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História Great Secrets - Happy Birthday, Babe


Escrita por: gcaroliny

Capítulo 56 - Happy Birthday, Babe


Fanfic / Fanfiction Great Secrets - Happy Birthday, Babe

Ponto de Vista Candice C.

Atlanta, 08:25 p.m, 10/06/2015

Bufei pela segunda vez em dez minutos e joguei os papéis ao meu lado no chão. Evan levantou seu olhar, já que estava de cabeça baixa a minha frente, e riu nasalado, negando. Nós estávamos no meu apartamento, sentados no tapete enquanto líamos vários documentos e algumas coisas do tribunal. Nós tínhamos mais um caso para o dia dezenove deste mês, e surpreendentemente, eu não estava nervosa, apenas cansada. Fazia dois dias desde que eu e Justin não nos falávamos, e eu estava querendo saber onde diabos ele tinha se metido.

— No mundo da lua, Clarkson? - pergunta zombeteiro.

Ultimamente eu ando mais cansada que o normal, porque além de ter que ajudar Evan em algumas coisas, o pessoal da minha turma e eu estávamos organizando a nossa formatura, que aconteceria no início de julho.

— Descansando a mente, Dexter. - respondo.

— Em cinco minutos você já descansou a mente três vezes. - diz.

— E daí? Não pode?

— Com todo esse trabalho? - pergunta olhando para os papéis espalhados por toda a minha sala. - Não.

— Quer alguma coisa pra comer? - bufo ignorando-o e levantando.

Minha bunda estava doendo e minhas pernas estavam dormentes, eu não aguentava mais. Hoslyn, A Sumida, tinha me ligado fazia uns vinte minutos me chamando para mais uma festa. Sem pensar duas vezes minha resposta foi não. Lucy, assim como nos últimos dois dias, estava andando por aí com Chaz, segundo ela “trocando ideias”. Basicamente era apenas eu e Evan no apartamento, um completo saco. E pela segunda vez em dez minutos, eu me perguntei onde estaria Justin.

— O que tem aí? - ele pergunta já atrás de mim.

— Hmm… - murmuro abrindo a geladeira. - Suco de uva e de laranja. Tem cereal também. Ovos. Bacon. - digo e ele me olha inexpressivo, apenas me observando.

— Me passa o cereal. Faz semanas que não como um. - pede.

Puxei a caixa do alimento, de leite, peguei uma tigela, uma colher e entreguei para o ser de cabelos escuros a minha frente. Ele se sentou na cadeira dali e começou a aprontar tudo, eu apenas observava. Sua barba para fazer foi destacada após Evan travar o maxilar e seus fios perfeitamente arrumados me davam uma puta inveja, os meus estavam um verdadeiro lixo. Já passava das oito e meia da noite, e comparando com as últimas vezes, essa foi a noite que ele mais permaneceu aqui. O máximo foi até umas sete e quarenta, nada mais que isso.

— Quer? - pergunta brincalhão ao notar meu olhar em sua tigela, eu nego.

— Não, obrigada. - rio nasalado.

Volto para a sala e começo a dar uma pequena ajeitada em tudo, tirei alguns papéis do chão, ajeitei tudo em uma pilha, o notebook, a pasta de Evan, lápis, canetas, e várias outras coisas espalhadas por ali. Meu celular vibra sob o sofá e eu dou passos até ele bufando, já que minhas costas estavam doendo. Frances. Ora, ora, os sumidos estão todos aparecendo agora. Primeiro Hoslyn, depois Frances. Eu não o via desde o acontecimento com Justin, nem mesmo na faculdade eu tinha visto, aquilo era um tanto quanto estranho.

— Ei, Frances. - falei atraindo a atenção do ser na cozinha.

— Ei, anjo. Pode abrir a porta? - pergunta. Oi?

— An?

— Estou aqui na porta do seu apartamento para conversarmos, pode ser? - diz calmo.

— Um minuto. - peço e logo desligo.

Lanço um olhar para Evan e ele assente, me fazendo ir até a porta. Meu amigo, até então desaparecido, estava com as mãos dentro dos bolsos frontais de uma calça jeans normal, e estava com uma camisa preta, sem estampa sem nada, e para completar um tênis da mesma cor. Ele estava bem neutro hoje. Seus cabelos estavam bagunçados, e olhando bem para seus olhos, notei leves olheiras. Ao me ver, ele sorriu, e notei o seu inseparável sorriso grande e brilhante.

