1. Spirit Fanfics >
  2. Great Secrets >
  3. Tão inapropriado.

História Great Secrets - Tão inapropriado.


Escrita por: gcaroliny

Capítulo 20 - Tão inapropriado.


Fanfic / Fanfiction Great Secrets - Tão inapropriado.

Ponto de Vista Candice C. 

 

“ Bom dia, Clarkson!

Infelizmente não pude ficar a observando acordar pois tive alguns problemas com meu pai sobre a empresa para tratar. Antes de sair do quarto cuidadosamente para não acordar você fiquei alguns segundos admirando a porra dessa sua beleza que você tem até quando está dormindo. Isso é um puta de um absurdo! Bom, eu pedi que Bethy preparasse um café da manhã para quando você levantasse, então quando ler isso vá comer logo.

Ah, antes de sair aproveitei e passei a mão na sua bunda. Tão macia como bumbum de bebê.

 

Definitivamente, Justin Bieber, vivia para me deixar corada. A última frase escrita por ele resultou em risadas fracas e também no tom avermelhado de minhas bochechas, que coraram violentamente. O fato dele ter deixado aquele bilhete era um tanto quanto fofo, e acreditar que tinha vindo dele era bem difícil. Como pedido de Bieber assim que acordei tratei de ir procurar algo para comer, até porquê eu estava morrendo de fome, não literalmente, mas eu realmente estava com muita fome.

Abri a porta cuidadosamente e me deparei com um extenso corredor vazio e silencioso, juntamente com o resto da casa. Parei para analisar minhas vestimentas e me encontrava com um calcinha preta e uma blusa leve branca que cobria toda a mesma, obviamente Justin havia a colocado em mim até porque em momento algum lembro de tê-la vestido.

Voltei para o quarto e indo em direção ao banheiro fiz todas as minhas necessidades matinais, das quais eu estava necessitando muito.

Dei meu primeiro passo em direção ao extenso corredor existente ali e logo já estava descendo cuidadosamente cada degrau daquela escada. Virei minha cabeça rapidamente, quando já estava no penúltimo degrau, assim que ouvi meu nome sendo pronunciado por uma senhora parada entre a cozinha e a sala.

— Você deve ser a jovem da qual Justin comentou, certo? - ela perguntou e eu assenti, mas logo continuou atropelando suas próprias palavras - Bom, eu sou Elizabethy, ou pode me chamar de Bethy. Provavelmente ele já deve ter falado sobre mim - falou gentilmente.

Elizabethy, Bethy, Bethy… não, Justin não havia comentando sobr… Ah sim! Bethy. A pessoa que ele mencionou no bilhete.

— Sim, sim. Ele já me falou sobre a senhora - sorri de volta.

— A propósito, qual o seu nome mesmo?

— Candice.

— Tudo bem então - disse voltando de onde estava anteriormente - Ah, esqueci de dar-lhe o comprimido - falou pegando um copo com água e um anti-concepcional - “Lembre-a de tomar o remédio, Bethy. Ainda não quero ter filhos” - engrossou a voz na esperança de imitar a do Justin.

— Meu Deus! - cobri o rosto com as mãos - Não acredito que ele disse isso.

— Ele é assim mesmo, acostume-se - riu e tomei o restante da água que sobrava no copo - Creio eu que você esteja azul de tanta fome - ela ia prosseguir mas parou assim que me viu rindo.

Azul de tanta fome? - perguntei rindo e caminhando em direção a cozinha.

— Sim, querida - riu - Nunca ouviu?

— Nunca - neguei.

— Céus, vocês jovens não entendem nada do que nós falamos - Bethy falava enquanto enxaguava alguns pratos - Justin é desse mesmo jeitinho, tenho que ficar dando significados das minhas metáforas a todo minuto.

— É que eu n…

— Eu não estou reclamando, não se preocupe - me tranquilizou - Eu apenas acho engraçado vocês, que usam tantas gírias, não entenderem frases tão simples como essas.

— Concordo - ri encostando-me na parede - A senhora precisa de ajuda na louça?

— Oh não, não se preocupe. Já estou acostumada com tudo isso - enxugou suas mãos em um pano - Sente-se e sinta-se à vontade - apontou para a mesa repleta de comida - Justin me pediu que lhe deixasse bem alimentada, e ainda acrescentou dizendo que você come como uma verdadeira leoa - disse rindo e eu arregalei meus olhos.

