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História Guerra é Guerra - A Crap Of a Term


Escrita por: autora_santiis

Capítulo 3 - A Crap Of a Term


O celular de Aileen apitou e ela o olhou franzindo o cenho, vendo a frase “Esquilos e Nozes” brilhar como o nome do grupo recém criado. O autor daquilo? Seria óbvio demais, mas ela ainda optou por abrir para ver o contato do Matthew dando as boas-vindas a todos. Ela revirou os olhos e clicou na descrição do grupo, precisava saber quem fazia parte dele, e foi por isso que ela viu o apelido do seu namorado brilhar como uma lanterna do meio de uma floresta, tão sinistro quanto um filme de terror, não era possível, ele não podia ser um Magcon, não mesmo.

Ela largou o celular em cima da cama com o susto e encarou sua amiga sentada na cama provavelmente olhando o mesmo grupo.

— Ele é um Magcon – Aileen diz fazendo Franciele lhe olhar com o cenho franzido.

— Ele quem? – a loira pergunta confusa.

— O Peter Pan, é um Magcon – Aileen pega o celular e novamente abre o grupo, mostrando a sua amiga o que queria realmente explicar.

Franciele arregalou os olhos e mirou o rosto de Aileen, ah ela estava tão ferrada.

— Eu preciso terminar com ele, era bom demais para ser verdade, e se for o Mendes? – Aileen pergunta exasperada, já estava andando de um lado para o outro, em puro nervosismo – não, não posso aceitar isso, e se é ele, será que me provoca de propósito?

— Aileen, calma tá legal, a probabilidade de ser o Shawn é quase nula, o Peter P., é culto, é inteligente e não é arrogante, Shawn jamais teria tanta sensibilidade assim, nem que ele nascesse de novo.

Aileen inspira profundamente e solta todo o ar, parando no lugar e mirando o chão.

— Você tem razão, mas preciso saber quem ele é – Aileen diz e Franciele pega seu celular, logo entrando no grupo e ajudando a amiga a comparar os números, até ter achado o contato que tinha como nickname Jack.

Bem, aquilo reduzia sua lista de 13 para 2, fácil demais, e sendo qualquer um dos dois, ainda assim ela precisava dar um fim naquilo, ser namorada de um Magcon era o mesmo que suicídio social, porque se o relacionamento acabasse, era você quem ficava com a fama de chutada, e as meninas do colégio passavam a te odiar mais do que quando você namorava com um deles.

Aileen respirou fundo e olhou para a janela, não demorando para ouvir a algazarra dentro do quarto.

— Mahogany pediu para irmos até o jardim, vamos assinar os termos – Marjorie diz e mira Aileen – que cara de cachorro morto é essa?

— Ela descobriu que o namorado virtual é um Magcon – Franciele conta.

— Outch – Marjorie diz esfregando a bunda, como se realmente tivesse sido mordida – pense pelo lado bom – ela diz e as duas lhe olham com tédio – é, não há... vamos nessa.

Aileen não retrucou, apenas deixou o quarto com as amigas recém chegadas, Mahogany já estava no pátio, enquanto tinha alguns de seus amigos assinando duas vias de uma ata, eram os termos de responsabilidade, eles precisavam assinar para o colégio ficar tranquilo de que nenhum deles faria alguma gracinha.

— Como você descobriu? – Meaghan pergunta confusa, olhando ao redor e vendo os Magcon.

— O Matthew fez um grupo e ele está lá – Aileen passa as mãos no cabelo e suspira, logo mirando os Jack’s ao lado de Mahogany, os outros três patetas do quinteto também estava ali.

— Não seria tão ruim, você ficaria famosa – Poliana diz rindo, é, ela não estava levando a sério.

— Você não tem curiosidade? Tipo, de saber quem é? Seu namorado virtual é incrível Aileen, pare de besteira – Marjorie diz e olha para Mahogany, estava chegando sua vez.

— Pronta para pagar com seus pecados? – a castanha ouve a voz do moreno e se vira para ele com os olhos semicerrados – eu lhe disse que era guerra Marjorie.

A mesma não entendeu, mas não deixaria aquele babaca falar o que quisesse.

— Eu não tenho pecados, fui perdoada por todos eles quando me colocaram no seu grupo de trabalho – Marjorie revira os olhos e volta a prestar atenção na sua fila.

— Sabe que tem que ler não é?

— Que ler o que? Eu leio todo dia aquelas fanfics com personagens malditos, me dá aqui – Marjorie pega a caneta com pressa e rubrica as duas folhas, fazendo Mahogany negar com a cabeça.

— Seu roteiro mamacita – Taylor estende o papel para ela que o pega com um sorriso falso e sai andando, a fim de esperar suas amigas.

Enquanto esperava ela foi fazer o óbvio, ler o roteiro, que por acaso deveria ter sido antes de assinar os termos, Marjorie estava muito ferrada.

— O que? – ela grita exasperada atraindo a atenção dos que ainda estavam ali, sua atenção vai direta no loiro – eu não vou beijar essa boca de caçapa – Marjorie estava ultrajada – não irei mesmo.

— Você já assinou os termos gatinha – Cameron pisca para ela que semicerra os olhos com ódio.

— Mahogany – Marjorie fala irritada.

