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História Guardião por destino - Diário de um urso (Parte II)


Escrita por: Nan_Melo

Notas do Autor


Olá pessoinhas.

Aqui está a segunda parte do capítulo, suei pra escrever essa viu... mas tô tão satisfeita com o resultado. Tá finalmente chegando no momento que mais tô empolgada à escrever. Mal posso esperar!

E assim, eu estou escrevendo essa fanfic mais pra mim porque eu p r e c i s o de uma fanfic L3ddy nos meus termos, e é engraçado porque depois de escrever e postar eu venho no site e leio como se fosse vocês. Mas que Big Besta *rindo* então estou feliz que tem gente lendo e alguns até comentaram, fico muito feliz mesmo. Eu mal cheguei nesse site então é óbvio que poucas pessoas vão conhecer as minhas histórias, mas espero que todos que visitem gostem do que vejam~

E se preparem, as coisas esquentam bastante nesse, hehe.

Boa leitura!

Capítulo 5 - Diário de um urso (Parte II)


Algumas horas mais tarde, Olioti já estava em seu posto, acampando no terraço de um prédio abandonado próximo ao hospital onde o senhor Feuerschütte se encontrava. O prédio era bem do lado do hospital, então ele tinha uma visão privilegiada da janela do quarto do doutor, que coincidentemente tinha uma larga janela de vidro. Ele xingou baixinho enquanto se estabelecia em seu posto. Claro que era uma vantagem para ele, já que tendo uma boa visão de quem ele precisava proteger seu trabalho ficaria mais fácil, mas isso também significava que se alguém vier atrás do rapaz como o caçador esperava, essa pessoa também o avistaria facilmente.

— Óbvio que nada é fácil nessa vida — resmungou, observando o rapaz finalmente se mover na cama e acordar assustado. — Uh-oh.

Doutor Feuerschütte permaneceu imóvel por um tempo até que veio o momento que Olioti mais odiava presenciar. O rapaz começou a chorar, e depois de poucos segundos o choro ficou tão alto que ele conseguia ouví-lo de onde estava no telhado. Sentiu um aperto terrível no peito e teve que juntar todas as suas forças para não dar meia volta e sair dali. Se sentia um intruso assistindo aquele momento de vulnerabilidade daquela forma clandestina, e o seu desconforto só foi amenizado pelos pais do rapaz entrando no quarto e correndo para confortá-lo. Enfermeiras entraram em seguida e começaram a averiguar os aparelhos enlouquecidos devido ao desespero do paciente. Essa situação seguiu por longos minutos até que sedativos fossem aplicados à medicação do rapaz e ele voltasse a dormir.

Isso se repetiu diversas vezes durante a semana. Feuerschütte acordava e começava a chorar, e as vezes ele dormia de exaustão, já que sedativos eram evitados a todo momento para se evitar sobredosagem, mas Olioti preferia que pudessem colocá-lo para dormir como nas outras vezes. Chorar era a única coisa que ele fazia. Não comia, não falava, e durante toda aquela semana, Olioti começou a pensar que o dano fora irreversível.

Até que no fim da semana, tudo mudou.

Doutor Feuerschütte não chorava mais. Passou a aceitar as refeições que lhe eram trazidas e a conversar com seus pais, que estavam tão confusos quanto Olioti. Isso o preocupou. Ninguém supera algo assim tão rápido, principalmente da forma que aconteceu, então estava claro que o psicólogo estava fingindo; provavelmente para não preocupar os pais ainda mais. Olioti não conseguiu evitar a inquietação que passou a sentir perante aquilo, já que se sentia culpado pelo que tinha acontecido. Se ele não tivesse enrolado com Scarlett e tivesse a matado antes que ela pudesse fugi,r aquele rapaz não estaria passando isso agora. Sempre fora tão competente... era difícil engolir uma falha dessa, principalmente quando acabou afetando outra pessoa de uma forma tão devastadora.

Continuou a observá-lo pelo resto daquela semana até que ele recebesse alta, e durante esses dias, a sensação que tinha alguém o nos arredores passou a perturbá-lo. Se manteve alerta—apesar de que as vezes ele se distraía enquanto observava Doutor Feuerschütte, não entendendo bem o por quê—e assim que ele saiu do hospital com os pais, Olioti os acompanhou de longe.

A viagem não foi muito longa e o caçador tentou ser o mais cauteloso possível para que não parecesse que os seguia — afinal de contas, seu carro era branco e chamava um pouco de atenção.

