1. Spirit Fanfics >
  2. Grava o momento >
  3. 6. Atira-te ao tigre

História Grava o momento - 6. Atira-te ao tigre


Escrita por: Presidenki

Notas do Autor


Mais um capítulo!
Disse que iria compensar neste pelo último capítulo ter sido pequeno, todavia, só irei compensar no próximo.
Fiquem com o capítulo.

Capítulo 6 - 6. Atira-te ao tigre


Fanfic / Fanfiction Grava o momento - 6. Atira-te ao tigre

— Deixa ver se entendi. Queres ajuda porque não sabes o que vestir para ir a um encontro num planetário?

Questionou pela quinta vez o ruivo à frente de Luffy. Ele e Luffy conheciam-se desde os quinze anos, a princípio não gostaram um do outro, mas a partir dos gostos idênticos (principalmente sobre música) conquistaram o respeito do outro e agora antes de agir sempre pediam pela sugestão um do outro.

Kid é uma pessoa extravagante, líder de uma banda de rock que começava a fazer sucesso pouco a pouco. Favorável à sua extravagância, ele era alto e musculado, sempre tinha os lábios bem pintados de vermelho e unhas pretas, mas apesar do seu olhar assassino e sorriso macabro era uma boa pessoa.

— Eu quero planear, quero que amanhã seja um dia perfeito. — O moreno resmungou para o ruivo.

— Corrigindo, noite perfeita, vocês vão ao planetário ao final da tarde e vão sair de lá à noite. Não inventes histórias. — Disse a abrir o guarda vestido do menor. — Por falar em noite, o teu irmão ainda está solteiro?

— De novo? Já disse que o Ace não tem interesse em ti.

— Ei calma, ele é solteiro, eu sou solteiro, uma noite é tranquilo.

— Pode não parecer por ele ir a muitas festas e envolver-se com desconhecidos, mas o Ace prefere relacionamentos duradouros.

— Ainda melhor. — Kid dizia a ver as roupas e suspirar. — Veste qualquer coisa daqui, vamos às compras.

— Como assim, Kid?

— Nada daqui serve, despacha-te ou queres que te vista?

Contrariar Kid era impossível, com o seu histórico de teimosia, Luffy pegou no primeiro conjunto que viu e trocou-se ali, na frente de Kid. A intimidade e confiança construída ao longo dos anos de ódio e amizade fez com que nenhum deles se importasse mais com a vergonha.

— Mas sobre o teu…

— Não!

— Não! — Kid fingiu imitar a voz de Luffy que olhou para ele. — O meu irmão não vai para a cama com o meu melhor amigo blá blá blá. — Continuou a imitar a voz do amigo. — Para de ser chato.

— Para tu de ser chato, eu ainda não acredito que com tanta roupa no guarda-vestidos, não tenha lá nada de bom para o meu encontro de amanhã. — Disse a calçar as suas botas pretas favoritas.

— Ter até tens, mas nada muito sexy.

— Vou a um planetário, não, a uma discoteca.

— Meu caro, até podes ir a um planetário, mas vai ser quase de noite. Precisas de uma coisa sensual para aproveitares o resto. — Dizia enquanto procurava com antecedência as peças de roupas das lojas.

— Aproveitar a noite? Nós só vamos Jantar.

— Luffy, deixa de ser burro, vocês não vão só jantar. — Suspirou— Quero no mínimo um beijo entre vocês.

Luffy revirou os olhos:— Ainda está muito cedo para pensar numa coisa assim. Agora podemos ir às compras que tanto querias?

— Podemos, mas aviso que quando chegar a hora não vais acreditar que foi muito cedo.

Entraram e saíram de lojas, com ou sem roupas, o ruivo parecia ter em mente cada peça de roupa perfeita para o dia, descontraído, ao estilo do amigo, mas, simultaneamente, sensual para provocar quem convidou o seu melhor amigo para um encontro. Como um bom melhor amigo ia fazer o outro ver que não só a lábia de Luffy era boa.

Ao passarem numa vitrine, Luffy parou e aproximou-se, estava ali, a máquina fotográfica com que sonhava desde que lançou. Luffy sentia falta de fotografar, para ele fotografar com o telemóvel não era o mesmo que com uma câmara: o peso da câmara nas suas mãos, a medida que a lente ficava aberta a seu gosto, a emoção do momento não era o mesmo. Kid observava aquilo de longe, ele sabia o quão o amigo amava fotografar e não o gostava de ver triste.

Uma tentativa de animar o moreno, o ruivo começou a questionar sobre o tal Tral de que tanto Luffy lhe falava ao telemóvel e de coisas que gostava nele, com isso, o menor distraiu-se da vitrine e relembrava todas as coisas que já tinha contado ao amigo.

— Então ele parece ter tatuagens a cobrir uma grande superfície da pele? Eu pediria que ele tirasse a camisa só para ver, mas aproveita para lambê-lo.

