1. Spirit Fanfics >
  2. Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 >
  3. Conflito iminente

História Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - Conflito iminente


Escrita por: Lady_Miss_Chief

Notas do Autor


ATENÇÃO! Essa fic é uma continuação direta do Caminho para a Eternidade (1), portanto, é essencial que tenha lido a anterior para compreender todos os eventos que irão ocorrer aqui. Obrigada!

Capítulo 24 - Conflito iminente


Fanfic / Fanfiction Hellsing - Caminho para a Eternidade 2 - Conflito iminente


3 MESES DEPOIS

O cair da noite na floresta de Hoia Bacui era realmente digna de um filme de terror com sua neblina densa, não que Alucard tivesse tido assistido muitos, ele lembrava de um ou outro que teve a oportunidade de assistir antes de perder completamente o interesse pelos humanos e seus hobbies tão preguiçosos, apesar de estarem numa área aberta o bastante, a visão vampírica dele captava pela extensão de quilômetros diversas barracas montadas com a última tecnologia que só o século XXI poderia proporcionar, o campo de treinamento principal agora mantinha mais de Oito mil soldados vampiros de diferentes nacionalidades, há meses estavam alocados ali, em treinamentos constantes de força, agilidade e precisão, todos aqueles séculos de nenhuma “grande guerra” aparentemente havia feito muito mal, pouquíssimos ali tinham qualquer noção do que era uma guerra, principalmente os vampiros da America do norte e do Sul, portanto era comum vampiros de centenas de anos assumirem posições como tutores e professores dos mais “novos” que ali estavam, boa parte tinha a idade de Seras Victoria, ou talvez um pouco mais, mas ao contrário de sua serva, que foi obrigada a encarar o terror nazista em Londres, aqueles imprestáveis ali pouco sabiam como atirar ou usar seus poderes vampíricos. 
O Vampiro permitiu que sua presença se tornasse perceptível enquanto ele caminhava ao que era o centro do acampamento, ao decorrer, pôde perceber todos a volta pararem de treinar e o observarem completamente fascinados, o vampiro não pôde deixar de dar um meio sorriso orgulhoso, “Vejam o que é um vampiro de verdade, bastardos”, ele pensou enquanto parava, e observava todos vampiros rapidamente se reunirem a sua volta, curiosos com o que viriam, fissuras negras como raízes saíram do chão, assustando os telespectadores enquanto o erguiam uns três metros acima, deixando-o ter uma visão privilegiada (e superior) de todos seus soldados. 
- Há três meses não tivemos um ataque sequer do inimigo – Alucard começou observando-os por cima – E tudo isso foi uma sorte absurda para vocês, são tão despreparados que não aguentariam nem três minutos nem com um Ghoul Nazista como tivemos que enfrentar há trinta anos atrás, o que dirá vampiros pensantes, armados pelo Vaticano e loucos por sangue? – O Vampiro fez uma careta de desprezo – Vocês são a maior vergonha que já tive que presenciar em toda minha maldita vida imortal – Ele comentou, observando a maioria dos milhares de membros ali abaixarem instantaneamente seus rostos para o chão, envergonhados como crianças de cinco anos que levavam uma bronca do pai – A realidade é que toda essa modernidade e tecnologia que vocês tão prepotentemente se orgulham os escravizaram, os tornaram incapazes de sobreviverem sozinhos, de refinarem suas habilidades e se tornarem vampiros de verdade, são preguiçosos, burros e desastrados – Ele respirou fundo por um momento – Contudo, ainda há tempo – Recomeçou observando todos aqueles soldados levantarem os rostos em sua direção esperançosos – Precisam se focar em serem os melhores vampiros que podem ser, estão sendo guiados a essa guerra pelo próprio Rei Vlad Dracul, e eu não permitirei que meu exército seja envergonhado perante uns vermes que estão vingando seu Ratinho que sequer teve capacidade de ser transformado naturalmente, chamado Quincey Harker, estou sendo claro? – Ele levantou o dedo, enquanto as sombras abaixo dos seus pés se expandiam em sombras disformes com olhos surgindo de todas direções, fitando seus servos e fazendo-os soltarem assobios de sustos e admirações por sua demonstração mínima de força – Então este é o momento da vida de vocês me provarem que honram a condição vampírica que eu lhes trouxe, honrem seu rei e em troca serão recompensados por toda a imortalidade. 
