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História Good Traffic - Kim Taehyung FF - 20. Nigth


Escrita por: Minyeom

Notas do Autor


Olá~~

Capítulo 22 - 20. Nigth


Fanfic / Fanfiction Good Traffic - Kim Taehyung FF - 20. Nigth

A noite chegara e tínhamos acabado de comer. Como Taehyung havia avisado que não estaria em casa na hora do jantar, o jantar não foi feito para ele. E assim mesmo aconteceu, ele não veio. 

Neste momento, me encontrava com Alexia no jardim e estávamos sentadas num banco de pedra bem trabalhado enquanto olhávamos as estrelas. 

– Alexia... - chamei em meio ao silêncio, e obtive um pequeno murmúrio como resposta. - O que você acha de Taehyung?

Talvez a pergunta a tenha surpreendido um pouco, tal como me surpreendeu a mim tê-la feito tão inconscientemente e tão naturalmente. Mas não vou mentir que passei grande parte da tarde a matutar no que Seokjin disse, em como Taehyung nasceu para ser desta forma e não há nada que eu possa fazer para alterar isso. Bom... a verdade é que isso só me dá mais ânsia em querer desvendar, descobrir tudo sobre ele, o seu passado, o que ele tinha de tão marcante. Absolutamente tudo.

– Não há muito que lhe possa dizer, para ser sincera... - respondeu, ligeiramente nervosa.

– Alexia... - suspirei. - Eu sei que você foi proibida de falar a mais mínima coisa sobre os senhores desta casa, assim como Jiwoo, eu sei disso e também sei que tem de se manter profissional. Mas, como sua amiga, peço que me diga o que sabe sobre ele. Sei que parece fútil este tipo de frase e pedido, assim como parece ridículo e supérfluo, mas... Eu quero... ajudar. - pedi sôfrega, insistindo que a mesma me dissesse algo. Para que eu fosse, enfim, útil. 

– Acho que posso, se prometer não comentar... - disse relutante, depois de uma breve luta interior e de um breve suspiro. - Eu realmente confio em si... espero que não me faça repensar sobre isso.

– Claro que não! Não se preocupe. E não comentarei, pode ficar descansada! - assegurei.

– Então, por onde começar... Como você deve saber ou como já devem ter dito, Taehyung nunca teve uma vida fácil desde que nascera. Tudo devido ao seu pai. Aquele demônio, assim como as pessoas o chamavam e, surpreendemente, eu também desde que soube a sua história, destruiu muitas terras onde reinava a felicidade e aldeias grandes e ricas tanto em habitantes como em ouro. Ele, junto com a sua tropa, digamos, matou e massacrou totalmente alguns locais e os seus habitantes. Coisa que nem o antigo rei alguma vez fez. Além disso, não deixara ir impune quem se opunha contra ele, que era quase toda a gente, como você deve imaginar. Deste modo, ele destuiu e até perseguiu gente que se refugiava nas entranhas das cavernas e nas entranhas da terra, fugindo a tão cruel e abominável destino, e matou, sem piedade, muitas almas de povos inocentes. 

– Por isso ele foi considerado o mais terrível, temível e perigoso homem de toda a Coreia do Sul. - ouvimos uma voz vinda de trás, e nos voltamos assustadas, afinal este não era propriamente um assunto que devia ser falado com tanta banalidade. - O que aconteceu? Parecem surpresas. - Jiwoo comentou com um sorriso estampado no rosto.

– Senhorita, eu... - Alexia começou, apavorada, se levantando em seguida e fazendo uma grande reverência. - Eu peço imensa desculpa por ter traido a sua confiança e não ter feito como me ordenara! Não devia ter falado...

– Não se preocupe criança... fazia um tempo que eu queria falar também. Acho que isto pode ser usado como pretexto. - disse Jiwoo enquanto acariciava os cabelos de Alexia e a levava para se sentar, fazendo o mesmo em seguida. - Sabe Suan, nunca ninguém conseguiu jamais despertar o interesse de Taehyung. E acredite quando eu digo que você o fez, por muito que não pareça. Por isso decidi falar consigo, mesmo que me tenha sido proibido.

– E eu agradeço imenso que o faça!! - respondi, um olhar de agradecimento tomando conta de mim. Jiwoo apenas sorriu amigavelmente e suspirou, se preparando para continuar a falar sobre o que Alexia falava antes de ser interrompida.