Mas de onde é que ele havia tirado isso? Eu não comia como uma leoa! Que ótima primeira impressão eu passei para Bethy. Inferno!

— Ele falou isso foi? - perguntei desacreditando de tal coisa vinda dele.

— Sim, mas eu sei que ele sempre exagera nas palavras, então não levo muito à serio.

— Ah, então tudo bem - rimos.

Bethy era uma senhora que eu acreditava ter seus sessenta e alguns quebrados anos de idade. Ela era alguns centímetros menor que eu, tinha um excesso maior de gostosura e havia um perfeito coque em sua cabeça que não deixava escapar nenhum fio rebelde se quer.

— Senta aqui comigo, Bethy - pedi apontando para a cadeira vazia ao meu lado e ela assentiu sentando-se.

— Não gosta de comer sozinha? - perguntou rindo e eu neguei.

— Acho que me sinto um pouco... - parei pensando na palavra certa para usar.

— Solitária?

— Isso! Exatamente.

— Justin também não curte comer sozinho - disse - Sempre que dá eu venho acompanhá-lo no café da manhã, porque de acordo com ele, ele também é muito solitário - riu fraco.

— Olha só, Bieber e eu temos algo em comum!

— Pois é, minha jovem.

— Ryan e Chaz vêm aqui todos os dias? - perguntei enquanto mordiscava um waffles com geleia de morango.

— Isso é bem relativo, depende muito se há algo do “trabalho” - fez aspas com os dedos - Para resolver, se é que você me entende - assenti.

— Sem querer ser muito invasiva - falei com cautela - Mas o que houve com a mãe de Justin? Um tempo atrás ele comentou sobre ela e admito que fiquei um pouco curiosa.

— Ele perdeu a mãe e a irmã através de um acidente, no mesmo dia - disse baixo.

— Ahh - murmurei - E de que forma aconteceu? - torci a boca.

— Bom, a partir dai eu acho que você deveria perguntar à ele - fez o mesmo gesto feito por mim anteriormente - Provavelmente ele gostaria de dar essas informações a você.

— Tudo bem, de qualquer forma obrigada - sorri gentil e ela retribuiu.

— Disponha, querida.

A vida do Justin era uma verdade incógnita. Ele raramente dava informações sobre ela e dificilmente aprofundava informações sobre a mesma.Aquela conversa com Bethy só despertava minha curiosidade ainda mais, e minha língua coçava a todo instante para fazer novas perguntas.

— Justin teve muitas namoradas? - perguntei involuntariamente.

— Talvez uma ou duas - fixou seu olhar em algum ponto aleatório - Nada muito sério, sabe.

— Hmm - murmurei - Você está com ele a quanto tempo? - minha pergunta havia despertado algo nela, já que assim que terminei de proferir a última sílaba seu olhar que antes estava em um ponto fixo passou a ser em meus olhos.

— Desde que ele nasceu - disse e eu a olhei espantada - Pattie me contratou par..

Ann, Pattie?

— A mãe de Justin, ela se chamava Pattie - esclareceu - E bom, como eu ia dizendo ela me contratou para ser uma babá temporária, porém Justin e eu nos apegamos mais que o normal e então cuido dele até hoje - deu um sorriso ao terminar.

— Justin foi sortudo por ter encontrado alguém tão especial como você - falei e ela corou.

— É-Ehh.. - suas bochechas realmente estavam muito vermelhas.

— Que fofa você corando, Bethy! - gritei rindo e ela colocou as mãos no rosto.

— Pare com isso garota, você está me deixando constrangida.

— Que amorzinho - falei para irritá-la.

— Pare de me tratar como alguém de quatro anos de idade - falou brincalhona.

Eu estava pronta para revidar mas, fomos interrompidas por alguém que havia acabado de abrir a porta - vulgo Justin -, e consequentemente acabou interrompendo nossa conversa.

Ele usada uma calça preta, um suéter branco e um tênis da mesma cor. Seu cabelo estava bem penteado e em seu pulso havia um rolex de ouro.

— Bom dia, Bethyzinha - Justin disse abraçando-a e assim que seus braços malhados a rodearam logo retiraram seu corpo do chão, girando-a em seguida.

— Me coloque no chão, garoto! - Bethy gritava enquanto Justin a rodava e distribuía beijos rápidos em seu pescoço - Eu estou ficando tonta.

— Tudo bem, tudo bem - ele disse a colocando no chão - Parei - riu e eu o acompanhei.

