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História Heart of Gears - Garagem Leo e Calipso


Escrita por: Thieh

Notas do Autor


AAAAAAAAAAAAAA UM ANO DEPOIS AQUI ESTOU EU!!
Como não tenho muitas expectativas que meu velhos e bons leitores ainda acompanhem a fic quero dar um alô aos novos, obrigado por estarem lendo e não se preocupem, as atualizações serão regulares a partir de hoje hehe
boa leitura <3

Capítulo 3 - Garagem Leo e Calipso


Casa da tia Martha, Long Island
10:00 A.M.
Point of View Sophie Prescott

                     

Os pés de Sophie não queriam ficar parados, ela caminhava incessantemente diante do telefone sem fio de sua tia com uma sensação de ansiedade no peito. Já havia feito três dias que ela havia saído do hospital, sua mãe estava mais calma, todos os seus amigos não estavam mais preocupados e sua tia estava com um ótimo humor por finalmente ter alguém para dividir a casa, mas Sophie não conseguia tirar aqueles pensamentos escuros de sua mente, queria saber a verdade sobre o acidente no ônibus na companhia daquele desconhecido latino sujo de graxa na qual se chamava Leo.

Por fim soltei um suspiro. Era inútil apenas ficar se remoendo e não fazer nenhuma ação. E assim num gesto súbito de coragem peguei o cartão na qual o rapaz havia dado e o telefone fixo de sua tia e começo a digitar os números com pressa, mas a voz animada de mina tia me interrompe subitamente.

- Sophie! Venha aqui um pouquinho, querida? –gritou minha tia da cozinha fazendo com que eu soltasse um suspiro quase de alivio. Ela ao menos me salvou de fazer uma possível burrada.

- Estou indo! – gritei em resposta largando o telefone e o cartão em cima de uma mesa.

Com um pouco de pressa fui até o encontro de minha tia, rapidamente a vendo dando uma golada na sua xicara de café parecendo estar com um ótimo humor.

- Bom dia! – falei cordialmente caminhando até ela.

- Bom dia, querida. – ela falou me dando um sorriso – Tenho uma pergunta pra você: Tem carteira de motorista, certo?

- Sim.... Por que a pergunta?

- Meu carro está com alguns problemas no motor, ele vem apagando de tempos em tempos mas faz um tempo que eu venho esquecendo de mandar para o concerto, mas como aquele dia no hospital você me fez lembrar do Leo Valdez lembrei também do problema do carro, você poderia leva-lo até a mecânica do Leo? – ela perguntou com um sorriso inocente.

Senti um tipo de tremelique nas pernas. Eu veria Leo pessoalmente, finalmente poderia saber a verdade sobre aquele dia no ônibus! Uma certa animação correu por meu corpo, mas então lembrei de alguns detalhes que fizeram eu ficar desanimada.

- Tudo bem, mas a senhora não pode fazer isso? Eu não conheço nada em Nova York ou Long Island!

O a expressão de minha tia ficou pensativa, como se ela não tivesse avaliado todos os fatos, afinal, nesses três dias que já passei nos Estados Unidos (por que eu não conto com o primeiro) o único lugar na qual eu já conhecia era o mercadinho da esquina da casa da minha tia na qual eu fui umas duas vezes pra comprar comida. Apenas.

- Tem razão.... Mas terei que adiar, hoje tenho que ir organizar um evento em New Jersey e não terei muito tempo, mas esqueça, outro dia eu vou.

Assenti positivamente. Tia Martha era uma assessora de eventos da redondeza, não era tão conhecida, mas seus trabalhos eram muito bem feitos, por isso ela conseguia se sustentar muito bem em seu estilo de vida e também permitia que ela trabalhasse quase todo o tempo fora.

Já que estava na cozinha aproveitei para pegar uma xicara no armário para tomar um pouco café ainda quente que minha tia havia feito. Conversei um pouco sobre ela sobre alguns assuntos aleatório para não ficarmos em silêncio e logo subi para meu quarto achar algo para fazer apesar do meu assunto pendente ainda martelar fortemente em minha cabeça. Eu precisava falar com Leo, mas por que estava hesitando tanto? Será que aquele monstro foi apenas obra da minha imaginação ou aquilo realmente aconteceu? Eu não entendo, são tantas perguntas esperando por respostas que talvez nunca sejam respondidas. Pelo menos não se eu não ligar.

Com determinação, fui até a mesinha pegando o cartão e logo digitando o número de telefone do latino no telefone sem fio e ouvindo os primeiros toques da chamada. No terceiro toque a ligação foi atendida.

Bom dia, com quem falo? – a voz de Leo quase esquecida em minha mente fala em meus ouvidos.

– Bom dia, é a menina do ônibus velho e fedido que você pegou à uns dias atrás. Podemos conversar? –perguntei tentando soar tranquila.

