1. Spirit Fanfics >
  2. Heartbroken >
  3. Capítulo 8

História Heartbroken - Capítulo 8


Escrita por: Brokeen

Notas do Autor


Oii gente xD Espero não ter demorado mesmo sabendo que eu demorei (Não me julguem, aliás, julguem mesmo.) Não nada pra falar aqui, entããããooo

OBRIGADA PELOS FAVORITOS E BOA LEITURA!

Capítulo 9 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Heartbroken - Capítulo 8

 Olhei as horas e vi que tinha pouco tempo que o sinal da saída bateu. Esperei mais alguns minutos e não quis esperar mais por Zayn. Se quero terminar isso rápido, tenho que começar rápido.

 Fui para o corredor onde ficava as salas dos troféus. Não era recomendável eu ficar ali dentro. Mas de alguma forma eu deveria. Poderia parecer idiota o fato de eu não ter superando tudo pelo que passei e de repente desmoronar vendo apenas uma foto de minha mãe. Vê-la sorrindo nas fotos me dava um vazio no peito e logo vinha a dor indescritível de pensar que eu nunca mais a veria sorrindo de novo. Entrei na sala e fiquei encarando a parede do fundo onde se encontravam as fotos das líderes de torcida. Fui acordada de meus devaneios quando ouvi uma voz grave e suave atrás de mim.

 - Achei que você não iria querer voltar aqui novamente. – Disse a voz. Me virei e dei de cara com os olhos cor de caramelo que me fitavam. Era obviamente Zayn, o dono do olhar que me deixava pouco confortável.

 - Não era para eu estar aqui, na verdade. – Pigarreei.

 - Então porque está? Quer passar por tudo de novo? – Troquei meu pé de apoio.

 - Passar por tudo o que? Você por acaso sabe pelo o que eu passei? – Ele colocou uma das mãos no bolso da calça jeans justa.

 - Não estou dizendo que sei. Mas está na cara que você passou por algo ruim. – Desviei o olhar. –Você não iria ficar naquele estado por ver uma foto qualquer, Cindy.

 - Todos tem seus problemas. – Fui andar até a porta, mas parei ao seu lado quando ele começou a falar novamente.

 - Qualquer pessoa que tenha problemas não ficaria do jeito que você ficou por ver uma foto. Isso não é um problema. É algum trauma. – Olhei para ele.

 - Trauma? O que você sabe sobre mim? – Virei de frente para ele e o encarei. Mesmo que o que ele disse fosse mesmo a verdade, eu não poderia deixa-lo ficar sabendo de algo. – Você não sabe de nada Malik. – Pronunciei seu nome com ousadia e saí da sala. Ele não demonstrou surpresa nem nada, apenas suspirou.

 Tentei procurar Judite para saber o que nós dois faríamos a seguir, mesmo eu não estando á vontade com ele, ainda mais agora. Quando eu estava virando o corredor para ir para o refeitório escutei a sua voz novamente.

 - Judite já me deu as instruções do que fazer. Só para avisar. – Disse ele. Virei-me.

 - Você poderia chamar por meu nome para depois dizer o que você quer? Você me assusta falando do nada. – Disse eu e ele deu um meio sorriso. – Não tem nada de engraçado para você ficar sorrindo. – Disse eu direta e ele continuou com o sorrisinho.

 - Apenas me siga, Parker. – Estreitei os olhos para ele quando me chamou pelo sobrenome. Ele começou a andar á minha frente.

 - Não se esqueça que estudo aqui á mais tempo do que você e sei bem onde cada sala está.

 - Você nem sabe qual devemos ir. – Disse ele sem se virar.

 - Você poderia tentar dizer. – Comecei andar com lentidão. – E só para constar, odeio que me chamem de Parker. – Parker era o sobrenome de meu pai. Mas era a única opção que sobrava para mim, pois Lynn era muito estranho, mesmo dado pela minha mãe. Cindy Lynn Parker não é o nome mais comum de todos.

 - Pare de reclamar. – Disse ele. Revirei os olhos mesmo ele não vendo.

 Começamos a chegar ao corredor das salas de músicas. Aviam as salas de treinar musicais e tocar instrumentos. No começo do primeiro ano eu comecei a tocar Violoncelo no Colégio para musicais, só que depois parei, mas mesmo assim eu ainda toco de vez em quando. Mas nesses últimos meses eu mal toquei no que eu tenho em casa, pois foi minha mãe que me ensinou a tocar quando eu ainda era criança, ela sempre me ensinava os dons que tinha. Nunca gostou que eu fosse para outro lugar aprender se já á tinha em casa para me ensinar.

 - O que vamos fazer? – Perguntei. Ele virou um corredor que dava á uma sala pequena de limpeza.

 - Limpar algumas das salas de músicas. – Disse ele abrindo a porta e me entregando dois rodos e pegando um balde com um pano dentro e produtos de limpeza. Ele pegou os rodos de volta e ficou com o balde.