Minutos depois, o carro parou em frente a um prédio e a família o adentrou. Olioti logo arrumou um lugar para estacionar e manter vigia. Nessa quadra residencial seria mais difícil ele ficar em cima de outro prédio e não ser notado, então optou apenas por vigiar por fora. Tirou equipamentos que o permitiriam identificar qualquer intruso que tentasse dar uma de espertinho fora de seu campo de visão e se aconchegou no banco. Seriam longas e entediantes horas, mas era o mínimo que podia fazer pelo doutor depois de tudo o que tinha acontecido.

Algumas horas se passaram e tudo parecia tranquilo, até que ele avistou os pais do Doutor Feuerschütte saindo do prédio e entrando no carro. O caçador franziu enquanto assistia o casal dirigir para longe. Achava que eles ficariam com o filho, mas pelo pouco que tinha visto, imaginou que Feuerschütte tinha os assegurado que estava “bem” e que precisava ficar um pouco sozinho. De certa forma era uma coisa boa, já que caso acontecesse algo seriam menos vidas para ele se preocupar, mas também era algo arriscado.

Se o doutor estava sozinho, estava vulnerável.

— Ele não está sozinho. — Olioti disse para si mesmo enquanto franzia, apertando o volante — Mas se estivesse, ele teria facilitado muito o trabalho dos sanguessugas. Droga, doutor.

As coisas permaneceram tranquilas por mais um tempo, até o relógio marcar O4:OO AM e três leituras corporais acionarem os equipamentos especiais de Olioti; específicos para a detecção da leitura corpóea diferente dos vampiros. Ele analisou as leituras e xingou baixinho quando elas mostraram três silhuetas escalando o prédio e se dirigindo para o topo pela parte de trás. Pegou suas armas e saltou para fora do carro, agradecendo o fato de ser de madrugada e não ter ninguém na rua para avistar o que ele estava prestes a fazer. Não tinha tempo para ser sutil.

Correu para o beco que se formava entre o prédio de Feuerschütte e o prédio vizinho, rapidamente escalando as escadas de emergência, se lançando para cima com uma destreza e velocidade sem igual. Não demorou muito para que chegasse ao topo, e o fez ao mesmo tempo que os intrusos. O trio notou sua presença assim que seus pés tocaram o teto do prédio, e logo começaram a sibilar de forma ameaçadora. Olioti apenas revirou os olhos e se sentou no parapeito, levantando o dedo indicador quando os vampiros se moveram para atacá-lo. Eles o encararam confusamente enquanto ele respirava pesadamente — Um segundo para eu recuperar o fôlego, colegas.

— Quem é você? O que faz aqui? — um dos vampiros, um moreno alto de queixo quadrado, demandou em um sotaque carregado.

— Só fazendo o meu trabalho, e quanto à vocês? — Olioti sorriu zombeteiro enquanto os vampiros arquearam as sobrancelhas.

— Fazendo o nosso, que por sinal não é da sua conta — o mesmo vampiro arreganhou as presas — fique fora do nosso caminho.

Olioti suspirou e se colocou de pé, retirando suas espadas gêmeas do suporte em suas costas — Sinto dizer que não dá, colega. Infelizmente o alvo de vocês é alguém que eu estou protegendo, então há um conflito de interesses aqui.

— Marco, olhe, — o vampiro da esquerda, que era loiro e meia cabeça menor do que os outros dois, apontou para o brasão que se encontrava na junção do coldre de Olioti — aquele não é o símbolo da Liga Mortal?

Marco franziu ainda mais, finalmente notando o brasão com pistolas gêmeas apontando para cima com “L.M” gravado entre as duas — Caçador?

Olioti rodou sua espada sutilmente — Estava me perguntando quanto tempo ia demorar pra cair a ficha. É o um novo recorde.

— Espera, não foi um caçador da Liga Mortal que assassinou Lady Scarlett? — indagou o último vampiro, esse magricela e ruivo — Lorde Godric está louco atrás do cara.

— Realmente... — Marco abriu um sorriso — Diga caçador, que tal nos dar um nome... e talvez deixemos você sair com pelo menos três membros intactos?

Olioti não conseguiu segurar o riso — Isso é tão irônico.

— O que? — Perguntou Marco, não gostando do tom de deboche de Olioti.

— Claro, tenho alguém pra vocês sim, — ele deu de ombros — Lucas Olioti de Souza, 22 anos, 1,80 de altura, péssimo senso de direção e adora as músicas da Ariana Grande... ah, no momento está com uma péssima dor de cabeça. Sério. A gente pode terminar logo isso pra eu voltar pro conforto do meu carro?