— És nojento, Kid. — Disse Luffy a olhá-lo com uma cara feia

 — Agradece-me depois mazé. 

E o dia passou-se completamente, viram o sol a desaparecer lentamente no horizonte (uma coisa que o Luffy com máquina certamente gravaria o momento através de uma foto), Kid acabou por jantar com a família do amigo e ao tentar uma investida sobre o outro moreno da casa levou um biqueiro de Luffy por baixo da mesa de jantar em parceria com um olhar mortal do menor. Kid bufou.

 

 

No dia seguinte Luffy passou o dia ansioso e quando chegou a hora de se arrumar teve dúvidas quanto à roupa que o amigo escolherá a dedo para si, então chamou Ace.

— Ulala, que homem de sorte é esse que te vai ver assim? — Ace entrou no quarto a assobiar e debruçar-se sobre a cama.

— Ace sem piadas, por favor, eu não sei se é a roupa certa. Estas calças não são muito justas para um planetário?

— Calma maninho, não elas estão ótimas o teu rabinho sobressai.

— Esse é o problema, não é muito chamativo? — Perguntou o menor.

— Qual é o problema? Não queres que a pessoa com quem vais sair olhe para ti? Se a resposta for não, tira, mas se quiseres que ele olhe para ti como olhas para as tatuagens dele, atira-te ao tigre. — Ace acabou a frase com um "gurrr" que fez o irmão rir e descontrair um pouco.

— Ela não é feia. — confirmou Luffy.

— Se gostaste dela usa-a, o teu amigo tem bom gosto para roupa. Suponho que vou ter de pedir-lhe sugestões também.

— Não, nada de relacionamento com os meus amigos. Seria muito estranho.

— Como assim? — Ace questionou confuso e Luffy percebeu que já se tinha tornado uma rotina afirmar ao ruivo que ele não era o tipo de Ace.

— Esquece. — Olhou mais uma vez para o espelho e sorriu. Ace sorriu ao ver o irmão sorrir e aproveitou o momento bonito.

— Não te esqueças do casaco, sabes que é frio de noite. — Ace disse quando percebeu que não era mais preciso ali. — Atira-te ao tigre. — Disse a fechar a porta.

 

 

 

Meia hora depois Luffy deixou a residência, apesar de no fim ter gostado das calças acabou por escondê-las, o kispo que vestia mantinha-o quente durante o inverno era grande ao ponto de lhe alcançar os joelhos, as luvas a proteger as mãos, um cachecol e o gorro na cabeça a impedir o vento de lhe bater. A compensar pelo conforto de temperatura, os seus óculos grande e redondos ficavam embaciados, costumava usar lentes, todavia, ficou quanto tempo a encarar o espelho que quando viu isso horário nem pensou em pôr as lentes.

 O caminho até ao ponto de encontro com Law, o planetário, foi calmo. Via algumas pessoas pelas ruas, mas a maioria preferia ficar em casa pelo ambiente gelado do inverno. Quando começou a ver a construção com um grande letreiro a indicar o planetário começou a procurar pela pessoa que queria, demorou alguns minutos a revistar pela visão embaciada, no entanto, finalmente encontrou Law. Ele vestia um casaco preto com detalhes amarelos que beirava o chão e um gorro branco simples.

Quando Luffy limpou os óculos viu que Law não usava luvas e mais uma vez Luffy instigava-se como o outro sobrevivia ao frio, entretanto, além disso, Law segurava um embrulho nas mãos enquanto olhava ao redor, provavelmente, a procurar pelo menor. Por fim os olhares se encontraram e sorriram juntos um para o outro.

— Olá, hoje está frio não achas? — Luffy começou a conversa com o moreno.

— Um pouco. — Estendeu o embrulho para Luffy. — Feliz natal adiantado.

Luffy andava tão distraído ao longo da semana que não reparou quando Sabo e Koala montaram o pinheiro de natal, ou quando os moradores da casa deixaram os seus presentes debaixo do pinheiro. Luffy ainda não tinha comprado nada e amaldiçoou-se por isso.

— Obrigado, mas eu não tenho nada para ti. — Agradeceu ao maior.

— A tua companhia hoje é uma boa prenda. — O menor assentiu.

O moreno, parado a frente e Law, por fim segurou o presente, era pesado, pensou, por essa razão abriu-o com calma e delicadamente.


Notas Finais


Qualquer erros não hesitem em avisar-me ou se existir alguma palavra que não entendam muito bem podem perguntar nos comentário que eu ficarei feliz em responder.

Foi curtinho, mas eu gostei de escrever o capítulo. Será que o Law não cansa de passar frio?
No próximo capítulo será o encontro Lawlu.

Espero que tenham gostado e muito obrigada por acompanharem esta história.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...