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História Herdeiros da Magia - Capitulo 80 Confronto Direto.


Escrita por: zariesk

Notas do Autor


Olá meus queridos leitores!
Depois de muitos imprevistos, atrasos e computador bugando eu finalmente terminei o capitulo.
Como eu havia dito eu estarei me concentrando nesta fic até concluir o clímax desta fase, isso significa que as outras fics ficarão pausadas por um tempo, provavelmente ainda teremos mais 8 capítulos desta fic antes de voltarmos a programação normal.

Capítulo 82 - Capitulo 80 Confronto Direto.


Fanfic / Fanfiction Herdeiros da Magia - Capitulo 80 Confronto Direto.

Capitulo 80 – Confronto Direto.

 

 

- General Sinduah, eles estão chegando! – gritou o soldado mais a frente.

 

O local era o portão leste da capital, o grande portão que se encontrava fechado estava atrás da força de defesa da cidade, na frente do portão 5 mil homens em formação de batalha, e no centro da formação estava o general que coordenada os militares da região sudoeste.

 

- Merda, então ele veio mesmo! – dizia o general todo nervoso apertando as rédeas da sua montaria – esse maldito arquidemônio veio mesmo pra cá!

 

Ao longe eles podiam ver o pequeno exército demoníaco, cerca de 3 mil demônios marchando sob a liderança do Belphegor, o general arquidemônio cavalgava seu próprio corcel demoníaco com sua tenente do seu lado, quando Belphegor avistou as muralhas da cidade foi ficando cada vez mais empolgado, fazia um bom tempo que ele não entrava em batalha.

 

- Só pra saber, estamos indo seriamente? – perguntou Megress – por que se você recuar por causa de uma piada eu vou...

- Ah quem sabe, se eu encontrar algo interessante eu posso ir com tudo – respondeu Belphegor – quando o Pallas falou de atacar aquele instituto eu me ofereci como distração, mas se as coisas saírem como quero vai ser divertido.

 

O exército do Belphegor parou no meio do caminho e assim ele observou a situação, os 5 mil soldados do reinado estavam bem distribuídos, mil deles formavam uma linha como uma parede de escudos, com 500 homens atrás pra tapar eventuais buracos, nas laterais havia dois esquadrões de 1,500 homens de cavalaria formando assim um quadrado com a muralha tapando o fundo, e no centro disso tudo estava uma infantaria de 500 homens com o general e seu tenente no meio, naturalmente no todo da muralha havia arqueiros e magos prontos pra dar cobertura aos homens no chão.

 

- Megress, espero que não tenha deixado nada no fogo, vamos demorar um pouquinho – dizia Belphegor rindo baixinho.

- Então vamos com tudo né? Quais são as ordens? – perguntou ela satisfeita.

- Pegue a cavalaria e se prepare pra atacar o flanco esquerdo deles – ordenou ele – espere até eu dar o sinal.

- Do que está falando? Não temos cavalaria – disse ela olhando pro exército atrás deles.

 

Belphegor liberou uma aura negra e fez sua sombra se expandir cobrindo uma grande área, depois disso demônios começaram a se erguer dessa escuridão como se estivessem saindo de uma poça de piche, esses demônios tinham a forma de centauros com feições diabólicas e braços em forma de lâminas ou lanças, um total de 500 demônios classe média nasceram da sombra do Belphegor.

 

- Agora nós temos, pegue esses pangarés do capeta e leve pra dar uma voltinha – disse ele – quando eu der o sinal ataque o flanco esquerdo deles.

 

Megress acatou a ordem e assumiu o comando da cavalaria demoníaca, assim que ela se afastou para uma direção Belphegor ordenou que metade do exército avançasse de frente, seguindo as ordens do general os demônios classe baixa avançaram como bestas furiosas na direção da parede de escudos no caminho deles, os soldados viam aquele avanço despreocupado com muito temor.

 

- Não tenham medo! Essa formação foi instruída pelo comandante Galtran em pessoa! – gritava o general – vocês estão munidos dos mais resistentes escudos mágicos, aguentem isso e vamos dizima-los!

 

Os soldados da muralha gritaram em conjunto pra mostrar determinação, mas o general Sinduah não estava nem um pouco confiante de que aquela parede de escudos iria aguentar, foi com surpresa que ele viu os demônios se chocando contra os escudos e sendo repelidos, os primeiros foram empurrados de volta se chocando com quem vinha atrás, pode-se dizer que dezenas deles foram pisoteados pelos outros que logo tentavam arrebentar a muralha que os impedia de avançar.

 

- hehehehe podemos conseguir! Podemos derrotar o Belphegor! – dizia o general ficando absurdamente animado e confiante.

 

Os soldados da parede de escudos estavam usando armaduras que aumentavam sua força e vigor, e os escudos quando unidos criavam uma pequena barreira que poderia resistir ao estouro de rinocerontes, com tamanha defesa os demônios classe baixa iriam precisar de muito esforço pra quebrar a parede de escudos, com isso o general ordenou que os homens acima da muralha desferissem o ataque por cima, uma chuva de flechas e magias caiu sobre os demônios derrotando dezenas aos poucos.

 

- Conseguimos! Reduzimos os números pela metade! – comemorava o tenente.