— Você assinou amorzinho – Mahogany dá de ombros, ela não podia fazer muito, realmente.

Marjorie cruzou os braços indignada e desistiu de terminar de ler a porcaria do roteiro, que não se espantem, mas foi ela mesma que recriou. Sem nomes nos personagens, apenas as cenas, ela deu o roteiro a Aaron e disse pra ele escolher quem ele quisesse para os papéis, bem, agora ela definitivamente podia parar de assinar os termos do Google sem ler.

— Eu te avisei que você ia se dar de mal – Franciele se aproxima dela, depois de ter assinado seu termo – o karma sempre vem cobrar.

— No meu caso ele veio mesmo me avisar que eu vou pro inferno – Marjorie bufa entediada – vamos logo, precisamos preparar o encontro às cegas – a castanha fala na direção de suas amigas e mira os cinco patetas – Pluto, Donald, Mickey, Pateta e Tio Patinhas, não esqueçam que vocês estarão no stand principal, o encontro é às sete, não se atrasem, ou serei obrigada a encher a cama de vocês de formiga – Marjorie avisa e os outros nem retrucaram, ainda estavam perdidos em quem deles era o tio patinhas.

As meninas saíram dali e foram direto para o dormitório, precisavam pegar as coisas que a escola cedeu para elas montarem o encontro às cegas e não, não haveria jantar, elas não iam arcar com as despesas daquilo. E o encontro às cegas na verdade era você e outra pessoa, por 20 minutos conversando, as pessoas realmente pagavam por aquilo. E como os Magcon seriam os felizardos masculinos, elas não tinham dúvidas de que teriam muitas pretendentes.

Pretendentes, Aileen arregalou os olhos, era sua chance de tentar saber qual dos Jack’s era seu namorado virtual. Por isso ela apenas reuniu as amigas e contou seu plano, era a prova de falhas, bem, isso se ela não contasse as contingências.

O encontro realmente começou as sete, as meninas colocaram seis mesas, uma ao lado da outra, a garota que sentasse na cadeira estaria vendada e só saberiam quem era seu encontro quando as organizadoras dissessem que podia tirar a venda. Apesar de terem feito ao ar livre, a decoração estava linda, velas, flores, corações, as mesas redondas cobertas com um pano de cetim vermelho, as cadeiras de madeira bem confortáveis, elas realmente haviam feito muito em pouco tempo.

— Podem vir meninas – Aileen diz e suas amigas guiam as primeiras premiadas da noite até a cadeira que deveria se sentar.

— Eu preciso mesmo fazer isso? – Aaron sussurra para Aileen que o olha e assente, o moreno havia caído ali por engano, não, não era engano, as meninas acharam que o Aaron seria um bom partido.

E bem, elas não erraram quando disseram que ia dar muito dinheiro, cada encontro custava 10 dólares, por 20 minutos. As outras garotas histéricas estavam ali perto apenas olhando e esperando sua vez. Eles ficariam ali por duas horas e depois seriam as meninas, com a mesma quantidade de tempo.

Aileen olha para o relógio e mira a mesa onde o moreno estava, se tivesse que apostar em algum dos dois, seria ele, definitivamente o Finnegan era o perfil exato do seu namorado virtual. Quando deu os vinte minutos e as primeiras garotas saíram, Aileen entrou e piscou para suas amigas, era a vez das segundas garotas, e ela estava no meio, e daí que ela fazia parte daquele grupo? Era sua chance de descobrir algo sobre seu namorado virtual.

A venda foi tirada e ela sorriu para o moreno, que cruzou os braços e a encarou com o cenho franzido.

— Vamos conversar – ela diz apoiando os cotovelos na mesa, tinha a expressão séria.

— Você sabe que podia ter economizado dez dólares e me chamado como uma pessoa normal, não sabe? – ele diz debochado e ela semicerra os olhos.

— Aí não teria graça, eu queria algo dramático – ela dá de ombros e se recosta na cadeira – você é o Peter Pan.

Ela não perguntou, mas ele não negou ou afirmou, apenas virou a cabeça de lado e arqueou as sobrancelhas.

— E o que te faz achar isso? – ele pergunta interessado, seu amigo precisava resolver aquilo.

— Você tem o perfil exato dele, sua personalidade é igual ao Peter P., não foi tão inteligente da sua parte usar o mesmo número – Aileen cruza os braços debochada e sorri – quando ia me contar?

— Acho que posso dizer o mesmo de você – ele indica eles dois e o ambiente, é, ela não havia sido tão esperta assim – e Aileen, isso não é o que você pensa.

— Está acabado – ela diz simplista e se levanta, ainda não havia se passado os vinte minutos – não podemos levar isso em frente.

Gilinsky olha para seu lado discretamente e viu o loiro encarando-o com confusão. Ele volta seu olhar para Aileen e nega.

— Não vai se livrar disso Aileen, sugiro que tenha um pouco de paciência – ele diz e se levanta também, agora todos olhavam para os dois – você realmente não é tão esperta assim.

E Gilinsky a deixou ali, sozinha, olhando para o nada, com a maior confusão estampada na sua face, aonde ela tinha falhado? Não sabia dizer, mas definitivamente ela sentia que aquilo ainda lhe daria dor de cabeça.



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