 - Quais? – Perguntei nervosa. Não queria mostrar a imagem de fraqueza que eu passei antes para ele.

 - Violoncelo, piano e violino. – Engoli em seco. Peguei um balde com água até a metade e andamos até a primeira sala. A de Violino era a primeira. Quando entramos vimos vários violinos encostados no chão na parede dos fundos.

 - Vamos colocar os violinos em cima das prateleiras. – Disse eu deixando o balde no chão. Ele assentiu e começamos. Eram ao todo 25 Violinos. Joguei um pouco de produto de limpeza no chão e outro na água. Não demoramos tanto. A sala estava limpa e fomos para a de Pianos.

 Quando entramos tinham seis pianos ao fundo da sala. Zayn andou até o fim da sala e passou os dedos pelos teclados do piano fazendo as notas soarem.

  - Você toca? – Perguntei. Ele não olhou para mim e fechou a parte de cima do piano. Ele não me respondeu, deve não ter me escutado ou apenas ignorado. E eu no caso eu não iria perguntar novamente. Começamos a limpar a sala. Eu já tinha tocado piano uma vez, na verdade tenho um em casa que era para minha mãe e Ryan. Quando éramos pequenos ela perguntou qual queríamos aprender a tocar. Eu escolhi o violoncelo e Ryan piano, mas mesmo assim aprendi algumas notas vendo mamãe ensinar Ryan. Mas ele parou de tocar aos 15 anos, preferiu tocar bateria.

 Quando saí dos meus pensamentos percebi que já tínhamos terminado e fomos para a última sala, a de Violoncelo. Abrimos a sala e aviam em torno de 15 violoncelos ao fundo da sala. Respirei fundo e apertei a bainha de minha blusa.

 - Isso vai ter que durar até quando? – Murmurei.

 - Até o final da semana provavelmente. – Disse Zayn passando á minha frente.

 - Não é disso que eu estou falando...- Ele olhou para mim de relance. – Esquece. – Disse eu. Andamos para o final da sala e ele começou a limpar, mas eu não. Eu encarava um violoncelo á minha frente. Fazia tanto tempo que eu não tocava...Passei os dedos pelas notas. Senti um calafrio, mas eu precisava tocar. Peguei a vareta do arco que estava em cima de um banco atrás do instrumento. Sentei-me no banco e toquei algumas notas. O som saia bom, mas eu tinha ficado tempos sem tocar. Aleatoriamente toquei uma das minhas primeiras notas na corda e um calafrio percorreu minha espinha. Soltei a vareta e abaixei a cabeça. Apertei meu pulso do braço esquerdo e respirei fundo. Não vai ser agora que irei ter um ataque idiota. Não novamente.

 - Você toca? – A voz de Zayn soou e me fez olha-lo nos olhos. Eu queria ignorar a pergunta igual á ele, mas não quis.

 - Sim. – Minha voz saiu fraca. Levantei-me do banco constrangida. – Mas nem sou tão boa. Faz tempo que não toco. – Comecei a limpar a sala junto com ele, mas percebi que ele tinha parado e me fitava. Ignorei e por um tempo depois ele continuou comigo.

 Quando terminamos fui para casa e passei na cozinha. Comi um lanche qualquer e peguei minha garrafinha de água com gás.

 - Não está mais almoçando por quê? – Anna apareceu.

 - Estou chegando á tarde do Colégio.

 - Posso saber por quê? – Perguntou ela.

 - Tenho que fazer trabalhos comunitários. Não dá para explicar. – Disse eu já na sala. Subi as escadas correndo enquanto tomava minha água. Quando cheguei no quarto fui tomar um banho. No chuveiro senti um pouco de tontura e logo bocejei. Não acredito. Anna sabe que só eu tomo água com gás aqui em casa. Ela me deu o remédio de novo. Vou começar a verificar todas as comidas dessa casa.

 Logo caí sem jeito na cama e desmaiei no sono.

XXX

 - Onde está seu irmão? – Perguntou alguém entrando em meu quarto.

 - Não sabe bater? – Sentei na cama abruptamente e vi que era Michael. Que ótimo.

 - Eu te fiz uma pergunta.

 - Que no caso eu não posso responder agora. – Esfreguei os olhos. Que horas devem ser agora?

 - Ah, e o que a senhorita está fazendo de tão importante que não pode me responder? – Olhei as horas que vi que já eram 22h00. Espantei-me.

 - Dormindo e pretendo continuar se você me der licença. – Abri a porta de meu quarto para ele sair, mas ele á fechou com força.

 - Não estou aqui para brincadeiras Cindy, preciso falar com seu irmão.

 - E o que eu tenho haver com isso? – Cruzei os braços.

 - Não estou falando o que você tem haver ou não, estou perguntando onde ele está e pretendo ser respondido.

