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História Heirs - Chegando em casa


Escrita por: Dancehitsz e RedYe-ri

Capítulo 21 - Chegando em casa


A campainha tocou de novo e eu estava desesperado, Mina finalmente chegou e atendeu.
Minha mãe passou pela porta enquanto eu levava Sakura até o quarto, ela precisava se trocar antes irmos.
Minha mãe correu para nos ajudar enquanto Chou e Mina pegavam tudo o que precisaríamos.
Troquei Sakura quando a primeira contração passou. Ela tinha lágrimas nos olhos e eu me senti tão mal por isso.
Não queria que ela sofresse o que quer que fosse, e só conseguia pensar que ela teria que colocar dois para fora. 
—Mãe liga para o doutor. —Ela assentiu e Sakura me abraçou. —Ainda dói? 
—Não agora, passou. Estou com medo Sasuke. Dói demais.
—Nós vamos chegar logo lá. 
Descemos pelo elevador privativo e logo estávamos dentro do carro. Minha mãe nos seguiu em seu próprio carro.
No período entre nossa casa e o hospital, ela passou pela dor duas vezes e eu decidi que nunca mais teríamos bebes. Dois era realmente a quantidade perfeita.
O doutor já nos esperava na porta quando chegamos. E isso me deixou aliviado, dois enfermeiros empurravam a maca que Sakura estava.
—Bom minha querida, agora você vai ficar em observação. Os bebes vão levar o tempo deles para sair, será monitorada o tempo todo e se a dor ficar insuportável aplicamos a anestesia tudo bem? 
—Já esta insuportável. —Ela disse chorosa. E ele sorriu terno.
—Ainda e cedo, provavelmente temos algum caminho pela frente ainda. 
Fechei os olhos, não conseguia acreditar no que ele disse, isso ainda demoraria?  Sakura me olhava como se fosse comer minha cabeça. E dois segundos depois chorava.
Eu precisava ligar para a mãe dela e cadê minha mãe que não chegava?
Oito horas de agonia mais tarde, depois de andar com ela por todo o hospital, deitar e fazer meditação, ela tomou anestesia e agora finalmente a bolsa rompeu.

       SAKURA POV...