Como se fossem apenas uma força, todos os mais de oito mil membros que estavam no acampamento ergueram a mão para cima, com o punho fechado enquanto urravam um sonoro “Da, Majestatea Voastră!!!”* com orgulho. 
O Vampiro deu um meio sorriso enquanto permitia que as fissuras negras que invocava desaparecem diante seus pés, abaixando-o no nível dos seus soldados, a maioria começou a fazer diversas reverências exageradas perante ele antes que se virassem e voltassem a treinar, Alucard não podia negar, lidar com tantos soldados era cansativo, mas tinha seus prazeres, ter tantos homens na palma das suas mãos era inegavelmente... Prazeroso. 
- Majestade? – A voz suave do coreano surgiu a sua direita, mas o vampiro continuou a caminhar pelo acampamento, ignorando-o – Majestade? – A voz prosseguiu, demonstrando que o Hwarang estava seguindo-o – Me permite? 
- Você realmente... Me cansa – Alucard admitiu revirando os olhos vermelhos enquanto o coreano corria a sua frente, com a cabeça baixa, aliás, se pudesse apontar algo que apreciava naquele homem era sua noção de submissão.
- Peço perdão – Ele disse enquanto se inclinava levemente e voltava a fica ereto rapidamente, evidenciando que ambos tinham alturas semelhantes, embora o coreano ainda fosse alguns centímetros mais baixo.
- Diga de uma vez – Alucard insistiu, erguendo a sobrancelha direita por debaixo das mechas negras. 
- Eu... – O coreano falhou, pressionando os lábios pequenos e carnudos um contra o outro com força, como se estivesse racionalizando demais o que iria dizer – Gostaria de saber de Seras Victoria. – Ele falou finalmente o que Alucard previra, não poderia negar que estava realmente evitando Park há semanas, ignorando-o constantemente, porque nos olhos rasgados daquele coreano estavam o anseio por... Ela. 
- Sua Rainha está ótima – Alucard disse enquanto se virava de costas para ele e voltava a caminhar prevendo o fim naquele assunto. 
Como um fantasma, de dentro da névoa, Park-Young surgiu novamente a sua frente, obrigando-o a parar, claramente cercando-o, agora não havia mais submissão em seus olhos, o coreano o encarava com o queixo erguido, os olhos azuis gélidos estavam quase brancos. 
- Se me permite, Majestade, eu gostaria de saber porque não há vejo há meses – Ele prosseguiu com firmeza e certa desconfiança.
- Sabe Hwarang – Alucard começou enquanto o rodeava, analisando-o – Eu realmente considerava você um homem sensato, mas após essa atitude só me vem duas alternativas na cabeça – o Vampiro rapidamente desapareceu, aparecendo com o rosto bem próximo ao de Park e fazendo o sinal numeral do um com o dedo longo – A primeira delas é... Você é claramente um idiota burro que fala sem pensar e eu estava errado sobre você – Ele rapidamente puxou o outro dedo enquanto sinalizava o número dois perante a face pálida e cheia de cicatrizes do coreano – Ou número dois, você é um homem que eu sempre achei que fosse, mas está nesse momento colocando sua vida conscientemente em risco em nome de uma mulher, a minha – Alucard rapidamente segurou a gola da camisa roxa do coreano, o erguendo aqueles centímetros do chão que diferenciava suas alturas. 
Apesar de toda energia do confronto clara, o Vampiro pôde sentir a aura extremamente poderosa de Park emanando dele como uma chama dourada que circulava seu corpo malhado, os olhos agora completamente brancos do coreano o encaravam com uma ameaça velada, embora ele não tenha demonstrado nenhuma resistência ao seu erguido do chão por Alucard.
- Ela é minha aluna de treinamento – Park falou com firmeza após alguns minutos, enquanto seus olhos brancos voltavam lentamente a serem azuis claros – Eu apenas estou preocupado com seu evidente desaparecimento há mais de três meses, essa, majestade... É a terceira alternativa que pode não ter considerado.
- Rá! – Alucard expressou, largando sua gola rapidamente, fazendo Park retornar ao chão – Você realmente é tolo se acredita no que diz, Hwarang – O vampiro pronunciou antes de desaparecer da sua frente com um sorriso enigmático na face. 