Os vampiros arregalaram os olhos, mas foi o loiro quem se pronunciou — Foi você!

Ele revirou os olhos — Parabéns, senhor óbvio. Quer um biscoitinho?

Sem mais delongas, os vampiros partiram pro ataque. Olioti desviou habilmente do primeiro ataque vindo de Marco e depositou um soco em sua jugular, o que o fez recuar alguns passos. O vampiro loiro e o ruivo decidiram atacar ao mesmo tempo, mas Olioti usou a parte cega de sua espada para atingir o ruivo no rosto com força e o cotovelo nos dentes do loiro, que acabou sendo mais devagar que o colega. Ambos vampiros grunhiram de dor, principalmente o ruivo que fora tocado pela lâmina especial da espada de Olioti. O loiro estava no chão com as mãos na boca — aparentemente a cotovelada tinha lhe quebrado uma boa quantidade de dentes.

Marco tinha se recuperado do soco de Olioti, que para sua surpresa tinha sido demasiado forte vindo de um humano, e estava se lançando em sua direção mais uma vez. Olioti voltou as espadas pra seu lugar em suas costas e retirou suas armas, rapidamente atirando nos joelhos do vampiro antes que ele pudesse usar sua rapidez vampírica. Marco berrou assim que as balas atingiram seu alvo e tombou ao chão, dando abertura para Olioti retirar uma das espadas das costas e habilmente separar a cabeça do vampiro do corpo.

— Marco! — O vampiro ruivo berrou raivosamente, usando sua velocidade para tentar morder Olioti, mas acabou não conseguindo no último minuto já que o caçador percebeu o ataque vindo e deu um mortal para trás, chutando o queixo do vampiro no processo. — Argh!

Sem pestanejar, Olioti pegou sua arma com a mão livre e atirou na cabeça do vampiro assim que seus pés tocaram o chão. A cena não foi bonita, e ele realmente agradecia o fato de que assim que o sol aparecesse, toda aquela bagunça viraria cinzas.

Subitamente, uma dor aguda lhe atingiu e ele demorou alguns segundos para processar o fato de que o vampiro que restara estava lhe mordendo o pescoço. Olioti não conseguiu conter o berro de dor que escapou seus lábios. A mordida foi duas vezes pior devido ao fato de que os dentes do vampiro haviam sido quebrados, mas o caçador não tinha tempo para prestar atenção em dor. Soltou a arma que estava segurando em sua mão esquerda e agarrou a cabeça do vampiro, o arremessando longe com um grunhido. A ação se provou um erro quando ele sentiu o rasgo em seu pescoço se expandindo, mas ele tinha coisas mais importantes pra se preocupar já que o vampiro já estava se pondo de pé. — Esqueci completamente desse cara, caralho.

— Você vai pagar por tudo que fez, caçador! — o vampiro sibilou, arreganhando seus dentes quebrados e manchados de sangue.

— Merda, não tenho tempo pra isso. Preciso estancar esse ferimento antes que eu perca sangue demais — Olioti colocou a mão esquerda no pescoço na tentativa de diminuir o fluxo de sangue, mas o vampiro já estava em movimento. Sem pensar duas vezes, Olioti usou sua perna direita para desferir um chute no rosto do vampiro e enquanto ele cambaleava, desferiu um golpe com sua espada. Por ser menos encorpado que os outros dois, o vampiro conseguiu evitar que a lâmina fizesse contato com seu pescoço, mas não fora rápido o suficiente para sair completamente ileso. Rugiu de dor quando a lâmina acabou por cortar fora seu braço esquerdo, pulando metros de distância de Olioti, que arfava e continuava tentando estancar o sangue que jorrava de seu pescoço. O vampiro o fuzilou, mas quando viu que o céu estava começando a clarear, sinalando o começar do dia, recuou alguns passos.

— Marque minhas palavras, Lucas Olioti de Souza. — O vampiro começou — Cruzar com os Maquiavelli foi o pior erro que você já cometeu em sua vida.

E em um piscar de olhos, o vampiro tinha desaparecido.

Olioti suspirou — Ótimo,  é o segundo que me escapa e agora o clã inteiro vai saber sobre mim. Parabéns Olioti, tu realmente tá perdendo teu jeito.

Foi então que o barulho de carro chamou sua atenção. Quando olhou para baixo, avistou um carro branco deixando a garagem do prédio e franziu. Era o carro do Doutor Feuerschütte. Leon tinha lhe passado muitas informações sobre o psicólogo durante as horas que ele não tinha nada para fazer, mas o que ele estava fazendo? Não é possível que estava indo trabalhar apesar de tudo, não é?