— Eu sofro muito nas mãos desse garoto, Candice - ela disse rindo e olhando para mim.

— Imagino o quanto ele deve te perturbar, é realmente um saco conviver com ele.

— Você fala como se já tivesse convivido comigo há anos - ironizou.  

— Grosso - bufei.

— A propósito bom dia para você também, loirinha - ele disse bagunçando meus cabelos, beijando o topo da minha cabeça e pegando o resto de waffles que havia em meu prato.

— Ei - exclamei - Devolve.

— Perdeu - mordeu o alimento em suas mãos.

— Ousado - revirei os olhos.

— Faço das suas palavras as minhas.

— E ai garotão, como foi lá com o seu pai? - Bethy perguntou.

Rapidamente olhei para Justin que estava com as bochechas coradas e tive um terrível ataque de risos, e como consequência acabei me engasgando com o leite que estava acabando de tomar.

— Ajuda a menina, Justin! Ela vai morrer engasgada - disse e ele a ignorou.

— Ainda procurando a graça - ele falou e percebi que agora seu rosto não estava com um tom avermelhado por conta da vergonha e sim por conta da raiva.

— Ah qual é, garotão! - zombei ainda rindo e me recompondo do acontecimento anterior - Que falta de humor você tem.

— Puta merda, Bethy - falou entre dentes - Eu odeio quando você me chama assim.

— Como dizia Ryan: “Você está muito grilado, cara” - Bethy disse com uma voz engraçada e a única coisa que eu fazia era rir.

“Justin, o garotão ranzinza”.

— Prefiro só Justin mesmo.

— Tudo bem, Só-Justin - Bethy falou fazendo aspas com as mãos - Meu expediente acaba por aqui - retirou seu avental colocando-o no balcão - Juízo e nada de bagunçar minha cozinha.

— Pode deixar - falamos em coro e rimos.

— Mal sabe ela que amanhã essa cozinha vai estar um verdadeiro chiqueiro - cochichou em meu ouvido enquanto ela passava pela porta.

— Você é tão inapropriado.

— Jamais, querida - sussurrou em meu ouvido e sentou-se na cadeira ao meu lado.

Após alguns minutos em um terrível silêncio - onde dava apenas para escutar o barulho de algo sendo mastigado -, resolvi falar algo.

— Ouvi boatos de que você falou que eu como feito um elefante - falei e ele me olhou de soslaio rindo.

— Mas é verdade, tanto é que praticamente toda a comida que estava na mesa você comeu.

— Você deveria ganhar um prêmio de mentiroso do ano - bufei.

— Só não ver quem não quer.

Nós havíamos terminado de comer e por isso obriguei Justin a me ajudar a organizar à cozinha, eu lavava os pratos que tinha sobrado e ele secava. Aquilo era realmente muito engraçado, já que ele fazia tudo emburrado e quase quebrava toda a louça.

— Vai devagar com isso ai Justin - pedi - Vai acabar quebrando tudo.

— Vai tomar no cu também - rosnou baixo - Eu faço o que você pede e ainda reclama?

— Se fosse para quebrar eu nem tinha começado à lavar, apenas jogava tudo dentro do lixo.

— E então porque não fez isso? - ele disse e assim que encostou brutalmente o copo no balcão pedaços de vidro se espalharam pelo chão.

— Olha ai, palmas para você que acabou de fazer merda! - sorri amarelo.

— Cale a porra da boca e vem limpar isso aqui logo - jogou o pano que secava a louça em um lugar qualquer.

— Limpa você. Fez a merda então limpe a merda - gesticulei com as mãos cheias de sabão para ele e então saiu para pegar algo para limpar.

Após alguns segundos ele havia voltado com uma vassoura e uma luva. A cada instante ele bufava e passava a vassoura violentamente no chão,  eu não via a hora dela quebrar.

— Fica calmo, Justin - falei enxugando minhas mãos em algum pano.

— Você fez o resto da minha paciência acabar e ainda pede que eu fiquei calmo? - disse irônico.

Resolvi deixá-lo em paz pois eu não estava com saco de discutir essa hora da manhã. Me encostei no armário ali existente e olhei para algum ponto fixo, logo percebi que Justin havia ido para a parte de fora da casa e estava parado no meio da grama fazendo o mesmo que eu, nada. Por conta do calor, Justin retirou seu suéter ficando apenas de calça e tênis. 

