas e eu fiquei muito envergonhado com aquilo, mas pelo menos, Mark estava sendo mais amigo do que o Tae que me deixou sozinho para ficar trocando papo com o ex.

Quando o tango acabou, resolvi continuar dançando mais um pouco, mas antes, dei uma espiada na porta e vi que Taehyung não estava mais lá.

Senti alguém me abraçando por trás – de novo – e encostou a cabeça no meu ombro.

— Você dança tão bem, gatinho. – Me soltei de uma vez quando ouvi uma voz feminina.

— O-obrigado. – Tentei me afastar da mesma que estava nitidamente bêbada e veio para cima de mim.

— Eu também quero dançar com você. – Ela me abraçou e ficou me olhando.

— Aahn, eu acho melhor nã... – Fui interrompido pela boca da outra, que já me deu um beijo frenético e enfiou a língua com força na minha boca.

Empurrei a garota, que mordeu forte meu lábio, fazendo sair sangue.

— Você é louca? – Passei o dedo no lábio e vi que estava cortado. — Idiota. – Saí às pressas da pista de dança e percebi que estava sendo observado por ninguém menos que Choi, que sorria maliciosamente para mim.


Notas Finais


Ei... nossa, já estou sentindo os tiros de vocês daqui! Não me matem! Todo casal discute!
Coisas sobre Yoonseok: sei que teve gente que ficou bem curiosa para saber o que está havendo, então eu pretendo fazer um capítulo especial para eles, ou arrumar um jeito de ser falado na história, fiquem tranquilas(os)!
Prometo que não vou fazer vocês esperarem muito!
Amo vocês, não fiquem bravas(os)
Beijocas


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