- Ainda não, precisamos extermina-los! – disse o general – envie toda a cavalaria, façam um ataque em pinça por ambos os lados!

- Mas o comandante Galtran disse para não quebrar a formação se não fosse preciso – alertava o tenente.

- Estamos obliterando os demônios, podemos refazer a formação antes que a segunda onda venha – disse o general – e depois vamos perseguir aqueles que se separaram pra atacar o outro portão.

 

O tenente não gostou muito disso mas seguiu a ordem, com um sinal as duas fileiras de cavalaria deram a volta pela parede de escudos e cercou os demônios atacantes, por pressionarem dos dois lados igualmente eles estavam pouco a pouco dizimando os demônios que tinham avançado, seria uma vitória fácil se Belphegor já não esperasse por isso, erguendo sua espada ele fez um movimento de corte e explodiu uma árvore próxima, esse foi o sinal para Megress atacar.

A tenente do Belphegor tinha simulado que estava indo atacar outro portão, mas na verdade ela usou seus poderes pra fazer toda a sua cavalaria demoníaca se ocultar, surgindo como uma mancha negra no chão eles apareceram de repente e saltaram pela abertura na defesa, indo direto pra cima dos oficiais e a infantaria, pegos de surpresa eles foram varridos quase instantaneamente pela cavalaria demoníaca, e com isso eles começaram a atacar a parede de escudos por trás, com isso a maré da batalha virou completamente com os demônios massacrando a defesa para depois partir pra cima da cavalaria humana.

 

- Fácil demais, tenho certeza que é um daqueles generais que nunca lutou na vida – dizia Belphegor marchando com o resto dos demônios – acho que vou matar umas 10 mil pessoas antes de ir embora, tenho certeza que a Megress vai curtir isso.

 

Belphegor seguiu em frente para se juntar ao massacre e depois invadir a capital, mas nesse momento ele sentiu a terra tremer e o som aproximar-se mais, ao voltar sua atenção para o sul ele viu uma enorme cavalaria aproximando-se, pelo menos 3 mil cavaleiros e 2 mil soldados, a bandeira que eles ostentavam era a bandeira do exército pessoal do Galtran, que tinham sido enviados como reforço.

 

- Ora ora, ele mandou um dos seus tenentes – dizia Belphegor organizando suas tropas – vamos ver se ele pode me entreter mais.

 

**********************************************

 

- Senhor Karias, o exército do sudeste chegou – avisava um dos guardas – mas do lado de fora há milhares de zumbis atacando o povo, eles ainda vão demorar pra entrar e ajudar.

- E enquanto isso temos milhares aqui dentro comendo todo mundo! – dizia Karias nervoso – se tivéssemos guardas suficientes poderíamos equipa-los com os itens mágicos daqui, mas se muito temos 50 guardas!

- Pelo que eu soube mais da metade já morreu – dizia o guarda nervoso – os magos residentes se trancaram em seus laboratórios, mas já morreu muita gente também.

- Qual é a coisa mais valiosa desse lugar? – perguntou Darch ainda preso dentro do cubo de energia.

- Hein? Por que quer saber? – perguntou o guarda.

- Acha mesmo que esse Pallas iria vir aqui pra matar um punhado de magos e roubar umas tranqueiras magicas? – perguntou Darch – ele veio atrás de algo que compensa todo o trabalho e risco, e seja lá o que for está no lugar mais bem guardado daqui, é pra lá que ele tá indo.

- A coisa mais valiosa neste prédio é o esqueleto do Dasugard e parte do corpo do ancião Findaral – explicou Karias – restos de dragão são componentes incríveis pra itens mágicos, e os restos desses dois são os mais valiosos que conseguimos.

- Espera, você tá falando que tem o esqueleto de um dragão negro aqui? – perguntava Darch.

- Her... isso mesmo – dizia Karias meio nervoso.

- E nesse momento nós estamos sendo atacados pelo que mesmo? – perguntava Darch.

- Um necromante? – Karias já ficou pálido.

- Bingo! E sabe qual é a pior coisa que pode acontecer agora? – dizia Darch cruzando os braços.

- Eu vou te tirar daí agora! – disse Karias tentando desfazer a magia de prisão.

- Tem certeza disso? O lorde Cedric vai ficar furioso – dizia o guarda.

- Tá maluco? Se o pior acontecer vai todo mundo morrer aqui! – gritava Karias – comparado a isso dane-se o que o lorde Cedric pensa, não vai sobrar ninguém pra reclamar!

 

Karias tentava usar [Dissipar Magia] pra tentar desfazer a prisão cubica, mas seu nível de poder não era suficiente pra desfazer algo criado por um arquimago, vendo que era inútil ele tentou encontrar algum item magico que pudesse fazer isso, mas nenhum tinha tal capacidade.

 

- Está tudo bem, eu posso dar um jeito – dizia Darch se levantando – mas eu sugiro que se afastem, a coisa vai ficar feia.

 

Seguindo a instrução dele Karias e o guarda se afastaram, quando eles estavam distantes o suficiente Darch conjurou sua espada de lâmina vermelha, depois disso ele conjurou uma magia que encheu o cubo de uma nevoa acida muito concentrada, ao ponto de ficar tudo negro dentro do cubo.

 

- Ele não vai dissolver assim? – perguntou o guarda.

