[...] 23:30
Havia duas opções em minha frente, sendo elas: o levar para minha casa ou para sua casa, que ao lado seria. Após pensar por alguns instantes, ainda um tanto frustrada e com raiva do bendito motorista, optei por levá-lo até a minha.
Park Jimin, claramente, precisava de cuidados e exatamente por isso, eu, de modo algum, poderia o deixar sozinho, naquela gigantesca casa, com inúmeros perigos.
Tranquei a porta, com um pouco de dificuldade, até porque Park Jimin mais parecia um peso morto. Ele nem mesmo colabora para caminhar e quando se arriscava, só faltava quebrar as coisas.
Ele não parecia querer me escutar e, muito menos, conversar. Creio que ele tenha entendido tudo que eu disse da forma mais dura possível.
— Me escute, por favor! — Puxei seu braço com força. — Eu só quero lhe ajudar, então não tem necessidade de você querer fazer tudo sozinho — digo, após vê-lo querer teimar em subir a escada. — Deixe disso! — digo seriamente, rodeando seu braço na curva de meu pescoço. — Vem... “Astro”! — zombei enquanto o ajudava a subir.
Sentia um leve ódio, pois não o ver respondendo o que digo é algo anormal e surreal. Nessas alturas, ele já deveria estar soltando outra piadinha sem graça, que por sua vez, me faria engajar um diálogo.
Já na parte superior da casa, dou uma espiadinha no quarto de Min-hee, ainda com Jimin ao meu lado. Vejo-a dormindo profundamente, como esperava que estivesse.
Abro a porta de meu quarto, lá deixando o moreno livre para deitar em minha cama. Para mim, não existia problema algum deixá-lo dormir por algumas horas em meu quarto, visto que, nem dormir eu iria, depois de tudo que aconteceu.
Sento-me na cadeira que ali tinha, logo em seguida, pude perceber o movimento da cama ser feito, indicando que caído na mesma Jimin havia. Estava, de alguma forma, aliviada por algo pior não ter lhe acontecido. Eu estava, literalmente, na hora certa e no momento certo.
No entanto, por que Jimin foi ver o pai, sendo que os dois já não tem uma boa relação há tempos? Essa era apenas uma das perguntas que eu me passava a fazer.
Em um piscar de olhos, pude perceber o mesmo se levantar, ainda bem tonto. Suas mãos foram até a gola de sua camisa de botão bordô que, aos poucos, também foi sendo aberta. Eu, definitivamente, não estava por entender um terço do que estava por se passar.
Por que ele está tirando a camisa assim do nada?
Observo-o largar a camisa sobre a cama, o que, consequentemente, o deixou com seu belo abdômen amostra. Todavia, seu corpo hoje não é algo que passa a me surpreender tanto.
Eu estava era intrigada, com o porquê da retirada de roupa.
— Eu vou tomar uma ducha — explicou, sem muitas delongas.
— Hm, tudo bem — assenti simplista, logo por fim, podendo escutar o bagulho da porta sendo fechada ecoar.
É tão louco dizer que nada sinto em o ver de tal maneira. Vendo-o me olhar de tal forma, com esse bendito olhar, acabo por me questionar ainda mais sobre coisas que, até então, achava terem sido esquecidas.
Park Jimin, sem perdas de dúvidas, é atraente e o mais engraçado de tudo, sem esforço algum.
A cada olhada sua, em situações comuns, era como se minha alma fosse enxergada por sua pessoa de uma maneira geral e complexa.
Resolvo sair do quarto, dado que meu histórico com situações em que Park Jimin está alcoolizado não passam a serem nada bons.
Nessa casa, não existe definitivamente nada para se fazer. Como conseguirei me estabilizar em um lugar assim? Em minha antiga moradia, volta e meia, existiam coisas para se fazer, já aqui, quem dera se estivesse. Para ser realista, minha vida voltará em poucos dias a ser agitada, visto que, parada, esperando as coisas caírem dos braços de Jimin, não irei.
Logo que cheguei em Seoul, mandei uma mensagem ao Seokjin, que até o momento, só visualizou e não respondeu. Disse a ele que precisava de minha carta de demissão assinada, como aceita, todavia, ele nada disse.
Talvez, ele estivesse esperando por outra mensagem, contudo, na correria de arrumar malas e afins, acabei por esquecer do principal. Eu devo uma explicação a ele e sei bem disso, mas creio que eu ainda tenha muito tempo para isso.
Saio de meus devaneios quando escuto um estrondo vir de dentro do quarto, que até então, estava Park Jimin.
Respirei fundo antes de abrir a porta, já que eu bem sabia que minha paciência se iria embora, de qualquer forma, após eu atravessar a porta.
Logo que olho para dentro do cômodo, acabo então por ver o moreno, totalmente sem jeito, por ter deixado o lustre de parede — não fixo — cair, assim o quebrando.