— Olha só, quem é vivo sempre aparece. - gargalho indo abraçá-lo.

— Mas é claro. - diz. Fechei a porta atrás de mim e fiquei a sua frente, esperando algo. - An… Vim aqui me desculpar por aquele dia, sabe?... Lá da briga e tal. - começou coçando a nuca. - Foi bem ridículo, então me perdoe por aquilo e por ter estragado a cara do seu namorado.

— Ele não é meu namorado. - ri e ele entortou a cabeça. - Mas não se preocupe, se tem uma coisa que ele não ficou, foi machucado. E, ah, ele também é culpado, então não se culpe tanto por isso.

— Tudo bem então. - suspira. - Eu viajei esses dias, então esse foi o principal motivo do meu sumiço. E sabe com quem?

— Não faço a mínima ideia. - falo cruzando os braços e com um sorriso.

— Com aquela menina que pediu meu número lá no parque. - falou. Eu abri a boca formando um perfeito “o” e ele gargallhou pela minha expressão. Chocada estou.

— Meu Deus! - falo. - Vocês estão ficando? Namorando? Aí, estou feliz por você. - me empolguei e o abraçei.

— Nos conhecendo melhor, eu diria. - ri. - O nome dela é Cindy. Ela foi bem direta quando me mandou o primeiro SMS. Perguntou se eu tinha algo contigo e se eu e ela teríamos uma chance, então eu dei uma pequena enrolada e começamos uma conversa nada a ver. Encontrei-a, conversamos mais e a chamei para viajar. Estamos aí, então. - completa por fim.

— Uau, que rápidos. - comento. - Espero que dê certo, se ela está te fazendo feliz e…

Fui interrompida pelo rangido da porta atrás de mim e me virei, me deparando com Evan. O olhar curioso de Frances vagava por nós dois e antes que eu pudesse explicar algo, Dexter fala:

— Vou indo, Clarkson. Até mais. - se despede após tocar meu ombro.

Após o corpo do tal homem desaparecer no fim do corredor, Frances me olhava esperando algo.

— Tô fazendo estágio com ele. - explico. - Então, voltando… Se ela está te fazendo feliz e é legal… Investe nela.

— Obrigado, anjo. - sorri e eu faço o mesmo como resposta. - Então, eu vou indo. Só vim aqui me desculpar pelo acontecido, dar um sinal de vida e avisar que estarei viajando no início de julho.

— Ah não! - choramingo. - Você vai faltar na minha formatura?!

— Sinto muito, Candice. - ele diz sincero entortando a cabeça. - A minha formatura só é no meio do mês que vem, então tenho que aproveitar uns dias antes.

— Tudo bem. Mas quero presente, em.

— Pode deixar. - sorri.

Me despedi dele e voltei para dentro do apartamento. Evan tinha ajeitado tudo, obrigada. Tomei banho e fui dormir, eu não esperaria Lucy, ela tinha a chave e eu não fazia a mínima ideia de que horas ela chegaria.

 

Atlanta, 11:18 p.m, 12/06/2015

 

— Enlouqueceu, garoto?! - gritei ao me assustar com o pulo de Justin.

Nós estávamos sentados no sofá da minha sala enquanto assistíamos um filme qualquer. Ele tinha me ligado ontem à noite avisando que viria, e ao chegar aqui, foi interrogado por mim em relação ao seu sumiço, ele apenas deu a mesma resposta de sempre: “problemas na empresa”. Eu estava um pouco irritada com ele nessas últimas horas por conta disso, e aparentemente ele nem ligava. Agora, ele acabava de dar um pulo do sofá me assustando e machucando meu pescoço, já que eu estava encostada em seu braço.

— Puta que pariu, Candice. - xingou alto tirando o boné que estava em sua cabeça e coçando a mesma.

— O que foi? - perguntei sem entender absolutamente nada.

— Esqueci da saída com os caras, porra. - bufou correndo para a porta da sala e pegando seu par de tênis.

— Isso é sério? - cruzei meus braços abaixo dos seios cobertos por um baby doll preto de seda.

Ele levantou seu olhar enquanto calçava o pé direito e percorreu todo o meu corpo. Sem dúvidas, minha raiva tinha aumentado.

— Não dá pra desmarcar com eles, me desculpe. - disse se levantando e colocando a mão na maçaneta dali.

