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História Himitsu - Desordem


Escrita por: melozy

Notas do Autor


Aí, aí, o horário permite produção

Capítulo 3 - Desordem


Fanfic / Fanfiction Himitsu - Desordem

Erwin passava detalhe por detalhe à todo reconhecimento sobre o que aconteceria em dois dias; o retorno da muralha Maria.

Capitão Levi observava, ao lado de Erwin e Hange, os soldados em forma respeitosa ouvindo os discursos motivacionais que apenas o comandante tinha. O sol mal tinha acabado de aparecer e todos já pareciam incrivelmente empolgados e cheios de perspectivas para a missão. Sob a grama, ao lado de fora do QG, o Ackerman ainda achava estranho o fato de Mikasa parecer mais distante do que das outras vezes.

Certo que ela nunca fora o tipo de mulher fácil de se ler e interpretar, mas parecia uma morta viva ouvindo Erwin, sem se importar. Deveria ser só coisa de sua cabeça, ou realmente ela estava magoada com ocorridos de ontem. Como, com Eren por ter sido um grosso ou com ele mesmo por ter a ignorado quando a mesma só queria um mínimo olhar.

Negou com a cabeça, afastando pensamentos, e isso não passou despercebido por Hange que, mesmo com Erwin ainda falando, prestava atenção nas poucas expressões do capitão e sabia que aquilo só podia ser para Mikasa. Já que o viu olhando para ela e também o assunto de tê-la que expulsar estava mexendo com seu juízo normal.

Com a frase de que todos deviam entregar seus corações em batalha, Erwin terminou. Levi o acompanhou até seu cavalo, o mesmo precisava resolver algumas coisas na cidade, mas voltaria. Era teimoso e por mais que Levi tivesse ameaçado quebrar suas duas pernas para o mesmo não ir na missão, já que estava sem um dos braços, Erwin jamais ficaria em paz se deixasse todos irem sem ele.

O restante estavam treinando sem sua ordem, mas precisava falar com Mikasa que estava ouvindo alguma coisa que Sasha falava. O capitão não se intimidou em se aproximar das duas, todos estavam muito focado em seus treinos que não percebiam.

— Preciso falar com você.

Sabia que daria na cara chamá-la pra conversar assim. Eles mesmo haviam combinado que não agiriam dessa forma para não causar suspeitas, mas ali ele era o capitão e provavelmente ninguém além de Sasha suspeitaria.

— Vá lá. Eu digo que você está no banheiro. — Sasha incentivou, piscando para a amiga.

Mikasa concordou olhando em volta e vendo que ninguém observava, nem mesmo Eren que lutava com Jean.

Com o capitão mais à frente, Mikasa o seguia há dois metros de distância para não parecer que estavam juntos. Assim, adentrando na mata sem ninguém perceber. Quando Levi percebeu estar à uma distância razoável dos demais, parou, mas ainda sem olhar para trás e fitar uma Mikasa neutra.

Mikasa segurou sua mão no braço esquerdo. Se ontem fazia calor, hoje fazia muito frio, ainda bem que tinha seu cachecol. Achava que o silêncio de Levi era um pedido de satisfação sobre Sasha, por isso começou.

— Ela me seguiu e acabou descobrindo da gente. Mas Sasha me prometeu que não contaria à ninguém. Ela é uma amiga e eu confio nela...

— Não quero que vá para Shinganshina. — Somente agora encarou à feição espantada que tinha na face da menina. Claramente a confusão que logo foi para insatisfação e logo mais para raiva. — Não quero que vá nessa missão.

— O que? — Seu tom era alto. — Você não pode fazer isso comigo, Levi! Sabe quanto tempo esperei por isso? Isso vai além do que fazemos no reconhecimento. — Seus olhos aos poucos iam enchendo-se de lágrimas. — Lá era o meu lar... Além disso, quero reencontrar Reiner e Berthold e fazê-los pagar por isso.

Levi não estava fazendo isso apenas por mero capricho seu. Seu objetivo era não expor Mikasa à mais um duelo para tratar sua vida como nada e servir de armadura de Eren enquanto o mesmo seria o alvo do inimigo. Ela precisava ao menos uma vez pensar em si mesmo antes de pensar nos outros que ela não seria egoísta, seria apenas cuidadosa. Mesmo ela não gostando, era uma proteção. Podia ter um pouco a ver com a questão que martelava em sua cabeça sobre ter que expulsá-la, mas ele não queria deixá-la ainda pior informando essa decisão do Conselho.