Pera, é aquela garota dos Monstros S.A? – ele me perguntou em um tom brincalhão, me fazendo ficar com vergonha, aquilo não foi engraçado.

– Ei! Não ria, é sério! – falei irritada tentando não demostrar que havia ficado com vergonha.

– Haha desculpe, é que foi realmente engraçado ver você sem jeito assim como deve estar agora –Leo falou ainda rindo - Sophie, certo? Você está bem? Já saiu do hospital?

– Sim, sim, sai faz alguns dias.

Você estava tão fofinha quando deixei as flores lá haha, aliás, porque só me ligou hoje? –Leo me questionou parecendo estar curioso.

– Bom, você disse no cartão para ligar caso eu tivesse algum problema e eu não tive –falei rindo um pouco da minha desculpa esfarrapada.

Se você não teve nenhum problema então porque me ligou?

– Por que eu preciso saber o que realmente aconteceu naquele ônibus.

A ligação ficou em silêncio por alguns segundos, Leo pareceu não saber o que dizer, mas então retomou a conversa gaguejando.

B-Bom, aconteceu o que aconteceu oras, uns caras chegaram com umas armas, fizeram uns bam bam no telhado e soltaram uma bomba no ônibus para fugir, dããrdi  - ele respondeu de forma nervosa.

– Você bem mais que eu que não foi isso que aconteceu lá dentro, Leo. –falei tentando soar séria e confiante quando na verdade estava com medo e segura dele rir da minha cara e desligar.

S-Sophie! Preciso de ligar, um cliente acabou de chegar, até mais. –e então ele desligou na minha cara.

Larguei o telefone sorrindo. Eu não estava louca, realmente havia acontecido algo naquele ônibus na qual Leo Valdez não queria me informar, mas eu iria descobrir de qualquer jeito. Rapidamente peguei meu celular e o desbloqueei para ver a hora. 11:27 da manhã, eu ainda tinha tempo de voltar para o almoço.

Sai do meu quarto e desci as escadas, tia Martha estava na sala com o notebook no colo, provavelmente pesquisando sites que possam ajuda-la no emprego, fui até ela entusiasmada.

- Tia! Mudei de ideia! Eu estava pensando, só vou ficar 500 dias aqui e já desperdicei 3 dias dele por causa do incidente naquele ônibus, acho que está na hora de eu sair um pouco certo? E nada melhor pra isso seria dando umas voltas por New York para mim conhecer o lugar, né? – falei tentando convencer minha tia em me deixar sair.

Tia Martha me olhou confusa por alguns instantes, mas logo pôs um sorriso no rosto igual ao meu.

- Que bom que já está disposta! Você vai querer levar o carro para a oficina então? – perguntou minha tia animada.

- Quero sim, posso ir agora? Chego antes do almoço.

- Claro pode sim, mas as 13 horas eu tenho que ir trabalhar, tudo bem? Tente não passar desse horário ou vai comer sobras haha –Martha respondeu com bom humor me fazendo rir.

Assenti rapidamente pegando a chave do carro com minha tia. Ela me as informações necessárias que eu precisava para chegar na oficina do Leo e eu aproveitando, peguei meu celular e o desbloqueei, colocando no Google Maps o local exato em que eu queria chegar.

Dei um tchau para tia Martha e então peguei o carro comecei a dirigir. O carro da Tia Martha era um Corolla 2015 vermelho, já que o motor estava dando algumas falhas, minha tia disse para mim tentar chegar o mais rápido possível em New York, mas não força-lo muito, caso o carro falhasse no meio do caminho ela me aconselhou ligar para o guincho e leva-lo até a oficina;

Como Long Island não era tão distante de New York eu não demorei muito para chegar na cidade comercial dos Estados Unidos dirigindo. Meu celular dizia que eu não estava muito longe da oficina e seguindo à risca as instruções cheguei ao meu destino.

Olhei pela janela do carro: “Garagem Leo e Calipso”. Por algum motivo, ler a placa me deixou hesitante. E se a mulher dele estiver lá? Seria realmente muito constrangedor pedir para ficar a sós com seu marido para conversarem. O que ela poderia pensar? Que eu sou uma amante, talvez?  Suspirei desconfortável, mesmo que ela pense nisso não posso deixar a oportunidade de conversar com Leo passar.

Girei o volante e fui entrando com o carro na oficina. Percebi que o latino não estava à vista, mas mesmo assim abri a porta e sai do carro.

- Ei! – gritei chamando atenção – Alguém pra me atender?!

- Estou aqui, desculpe a demora, estava limpando algumas ferramentas. –disse Leo descendo uma escada circular de metal. Ele ainda não havia olhado para mim e pelo tom de voz estava aborrecido.

- Olha, pra alguém que é conhecido como o melhor mecânico de New York você não está me impressionando muito. –falei brincalhona admirando a feição surpresa que ele fez quando ouviu minha voz.

- Sophie? O que faz aqui? – perguntou o latino surpreso como se não esperasse que eu viesse vê-lo.