Provavelmente ele tinha ficado chateado e eu não queria que esse clima estranho ficasse entre nós, então corri em sua direção e seu corpo ereto agora estava curvado pelo simples fato de meu corpo estar em suas costas.

— Desce dai Candice, puta merda como você é pesada! - gritou.

— Não estou afim - rebati.

— Não está afim, é? - falou em um tom ameaçador e quando eu menos esperei ele me ajeitou “confortavelmente” em suas costas, segurou em minhas pernas e saiu correndo.

A grama estava molhada e se Justin não tivesse cuidado nós levaríamos uma bela queda. Minhas mãos estavam em seus ombros enquanto as dele estavam uma em minha perna e outra em minha bunda.

— Vai cavalinho, vai! - gritei enquanto me mexia e ele ria.

Justin corria rápido e assim que terminou de dar alguns círculos foi correr dentro de casa. Ele era rápido e por isso a cada “obstáculo” que ele passava meu coração dava palpitadas mais fortes. Dentro da cozinha ele rodeava o balcão ali existente e quando estava finalmente parando acabamos escorregando no chão molhado.

— Porra - resmunguei baixo sendo acompanhada por Justin que levantava do chão murmurando palavrões.

— Eu acho qu..

— Justin - o chamei assustada.

— Fale.

— Seu peito está sangrando - falei e ele olhou para o mesmo que estava com um corte não muito fundo.

— Acho que tem vidro aqui dentro - disse analisando o machucado.

— Se não retirar vai inflamar - mordi os lábios aflita.

Em um ato rápido ele pegou uma caixinha de primeiro socorros da parte de baixo do armário e retirou de lá uma pinça.

— Tira para mim?

— Tem certeza que quer que eu tire? - arqueei as sobrancelhas - Eu posso machucar você e …

— Cale a boca e venha logo - puxou meu braço me entregando a pinça.

Analisei o corte e delicadamente coloquei meus dedos em seu peitoral, em reação seu corpo arrepiou-se e ri internamente com os efeitos que isso causava nele.

— Justin eu não tenho coragem de tirar isso não - choraminguei - Eu posso machucar você mais ainda e eu…

— Puta que pariu - resmungou bagunçando seus cabelos - Me dá isso aqui que eu mesmo retiro - puxou o objeto da minha mão.

— Não - bufei pegando a pinça novamente - Me deixa tirar, eu consigo.

 

[...]

 

Dava alguns passos em direção a porta do meu apartamento depois de terminar de subir uma eternidade de degraus, pois o elevador estava quebrado. Fazia cerca de dez minutos que Justin havia me deixado no prédio e eu finalmente me sentia aliviada por estar em casa.

Procurei às chaves em minha bolsa e assim que as encontrei girei a maçaneta e encontrei o apartamento completamente vazio. Provavelmente Lucy deve estar no banho, pensei. Me joguei no sofá e assim que estava completamente relaxada ouvi um miado vindo do meu lado e alguns pequenos olhos redondos me encaravam.

— Puta merda - gritei assustada - O que é isso no meu sofá, Lucy?

Ouvi passos apressados vindos da escada e encontrei Lucy com uma toalha enrolada em seu corpo e outra em seu cabelo.

— Olha só quem apareceu - sorriu.

— Responde minha pergunta - curta e seca.

— Um gato, não está vendo não?

— E de onde essa bola de pelo surgiu?

— Não sei como mas ele estava ali no corredor, eu o encontrei e peguei.

— Devolve.

— Não? - ela disse como se fosse óbvio.

— Eu estou falando sério Lucy, devolve ele. Você nem vai cuidar e vai acabar sobrando para mim.

— Eu vou cuidar, merda - resmungou baixo - E não irei devolver.

— Se esse animal fizer as necessidades dele em qualquer lugar eu faço você comê-las - falei e ela arregalou os olhos.

— O gato ainda é recém-nascido, porra - exclamou - Ele ainda não tem noção de nada.

— Lucy pelo amor de Deus - passei as maões no rosto impaciente.

Eu não vou colocar o gato para fora, fique você sabendo disso - falou e deu meia volta subindo as escadas.

Me sentei no sofá novamente e fiquei observando o gato ao meu lado. Ele era pequeno, tinha os pelos brancos, cinzas e alguns em um tom amarelado e a cor de seus olhos era um azul, ou talvez um verde. Ele ainda ia me dar muitos problemas.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...