- Eu não acho que o Darch faria algo que não possa aguentar – respondeu Karias – mas definitivamente é preocupante.

 

Depois disso um raio vermelho saiu perfurando exatamente um dos cantos da prisão cubica, o raio que fez o buraco foi expandido e assim um buraco se abriu na barreira com a nevoa acida vazando, Darch logo desfez a nevoa que teve como função causar danos internos na barreira, depois disso ele aplicou o ataque perfurante.

 

- O ponto mais fraco de um cubo é nas junções – dizia Darch saindo pelo buraco – se você causar danos em toda sua superfície os cantos vão ficar mais fracos.

- Como diabos você sabe disso? – perguntou Karias sem entender.

- Sou aventureiro há três anos, eu já vi de tudo – explicou ele – e essa armadura é do cacete, triplicou o meu poder.

- Bem, é o poder de um dragão, tem Mana dracônico nela – explicava Karias – e já que é Mana negro combina perfeitamente com você.

- Mas seus olhos estão vermelhos – comentou o guarda.

- Ah sim, eu tô me sentido loucão agora – dizia Darch com uma expressão de um psicopata – acho que vou ali matar alguém e já volto.

 

Enquanto ele pegava algumas coisas o guarda e Karias meio que se afastavam dele, talvez por influencia da armadura ele pudesse matar a pessoa mais próxima, mas Darch só estava focado em dar o troco ao Pallas pelo que aconteceu nos jogos mágicos, hoje ele iria levar sua cabeça ao chão.

 

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(um pouco antes)

 

- Francamente, só um pouco de bagunça e esse lugar vira uma creche sem babá – dizia Praisia andando entre os corpos.

 

A maga negra estava dentro do grande deposito de tesouros, os magos do andar tinham evacuado pra dentro dele quando o ataque começou certos de que era o lugar mais seguro, mas junto com eles Praisia também se infiltrou e agora matara todos com uma bomba de veneno mortal, depois de usar uma chave especial ela abrir a porta que levava pra uma área mais profunda ainda, onde repousava o esqueleto do dragão negro Dasugard.

 

- Agora vejamos, só tenho que seguir as instruções não é? – disse ela pra si mesma enquanto olhava o caderno – eu espero que ele lembre que não sou necromante, que não venha me culpar depois.

 

Praisia abriu a caixa que Pallas lhe deu e de dentro saiu todos os instrumentos e materiais pra realizar o plano, ela pegou um balde que estava cheio de sangue fresco (mantido assim magicamente) misturado com pó de cristal negro, seguindo o esquema ela começou a desenhar símbolos profanos por toda a extensão do esqueleto usando essa “tinta” especial e um pincel adequado, levou uma hora pra fazer todos os símbolos por todo o esqueleto.

Após isso ela pegou um grande cristal vermelho que foi feito com a junção de vários outros, o cristal seria o núcleo da magia que estava sendo preparada e foi incrustrado onde era a testa do dragão, alguns outros menores foram postos onde eram as juntas mais importantes, por ultimo ela pegou a gema-coração original dele (que estava em outro cofre) e amarrou com fios na posição onde ficaria seu coração.

 

- Olha só pra você, todo arrogante se achando o maioral lá no submundo de Drashantyr – dizia Praisia enquanto executava o trabalho – agora é só uma pilha de ossos secos que logo vai virar escravo de alguém, o mundo dá voltas não é?

 

O único motivo dela estar curtindo tanto o plano era ver seu antigo chefe virar brinquedo de alguém, só isso já fez valer os anos de escravidão, estupro e tortura que sofreu, enquanto recitava os encantamentos profanos uma estranha energia convergia para o esqueleto, era a força vital de todos que estavam morrendo no prédio pra alimentar a magia necromântica, quando ele estivesse cheio finalmente despertaria.

 

- Muito bem saco de ossos, vê se levanta logo – dizia ela sentando numa cadeira e abrindo um livro – eu ainda quero ir naquele show amanhã.

 

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- E esse foi o último – disse Pallas ao ver o ultimo golem de batalha esmagado pelo seu gigante – ainda tem mais algum brinquedo aí?

- Senhor, se precisar abriremos caminho para você – disse um dos guardas-reais.

- Não será necessário, essa é a melhor chance de eliminar esse terrorista – disse Cedric – e se tivermos muita sorte podemos captura-los e obter informações sobre os arquidemônios.

- Mas contra essa coisa...

- Não se preocupem, eu mesmo criei o equipamento que vocês usam, confiem neles – pedia Cedric – está na hora de mostrar o resultado de décadas de estudos e refinamento.

 

Pallas estalou os dedos e com isso seu zumbi gigante atacou, um dos guardas-reais que empunhava um escudo pulou para a frente e liberou uma poderosa barreira repulsora, o punho do gigante colidiu com a barreira e produziu uma onda de impacto, com a outra mão o guarda sacou sua espada e com 10 cortes rápidos decepou os dedos do gigante.

O outro guarda-real empunhava uma poderosa lança que parecia uma broca, liberando o poder dela uma grande chama começou a ser produzida, além disso Cedric usou sua terceira magia e potencializou as chamas com Mana dracônico, graças a isso as chamas cresceram enormemente.

