História Helô e Stênio Para Sempre 8 - Capítulo 146

Ao final do dia, Drica pega Miguel na escola e deixa com Creusa, enquanto Stenio aguarda a esposa no estacionamento da PF. Quando a delegada surge na porta de saída, sorrindo e se divertindo com algo que um policial ao seu lado diz, Stenio sente o ciúme o corroer.
Distraída, só depois de se despedir do colega de trabalho, a chefe de polícia percebe a presença do marido. Respirando fundo, ela caminha até ele que estava encostado no carro dela.
– Aquele cara é seu assistente, Helô? – O advogado dispara.
– Oi para você também, Stenio.
– Não vai responder minha pergunta?
– Que pergunta? –ela o provoca.
– Nunca tinha visto aquele policial, também nunca vi o tal assistente e vocês dois pareciam bem amigos. Deve ser ele, não é?
– Você veio até aqui para conhecer meu novo assistente, é isso mermo?
– Não!
– Então, deve ter vindo acompanhar algum cliente do seu escritório.
– Eu vim porque quero conversar com a minha esposa.
– Que esposa? – a delegada volta a provocar.
– Helô, não tem graça. Estou falando sério, quero conversar.
– Conversar o que, Stenio?
– Doutora, será que você pode baixar a guarda? Estou aqui em missão de paz.
– Aham, aham.
– Pode me dar uma carona? O Haroldo me deixou aqui e foi embora.
– Antes de ir para casa preciso passar em uma loja aqui perto, deixei umas peças que comprei para ajuste. – ela avisa, segurando-se para não abraçar o marido que estava sexy com a gravata frouxa, os cabelos levemente bagunçados. O fato de encontrá-lo encostado em seu carro parecia o deixar ainda mais sexy.
– Que que foi, Helô? Tá me olhando diferente.
– Deve ser porque você está bloqueando minha porta. – ela disfarça, encarando a boca do marido.
– Quer que eu dirija para você?
– Obrigada, meu querido, não precisa.
– Sei que está cansada. Saiu tão cedo de casa, não apareceu para almoçar e não me atendeu quando liguei. Me disseram que estava na terceira reunião do dia.
– Stênio, eu...
– Helô, não diz nada agora. Vamos para algum lugar onde podemos conversar sem interrupções.
– O Miguel...
– Drica já pegou, deixou ele com Creusa. Eu pedi, porque queria ter alguns minutos com você para conversar.
– Stenio, meu dia foi de feijoada, vamos conversar em casa.
– Tá bom! – ele concorda.
– Sobre você dirigir, tudo bem. – ela entrega a chave do carro e caminha para o lado do carona, entrando e colocando o cinto enquanto o marido faz o mesmo.
– Posso fazer só uma pergunta, Helô?
– Que pergunta, Stenio?
– Aquele policial, é seu assistente? Vocês pareciam tão amigos e... Só queria saber.
– Não, ele não é meu assistente. – ela responde, mas não fala sobre detalhes.
– Quem era ele então?
– Stenio, vamos para casa, vamos? Tu nao falou que quer conversar? Então...
– Só fiz uma pergunta. Você não pode responder quem era aquele cara? Vocês dois pareciam tão animados com alguma coisa que ele falou. Era sobre trabalho?
Helô não responde e sem ter o que fazer, Stenio da partida e o caminho de casa é feito em total silêncio. Vez ou outra o advogado se distrai quando ela se remexe no banco do carro, a saia subindo um pouco e mostrando parte das belas coxas.