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História Heartbreak Hotel - Clocks


Escrita por: tenhurts

Notas do Autor


Halmeoni: avó.

Boa leitura! ♥

Capítulo 4 - Clocks


Fanfic / Fanfiction Heartbreak Hotel - Clocks

Johnny acordou, mas não fazia ideia onde estava. Muito menos que horas eram. Sua cabeça ardia insuportavelmente.

Ele se revirou na cama, até finalmente acordar de fato.

A luz do sol era forte, fazendo os olhos de Youngho arderem. Percebeu estar sem as roupas de baixo, mas não ligava.

Johnny levantou e procurou pelo banheiro do lugar em que estava ainda tentando se lembrar do dia anterior.

Entrou no banheiro, lavou o seu rosto e se olhou no espelho dando um longo suspiro. Ele voltou ao quarto, procurou por suas roupas e imediatamente as vestiu.

Pegou seu celular, viu as horas e ficou desesperado. Johnny não conseguia achar seu relógio, e ficou rodeando o quarto a procura. Ele ouviu passos, e foi quando um garoto loiro um pouco mais baixo que ele entrou no quarto com um rosto malicioso.

— Hey, bom dia. Mas já vai? Tão cedo...

— O garoto caminhou em direção a cama, sentou e se apoiou em seus dois braços, e ficou olhando Johnny.

— Parece que sim... É... você poderia me dizer seu nome? Eu realmente não me lembro.

O garoto ficou imóvel na cama, com uma cara de desacreditado.

— Tá, que seja. Você viu um relógio por aí? Ele é marrom e cinza, e foi muito caro.

— Sério? — O garoto tirou o relógio do seu pulso e jogou na direção de Johnny. — Rude. Só vá embora de uma vez.

Johnny colocou o relógio, e respirou aliviado não dando a mínima para o garoto ali em sua frente.

— Me perdoa mesmo, cara.

E saiu do quarto.

Johnny tinha esse problema de acordar em lugares diferentes. Ele costumava beber muito, e se relacionar demais com as pessoas. Então, quando isso acontecia, ele achava normal. As vezes ele pensava ser frio demais, porém logo depois o pensamento passava. Ele tinha lá os seus motivos.

Ele morava com a sua avó em seu apartamento. Era um lugar pequeno, mas confortável. Era apenas os dois, então Johnny não achava necessário ser um espaço enorme. Youngho amava sua avó mais que tudo. Até porquê ela era a única pessoa que ele tinha. Johnny era outra pessoa ao lado dela. Ele cuidava e protegia com todo o carinho. Coisa que ele não fazia com ninguém.

Johnny não sabia muito sobre suas origens. Ele sabia que veio da América, e morou apenas com seu pai até aos seis anos. Foi quando ele faleceu. Ele tinha poucas memórias dele, mas o pouco que ele lembrava o confortava, às vezes.

Quando seu pai faleceu, Johnny teve que se mudar pra Coréia. Pois ele não tinha com quem morar, além de sua avó.

Então, daí em diante ele cresceu com ela.

Johnny chegou em seu apartamento, tirou as chaves do bolso e abriu a porta.

Ele entrou silenciosamente, pois achava que sua avó ainda estava dormindo. Ele fechou a porta, e foi diretamente ao banheiro. Quando ouviu uma voz rouca, ainda de sono ecoando no quarto.

— De novo, John?

—*Halmeoni, já acordada? Desculpa demorar. — Johnny saiu do banheiro, foi até a cozinha pegar um copo de água e foi até o quarto para finalmente ver sua avó.

— Está tudo bem, meu filho. Você sabe o que eu sempre te digo.

— Eu sei, por mais que eu ache uma besteira. — Johnny sorriu um pouco cautelosamente.

Ele pegou na gaveta do criado-mudo ao lado da cama de sua avó um frasco de remédio, tirou dois comprimidos e deu para ela, seguido com o copo de água.

Ela tomou, e colocou o copo em cima da mesa.

— Agora, vá. Vá tomar um banho, porquê parece que você não toma faz anos. — A vó de Youngho colocou as mãos no nariz, nunca deixando de sorrir.

— Eu não te suporto, halmeoni. — Johnny deu um beijo na testa de sua vó e foi correndo ao banheiro finalmente fazendo sua higiene matinal.