- Vim atrás de respostas e também de um bom mecânico para arrumar o motor do carro da minha tia. – falei apontando para o carro que estava atrás de mim.

- Bom, pelo menos uma dessas coisas eu posso te dar. – ele falou desanimado indo em direção ao carro e abrindo seu capô.

Quando ele passou por mim pude ver que ele estava exatamente do mesmo jeito que havíamos nos conhecido pela primeira vez: Com suas roupas surradas e todo sujo de graxa.

- E por que a outra não pode responder? – questionei ele curiosa.

- Por que não há necessidade, já te contaram o que aconteceu, não é verdade? – Leo me respondeu não olhando pro meu rosto e encarando concentrado o motor do Corolla.

- Sim, contaram o que acham o que aconteceu, mas não o que eu e você vimos. – falei ficando irritada com aquele ser.

- E o que eu e você vimos? – ele me perguntou finalmente me olhando.

- Uma mulher que rastejava até nós com um corpo de cobra e cabelos de serpente que você matou com uma explosão. – respondi sendo direta. Não havia motivo nenhum para enrolar.

Leo ficou em silêncio por alguns segundos ainda me encarando antes de voltar a fazer o que estava fazendo.

- São poucas as pessoas que enxergam através da Névoa, foi uma coincidência enorme eu sentar do lado de uma pessoa delas e ser atacado por uma górgona quase que no mesmo momento.

- Espere, o que quer dizer com “enxergar através da Névoa”? E o que é uma górgona? – perguntei confusa tentando processar suas palavras.

- Calma aí, mocinha, uma pergunta de cada vez. – Leo disse sorrindo i – Bom, os mortais têm uma mania de não quererem enxergar o que está bem à sua frente. Isso sempre acontece. É claro, sempre tem aquelas exceções, uma delas é você. Você consegue enxergar o mundo como ele realmente é: Cheio de seres mitológicos que só complicam sua vida.

- Seres mitológicos? Você quer dizer como deuses, duendes, unicórnios e etc? –perguntei confusa ao garoto.

- Não, só a parte dos deuses mesmo você acertou na verdade. – ele respondeu de forma engraçada. Pelo menos agora ele parece realmente estar sorrindo de verdade desde que cheguei. – Sabe tudo aquilo que você aprendeu na escola sobre mitologia grega? Pois bem, tudo aquilo é real.

- Eu não consigo entender, mas por que apenas eu consigo enxergar?

- Você e mais algumas exceções raras. – Leo disse pegando um pano sujo e limpando suas mãos sujas de graxa. – O carro parece ter um escapamento no motor, diga pra sua tia não se preocupar, consigo arrumar em dois dias, ah, e se quer uma dica, esqueça tudo o que você viu no ônibus três dias atrás, esqueça o que eu disse sobre os seres mitológicos.

- Mas por que? Porque preciso esquecer?

- Porque quando você enxerga e sabe demais, você corre perigo. Os monstros normalmente não atacam mortais, mas se perceberem que você sabe quem eles são, te matarão imediatamente. – respondeu o latino seriamente – Eu até te salvei no ônibus aquele dia, mas salvar princesinhas em perigo não cabe mais na minha agenda por enquanto.

Quando ele disse aquilo fiquei irritada, ninguém pediu por sua proteção muito menos eu!

- Tanto faz, não pedi sua proteção ou nada do tipo – falei grosseiramente, mas Leo demostrou uma reação contrária do que eu esperada: começou a gargalhar de mim. – Do que você tá rindo, idiota?

- Nada, eu só quero ver até quando essa sua pose de durona vai aguentar, não duvido que até hoje à noite você apareça aqui pedindo ajuda de algum monstro que você andou encarando por aí.

- É o que vamos ver. – falei dando as costas para o latino, mas sem querer trombando com alguém que apareceu do nada. – Ai! Sinto muito.

- Falando em monstros... – Leo disse sarcasticamente para a pessoa que eu trombei.

Abri os olhos e vi com quem eu havia trombado. Era um homem magro, mas aparentemente forte, com vestes pretas e extremamente pálido. Seus cabelos pretos caiam mais ou menos na altura do ombro e seus olhos eram da cor mais incomum que eu havia visto: Completamente negros.

- Atrapalho? – perguntou ele sério olhando para mim e Leo.

- Não, claro que não dude, pode falar. – Leo disse vindo para perto de nós com um pequeno sorriso no rosto.

- Temos um problema no Acampamento, estamos sendo atacados.


Notas Finais


Aparição fantasmagórica de Nico di Angelo (mozão <3 ) em Heart of Gears concluída com sucesso, o que será que acontecerá com Sophie depois disso?
Só tenho a dizer que adoro muuito escrever a Sophie, principalmente por que me identifico muito com ela, mas realmente não queria ter o azar de ver monstros por todo lado haha
Espero que tenham gostado <3
KISSUS


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