— Deixe isso! — Faço sinal para que continuasse por se secar. — Eu posso limpar isso. — Ajoelho-me na borda da cama enquanto catava cada um dos cacos de vidros que ali haviam.
Não arriscava nem olhar para o mesmo, que de toalha na cintura apenas se encontrava. Levanto-me, em seguida, lhe dando uma sorrateira olhada, visto que, senti meu ombro ser tocado brevemente.
Vejo-o continuar secando o cabelo, como se nada ele estivesse feito. Sem dar muita importância, sento-me na borda da cama, agora pegando o celular para mexer.
Sinto a cama a fundar, o que, obviamente, revelava que sentando ao meu lado ele estava nesse exato momento. Até então, tudo estava na maior tranquilidade, até que sinto sua respiração soprar em meu pescoço, que estava livre de qualquer fio de cabelo irritante.
Mentalmente, eu estava por dizer mil e um palavrões, entretanto, do que adianta? Se nada consigo expressar, na verdadeira situação de prática. Será mesmo que eu, certamente, desejo dizer algo? Talvez, eu apenas deseje realmente sentir isso no final de tudo.
Park Jimin não dizia nenhuma palavra sequer, visto que, seus lábios estavam ocupados demais beijando toda a extensão de meu pescoço. Volta e meia, podia sentir mordidas serem deixadas em meu ombro direito, que iam subindo com pequenos intervalos até o lóbulo de minha orelha, o que por ventura, a deixava queimando, exatamente como meu corpo, que, literalmente, fervia por baixo do tecido do moletom.
Suas mãos sinto apertarem a carne de minha cintura da maneira mais firme possível. Sua destra percebo agarrar meu rabo de cavalo para trás, o que, consequentemente, me deixou totalmente vulnerável a sua pessoa. Para mim, isso não passava a ser algo ruim. Lembro-me detalhadamente da noite que tive com sua pessoa e sem perca de dúvidas, desse seu jeito selvagem e dominante, eu nunca se quer poderia esquecer.
Park Jimin é o estilo de homem, que na cama, anseia por dizer besteiras e isso é algo que definitivamente me cativa, ou melhor dizendo, me deixa em êxtase.
Uma risadinha gostosa escutei sair de seus lábios, o que me fez virar para si. Segurei sua mão, a tirando de meu cabelo lentamente. O fitei por alguns meros segundos enquanto tocava seu rosto com meu polegar. Era incrível o quão calma ele me deixava.
Sua mão direita sinto cortar o clima de lentidão, após puxar meu corpo mais para junto ao seu. Por baixo da toalha, pude sentir em um toque descuidoso o quão duro já estava seu membro.
Seu olhar pecaminoso e pesado não mudava, o que deixava explícito que livre do álcool ele não estava.
— Não! — Recuso beijá-lo. — Mais tarde, você não lembrará de nada, então do que passa adiantar? — Afasto-me.
— Eu, obviamente, lembrarei! — disse confiante, todavia, um pouco inconformado. — Eu quero sentir você, eu quero ter você! — ressaltou, juntando sua testa com a da menor, que até então, ainda negava.
— No passado, aconteceu o mesmo — digo certa de minhas palavras. — Não quero acordar com xingamentos seus. — Saio de sua frente, agora ficando de pé.
— Já lhe disse que estou bem! — teima. — S/n? — chamou a atenção da menor. — Eu sei o que estou fazendo.
— Claramente, você sabe, mas se for ‘pra acontecer, que seja com você em boas condições — digo seriamente. — Durma aqui, se quiser — ressaltei, ao vê-lo indo até o banheiro.
— Hum! Não — diz ríspido — A real verdade é que você não escolheu a mim — refere-se ao Seokjin. — Porém tudo bem! — Passa a mão em seus fios molhado do cabelo. — Eu já esperava por isso. Não sei nem porque insisto tanto.
— Esqueça o Seokjin! — Seguro seus ombros. — Eu apenas não quero fazer as coisas sem pensar, como há anos atrás.
— Hm, tudo bem. — Mordeu o lábio inferior, pensativo. — Quantos anos será preciso para que você entenda que ter algo comigo não passará a ser um erro, hm?
— Quando eu arriscar, mas não sei se é o certo que seja agora.
— Ok! Fique aí pensado, entretanto, saiba que eu não ficarei vivendo em suas dúvidas. Só quero você, quando for de verdade! — Se afasta. — Tenha o tempo que quiser, contudo, apenas me diga para seguir caso chance alguma eu passe a ter.
— Serei sincera com você, fique tranquilo.
—No final de tudo, já sei qual será sua escolha preferência — disse convicto.
— Qual? — o questiono, curiosa.
— Nosso vizinho, Kim Seokjin. — Revirou os olhos, sem nem um pingo de divertimento.
— O quê!? — indago, incrédula. — O Seokjin, aqui?
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