— Eu entendo suas questões, mas...

— Você não entende nada! Por favor, me deixe ir. Eu preciso ir.

Os olhos expressivos de Levi vibraram com a triste lembrança de anos atrás quando disse a Farlan e Isabel que eles não iriam e ao ser questionado e encurralado por ambos, acabou cedendo e seu coração mole não lhe trouxe bons resultados. Pois foi ali que perdeu ambos os amigos que tanto amava. Mas isso não significava que não confiava nas habilidades de Mikasa, isso ia além da compreensão.

— Eu irei, senhor! — com a mão direita fechada sob o lado esquerdo do peito, exatamente como aprendeu quando cadete à reagir diante de um superior, Mikasa o olhou confiante e nem queria lembrar que ali era seu amante, mas sim, seu capitão. — Eu jurei que daria meu coração para o bem da humanidade. Não vejo oportunidade melhor que esta. Peço que me inclua na linha de frente com o restante do pelotão, senhor!

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Hange não era boba.

Viu perfeitamente que Levi havia sumido com Mikasa e que Sasha queria lhe fazer de boba e encobertar os dois com uma conversa muito suspeita que Mikasa estava com dor de barriga.

— E então, Mikasa disse que precisava ir, que era urgente. Ela pediu permissão ao capitão. Deve ser por isso que a comandante achou que os viu juntos.

— Então, onde está o capitão? — Hange questionou. Estava literalmente enquadrando Sasha, deixando a menina nervosa demais.

— Bom, eu não sei, né?! Ele é o capitão, pode sumir e aparecer quando bem entender. Igual você, comandante. Você pode fazer o que quiser, não é mesmo?

Sasha precisava ganhar tempo. Em seu consciente torcia para que Mikasa aparecesse logo e de preferência não acompanhada do capitão. Mas eles não seriam bobos o suficiente de aparecerem na mesma hora.

Mas Hange não estava nenhum pouco convencida. Deixaria de estudar Eren por um momento apenas para entender o que estava acontecendo debaixo do seu nariz. Como podiam saber de algo sem dizer para ela?

— Você sabe que não tenho nada contra os dois? Eu quero descobrir porque preciso comemorar. Mas todos parecem não querer colaborar comigo. — Curvou-se, apontando na face da menor. — Principalmente você, menina batata. Mas eu irei descobrir de qualquer forma.

Sasha agradeceu a comandante Zoë partir e deixá-la só antes que ela confessasse tudo apenas por achar que Hange ficaria feliz em saber. Arregalou os olhos, logo sorrindo quando viu Mikasa retornar meramente corada e com os cabelos curtos um pouco bagunçados.

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Estava matando saudades que havia ficado de sentir os lábios dele no seu. Mesmo que não gostasse tanto de saber que não podiam ultrapassar os beijos por enquanto, Mikasa ainda sim estava satisfeita.

A pequena diferença de altura não era motivo para não agarrar sua cintura e puxá-la para mais perto, enquanto ansiava loucamente para tê-la cada vez mais e mais.

As línguas assemelhavam-se com os duelos de espadas a qual os dois eram peritos. A mão no cabelo e nuca da menina traziam arrepios e sensações boas em seu íntimo. Levi sussurrava coisas obscenas entre os lábios que faziam a menina que derrubava sem muita dificuldade um titã de 15 metros ao chão, se derreter toda.

— Eu estava com tanta falta de você, Ackerman.

Mikasa sorriu, passando a ponta de seus dedos no abdômen definido de seu capitão e imaginando como era bom ver ele sem aquela roupa quando tinha a oportunidade. Era uma pena estarem rodeado de pessoas e ainda ser de manhã e não tinha muito para onde fugir. O esquadrão inteiro estava no quartel.

Fora facilmente manipulado por aquela pirralha com seu discurso motivacional ainda mais chato que de Erwin e conseguido sua permissão para ir em missão. Quantas mais muralhas dentro de si Mikasa iria quebrar?