– Nunca ninguém se atrevera a desrespeitar o pai de Taehyung. Ele cuidou de Seokjin e Taehyung, uma vez que sua mãe já havia morrido por motivos que não são importantes neste momento. Creio que você já sabe a história. Como Taehyung era mais pequeno, se deixou influenciar pelas atitudes do pai, mais do que Seokjin. - suspirou. - O meu menino, o meu querido Taehyung, de quem cuido desde que era pequeno, se tornou tão cruel como o seu pai. Sempre que alguém não respeitasse ou contrariasse Taehyung, seria levado para uma sala, onde o acusado daria voltas e mais voltas à cabeça, a procurar o que fez de mal, porque provavelmente não o sabe mesmo. Se não se declarasse ou confessasse, estaria sujeito a uma segunda fase onde a tortura estaria envolvida. No final, desesperados com a dor, muitos acabavam se acusando do que não cometeram. Mas, como sempre se diz e se irá dizer até aos fins dos tempos, "sob tortura, nenhuma confissão pode ser tomada como válida".

– Como é que isso é possível? Como é que é possível um pai ter feito isso a um filho, capaz de o influenciar de tal maneira?! - perguntei indignada, e observo apenas Jiwoo a dar de ombros.

– Ele cresceu neste ambiente injusto e sinuoso, cresceu a pensar que tortura e guerra são as únicas maneiras capazes de resolver as coisas e os conflitos, e chega mesmo a ser doloroso para ele viver de outra maneira. Mas, bem no seu interior, eu sei que continua o mesmo menino brincalhão de sempre, o mesmo menino brincalhão que era quando senhora sua mãe ainda era viva. Por favor senhorita, traga o meu querido TaeTae de volta. - Jiwoo suplicou tomando as minhas mãos nas suas, apertando fortemente.

Sem saber o que fazer, apenas olhei para ela e Alexia, ambas com um olhar entristecido. Não sabia o que fazer, muito menos o que dizer, mas uma coisa era certa. Eu iria, definitivamente, arrancar a máscara em que Taehyung se escondia. Iria libertar a sua alma daquela prisão. 

– Irei dar o meu melhor..! - respondi, segura de mim mesma.

Eu definitivamente irei! 

--

Na mesma noite, voltei para o meu quarto com o cabelo ainda molhado do banho recente enquanto um pequeno pano se encontrava ao redor do meu pescoço para secar o restante cabelo, e peguei no livro que Jin me emprestara. Não tinha sono de qualquer maneira, então o melhor mesmo seria ficar acordada a fazer algo de útil. 

Pegando no livro, não consegui deixar de pensar no que Seokjin falara sobre a biblioteca e isso, consequentemente, me levou ao pensamento de Kim Taehyung e a conversa que tive sobre ele mais cedo. 

O livro que tinha em mãos era relativamente recente, escrito por uma mulher britânica, e fala sobre Elizabeth Bennet, a personagem principal, menina pobre que acaba se apaixonando por um homem rico. Elizabeth, porém, tem uma personalidade forte, é uma mulher à frente de seu tempo e não está sempre reclamando sobre como a vida é injusta. O nome do livro é “Orgulho e Preconceito”, o que é de veras um nome bem cativante para um livro. 

À medida que o tempo foi passando, ou melhor, voando, mais páginas iam sendo viradas e eu não havia ultrapassado muito da metade do mesmo quando ouvi um barulho de algo caindo no andar de baixo da casa. Fiquei um pouco confusa e, para confessar, um pouco assuntada, afinal era suposto todos estarem nos seus aposentos a esta hora. Eram altas horas da madrugada. 

Talvez por estupidez, desci as escadas com o manto aveludado o mais silenciosamente possível em direção à sala de estar, passando por baixo do grande candeeiro cristalino apagado, e vozes, que antes estavam abafadas, foram ficando cada vez mais audíveis. Eram a voz de um homem e uma mulher, que ria descontroladamente enquanto o homem a mandava calar, também este rindo.

– Vá, venha. Não queremos que meu irmão nos apanhe, não é mesmo? - ouvi a voz de Taehyung soar rouca e nitidamente embriagada. A mulher apenas continuou a rir. 

– Acha mesmo que não ia acordar alguém? Ao menos controle a boca da sua mulher. - eu disse, me pronunciando com as mãos na cintura, enquanto os mesmos saltaram com o susto inesperado. 

– Ahhh, Suan..! Você nos apanhou! - sorriu, um soluço escapando dos seus lábios, enquanto agarrava a mulher pela cintura e a levava para algum quarto próximo. - Peço desculpa por isso, nos vemos amanhã. Agora está na altura da diversão. - e, assim, a porta foi fechada, me deixando um pouco desnorteada por tudo o que aconteceu em segundos. 

Decidi ir à cozinha, tomando um copo de água o mais rápido possível, tentando ignorar os sons e as risadas histéricas que vinham do mesmo andar, e subi rapidamente para o meu quarto. 

Levemente incomodada sem saber o porquê, me deitei na cama e fechei os olhos, na esperança de rapidamente adormecer. 


Notas Finais


Então gente, gostaram? ^^ Espero que sim
Queria dizer que este mês provavelmente não vou publicar mais nada, uma vez que estou na época dos exames nacionais (Portugal), e eu tenho de me concentrar bem nisso.

Um beijo, e até ao próximo capítulo!! ♡


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