Finalmente era hora de trazer as crianças ao mundo, depois da anestesia eu realmente não senti dor alguma, mas sentia cada uma das contrações. Era como uma espécie de pressão toda vez que acontecia.
Eu estava no centro cirúrgico agora, Sasuke ao meu lado. Coitado parecia um papel sem cor, estava soando frio. 
Estar anestesiada era realmente estranho eu sentia o material gelado tocando minha barriga onde provavelmente estava sendo cortada, mas não sentia dor alguma. 
Foi um processo rápido de certa forma. Eu não senti absolutamente nada, só me lembro do chorinho infantil preenchendo o espaço. Sorri e pouco tempo depois outro chorinho.
Eu vi dois montinhos negros uau eles tinham bastante cabelo. Duas enfermeiras os trouxeram para que eu os visse.
Eles eram bebes grandes e saudáveis. Eu me sentia extremamente realizada. Os médicos terminaram os procedimentos rapidamente e logo eu entrava no quarto da maternidade destinado a mim. Nossas mães fizeram um bom trabalho, estava tudo lindo.
Eu lutava com um sono intenso, estava exausta e precisava de um pouco de descanso. Mas eu precisava amamentar meus filhos primeiro.
—E qual o nome deles filha. —Fui dispersa por minha mãe.
—Pensei em nomes japoneses, pensei em Satoru e Sarada, mas vivemos em Londres e talvez fosse constrangedor, ou estranho para as crianças no futuro. Então pensamos em Jun e Yuna. Que também são japoneses, tem significados bons... E são menos diferentes eu acho.
—Mas está indecisa certo?  —Assenti, mordi o lábio. Eu era mesmo uma grande bagunça.
—Vocês não precisam decidir agora, vão ter alguns dias ate que tenha alta do hospital, conversem com calma.  Tomem a melhor decisão. Vocês são capazes. 
Ouvi algumas batidas na porta e sorri. Sabia quem tinham chegado, sabia que eram minhas crianças.
Vi meus dois montinhos iluminar o dia cinzento de Londres, minha menina de vermelho, meu menino de azul. Eles eram perfeitos em tudo. 
Sentir o cheirinho gostoso deles, senti-los nos meus braços e ver o sorriso bobo de Sasuke, saber que ele também estava como eu, de certa forma me confortava. Eu não era a única. 
Duas enfermeiras me posicionaram na cadeira de amamentação e em seguida encaixaram a almofada. Eu não conseguia parar de sorrir, eu não conseguia me conter. 
 Meus pequenos foram colocados nos meus braços, posicionados um por vez. Tive ajuda com tudo, mas nem por isso foi menos mágico. 
Amamentar realmente dói, não é coisa de mãe não! O bebe demora um tempo, o tempo dele, para descobrir o que é o seio e que é isso que irá alimenta- lo. E mesmo quando ele descobre ainda não sabe bem como fazer e dois então, é complicado. Sorri, apesar da dor.
Não era uma dor que pudesse ser comparada ao parto é claro, mas não deixava de ter sua relevância. 
O momento amamentação terminou depois de uma hora mais ou menos. E os bebes voltaram ao berçário, e eu para a cama.
Era incrível como meu corpo esta cansado, apesar de ter ficado deitada o tempo todo. A dor nos deixa realmente exausta.
Sasuke claro louco por segurança negou, discutiu e fez um escândalo para que as crianças ficasse conosco onde ele pudesse ver, claro que eu não reclamei, ninguém cuidaria deles melhor que nós. 
Sorri, olhando minha família todo mundo reunido, claro ate o horário de visitas acabar e nós ficarmos sozinhos para cuidar das crianças. Que terror, se todas as nossas noites fossem assim eu surtaria. Tinha vontade de chorar, vontade de correr.
—Não faça essa cara Sasuke, são crianças. —Suspirei sentindo o cheiro. —Era claro desde do início que eles iriam se sujar.
—Disso eu sei meu amor, o que eu não esperava que eles esperariam todos irem para casa e nem que iria feder tanto. Qual é, eles só tomam leite.
Senti muita vontade de rir, e não consegui segurar. Chamei a enfermeira pelo botão ao lado da cama. Precisaríamos de ajuda! Eu ainda não entendia bem sobre crianças, mas entendia o suficiente para saber que dessa vez uma troca de fraudas não seria o suficiente para o Jun. Parei e franzi o cenho. Eu o tinha chamado de Jun mesmo? 
A enfermeira chegou me tirando do devaneio sobre o nome do meu filho. Eu estava totalmente insegura quando a questão era banho, não sabia bem o que fazer e isso poderia ser bem perigoso.
—Chamaram? —Ela disse sorridente, e eu assentir sorrindo também. Ela notou Sasuke e o bebe inquieto com a frauda aberta. 
—Precisamos de ajuda aqui, eu estou bem. Porém insegura.
—Eu entendo, me acompanhem. Prestem atenção. Na minha opinião, assistir tem mais efeito que eu explicar. 
Concordei e me levantei, Sasuke já tinha tirado toda a roupinha dele. E eu me sentia insegura de deixa-lo segurar meu filho sozinho. Qual é, ele não é nada delicado.
A enfermeira pegou o bebe do colo do Sasuke que claro não reclamou, logo depois de medir a temperatura da água. 
—Existe para vender redes para banheira, vai ajudar vocês com os dois enquanto eles são pequenos. 
Sasuke sorriu para mim e eu sabia que ele compraria. Me foquei em tudo o que ela fazia durante o banho, teria a ajuda de Mina e Chou durante o dia, mas parava por aí. Eu pretendia criar e educar meus filhos, não ficar por conta das babás. 
Depois de limpo, seco e vestido, eu o amamentei. Sasuke o colocou para arrotar, sorri. Esperava mesmo que ele estivesse presente em todos os momentos.
Acordei por volta das oito da manhã depois de ser acordada de hora em hora. As crianças criavam seu próprio horário,  sua própria rotina de amamentação. E para sorte ou azar tinha um intervalo entre um e outro. 