Enquanto Johnny tomava seu banho, ele refletia sobre o que sua vó sempre falava para ele. Ela não sabia que Johnny saia para beber todas as noites, mas ele contava que saia a noite somente para se divertir e conhecer gente nova.

Sua avó achava que uma hora iria aparecer alguém na vida de Johnny que faria a vida do mesmo virar de cabeça para baixo. Ele achava aquilo uma besteira.

Youngho já havia se relacionado com muitas pessoas. Homens, e mulheres. Mas nunca havia se apaixonado por alguém. Ele nem sabia sequer se isso de fato existia.

Ele amava sua avó por diversos motivos. Mas o principal motivo, é ela sempre prezar o amor. Ele não acreditava, mas o jeito que ela falava sobre fazia Johnny quase acreditar. Ela era muito cabeça aberta, talvez fosse por todas as experiências que ela já tivesse passado na vida dela. Johnny era sortudo.
Ele saiu do banho, e foi diretamente para o quarto se vestir.

Quando ele já estava vestido, saiu do quarto e sua avó estava no sofá vendo televisão. Johnny se sentou e deu uma checada em seu celular, e havia muitas mensagens do mesmo garoto de mais cedo. Ele revirou os olhos.

Johnny não fazia ideia como o número dele veio parar em seu celular, ele nunca adicionava número das pessoas que ele dormia ou se relacionava.

Sua avó percebeu a irritação no rosto de Johnny, e se atreveu a perguntar o que havia de errado.

— Alguém está te incomodando?

— Podemos dizer que sim. — Johnny riu e jogou o celular no sofá, e foi até a cozinha.

Ele preparou um sanduíche rápido e voltou para a sala onde viu tv e jogou conversa fora com a sua avó.

Eles costumavam passar o dia assim. Sempre havia novas coisas, novas histórias que Johnny descobria de sua avó, era sempre uma surpresa. Ele adorava isso

Ela estava falando sobre suas histórias passadas, com o seu falecido avô. E Johnny não aguentou.

— Halmeoni, por acaso conheceu a minha mãe? Ou, conheceu melhor o meu pai? — Johnny colocou as mãos nos pescoços um pouco aflito.

Um silencio se instalou na sala, e Johnny rapidamente se arrependeu de ter perguntado.

— Conheci. É claro que conheci, Youngho. — Sua avó se levantou do sofá e começou a andar em círculos.

— Não precisa mais dizer nada, eu perguntei somente por impulso.

— Tudo bem, meu filho. Eu vou me deitar. Será que tem como você ir na loja e comprar vegetais e ramen? Quero fazer um grande almoço para nós amanhã. Há um dinheiro em cima do armário. — Ela deu um beijo na testa de Johnny e saiu do cômodo.

Quando ela saiu ele ficou parado por um tempo refletindo sobre a reação da sua avó sobre tal assunto. Ela parecia muito aflita, e ele ficou muito curioso.

Coisa que em todos esses anos ele nunca sentiu.

Ele foi até ao quarto e pegou sua jaqueta jeans, e vestiu rapidamente. Pegou o dinheiro e foi em direção à loja.

Ela não ficava muito longe do apartamento dele. Então ele podia ir caminhando facilmente.

Ele entrou na loja e foi rapidamente no corredor que se localizava os ramens, e lanches instântaneos. Só que ele percebeu estar sendo observado. Observado até demais.

Era um garoto pequeno, ele vestia um agasalho verde, calças skinning pretas e botas, seus cabelos ficavam nos olhos e ele tinha um rosto angelical. Ele parecia estar tão surpreso ao ver Johnny, e ele achou hilário.

Johnny o olhou de volta com aquele ar de irônico que já nasceu com ele e sorriu de canto. O garoto ficou desesperado quando percebeu estar olhando para Youngho.

A mulher que trabalhava no caixa chamou a atenção do pequeno fazendo o mesmo despertar. Johnny parou, cruzou os braços em direção ao garoto e ficou sorrindo naturalmente.

Foi quando ele pegou suas compras e ao sair da loja, o pequeno deu uma última olhada para Johnny, fazendo ele dar de cara com ele ali parado. O garoto saiu apressado e envergonhado da loja. Youngho nunca havia presenciado algo tão engraçado.

Ele foi até o lado de fora da loja e observou o garoto caminhar rápido.

Johnny estava totalmente curioso e admirado com aquele pequeno ser.
 



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