Encostou-a em uma árvore, puxando para si uma de suas coxas para assim, alisá-las, como para também ganhar mais espaço entre as pernas dela e poder sentir mais de sua intimidade em sua pelve e fazê-la sentir que estava duro. Mikasa gemeu baixinho quando o sentiu parar o beijo retirar o cachecol, o jogar longe para tomar seu pescoço em pequenos beijos, mordidas e chupões.

— Você me deixou marcada e Armin viu. Aliás, todos viram. Mas consegui mentir dizendo que machuquei. Acho que não acreditarão novamente se outra marca aparecer. — sussurrou, pensando sobre, mas não se importando se ele deixaria ou não marcado, pois era muito bom senti-lo ali.

— Não ligo. — parou os beijos e mordidas para falar. — Você também não tira esse maldito cachecol. Então, não vejo como eles verem isso com frequência.

Voltou tomar seus lábios, para que ela não pudesse continuar a falar. Segurou com ambas as mãos a face da menina. Dessa vez, dando um beijo mais calmo e suave. Aproveitando e chupando e mordicando levemente o lábio inferior rosado, já se despedindo, dando vários selinhos para contra sua vontade poder solta-la e vê-la partir antes dele.

— Te vejo à noite? — Virou-se ela para perguntar. Assim que apanhou seu cachecol do chão e o colocou.

Levi sorriu, já imaginando sua visita não tão surpresa assim na madrugada.

— Irei te esperar.

Observou ela sumir no meio da mata para retornar ao castelo. Escorou-se na árvore, esperando seu corpo se acalmar e retornar a ter controle de sua ereção, para então voltar também, cerca de algum tempo depois.

Foi até sua sala, reparar alguns papéis e analisar a injeção com o soro de titã que estava sob sua tutela. Olhava aquele material ainda em choque por ter sido Kenny que o entregou antes de morrer.

Ajeitou-se em sua cadeira, olhando pela janela as árvores lá fora e o mundo deles cercado por muralhas.

Nunca imaginou-se em uma vida normal, com mulher e filhos, talvez uma taberna ou viver da criação de algum animal, ervas ou legumes. Fechou os olhos e se deixou sonhar um pouco com isso e em sua mente logo surgiu Mikasa. O que era estranho. Pois tentava dizer para si mesmo que aquilo seria passageiro. O que seria bom para ele e para ela nunca estarem verdadeiramente juntos. Não achava que poderia fazer Mikasa feliz como ela merecia e precisava, assim como também não achava que seria Eren. No que depender do Jaeger, Mikasa ainda não teria seu amor correspondido.

Pelo menos era o que ele considerava analisando os fatos.

— Onde você estava?

Sem abrir os olhos e sem precisar virar para a porta para ver quem era, Levi ainda tentou permanecer calmo com o escândalo desnecessário de Hange.

— Será que dá para bater na porta antes de entrar?

— Você poderia estar com alguém aqui?

Devido a pergunta com fundamentos, Levi virou-se, encarando-a com uma sobrancelha arqueada.

— Diga logo o que quer, quatro olhos? — Voltou a ajeitar a enorme quantidade de papel que jazia sob a mesa.

Hange aproximou-se, as lentes de contato brilhavam. Sentou-se pronta para começar o interrogatório que ela planejou. Bastava Levi concordar que iria participar.

— Onde estava com Mikasa?

Levi entalou-se com a própria saliva, não demonstrando muito e voltando a ajeitar os papéis em mãos. Não seria idiota o suficiente de fugir do assunto ou de negar que esteve com Mikasa como Hange previa que ele fizesse, mas também não entregaria a resposta de bandeja para a louca da Hange.

— Estava conversando sobre a missão. Simples.

— E para isso precisava sair sozinho com ela? — Já havia conseguido que ele assumisse que estava a sós com ela, o restante era só questão de tempo.

— Era importante. — Visto que apenas isso não seria o suficiente, decidiu ser mais específico. — Não pretendia levá-la em missão. Então queria deixar claro que ela estaria fora.

Hange não gostou da resposta.

Ficou em pé e indignada espalmou a mesa.

— Você não pode retirar Mikasa da missão apenas porque te convém que ela não fique ali pelo Eren! Mikasa é fundamental para isso! — Quando foi que Hange se tornou tão fã de Mikasa? Era o que Levi se questionava. — Dos treinos com a nova lança de aço feita para perfurar a armadura do titã encouraçado, Mikasa foi a que mais se destacou. Você não pode descarta minha pesquisa por um ciúme idiota! Mikasa irá sim!