Meu médico entrou no quarto e me deu somente o tempo de lavar o rosto e escovar os dentes enquanto examinava as crianças, ele disse que precisava conversar com Sasuke e eu. 
Voltei ao quarto e Sasuke foi fazer sua higiene matinal, me deitei. Fui examinada, e orientada sobre todos os cuidados que implicam uma cesariana. No mínimo duas semanas antes de começar os exercícios físicos, isso se a avaliação dele fosse positiva.
Foi instruída sobre o puerpério e sobre a facilidade de engravidar nesse período, e o risco de ter outro filho em menos de um ano.
Isso me arrepiou, eu estava satisfeita no momento com duas crianças, outra agora seria um pesadelo de verdade. 
Sasuke pareceu bem atento nessa parte, ele parecia apavorado com a experiência de ontem e com a mínima vontade de passar por isso outra vez.
Eu teria alta ainda hoje, mas somente por contar com duas enfermeiras em casa como apoio. Ele alertou ainda sobre qualquer dor recorrente voltar ao hospital.
Minha mãe chegou por volta do meio dia e integrou o time que já contava com Itachi e Izumi. 
—Amor, acho que poderíamos esperar até eles andarem para entrar com as alianças. —Izumi disse sorridente.
—Amor, já distribuímos os convites. Não vai acontecer, ou eles podem entrar no carrinho de criança. —Izumi e eu fizemos careta, que coisa ridícula. 
Sasuke estalou a língua e se ate ele notou que e ridículo, é por que está realmente na cara.
—Daqui a um ano vocês renovam os votos. Eles já vão estar grandinhos.
—E o seu casamento? —Minha sogra disse e eu mordi o lábio,  queria voltar ao meu corpo de antes, antes de usar um vestido de noiva.
—Acho que vou curtir as crianças por um tempo. Eles são minhas prioridades no momento.
Sasuke sorriu, acho que o ridículo achava que eu iria querer voltar a trabalhar imediatamente e eu não podia perder a oportunidade de deixa-lo louco.
—E claro, ainda tenho um estagio para finalizar, preciso de um emprego e passar na defesa de tese.
A cara que ele fez foi impagável. Olhou para mim como se tivesse crescido um terceiro olho. Estava prestes a começar o discurso quando eu não aguentei e comecei a rir. Isso, minha independência financeira, era muito importante para mim, mas no momento eu precisava cuidar da minha família.
—Irritante. 
—E quanto aos nomes? —Itachi perguntou.
—Acho que vamos de Jun e Yuna. Acho que me apeguei aos nomes. 
Minha sogra sorriu aprovando os nomes. É, eu acho que era o melhor.
Recebi alta perto das dezesseis e quando eu cheguei em casa me assustei,  Ino e Hinata estavam por lá com os meninos e tinham organizado nosso chá de boas vindas. Quase surrei, estava acabada e tinha pouco tempo ate todos os convidados chegarem, Sasuke resmungou.
As meninas me ajudaram com o que vestir e me maquiar, era bom pelo menos enquanto eu estava de repouso obrigatório. 
Desci depois de trocar os dois bebes, e deixei Sasuke se arrumar em paz, enquanto eu entretida os convidados.
Narrar meu parto não foi nada agradável, mas nossos amigos tinham um estranho interesse por isso também, Sasuke comentou que talvez eles buscassem experiências para futuras gravidezes.
Era nossa primeira recepção em casa para tantas pessoas depois de casados, na nossa casa mesmo. Claro que nossas famílias estavam por aqui, para nos apoiar, como sempre estariam.
—Amor fui enganado, já tem mais de quatro horas e eles ainda estão por aqui. —Revirei os olhos, Sasuke estava no pico do mau humor, também estava cansada, mas gostava de receber pessoas. Dava uma preenchida na casa, que as vezes era silenciosa demais.
Bocejei sem querer e pareceu ser o fim para Sasuke,  ele decidiu colocar fim naquilo. Não que nossos amigos, não estivessem acostumados com esse jeito doido dele.
E parecendo saber o timing certo, minha filha começou a chorar, bem hora de mamar. Peguei-a no colo sob o olhar avaliador de algumas pessoas, subi para o quarto, era um momento muito meu, queria privacidade e não tinha nada com o olhar atravessado de Sasuke com receio que eu tirasse o seio para fora na frente das pessoas.
         SASUKE POV 
Satura subiu com minha filha nos braços e eu usei como desculpa para colocar toda aquela gente intrometida para fora, não estava com o melhor dos humores e o sono acumulado só piorava a situação. 
Peguei meu filho com o maior cuidado que consegui e fui atrás da mãe dele quando só restavam Naruto e Gaara com suas mulheres, provavelmente dormiriam por aqui. Seja como for, eles já sabiam aonde ir.
Encontrei Sakura já sem os sapatos sentada na nossa cama com nossa filha nos braços. Sorri automaticamente, tudo parecia tão certo.
Meu filho deu sinal de vida, quando sua irmã já estava acabando. Troquei os bebes e desci para buscar um suco para ela, e água. Ela precisava de líquido e dobrado. Soltei uma risada com o arroto daquele serzinho no meu colo.
Voltei para o quarto e Sakura pescava, ela precisava de um descanso e os bercinhos montados perto de nós era de grande ajuda no momento.
Coloquei Yuna no berço assim que ela dormiu. Me sentei ao lado dela, coloquei o canudo no copo e segurei ate que ela tomasse tudo. Sakura sorriu e eu pensei em todo o caminho que percorremos até chegar aqui.
Quem diria que um mal entendido geraria frutos, e que eu amasse tanto tudo isso. Quem eu quero enganar, quem diria que eu seria capaz de amar alguém, além da minha mãe. 
Coloquei Jun para arrotar e dormir também, me certifiquei que estavam bem cobertos e me deitei ao lado de Sakura, tínhamos algum tempo de sono com base na experiência que a noite passada nos ofereceu. Sorri olhando a cena, eu estava completo. 



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