Um turbilhão de fogo foi liberado na direção do zumbi gigante, envolvido pelas chamas ele urrou enquanto era incinerado, parte das chamas foram na direção do Pallas mas este usando itens mágicos produziu uma barreira ao redor dele ficando a salvo.

 

- Impressionante, o mana dracônico realmente faz maravilhas – elogiava Pallas – e seus itens mágicos são realmente de primeira qualidade, me faz quere-los ainda mais.

- hunf! Além de terrorista você é só um mero ladrão – dizia Cedric – eu vou adorar tirar essa sua mascara e ver quem está por destras de tudo isso.

- Terrorismo? Roubo? Me julga como um mero idiota? – perguntava Pallas – eu tenho objetivos mais grandiosos em mente, o que faço até aqui é só um meio para o fim, mesmo me aliar aos arquidemônios é só um meio de conseguir poder.

- Ficarei mais do que satisfeito em ouvir sobre seus objetivos, no interrogatório é claro – disse Cedric – se você se render agora podemos poupar a parte da tortura, o que acha? Não é um mau negócio não é?

- Oferta tentadora, eu tenho uma contraoferta – dizia Pallas – rendam-se agora e posso dar mortes rápidas, o que acham?

- Peguem ele – ordenou Cedric para seus guardas.

 

Nesse momento houve o som de um poderoso impacto no portão atrás deles, os três se voltaram para o portão e viram outro impacto atingi-lo, era como se uma coisa enorme e poderosa estivesse tentando arrebenta-lo pelo lado de dentro, Cedric observou paralisado de surpresa o portão envergar com o quarto impacto.

 

- Parece que ela fez direito a parte dela – dizia Pallas satisfeito – o maior premio que eu poderia obter neste lugar, e vocês fizeram um excelente trabalho guardando para mim!

- Não é possível, ele reviveu Dasugard? – perguntou Cedric – isso é terrível! Temos que...

 

Com o quinto impacto a garra do esqueleto atravessou o espaço entre as portas e começou a puxa-lo, logo o portão foi arrancado e a figura do esqueleto dracônico começou a passar, a aura maligna do Dasugard parecia ainda mais intensa e corrupta, certamente um efeito extra da necromancia.

 

- Bom trabalho Praisia, ficou como eu esperava – elogiava Pallas com um excelente bom humor.

- Eu também peguei algumas coisinhas legais que eu encontrei – dizia ela mostrando o baú que trazia na cabeça do dragão – vamos embora agora?

- Ainda não, eu nunca matei um arquimago antes – dizia Pallas andando tranquilamente – eu adoraria ver que tipo de morto-vivo eu posso fazer com ele.

- Isso tá terrível lorde Cedric, vamos segurar o inimigo o quanto der – dizia o guarda-real – fuja com sua magia dimensional na primeira chance.

- Não se dê ao trabalho, eu já esperava que tentasse isso – dizia Pallas abrindo seu grimório – este espaço é inteiramente meu agora.

 

Uma escuridão profunda se espalhou pelo chão cobrindo paredes e teto, logo todo o lugar estava pintado de preto ficando completamente isolado, as magias dimensionais não seriam permitidas para entrar ou sair, sendo assim todos estavam presos.

 

- Só nos resta mata-lo – dizia o guarda com a lança – na pior das hipóteses vamos leva-lo conosco.

- Pode tentar se quiser – disse Pallas apontando pra eles – mas é o fim da linha pra vocês.

 

O esqueleto de dragão abriu sua bocarra e uma bola de trevas se concentrou ali, logo em seguida uma rajada que lembrava fumaça densa foi disparada na direção deles, o guarda com o escudo rapidamente interceptou o ataque, mas o sopro de um dragão não podia ser parado facilmente, a barreira criada explodiu jogando os três pra trás.

Com os três no chão o dragão não perdeu tempo e saltou na direção deles, com suas patas ele esmagou os dois guardas-reais, graças a resistência de suas armaduras ele não morreram imediatamente, mas a pressão estava esmagando-os como se fossem ovos, não demorou muito até que fossem esmagados e seu sangue se espalhasse pelo chão negro.

 

- Desgraçado... – dizia Cedric caído no chão tentando se levantar.

- Que coisa feia judiar de um idoso – brincou Praisia.

- Tem razão, eu preciso mostrar mais classe e refinamento – disse Pallas.

 

O dragão usou sua garra pra imobilizar Cedric apertando-o o bastante para causar muita dor, o manto do arquimago dava proteção suficiente para deter golpes de clavas ou machados, mas contra a força descomunal do dragão era simplesmente um esforço inútil.

 

- Eu vou arrancar a vida de dentro do seu corpo, e usar você para criar um zumbi arcano de alto nível – explicava Pallas aproximando-se – eu realmente espero criar algo muito forte, para assim usar contra a família real.

- Seu desgraçado!... – praguejava Cedric com dificuldade pra respirar – você não vai conseguir o que quer, o reinado não sucumbirá!

- Na próxima grande invasão eu vou assistir de camarote o reinado queimar – disse Pallas apontando a mão para Cedric e concentrando miasma para mata-lo.

- hun... chefe, talvez você queira dar atenção pra aquele cara – dizia Praisia olhando pra cima.

- Que cara? – perguntou Pallas olhando pra cima.