Quando Park tomou forma novamente estava dentro de seu alojamento no campo de treinamento, local este que havia adotado como quarto pessoal desde que havia perdido sua mais estimada aluna, obrigando-o a ir para o campo treinar os outros vampiros, não que alguém tivesse lhe dado tal tarefa, só que ficar naquele castelo se tornou insuportável sem Seras Victoria, o coreano parou no meio de sua tenda verde militar e rapidamente levou a mão direita ao elástico na sua cabeça, puxando-a com tamanha força que a peça se rompeu e seus longos e lisos cabelos negros caíram como um véu sob sua face, fazendo-o levar ambas mãos ao rosto para afastar as mechas rebeldes, mas desistiu, andou até sua cama de solteiro portátil e se sentou, abrindo as pernas e permitindo que sua cabeça pendesse no meio delas, seus punhos tremiam, a adrenalina corria em seu corpo como uma droga mantendo seu corpo tenso, as veias de seu corpo extremamente pálidos saltadas deixavam claro o quanto ele estava prestes a fazer algo que sabia que se arrependeria, sim, precisava baixar a cabeça, forçar o sangue voltar a circular por sua cabeça, dando-lhe racionalidade de novo, não permitindo que fosse como uma névoa a aquele castelo ao sul e arrancasse a cabeça de Alucard. 
- O que foi aquilo!? – A voz feminina de Elizabeth rompeu o ambiente como um estrondo, pelo som, ela havia aberto a tenda com ambas mãos de supetão, enquanto entrava, os passos de seu coturno de salto alto ressoaram irritantemente aos ouvidos do coreano.
O Vampiro ficou em silêncio, seus punhos apoiados nas coxas abriam e fechavam constantemente enquanto ele tentava entrar em algum tipo de meditação, forçando-se a se acalmar o mais rapidamente possível, fechou os olhos enquanto respirava pelo nariz e expirava pelos lábios. 
- Você realmente quase entrou numa briga com Alucard na frente de todo o acampamento, Park? – Elizabeth insistiu agora fazendo sua presença ser notada por Park exatamente parada a sua frente, conhecendo-a bem, com ambas mãos na cintura fina enquanto o encarava de cima esperando respostas que Park definitivamente não estava pronto para dar. 
- Me responda! – Ela gritou alto, batendo o pé direito no chão.
Fora nesse momento que Park percebera que toda sua tentativa de ficar calmo tinha sido amassado, jogado numa privada e Elizabeth era quem apertara a descarga, ele se levantou de supetão, fazendo-a vampira se desequilibrar do salto alto por um momento, dando um passo para trás, embora não perdesse sua pose.
- O QUE VOCÊ QUER? – Ele gritou alto, com os cabelos lisos sob sua face transformada pela raiva.
- Quero respostas! – Ela exigiu, batendo novamente o pé, em seus olhos vermelhos escuros um tipo de chama familiar brilhava, embora Park estivesse nervoso demais para reconhecer naquele momento. 
- Eu não devo nada a você, Elizabeth! – Ele voltou a gritar, agora encarando-a por cima.
- Ah, não brinca...– Ela começou mexendo a cabeça para trás, fazendo os cabelos castanhos escuros ondulados caírem para trás dos ombros estreitos – Você realmente quase morreu por causa daquela serva de Alucard!? 
- Você não acha minimamente estranho o desaparecimento completo de Seras Victoria há meses? – Ele falou genuinamente inconformado, abrindo ambos braços perante ela.
- Estranho? Aquela mulher é completamente louca, Alucard finalmente deve ter tido coragem e a prendido em algum lugar daquele castelo para não fazer mais estragos, isso é tudo. 
- Não... – O Coreano sentiu a cabeça pesar uma tonelada enquanto saia da frente da Elizabeth começando a andar pela tenda – Ele não faria isso... – Comentou enquanto sua mente buscava desesperada buscar alguma racionalidade para o desaparecimento de sua pupila.
- Como sabe? – Ela disse virando-se para ele – Alucard com certeza percebeu o perigo que aquela sua serva significava, sendo o homem que eu conheço, ele agiu com racionalidade... Talvez até tenha a descartado – Disse com certo prazer, sem esconder um meio sorriso sob os lábios vermelhos.  
- Não – Park prosseguiu, andando de um lado pra outro, ainda mexendo as mãos constantemente para aplacar sua tensão evidente da batalha que quase enfrentara há poucos minutos com o vampiro mais poderoso do mundo. 