— Como diabos vou conseguir te proteger se você estiver andando pra lá e pra cá, doutor? — ele suspirou pesarosamente, tirando a mão do pescoço e sentindo o sangue jorrar do ferimento — Ah, droga. Preciso cuidar disso antes que comece a me afetar. O doutor claramente adora andar com um alvo pintado nas costas, não posso me dar ao luxo de desmaiar enquanto ele está zanzando por aí.

Logo Olioti desceu do topo do prédio—usando as escadas de emergência mesmo, só que dessa vez sem muitos malabarismos. Corria o risco de piorar sua situação caso fizesse coisa do tipo—e foi até seu carro. Depois de limpar o ferimento da forma que deu e tampá-lo, entrou no carro e dirigiu para o lugar onde Doutor Feuerschütte trabalhava. Aqueles definitivamente não eram os devidos e necessários cuidados que se deve ter com um ferimento daquela extensão, mas era o suficiente pra evitar com que sangrasse até a morte.

Eram nessas horas que ele se arrependia amargamente em ter recusado a proposta de Nilce de aprender a exercer primeiros-socorros.

O dia foi relativamente calmo. Os vampiros não atacariam durante o dia, e ele imaginava que não o fariam por um tempo já que o tal Godric provavelmente arquitetaria alguma coisa com as informações que conseguiram sobre quem ele era.

Bom, pelo menos isso era o que ele esperava. Não sabia se aguentaria outro round com vampiros em seu atual estado, principalmente quando ele nem sabia como ainda estava consciente.

O sangramento tinha parado momentâneamente, mas ele ainda tinha perdido uma grande quantidade de sangue. Estava faminto e exausto, além de estar se sentindo imundo devido ao sangue seco que tingia sua camiseta anteriormente branca, o que não era de muita ajuda tendo em vista que ele não podia simplesmente comprar alguma coisa pra comer. As pessoas provavelmente entrariam em pânico ao ver seu estado, o que causaria um alvoroço, e como isso era tudo o que ele não queria, resolveu que barras de cereal e água teriam de servir.

Obviamente, seu estômago não concordava.

Mas assim se seguiu. As horas se arrastavam enquanto ele assistia pessoas entrarem e saírem do consultório do Doutor Feuerschütte. Ficou abismado com a quantidade de pacientes que o homem tinha; de certo era um profissional competente. Pessoas entravam cabisbaixas e saíam com um sorriso de orelha à orelha. Era algo extremamente cativante de se assistir, principalmente quando a maioria desses pacientes eram crianças. Olioti realmente se sentiu impressionado. O rapaz tinha recentemente passado por provavelmente a situação mais traumática de toda sua vida, e ainda conseguia ter força interior o suficiente para ajudar a quem estava precisando.

Esperava que um dia pudessem conversar — fora dessa situação é claro. Talvez se tornassem bons amigos, mas no momento isso não era possível. Pela primeira vez em muito tempo Olioti queria seguir as ordens de Comandante Neto e tentar manter Doutor Feuerschütte o mais longe desse mundo o possível. Era um mundo impiedoso e cruel, se ele se envolvesse com tudo isso... a perda de seu amado ia ser só o começo de uma vida de muita dor e sofrimento. Olioti já tinha que enfrentar aquela realidade todo dia, preferia manter a maior quantidade de pessoas possível longe disso.

Seu telefone vibrou dentro do bolso de sua calça. Logo ele pegou o aparelho e viu o nome de Leon no visor, o que o fez franzir, e atender a chamada — Ei cara, algo errado?

Olioti, você precisa tirar o senhor Feuerschütte daí imediatamente!

O tom urgente de Leon o deixou alarmado — O que aconteceu?

— A central entrou em contato com o comandante agora pouco, eles parecem ter detectado grande movimentação no clã Maquiavelli. Aparentemente Lorde Godric enlouqueceu e despachou mais de cem vampiros pra cá!

 Mais de cem vampiros?! — Olioti repetiu em alarde, olhando pro céu que já estava começando a escurecer — Merda, se ele já despachou então eles vão atacar hoje.

— Exatamente. Precisamos que você leve o doutor até a casa dos pais dele e segure até que os reforços cheguem.

 Espera, por que exatamente você está dando a entender que vão demorar?