Ciúmes?

Se ofendeu com acusação.

Por acaso Hange estaria referindo-se à ele com ciúmes de Eren? Ah, tenha a santa paciência.

— Para sua informação, eu revoguei isso. Ela irá sim. Você irá fazer bom proveito das habilidades sob humanas dela. E sobre o suposto ciúmes, está completamente louca.

Respirou fundo, lembrando que era apenas a Hange ali. Não precisa levar tão a sério o que ela falava. Mas, será que ela estava realmente certa? Ele queria poupar Mikasa do desgaste da missão ou simplesmente não ter o desprazer de vê-la querer morrer por Eren?

Hange acalmou-se novamente, voltando a se sentar. Não era nenhuma idiota, conhecia Levi há muito tempo e nunca tinha visto o mesmo querer provar nada. Ele com certeza estava sim com ciúmes.

— Tem razão. — Desviou o olhar do moreno com a intenção de parecer que não estava dando a mínima. — Eu me enganei sobre você e a Mikasa. Está mais que óbvio que ela ama o Eren. E se ela estivesse se envolvendo com você, com certeza seria para esquecer ele. Estive com medo de você acabar magoando os sentimentos dela com seu jeito arrogante, mas, pensando bem, ela também pode acabar lhe magoando. Isto claro, se estivessem juntos, não é? O que não estão. Certo?

Hange era uma trapaceira, Levi pensou. É claro que ela não tinha se dado por vencida e estava cada vez mais certa que eles estavam juntos. Ela não falaria aquilo à toa apenas por comentar. Ela estava tentando fazer de alguma forma Levi perder o controle da situação e entregar os fatos, assumindo que estava com Mikasa. Mas Hange pegou pesado. Deixando o capitão ainda mais confuso sobre o que estava vivendo com Mikasa e de certa forma, o frustrando por saber de toda a verdade que ele queria ignorar.

Não achava que estava sendo machucado ou que Mikasa o usava para tapar seus buracos, mas era um incômodo ser ciente disso e ainda sim preferir estar com ela.

Então, talvez, estivesse de alguma mísera forma, machucado.

— Hange, eu...

— Eu sei que você é esperto o suficiente para saber a gravidade que estamos vivendo. Se pretende viver um romance agora, não confunda a garota. Lute para que ela fique no reconhecimento. — Hange o alertou e à esse momento, já não podia negar mais nada. Se Hange perguntasse mais uma vez se ele estava tendo um caso com Mikasa, responderia tranquilamente que sim. — Espero que saiba separar as coisas durante as missões. Se Mikasa quer dar sua vida para proteger o Eren, não haja com indiferença nas escolhas dela. Afinal, você não conhece a trajetória deles.

— Eu só quero que ela viva bem, viva por ela.

Foi o que ele disse.

Hange entrou ali para ouvir um sim ou um não. Não obteve nenhuma das duas respostas, mas depois do que o capitão respondeu, soube na mesma hora que era um sim. Jamais o julgaria por isso. Se apaixonar por um subordinado era tão doloroso e bom ao mesmo tempo, que ela entendia bem.

Sorriu ela, contente demais.

— Vai dá tudo certo.

Levi não entendeu bem o que ela quis dizer. Achou que talvez ela tivesse juntando o óbvio ao agradável e concluído sua resposta. Após ver ela sair satisfeita da sala.

Ela não foi até ali com a intenção de plantar a discórdia em Levi e Mikasa, mas suas palavras caíram pesadas em seus ouvidos. Hange ocupava o posto por ser verdadeira e sincera. Claro que ela não falaria coisas bonitas apenas para inflar o ego de Levi e o bajular a ficar com Mikasa. Ela estava certa em o alertar sobre o suposto sentimento de Mikasa por Eren. Todos viam, menos o dito cujo idiota.

Não quis ir jantar quando a noite chegou, apenas tomou banho e levou a papelada para seu quarto.

Após vestir roupas leves e ter o quarto iluminado apenas por duas lamparinas que ficavam nas escrivaninhas em volta da cama, e algumas velas acesas sob a cômoda onde guardava suas roupas, decidiu terminar de revisar os relatórios enviados por Erwin. Mas sua mente não trabalhava como ele gostaria que trabalhasse naquela noite. Estava totalmente perdido em pensamentos que iam de Mikasa para Eren.