 

Surgindo do nada estava Darch caindo do teto, com uma espada larga em mãos ele liberava uma poderosa magia negra reforçada pelo mana dracônico da armadura que vestia, o ataque se assemelhou ao sopro de um pequeno dragão liberado pelo movimento de corte da espada, toda aquela energia desceu direto sobre Pallas que foi atingido em cheio e gritou em extrema agonia, suas roupas e capa magica suportaram a maior parte do dano, mas o que sobrou lhe fez um ferimento terrível no braço esquerdo e ainda quebrou sua máscara.

Darch aterrissou bem próximo dele e girou o corpo pra liberar outro ataque, mas dessa vez o dragão esqueleto revidou, largando Cedric ele bloqueou o ataque com a pata salvando seu mestre.

 

- tsc! Eu pensei que ia mata-lo com esse ataque surpresa – reclamou Darch saltando pra trás e se afastando.

- VOCÊ DE NOVO??!! – gritou Pallas furioso com o dano que sofreu.

- Cabelo vermelho? – perguntou Darch vendo uma parte da cabeça dele que não estava protegida pela máscara.

 

Vendo que sua identidade estava quase exposta Pallas se virou e cobriu a cabeça com seu manto, ele estava mais ferido do que imaginava e por isso não conseguia se concentrar pra conjurar magias, ele só pôde recuar para de baixo do dragão.

 

- Acabe com ele Dasugard! Acabe com todos eles!! – ordenou Pallas para o dragão.

 

O dragão concentrou um novo sopro na direção do Darch, este vendo Cedric caído no chão rapidamente o agarrou e se virou de costas pro dragão que disparou o sopro, Darch foi atingido e foi varrido até a parede oposta onde de chocou e fez um buraco, mas milagrosamente ele estava inteiro mesmo tendo sido atingido direto.

 

- Cacete, sopro de dragão é a peste mesmo – dizia ele – ainda bem que conjurei magias de proteção antes.

- Quer sair de cima de mim? – pedia Cedric que estava esmagado entre a parede e Darch.

- Ah foi mal, mas foi melhor que virar cinzas não foi? – dizia Darch – não seja mal-agradecido.

- cof cof, como você aguentou o sopro do Dasugard? Aquilo poderia obliterar outros dragões! – dizia Cedric sem entender.

- Estou usando uma armadura feita com as escamas dele, esqueceu? – dizia Darch – pela logica ela aguenta o sopro dele mesmo, só um dragão superior poderia corroê-la.

- Você não fazia a menor ideia de que isso ia funcionar não foi? – perguntou Cedric com os olhos cerrados sobre ele.

- Eu vivo a vida perigosamente – respondeu Darch meio envergonhado.

- Maldição, se um sopro não funciona então vá e dilacere eles! – ordenou Pallas.

- Hei chefe, não é que eu esteja preocupada com você, mas isso aí é seu osso aparecendo? – perguntou Praisia olhando pro ombro dele – aliás, sua ferida não está aumentando?

- Que merda! O ataque dele pegou a propriedade corrosiva do sopro negro – disse Pallas vendo sua ferida sangrar mais – eu preciso do Bantrade pra neutralizar isso!

- E com isso é a deixa pra cair fora – disse Praisia pegando um cristal em sua bolsa – tá ouvindo Melidas? Tá na hora de recuarmos, abra um portal nessas coordenadas.

 

Com isso um portal enorme se abriu ao lado deles, Praisia montada no dragão seguia com ele pelo portal, Pallas logo atrás enrolando sua capa na parte exposta da cabeça e também cobrindo seu ferimento, Cedric estava furioso por vê-lo fugir mas ninguém ali estava em condições de persegui-lo.

 

- Hei Pallas, quantos anos você tem? – perguntou Darch.

- Hein? Que pergunta idiota – disse Pallas antes de passar pelo portal – eu te prometo que vou fazê-lo pagar por todas as vezes que se pôs no meu caminho.

 

Ele passou pelo portal que fechou logo em seguida, quando ele se foi a escuridão que cobria o lugar e selava tudo se desfez, Darch suspirou e depois caiu no chão de joelhos, usar aquela armadura estava acabando com ele por tanto miasma.

 

- Essa coisa é do inferno, nem um mago negro pode usa-la por muito tempo – dizia Darch tossindo – ah que pena, eu gostei tanto dela...

- Pelo jeito você não está mesmo do lado dele – dizia Cedric se levantando e limpando suas roupas.

- Tá me zuando? Esse cara quase me matou em todas as vezes que apareceu! – dizia Darch – hei, isso é uma poção de cura? Me dá uma também, eu sinto que meu intestino tá derretendo!

- Não tenho outra – disse Cedric jogando o frasco vazio fora depois de beber – o reforço vai chegar em alguns minutos, aguente até lá.

 

Cedric foi até onde estava o resto do portão destruído, no interior da sala-cofre todos estavam mortos e muitas coisas destruída, trabalhos de vários anos, objetos únicos e livros com plantas de obras criadas por outros magos, o conhecimento e tesouro que havia nesta sala era incalculável e foi tudo perdido.

 

- Por que você perguntou a idade dele? – perguntou Cedric se voltando para Darch.