— Você vai me deixar sozinha, na véspera do meu aniversário, assistindo a metade de um filme que você prometeu que assistiria comigo?! - perguntei irritada.

— Eu juro que não foi intencional, Candi…

— Certo, Justin. Pode ir embora. - falei seca tirando a mão dele da maçaneta e abrindo a porta.

— Tá com raiva? - brinca e eu nego. Porra?

— Não. Pode ir ficar com seus amigos.

— Não fica com raiva, babe… - pede baixo fazendo bico.

— Justin, vai logo. - peço já com um tom alto e ele bufa.

— Não fecha a porta de chave, quando eu terminar lá, apareço aqui.

Ótimo, sou segunda opção.

— Sai daqui logo. - tentei fechar a porta, mas ele colocou o pé na frente.

Seus bíceps se contraíram assim que ele segurou a porta com a mão. Observei sua camisa de tecido fino branca e de mangas longas, a sua calça de lavagem clara e o tênis meio surrado. Justin continuava com o bico, mas logo o desmanchou, bufou e tirou o boné que tinha em sua cabeça o virando para trás com mão desocupada. Ele olhou para dentro do apartamento e logo depois para o meu corpo, passou a língua lentamente em seus lábios rosados e travou o maxilar. Mmm.  

— É sério, deixa a porta destrancada. - pede baixo após um tempo.

Justin tirou o pé e a mão do bloco de madeira e esperou alguma resposta vinda de mim.

— Se você me aparecer bêbado, eu juro que quebro um vaso na sua cabeça. - aviso e ele gargalha arregaçando as mangas de sua camisa até o cotovelo e olhando rapidamente o relógio de prata que tinha em seu pulso.

— Não vou, relaxe. - diz e eu tento fechar a porta mais uma vez.

— Assim espero, e sai logo. - bufei sem paciência pela terceira vez.

— Fica irritada não, linda. - pede apertando minhas bochechas e me dando um beijo.

Dei um sorriso falso e ele virou andando até o fim do corredor com as mãos dentro dos bolsos da calça. Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e voltei para o sofá, para terminar o resto do filme que Justin e eu estávamos assistindo. Não faltava muito, apenas uns vinte e cinco minutos. Exagerei na parte de falar que faltava metade do filme para assistir, mas tudo bem.

Onze e quarenta e três da noite e nada de Justin chegar. Estupidamente eu estava esperando que ele voltasse rápido. Ah, claro, ele vai sair com os amigos e vai voltar em menos de uma hora! Tsc, Tsc. Me levantei de onde estava e fui procurar algo para comer na cozinha. Eu faria meu lanche da noite e iria dormir.

Após comer, me levantei da cadeira e ajeitei a alça do meu baby doll que havia caído em meu ombro, levei o que sujei para a pia e comecei a lavar. Não tinha demorado muito, afinal, só tinha pra lavar o que eu tinha acabado de sujar, estava tudo limpo antes. Olhei o relógio dali e já era onze e cinquenta da noite. Quase 21. Desliguei a torneira e limpei toda a pia molhada com respingos de água.

Respirei ofegante e dei um grito baixo ao sentir uma cabeça encostando em meu ombro, mas logo relaxei ao notar que era Justin.

— Não vira, não vira, não vira. - disse rápido assim que fiz menção de virar para olhá-lo.

— Filho da puta, para de me dar susto. - suspirei colocando a mão molhada no meu peito coberto pelo tecido preto.

— Perdão, Clark. - ele diz após uma gargalhada rouca.

— Posso virar agora? - questionei e ele murmurou em negação. - Voltou rápido, huh? - falei e como resposta escutei sua risada.

A sua cabeça foi para o meu pescoço, e com isso, seus lábios roçaram em minha pele bem perfumada, depositando alguns beijos leves. Ri baixo e ele depositou mais alguns, logo se afastou de mim e segurou em meu ombro, me virando para ele. Abri minha boca e arregalei meus olhos surpresa.

— O-o q-que é isso? - gaguejei e ele abriu um sorriso enorme entortando a cabeça.

— Um buquê de rosas, não está vendo? - brincou e eu ri baixo nervosa.

— Uau. - suspirei olhando para as rosas vermelhas perfeitamente organizadas em um buquê em sua mão esquerda.

— Pra você. - sorriu sem mostrar os dentes estendendo a mão e me entregando o objeto.

