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História Good Traffic - Kim Taehyung FF - 2. Shit


Escrita por: Minyeom

Notas do Autor


E aqui estou eu, pronta para postar este segundo capítulo eheh

Capítulo 4 - 2. Shit


Fanfic / Fanfiction Good Traffic - Kim Taehyung FF - 2. Shit

– Tudo bem, mãe?? - perguntei, me aproximando da senhorita Eunmi.

– Sim meu amor, não precisa ficar me perguntando isso a cada segundo que passa. - respondeu ao mesmo tempo que se sentava numa rocha que tinha lá perto, parecendo cansada, mas sempre com um sorriso no rosto. Suspirei e me sentei do seu lado. 

– A senhora sabe que eu me preocupo, é inevitável isso não acontecer. Não está em condições de ficar correndo assim depois do que aconteceu consigo...

A minha mãe estava bem fraca, porque faz pouco tempo que ela sofreu uma grave infeção intestinal. Ela estava muito magra, melhorou claro, mas continua mal. Um dos meus objetivos, quando chegarmos a terra firme novamente, será arranjar o melhor médico da cidade, ou até mesmo do país, para que ele possa cura-la.

Ficamos um bom tempo sentadas, conversando felizes da nossa fuga, até que uma sombra se faz presente na nossa frente. Quando consegui adaptar os meu olhos à falta de luz repentina que essa sombra provocou, consegui ver que as vestes da pessoa que agora se encontrava na nossa frente, com as mão atrás das costas, eram diferentes do que já tinha visto e tinha uma aparência, de certa forma, importante. Ao seu redor estavam algumas pessoas, homens no caso, que ficavam do lado dele como se fossem um tipo de seguranças. 

– Me perdoem senhoritas mas... será que posso falar com a menina em privado? - perguntou esperançoso, com um sorriso amarelo e repugnante. Fico feliz por, tanto eu como minha mãe, termos aprendido chinês, caso contrário não iriamos nos safar desta e com certeza seriamos mandadas de novo para o país de onde saímos.

Ahm, bom se não for nada importante que seja comigo, a minha filha... magoou o pé e não consegue se levantar. - a minha mãe inventou uma desculpa, se levantando da rocha onde antes estava sentada. Com certeza ela também notou o cheiro de perigo que esse homem emana.

– Oh... uma pena. - respondeu, perdendo o sorriso que se encontrava na sua face à segundos atrás, como se estivesse desapontado, mas logo tratou de se recompor. - Pois então senhora, permita que me acompanhe. Garanto que apenas lhe tomarei alguns minutos. - estendeu a mão, um sorriso estranho nunca deixando os seus lábios gretados, e foram, acompanhados com os seus "capangas", para a parte lateral de uma das pequenas casinhas que lá tinha perto no porto marítimo, saindo do meu campo de visão.

Fiquei esperando eles aparecerem de novo, enquanto batia com os dedos na perna impacientemente, quando um grito abafado vindo de minha mãe me fez ficar estática. "Não! Por favor não!", ela suplicava.

Foi aí que percebi que alguma coisa estava terrivelmente errada. Em um segundo fiquei de pé, corri o mais rápido que pude até onde eles estavam, e vi que a minha mãe estava a ser arrastada para dentro de um gigante navio que, provavelmente, não era o nosso navio. O que iria nos levar ao nosso destino, quero dizer.

– PAREM!! - gritei ao ver a situação, desviando a atenção de todos para mim.

– Ah, para além de resistente é mentirosa mamãe? Que feio. - o homem, o que parecia ser o chefe e o que outrora falava connosco, disse sarcástico, puxando o cabelo da minha mãe com certa força, e logo se virou para mim - Você quer ir junto também não é? Pois, nesse caso, não percamos mais tempo.

– FUJA SUAN, FUJA!! - minha mãe gritou, mas já era tarde demais. Dois homens haviam agarrado os meus braços e me arrastaram até onde ela estava.

– Uma a mais nunca é demais. - o homem disse sorrindo sínico.

Esse comentário fez o meu medo se trasformar em raiva que transbordava, deixando a minha visão escura. Não via mais nada à frente a não ser esse homem e, depois de muito aguentar olhar para o seu sorriso asqueroso, cuspi no rosto imundo daquele diabo. Quando o fiz, o mesmo fechou os olhos automaticamente, dando um suspiro em seguida como se não acreditasse no que eu acabara de fazer, e, assim que limpou a sua cara com um pono que guardava no bolso direito da sua calça, me olhou com desdém.