- Como me pediram eu andei pesquisando sobre ele por aí, mais de um século atrás apareceu um mago negro chamado Pallas – explicou Darch – mas ele saiu de circulação cerca de 80 anos atrás, na região leste, eu ouvi isso da guilda do submundo que também estava interessada na identidade dele.

- E você acha que o Pallas que sumiu 80 anos atrás é o mesmo que apareceu agora? – perguntou Cedric.

- Se fosse ele teria quase 150 anos, seria uma múmia ambulante (como você) – ele sussurrou essa parte baixinho – mas sendo ele um necromante talvez tenha encontrado um jeito de driblar a morte, quem sabe?

- Muito bem, eu vou levar isso em consideração – disse Cedric agindo como o chefe dos assuntos mágicos do reino – eu ainda não gosto de você, mas vou agradece-lo pelo serviço, e tire logo essa droga de armadura.

- Não posso ficar com ela? – perguntou Darch com os olhos cheios de lagrimas.

- Não seja idiota, isso é um protótipo incontrolável, só serve de base para projetos futuros – respondeu o arquimago – e eu sou um arquimago da criação, meu orgulho não deixaria eu entregar um projeto inacabado.

- Isso significa que...

- Eu vou mandar o Karias fazer algo pra você – respondeu Cedric indo embora.

 

*******************************

 

- O meu golem de batalha teve desempenho superior a 180%, seus limitadores estouraram e pelo que eu soube ele até falava – dizia Karias vendo seu trabalho destruído no chão – como diabos você fez isso?

- Ué? Eu só saí apertando os botões como você fazia – respondeu a mecânica Shania.

- Shania, ele estava cuspindo fogo, eu não botei essa função nele! – dizia Karias apontando pro golem derretido – não tem como você liberar uma função adicional se eu nem instalei tal coisa!!

- Ora vamos, fique feliz por ela liberar o potencial oculto da sua criação – dizia Darch todo enfaixado num canto.

- Eu fico feliz por essa coisa não explodir e levar o prédio inteiro com ele – respondeu o outro – e como você ficou assim? Parece que levou uma surra.

- Levei uma surra daquela armadura, ela estava me detonando – respondeu Darch enquanto Inuka passava pomada nas costas dele.

 

Fazia duas horas que o ataque foi encerrado, muitos funcionários e magos foram mortos pela horda zumbi no prédio, e o estrago só não foi pior por Darch ter afugentado Pallas, bem como Inuka e Shania terem lidado com os zumbis nos corredores, quando o exército chegou limpou a cidade que sofreu centenas de mortes, mas agora tudo parecia em paz.

Agora que a destruição cessou era hora de salvar o que pudesse, tudo que havia no prédio seria transferido para a deposito na capital real, os sobreviventes seriam realocados, as atividades pausadas.

 

- De qualquer jeito teríamos que fazer isso daqui a dois anos, fazer antes vai poupar trabalho – dizia Cedric para os encarregados – não deixem um único parafuso para trás, vamos nos mudar para a região central ainda hoje!

- O imperador autorizou o envio de quanta ajuda precisar – explicava o encarregado – podemos usar até os militares se for preciso.

 

Cedric concordou e passou a instruir os subordinados, enquanto tudo era encaixotado pra ser levado um laboratório ainda continuava ativo, era o laboratório do Karias que permanecera intacto, Cedric autorizou o rapaz a usar tudo ao seu alcance, a finalidade era produzir a recompensa do Darch.

 

- Eu entendi que aquela armadura é tão mortal quanto poderosa, então quero algo que eu possa usar – dizia Darch fazendo uns rabiscos num papel – faça desse jeito pra mim, e faça algo pra Inuka também.

- Você até que é bem criativo, e sabe desenhar razoavelmente bem – dizia Karias olhando o papel – espera, que design de espada é esse?

- Você gostou? Eu achei muito legal – dizia Darch empolgado – uma conhecida me explicou sobre esse design, é muito boa e se encaixa direitinho no meu estilo, e a nova arma da Inuka combina com ela também.

- Eu adoro armas novas! – disse a meio-feral animada.

- Tudo bem, acho que eu posso fazer, só não espere grande coisa de algo que nunca fiz antes – dizia Karias – deve ficar pronto em dois dias, eu vou anotar aqui o endereço de onde eu vou ficar na cidade.

- Mal posso esperar por isso – dizia Darch.

 

***********************************

 

- EU VOLTEI VADIAS! – disse Belphegor chutando a porta.

- Estava destrancada – dizia Praisia sentada no sofá lendo um livro.

- Eu sei – respondeu Belphegor andando tranquilamente – e aí? O plano deu certo... oh nossa! Olha o tamanho disso!

 

Ele se referia ao enorme esqueleto de dragão no centro do salão, Belphegor caminhou até ele e tentou fazer carinho em seu crânio, mas o esqueleto gigante o abocanhou e começou a mastigar.

 

- Você conseguiu o que queria? – perguntou Pallas no outro lado do salão.

- Puta merda! O que aconteceu com você? – perguntou Belphegor surpreso.

 

Pallas estava sentado em um trono, sem o braço esquerdo e com a cabeça toda enfaixada, um brilho esverdeado indicava que uma magia de regeneração estava em andamento, mas Pallas como um necromante tinha meios mais rápidos de recuperar o braço, isso era só pra desfazer a corrosão que o afetava.