 - Então pergunte á outro, não sou a guarda-costas dele. – Ele suspirou impaciente.

 - Preciso falar com ele Cindy.

 - Engraçado como você começa a se importar com os outros quando precisa de algo.

 - Eu sempre me importei.

 - Ah e com certeza não sabe demonstrar. A gente apenas vive no mesmo teto Michael, mais nada.

 - Se esqueceu da educação que eu e sua mãe te demos?

 - Se lembrou da existência dela agora?

 - Todos os dias eu me lembro, Cindy.

 - Não parecia quando você se casou com aquela qualquer depois de um mês que minha mãe tinha nos deixado.

 - Nós dois aqui sabemos que essa conversa não é a melhor opção.

 - Nenhuma conversa com você é a melhor opção para mim. – Saí esbarrando nele e trombei com Karen. Suspirei irritada. Meu senso de humor já está mudando tragicamente.

  - Não olha para frente garota? – Perguntou ela.

  - Não percebo quando lixo está passando. – Disse eu tentando me esquivar, mas ela estava me impedindo. Suspirei tentando manter a calma.

 - Deveria me tratar com mais respeito, sou sua madrasta. – Disse ela com ousadia. Olhei para seus olhos verdes e seus enormes cílios postiços e tentei não pular em cima dela e rolar escada á baixo.

 - Saí da frente agora. – Murmurei.

 - Oi? Não escutei, poderia falar mais alto? – Ela disse deixando sua voz ainda mais irritante.

 - Vou passar por cima. – Ameacei.

 - Teria mesmo a coragem? – Ela se aproximou e virei a cara por causa de seu perfume. – Ainda estou sendo educada. – Disse ela.

 - E é o que eu não serei agora. – Disse eu.

 - Sempre tão ousada, não é mesmo? Você não tem coragem nem de mexer um fio do meu cabelo. – Sorri sínica. Eu estava realmente me segurando. – Você é uma inútil igual á sua mãe. – Ela sussurrou.

 - Acho que você não me conhece. – Empurrei á para trás com toda força que eu tive. Ela caiu com tudo para trás batendo na parede e pela sua sorte ela caiu no corredor e não da escada.

 - O que está acontecendo aqui?- Michael apareceu.

 - Ela me empurrou! – Exclamou Karen. Michael á ajudou á levantar. – Essa garota está louca! Perdeu totalmente a noção! – Eu á encarava atentamente. – Eu só queria passar e ela me empurrou com tudo. – Ela deu um passo mancando e quase se derreteu nos braços de Michael. Tive vontade de vomitar.

 - Cindy, você fez mesmo isso? – Perguntou ele. Ele iria acreditar mesmo nela? Claro que ia. Eu que sou a louca que já foi internada em um hospício. Quem iria acreditar em mim, não é mesmo?

 - Não. – Disse eu. - Ela tropeçou.

 - Como assim? Você está mentindo! Ela está mentindo Michael. – Karen disse.

 - Porque está tão preocupada Karen? Você só caiu e torceu o tornozelo. Sinto muito te informar mas você ainda vai sobreviver. – Disse eu.

 - Cindy, você não está falando a verdade.

 - Em quem você prefere acreditar? – Perguntei. Ele ficou calado. – Não sabe nem fazer uma escolha. Você é um covarde.  Tentei me esquivar deles, mas Michael segurou meu braço.

- Perdeu mesmo a educação que seus pais te deram?

 - A que a minha mãe me deu ainda está aqui, mas só a uso com pessoas que merecem. – Tentei soltar de seu braço mas ele o apertou.

 - Sou seu pai, você deveria me respeitar!

 - E você por acaso me respeita? – Falei no mesmo tom que ele.

 - Eu te criei!

 - Mas depois me deixou de lado por causa vagabunda! – Gritei. Karen estava quase formando um sorriso. Ela queria mesmo criar conflito comigo e Michael. Eu já estava por um fio que logo iria se arrebentar.

  - Se refira á ela como Karen, ela é sua madrasta, devia respeita-la! – Ri de frustração e soltei meu braço do dele.

 - Como se respeita uma prostituta? Essa mulher é uma puta desgraçada!

 - Olha como você fala garota! – Ele aumentou ainda mais o seu tom. Antes ele quase nunca gritava comigo. Antes.

 - Por isso nunca quis começar uma conversa com você!

 - Antes você conversava comigo. – Disse ele normalmente.

 - Antes você não transava com essa vadia, e antes, você não traia minha mãe que estava no Hospítal e depois em vez de pelo menos respeita-la morta você se casou com essa puta! – Gritei.

 Senti uma pancada em meu rosto que virou de uma vez. Depois uma dor no local. Coloquei a mão em meu rosto.


Notas Finais


Espero que tenham gostado!! :)
Comentem o que acharam, o que gostaram e até o que não gostaram. É SUPER importante pra mim :3
Obrigada por tudo e até o próximoo!!

BJOOOS!!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...