Leon suspirou do outro lado da linha — Alguns vampiros atacaram a base mais cedo. Não tivemos perdas, mas grande parte dos nossos veículos e armas foram destruídos. A central vai mandar reforços, mas vai demorar até que cheguem.

Olioti olhou para seu estado deplorável e sentiu uma leve pontada em seu pescoço, como se o ferimento o lembrasse que ele não estava em condição alguma de entrar em combate. Mas que maravilha  O chefe tá sabendo que pra eu conseguir fazer isso vou ter que quebrar protocolo, né?

— Foi ele quem deu a ordem.

 Então não tenho escolha, — Olioti verificou o horário no relógio do painel do carro, que marcava 18:OO — ele sai esse horário. É melhor interceptá-lo antes que entre no carro, caso contrário vai ser impossível alcançá-lo.

— Olioti, está tudo bem contigo?

O caçador pausou — Por que?

— Sua respiração está acelerada e o computador está me mandando alertas em respeito à sua leitura corporal.

Olioti teve que respirar fundo para segurar o xingamento que quase escapou seus lábios. No momento que chegasse aos ouvidos do Comandante que ele tinha sido incapacitado em combate ele seria removido de seu posto, e ele não podia permitir tal coisa. Era seu dever proteger o doutor, e ele se recusava a deixar qualquer outro tomar seu lugar. Não porque não confiava em seus colegas, mas porque ele se sentia endividado com o rapaz.

Se ele tinha de morrer, o faria enquanto protege Doutor Feuerschütte, e isso era final.

— Tenho certeza que é só algum problema no seu equipamento, os vampiros devem ter causado algum dano no sistema — disse tentando controlar sua respiração, ouve um certo silêncio do outro lado da linha e ele quase achou que a desculpa não tinha funcionado, até Leon finalmente responder.

— Oh, realmente. Conseguiram danificar o sistema, como não percebi isso?!  Olioti soltou um sutil suspiro aliviado — Certo, vou cuidar disso aqui. Cuidado!

— Cuidado é meu nome do meio, — ele respondeu encerrando a ligação e abrindo a porta do carro com certa dificuldade — apesar de que imprudente ou maluco se encaixam melhor.

Olioti assitiu uma jovem com as pontas do cabelo azuladas entrar em um carro e sumir de vista no fim da rua. Imaginou que trabalhasse no consultório, já que ela chegou junto com o doutor e saiu tão tarde quanto ele. Isso só poderia significar que ele estava sozinho. — É Olioti, tu não apenas traumatizou o cara, mas também vai arrastar ele pro teu mundo perigoso. Protetor do ano, — resmungou enquanto saía do carro e andava até a porta — Tu merece um prêmio, seu babaca.

Ele entrou no consultório e olhou em volta. Era um lugar pequeno mas muito bem arrumado, cheio de cores alegres e quadros com frases motivacionais pendurados por toda parte. Era aconchegante, e por um minuto, ele se sentiu em paz.

Até um barulho vindo de uma sala o lembrar o motivo pelo qual estava ali.

Avistou a porta que dava pra sala de onde tinha se originado o barulho, e ao ler Dr. Lucas Rossi Feuerschütte gravado no vidro fosco da porta, ele pôde apenas respirar fundo. Conseguia ver uma silhueta se movendo dentro da sala, então se moveu na direção da porta e bateu. A silhueta parou de se mexer de imediato.

Depois de tudo o que aconteceu, não me surpreende ele estar assustado. Olioti insistiu, e algumas batidas foram um pouco mais pesadas porque seu corpo subitamente vacilou, o fazendo xingar baixinho. Merda, agora não é hora pra ser frouxo, Olioti.

O silêncio se instalou mais uma vez, e depois de um breve momento, a silhueta do Dr. Feuerschütte finalmente começou a se mover na direção na porta. Olioti tentou se endireitar para parecer o mais apresentável possível em sua presente situação, e assim que a porta abriu e olhos magnificamente verdes entraram em contato com os seus, ele não conseguiu evitar o sorriso que se alastrou em seus lábios.

 Olá doutor, tem horário disponível? 

Doutor Feuerschütte franziu o cenho e então arregalou os olhos ao perceber o seu estado — Mas o que diabos aconteceu com você?!

Quando eu te contar, você provavelmente não vai acreditar.


Notas Finais


Vou te falar uma coisa, escrever cenas de luta quanto tu não tem experiência é o Ó.

Espero que tenham gostado de Badass Olioti. Adoro aquele urso, então vou tender a fazer ele meio foda mozão marido protetor nessa história :x NÃO ME JULGUEM!

Até a próxima!


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