Será que realmente estava com ciúmes? Nunca lembrou de ter sentido isso antes por algo ou por alguém.

Talvez esse lance com Mikasa já tenha durado mais que o necessário e estivesse na hora de por um fim. Não seria um término horroroso com choros e indiretas. Seria uma página virada sem ressentimentos, afinal, foi assim que eles combinaram. Ela não sairia machucada e ele menos ainda.

Bom, era o que ele pensava.

Mas pensar em terminar com ela surgiu uma dor no peito e uma estranha sensação no estômago. Como se seu corpo o avisasse que ele não estava preparado para um fim. A maior parte de seu corpo suplicava para que esse fim demorasse ainda mais.

Mas, que porra, por que Mikasa tinha que ser assim? Tão infeliz com seus objetivos.

Não sabia se continuar aquilo poderia ser saudável para os dois.

— Droga.

Resmungou para si mesmo, vendo que estava lendo um texto sem prestar atenção no que estava escrito. Já estava de madrugada e provavelmente todos já estavam em seus quartos dormindo.

Sua porta é batida com três toques leves e logo é aberta, revelando uma Mikasa meramente corada e com as pernas de fora por estar apenas usando um blusão que iam até metade de suas coxas. Estaria essa pirralha lhe provocando?

Ela quase nunca mostrava as pernas. A não ser quando estava completamente nua gemendo seu nome em sua cama.

— A porta estava aberta, então eu entrei. — Sussurrou baixinho, fechando a porta atrás de si, porém, não trancando na chave. — Aconteceu alguma coisa? Vi que não foi jantar.

Levi ainda estava sem ter o que dizer. Sim, havia combinado com ela de se encontrem à noite, mas com mil pensamentos acabou por esquecer. Estava nervoso com seus pensamentos. Agora seria um bom momento de ser sincero com ela, mas ver ela se aproximar tão sorrateiramente e manhosa, com as bochechas sempre vermelhas lhe deixava hipnotizado. Parecia igual a primeira vez deles.

— O que foi, capitão? — Lhe chamar de capitão quando estavam a sós, só mostra o quão intencionada ela estava. — Não quer falar comigo? — retirou os papéis das mãos dele jogando-os longe e sentou-se em seu colo com as pernas envolta sua cintura masculina, o olhando de cima fazia parecer que ela estava no controle. — Fiz alguma coisa de errado e mereço ser punida?

Sim... Fez. Gostou de alguém que não era ele.

Levi tentou controlar a vontade que tinha de tomá-la para si quando sentiu a língua dela passar delicada em seu pescoço, com gentis beijos e mordidas leves. Estava resistindo ao máximo para não ter esses momentos de prazer agora com o pensamento estranho que estava tendo e não podia compartilhar isso com a mesma.

Do pescoço, passou a dar leves selinhos nos lábios completamente fechados dele, passando a própria língua para umedecê-los. Estava achando estranho a forma rígida que ele se encontrava, normalmente era sempre ele a tomar a iniciativa. Pensou se talvez tivesse feito algo de errado que o chateou, mas não quis dar importância.

Ele podia estar sério, mas o membro ereto lhe entregava e dizia que ele estava gostando.

O encarou fixamente, ele era sempre sem expressão, mas ao mesmo tempo tão lindo e de perto parecia ter sido esculpido e moldado.

Achou estar em um sonho e levou suas mãos para as bochechas dele, acariciando a pele branca e lisa, sem nenhuma cicatriz. Levi percebeu que seu corpo estava reagindo positivamente aos encantos de Mikasa, tentando a fazer parar, tirou uma de suas mãos que tocava sua face, deixando a menina em clara confusão consigo mesmo.

— O que foi, Levi? Quer que pare? Quer que eu vá embora?

Olhou seus olhos negros brilhantes, se amaldiçoando por estar sendo um idiota ali com a mulher mais maravilhosa que já tinha conhecido.

— Não é nada disso. — Virou o rosto, se recusando a olhar em seus olhos e se render a tentação de fazê-la sua. — Só estou cansado.

Mikasa não se sentiu acuada com isso. Pelo contrário.