- Por que não? – Ela respondeu rapidamente, erguendo a sobrancelha direita. 
Park-Young parou no meio da tenda, e rapidamente se virou parando próximo a Elizabeth, o coreano ergueu a mão direita, tocando no queixo dela, erguendo-a perante sua face, observou o belíssimo rosto de sua ex-amante franzir como se ela não esperasse o contato repentino dele. 
- Porque um homem que houvesse descartado sua própria serva não teria quase me matado por puro...  Ciúmes, ora... Ele é homem antes de ser um vampiro afinal – Ele inclinou o rosto dela, que parecia estática, indo em direção a sua orelha e sussurrando maliciosamente – Ele nunca vai ser seu, Elizabeth. 
O barulho do tapa que se seguiu foi alto o bastante para ecoar pela pequena tenda, provavelmente sendo escutado por aqueles soldados que treinavam próximo dali, Park sentiu a dor alucinante que apenas uma Vampira como Elizabeth poderia causar, o lado direito do seu rosto queimava como o próprio inferno, sabia que se ela tivesse feito aquilo em um humano, teria arremessado a cabeça dele. Mas com Park tudo o que restou com certeza foi uma marca vermelha em sua face pálida e com cicatrizes. 
- E Seras Victoria nunca será sua! – Ela gritou com os olhos vermelhos agora em chamas, os lábios vermelhos expondo as presas longas e brilhantes. 
- Tenho uma curiosidade, Condessa de Sangue – Park começou a dizer, ainda com a face virada, sentindo o calor do tapa aquecer seu corpo preparando-o para uma batalha que jamais entraria, não contra... Ela – O que realmente te incomoda se eu estiver interessado por Seras Victoria... O seu orgulho ferido em saber que também sou mais um dos diversos homens que sucumbiram a doçura dela, incluindo o próprio Rei dos Vampiros – Ele rapidamente segurou o braço dela, puxando-o para si, fazendo-a bater o corpo delicado contra o seu rígido devido a séculos de batalhas – O fato de que perdeu seu poder sobre mim, de que depois de séculos de você me usando e descartando de todas possíveis eu finalmente me libertei da sua coleira? 
Movido pela tensão de todos aqueles conflitos, a mágoa inerente que nutria por Elizabeth e tentava desesperadamente enterrar junto com seus sentimentos por ela, Park levou a mão a cabeça dela, segurando com força seus cabelos castanhos e a beijando profundamente, abriu a boca pressionando contra a dela, que embora demonstrou certa resistência inicial acabou recebendo-o, deslizando sua língua fina para dentro da do coreano, enquanto as mãos femininas iam até sua camisa, abrindo-a desesperadamente, fazendo os botões se romperem e caírem direto ao chão, revelando o peitoral definido do vampiro, completamente repletas de cicatrizes feitas antes de sua fatídica transformação, ela o puxou rapidamente pelo pescoço enquanto o beijo começava a ficar cada vez mais urgente indo em direção a cama de solteiro que estava atrás deles, Park segurou suas mãos em seu pescoço e as retirou, afastando os lábios daquela mulher que havia amado mais do que era capaz de expressar por todos aqueles anos, observou o olhar lascivo que ele conhecia tão bem sobre si convidando-o para um sexo que ele com certeza não se arrependeria. 
 


Notas Finais


Olá a todos, pois é... Vocês finalmente me alcançaram, ahahah Agora eu precisarei de tempo para me dedicar a escrever a fic semanalmente para postar pelo menos 1x por semana aqui (se eu for postar mais, avisarei no Insta).
Elizabeth e Park tem muitas coisas não resolvidas entre eles, o que é meio de natural considerando que são ex amantes, mas essa tensão e todo amor envolvido de ambas partes torna tudo mais dificil, principalmente agora que a "paixão" de Elizabeth por Alucard esta clara, e Park esta confuso sobre o que poderia ou não sentir por Seras Victoria... Eles são um casal que eu sem duvidas amei criar e admito que são os únicos que eu sei exatamente qual será o desfecho.

Meu instagram: @lady_miss_chief

Obrigada pelo carinho, pelos comentários, tudo! Eu os leio e releio diversas vezes seguidas. Amo saber suas interpretações, seus sentimentos, tudo em relação a fic.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...