– Parece que vou ter de subir o seu preço. Você é uma das raras, para se atrever a me desrespeitar. O quão ingénua você pode ser, não sabe quem eu sou?! - disse alto, quase como um berro, me esbofeteando duas vezes.

– Não se atreva a tocar na minha filha de novo seu...!!! - a minha mãe disse, num grito ensurdecedor, surpreendendo todos nós, enquanto se debatia nos braços dos homens que a seguravam com força.

– Apenas esteja calada mulher, caso não queria que lhe aconteça pior!!! As ponham junto com os outros, agora!! - ordenou. 

Sim, capitão Zheng He! 

Então é esse o nome dele...

(Esse homem existiu de verdade, mas ele não era mau ok? Ele realizou viagens por mar pelo sudoeste asiático e pelo Oceano Índico. Chegou à Índia, ao Mar Vermelho e a Moçambique.)

Fomos arrastadas para dentro do navio que dava uma vista ampla do porão do mesmo, e o que vimos assim que entramos foi chocante. Muitas pessoas estavam lá dentro. De crianças a adultos, meninos e meninas, e todos estavam com uma aparência horrível. É como se já não comessem à dias. Tinhamos chegado a um sítio ruim. Talvez pior ainda do que aquele onde tínhamos saído, e isso me assustava.

Os homens eram empilhados no fundo do porão, acorrentados, Zheng He e os outros pareciam ter receio que eles se revoltassem e matassem todos eles, tendo em conta que o seu número era bem maior. Para as mulheres e crianças eram guardados lugares mais... hmm, mais favorecidos e higiênicos – não totalmente, como devem imaginar, aquele sítio era pior que uma pucilga, Deus! –, onde, mesmo assim, eram todas amontoadas, como arenques no barril. 

Haviam locais próprios para que pudessem fazer as suas necessidades mas, como se tivessem medo de perder o seu lugar num local tão grande, que mais parecia pequeno por lá ter tantas pessoas, faziam aí mesmo as suas necessidades, principalmente os homens, de maneira a que o cheiro e o calor se tornavam intoleráveis.

Assim que chegamos onde eles queriam, fomos praticamente atiradas, não tiveram cuidado algum.

– MÃE!! Você se machucou?? Eles atiraram você com muita força. - me aproximei rapidamente dela assim que me levantei, e ela apenas assentiu sorrindo docemente para mim. Eu sorri de volta, mas eu sei que ela não está bem, vi isso nos seus olhos. 

– Eu estou ótima, não se preocupe. Você está bem? - segurou a minha cara com as duas mãos, procurando por qualquer tipo de machucado, e eu apenas assenti, sorrindo singelo. – Onde você acha que eles nos vão levar?

– Eu não sei mãe, mas... com certeza não será bom. - as palavras sairam com medo, no entanto firmes, como se eu de facto soubesse do que estava falando.

De repente senti algo se roçar no meu tornozelo enquanto ajudava a minha mãe a se levantar e, quando me virei, assustada, vi um cachorrinho. Com certeza fiz uma cara surpresa, mas logo tratei de me agachar novamente, para acariciar o seu pelo macio e por Deus, ele era muito fofo. Porém tinha muitos arranhões visíveis, uma vez que o seu pelo parecia ser originalmente branco e, nesse momento, se encontrava com algumas manchas vermelhas de sangue, para além de outro tipo de sujidades.

Não eram profundos mas eles estavam lá. 

Com o que tinha no navio e com o que eu troxe de casa, decidi cuidar dos seus ferimentos. Aprendi uma ou duas coisas quando estava na Rússia, incluindo que a camomila é muito eficaz para curar e cicatrizar feridas. Apenas temos de juntar camomila seca com água, e fica pronto.

Depois de muito esforço – uma vez que ele não parava de se mexer um segundo tentando lamber o que eu tinha em mãos –, consegui aplicar a mistura em todos os cortes que encontrei. Sobrou um pouco da mistura, então tratei de a guardar num pequeno frasco que tinha comigo.

– Como irei te chamar? - o olhei com certa curiosidade, apoiando o meu queixo na minha palma, e o mesmo latiu. - Hmm... Que tal Spax?


Notas Finais


E foi isso!!
Não me culpem pelo nome que dei ao cachorro KKKK
Beijos e até ao próximo capítulo ♡


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