 

- Aquele puto do Darch quase me matou, se eu não estivesse usando proteções ele teria me partido ao meio – respondeu Pallas – eu juro que vou arrancar as tripas dele e enforca-lo com elas!

- Bom, pelo menos você fez o que disse que ia fazer, parabéns! – dizia Belphegor dando tapinhas nas costas dele – eu pensei que ia ter que arrancar sua pele e usar como capa quando voltasse.

- Como sempre o meu irmão entende de moda – dizia Mephiles que chegava agora – olá Pallas, o Eidos mandou isso pra você.

- Oh! Ele fez como eu disse – dizia Pallas empolgado com o frasco em mãos – com isso eu posso por em pratica o meu próximo plano.

- Desculpe Belphegor, nada de ovelhas bêbadas pra você – dizia Mephiles pondo a mão no ombro do outro – o Eidos ainda está cismado com a última vez.

- Droga... – choramingava o demônio inconformado.

- Eu nem vou perguntar o que isso significa, eu vou apenas me concentrar em me recuperar – dizia Pallas – eu posso ter tido alguns... contratempos, mas eu ainda farei o reinado cair.

- Eu aprecio o seu entusiasmo, mas é melhor você se concertar logo – sugeria Mephiles – em breve os jogos mágicos vão começar, você tem compromissos nesse evento não é?

- Eu realmente odeio levar uma vida dupla – dizia Pallas pegando uma nova máscara em seu armário.

 

O necromante botou a mascara nova e seguiu pelas escadas que o levaria para a superfície, depois que ele se foi Mephiles voltou sua atenção para Belphegor que ainda observava o dragão imóvel no canto.

 

- Eu notei que sua armadura está cheia de fissuras, o que aconteceu? – perguntou ele.

- O tenente que Galtran enviou é muito bom com a lança – respondeu Belphegor satisfeito – ele conseguiu me atacar 30 vezes num espaço de 5 segundos.

- Pelo jeito você se divertiu, como foi o resultado do ataque?

- Perdi todos os meus soldados, mas matamos 8 mil deles – Belphegor estava muito satisfeito com os números – se continuar assim a grande invasão não vai ter problemas.

- Isso é uma excelente notícia, mas apesar de feliz com a chacina você não parece muito entusiasmado – comentou Mephiles.

- É que se continuar assim vai ser entediante, para mim quero dizer – respondeu Belphegor.

- Eu não sei como um guerreiro se sente, mas infelizmente para você o reinado não está focando em poderio militar atualmente – disse o outro.

- Pois é, estão focados nesse plano reino de luz não é? – Belphegor colocou a mão na parede e causou uma rachadura – esses caras são retardados? Esperam nos derrotar só com isso?

- Bem, o plano consiste de três fases, então eles estão confiantes quanto a isso – respondeu Mephiles – mas enquanto eles acham que estão por cima, daremos a rasteira que irá derruba-los.

- hahahahahhaha mal posso esperar por isso – respondeu o outro com os olhos brilhando.

 

*****************************************

 

(dois dias depois)

 

- Você parece uma criança esperando presente de aniversário – comentou Karias ao ver a empolgação do Darch.

- Eu não posso evitar, eu adoro isso – respondeu o mago negro entrando na brincadeira.

- Muito bem, vamos começar pelo que deu menos trabalho – disse ele pondo uma grande caixa sobre a mesa.

 

Darch abriu a caixa e viu o seu pedido do jeito que ele queria, um sobretudo dobrado que ele logo pegou e vestiu, era leve e confortável, feito com o couro do dragão negro, nos ombros haviam duas pequenas gemas azuis e nas costas uma um pouco maior de cor verde.

 

- Não é tão poderosa quanto a armadura de escamas, mas esse nível de miasma você deve aguentar bem – dizia Karias – do jeito que você pediu ela não interfere nos movimentos, e por ser feita de couro de dragão é mais resistente que uma cota de malha, é resistente ao acido e outras formas de corrosão.

- E fui eu que trabalhei e costurei o couro – dizia Shania orgulhosa – eu costurei com fios de mitral, então estou confiante que as juntas não vão soltar.

- E ela faz o que eu pedi? – perguntou Darch com os olhos brilhando de empolgação.

- Os cristais nos ombros absorvem o miasma até ficarem cheio, então você pode usar pra conjurar magias extras – explicou Karias – e o cristal nas costas está preparado pra conjurar a magia de voo.

 

Darch recitou uma palavra de comando e o cristal em suas costas brilhou, um par de asas feitas de energia negra surgiram como se fossem uma extensão dele, Darch tentou controla-las mas acabou voando alto e batendo no teto da oficina caindo em seguida.

 

- Vou praticar isso mais tarde – disse ele passando a mão na cabeça.

- Também fizemos o traje para a Inuka do mesmo material – disse Karias mostrando o resto que estava dentro da caixa.

- Me dá, me dá! – disse a garota pegando pra experimentar.

 

Karias ia sugerir ela usar o banheiro pra isso, mas Inuka foi mais rápida e começou a tirar a roupa ali mesmo, Shania riu da espontaneidade da Inuka enquanto Karias se virava de costas todo vermelho, Darch já acostumado com a outra ria e observava ela se vestir.