Fiquei sem graça e levantei minha mão pegando o buquê, e sem querer esbarrei em sua mão totalmente gélida. Cheirei as rosa e ri nasalado, levantei meu olhar e observei a face suavizada de Justin. Ele tinha um sorriso tão lindo no rosto agora. Se eu pudesse ficaria a noite toda o olhando sorrir.

— Gostou? - questionou enfiando uma mão no bolso, e com isso notei que na outra mão, do lado direito, tinha uma caixinha azul.

— Mas é claro! - berrei abrindo meus braços e dando um abraço forte. Ele rodeu as mãos em minha cintura e notei sua respiração ofegante e coração acelerado. - Obrigada. - murmurei.

— Mais uma coisinha pra você. - ele me afastou e levantou o braço me mostrando a caixinha aveludada azul escura.

— O que é?

— Abre pra ver. - sorriu sem mostrar os dentes novamente e eu peguei a caixinha de sua mão.

Segurei firme o buquê e com um pouco de dificuldade consegui abrir a caixinha. Meu coração acelerou e eu olhei rápido para Justin, que estava sorrindo. Era um colar de ouro maravilhoso. Ele gargalhou ao ver minha reação e logo fez um gesto com a cabeça pedindo que eu fuçasse mais um pouco. Enfiei minha mão lá dentro e peguei o colar brilhante. Ele era lindo, e no pingente, era um coração, que dava para abrir. Uau. Abri-o respirando fundo e me surpreendi ao ver as fotos que ali tinham. De um lado, tinha uma foto que tiramos com Theo na praia e do outro, era uma foto apenas minha. Eu não sei de onde ele tinha tirado aquela, só sei que tinha amado.

— Ah meu Deus, Justin! - falei animada intercalando meu olhar nele e na jóia.

— E aí? - perguntou esperançoso.

— Eu amei, sério, amei muito! - sorri e o abracei. - Muito, muito obrigada. - murmurei.

— Não precisa agradecer, amor. - ele diz após um tempo.

Ficamos naquela posição por alguns segundos, eu com as duas mãos ocupadas com o buquê e com o colar enquanto o abraçava forte. Seu perfume agridoce me fazia querer cheirá-lo a todo instante, e seus braços acolhedores me faziam querer ficar naquele abraço por pelo menos umas duas horas.

— Eu não saí com o caras. - disse assim que nos afastamos.

— Foi buscar, não foi? - perguntei sem graça me referindo as rosas e o colar.

— Sim, eu tinha esquecido. - gargalhamos. - Eu fiquei de ir pegar na floricultura mais cedo, só que esqueci. O colar eu já tinha pegado ontem lá na loja, então deixei lá nas flores pra pegar tudo junto. Mas acabei esquecendo tudo. - fala rápido.

— Você que escolheu? - questionei e ele assentiu devagar. - São todas lindas, sério. Você não tem noção do quanto eu amei.

Permanecemos trocando olhares por uns cinco segundos, e eu logo mexi o buquê na minha mão inquietamente.

— Justin, e-eu… An.. E-eu…

— Sabe o significado das rosas vermelhas? - ele perguntou nervoso e eu neguei, então ele suspirou.

— Não, qual é?

— Deixa pra lá. - dá de ombros.

— Não, me diz. - peço.

— Segredo. - coloca o dedo indicador entre o lábios brincando e eu gargalho.

— Internet está aí para isso, amorzinho. - caçoei e ele entortou a cabeça rindo.

Ele arregalou os olhos sem mais nem menos e arregaçou as mangas da sua camisa até o cotovelo, rolou os olhos pelo relógio e me olhou. Não entendi nada.

— Alguém vai fazer vinte e um aninhos. - brinca com uma voz engraçada dando uma olhada no relógio.

— Pois é.

— Três... dois... um… - conta baixo se aproximando de mim. - Feliz aniversário, babe.

Justin roçou nossos lábios e me beijou forte. Retribui da mesma forma e sorri em meio ao ato. Ele me puxou pela cintura e aprofundou o beijo. Justin estava querendo algo devagar, sem pressa, apreciando todo o momento, e eu obedeci à sua vontade. Aquele sem dúvida seria o melhor aniversário da minha vida.


Notas Finais


Viram o manip que eu tentei fazer dos meus pais na mídia? <3 Ah, passando pra avisar que faltam pouquinhos capítulos pra gs acabar, de certeza desta vez :(
TRAILER:::::::: https://www.youtube.com/watch?v=NvOLmXQYyr4 ::::::


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