 

- Hei Karias, que design é esse? – perguntou Darch vendo a roupa justinha e sexy.

- Antes de tudo eu aviso logo que o design foi ideia da Shania, ela que cortou e costurou – explicou Karias – você pediu uma roupa que desse o máximo de mobilidade a ela, então seguimos o mesmo estilo das roupas anteriores.

 

O traje de batalha da Inuka (todo de couro de dragão negro) consistia de um shortinho, protetores para as coxas, botas, um sutiã e uma proteção nas costas, além disso havia um elmo feito com uma escama e uma fina malha pra proteger a barriga, isso estava bem longe de ser uma proteção e Darch se perguntava o que aquela mulher tinha na cabeça.

 

- Não sobrou muito couro depois que fizemos o seu traje – explicava Shania rindo – além disso ela tem um corpo bonito demais pra esconder não acha?

- Era pra ser uma armadura e não uma roupa de banho – dizia Darch com uma cara estranha – ah bem, ainda é mais proteção que a roupa anterior.

- Agora vamos mostrar as armas que encomendou – disse Karias pegando outra caixa – primeiro as dela, eu fiz duas lâminas como você pediu, usei uma das garras do Dasugard que tínhamos separado.

 

Inuka pegou as duas lâminas, elas eram curvadas e longas, seu cabo foi feito de tal modo que Inuka podia empunha-las como soqueiras, isso dava a ela uma ampla variedade de ataques rápidos já que ela podia atacar como se estivesse desferindo socos, em cada uma havia um pequeno cristal vermelho.

 

- Já essa espada, sabe o trabalho que deu para fazer? Eu tive que consultar antigos textos estrangeiros – dizia Karias pegando a espada que fez para o Darch – e ainda assim eu a fiz em metade de um dia, você seriamente precisa agradecer por isso.

- Muito bem prodígio – dizia Darch dando uns tapinhas nas costas dele – mas ela ficou boa?

- Boa? Ela é perfeita! – disse Karias – a parte interna é feita de mitral, a externa é da mesma garra do Dasugard, e no interior do cabo eu pus os componentes mágicos que você pediu, assim que você a encantar ela vai dar o ataque que você imaginou.

- Ela é maravilhosa, é leve e afiada, se for como aquela que eu vi vai cortar uma árvore ao meio facilmente – dizia Darch testando a lâmina.

- Fui eu que trabalhei o núcleo de mitral sabia? – dizia Shania – eu tive que dobrar e martelar o metal umas 500 vezes, como se chama esse modelo?

- Parece que se chama “katana” – disse Darch lembrando do que ouviu da Airin – os guerreiros do país de Yamato as usam, dizem que é a melhor espada do mundo.

- Os samurais de Yamato? Por que quis uma arma igual a deles? – perguntou Karias.

 

Darch fez uma demonstração dos movimentos que sua ex-colega ninja lhe ensinou, principalmente o movimento de sacar a espada da bainha desferindo um golpe veloz e mortal, outros modelos de espadas não tinham uma velocidade de saque tão rápido, algo essencial quando se é pego desprevenido ou quando precisa surpreender o adversário, de fato era uma arma adequada para alguém furtivo e esperto como o Darch.

 

- Muito obrigado pelo equipamento novo – agradecia Darch guardando a espada na bainha.

- Sem problema, você acabou salvando todo mundo – disse Karias – ou pelo menos evitou que todos morressem, e ainda quase matou aquele tal de Pallas.

- Mas ele fugiu com o esqueleto do Dasugard, consegue imaginar o perigo que um morto-vivo assim representa? – dizia Darch – e eu soube que os arquidemônios tocaram o terror no reinado no mesmo dia.

 

As perdas que o reinado sofreu foram severas, na região sudoeste Belphegor eliminou 8 mil soldados, sendo alguns da elite de Galtran, na região norte Artroces e Maostema mataram pelo menos 3 mil antes de recuarem, basicamente esse ataque mostrou que o reinado nem de longe tem a força necessária pra parar os arquidemônios, todos temiam o que aconteceria quando a grande invasão chegasse.

 

- Tempos sombrios se aproximam – dizia Karias preocupado.

- Bom, tenho certeza que tem gente dando duro sobre isso – dizia Darch juntando o resto do equipamento que recebeu – quanto a mim vou continuar fazendo a minha parte: um filho da puta de cada vez.

 

Darch chamou Inuka e ambos saíram da oficina, eles estavam loucos pra testar seu novo equipamento em alguma missão, agora com armas e armaduras renovadas estavam mais um passo perto de estarem prontos, a única coisa que faltava era encontrar o Eidos.

 

 

Continua.


Notas Finais


Na capa temos uma imagem conceitual (que os manjadores saberão de onde é) para ilustrar o novo traje de batalha do Darch, em dois dias estarei postando uma imagem conceitual para a Inuka.
.
O ataque dos arquidemônios e do Pallas mostraram a fragilidade do reinado diante de uma ofensiva, será que eles conseguirão resolver isso nos dois anos que faltam para a grande invasão? O Darch encontrará o Eidos antes do dia fatídico? Belphegor conseguirá suas ovelhas endemoniadas? Não percam os próximos capitulos!!


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