Puxou com delicadeza o rosto do mais velho e novamente colou seus lábios nos dele.

Levi queira acreditar que ela gostava dele e estava com ele porque queria e não para esquecer Eren.

Com olhos abertos fitava o rosto pálido dela, o beijando. Parecia que realmente ela estava se entregando de corpo e alma ali.

Aos poucos foi cedendo, na medida que ia fechando os olhos, seus lábios iam se entreabrindo e dando passagem para a língua dela trabalhar com a dele.

Não era possível que o maldito Jaeger estava atrapalhando sua concentração num momento tão perfeito e oportuno.

Quando ele cedeu por completo, Mikasa envolveu seus braços em volta do pescoço do homem. Dando mais intensidade ao beijo que ela passou a tarde contando os minutos para acontecer. Estava sendo um dos seus beijos molhados preferidos, tinha sido ele à lhe ensinar trabalhar com a língua. De todas as formas possíveis e imagináveis, era com ele que ela queria fazer aquilo sempre que podia. Nem mesmo pensava isso com Eren, por mais que gostasse dele. Entendia que ele ainda estava muito retraído com sua presença ali, então na tentativa de deixá-lo mais a vontade como ele normalmente ficava, saiu de seu colo ficando de joelhos no chão e ele lhe vendo de cima.

— Vamos ver o que você está escondendo de mim aqui, capitão...

Levi grunhiu levemente de prazer ao sentir e ver Mikasa desabotoando sua calça e tirando todo seu membro rijo para fora.

Ela lhe olhou por baixo e antes de meter sua boca em seu pau, umedeceu os próprios lábios e sem aviso começou a chupá-lo intensamente. Sua língua completamente quente fazia seu pau pulsar e seu consciente ansiar por mais daquilo.

O rosto dela estava completamente vermelho e olhos fechados enquanto enfiava por completo o pênis na boca pequena. Levi não podia ter melhor visão que está. Mordia o próprio lábio para não gemer e para não falar besteiras que a deixasse mais envergonhada. Ele era o primeiro homem de Mikasa, claro que ela se sentia envergonhada ainda por não ter uma vasta experiência e por sempre achar que poderia ser melhor. Mas o que ela não sabia é que era simplesmente perfeito. Tudo que ela fazia vinha com a perfeição ao lado.

Jogou sua cabeça para trás, tentando controlar a vontade de gozar na boca dela. Mas passou quando ela parou e ficou de pé. Desabotoando dois dos muitos botões de sua camisa cumprida branca, revelando um decote que nunca havia sido visto por ninguém além dele. Ela retirou a própria calcinha preta, deixando-a no chão, e voltou a montar em seu capitão. Porém, agora, sendo penetrada por seu membro ereto e lubrificado igual ela estava.

Levi apertou fortemente a cintura da menina quando sentiu que ela sentou de uma vez, esfolando completamente seu pau. Mikasa enterrou seu rosto corado entre o ombro e o pescoço do capitão, mordendo o lábio para não gemer com a dor e incômodo que sentiu. Era completamente apertada, todas as vezes que repetiam aquilo, era como se fosse a primeira vez. Porém, não levava tanto tempo igual a primeira vez para ela se acostumar.

Afastou-se o suficiente para encará-lo e logo começar a mover-se em cima de seu pau em forma de sobe e desce. Sendo cuidadosa, e, parecia estranho ela ser completamente fofa fazendo aquilo. Ele havia ensinado certinho como dar prazer para ambos.

Mikasa voltou a abraça-lo enquanto ambos moviam-se na penetração. Ficando perto do ouvido dele e sentindo o cheiro que ela particularmente amava de seus cabelos.

— Não existe outro lugar que eu gostaria de estar que não fosse aqui com você, Levi.

Sem ela perceber, os olhos dele brilharam com algumas poucas lágrimas que sumiram em um segundo. Talvez eles estivessem conectados de outra forma que a fez sentir o que ele sentia ali. Ela não falaria aquilo apenas para o acalmar, mas sim, para realmente expressar com falas o que o coração sente. Levi a abraçou, movimentando mais fundo e rápido sua pélvis em direção a intimidade úmida dela. Já podia vibrar com os gemidos e arranhões que ela dava por cima da camisa, pedindo sempre para ele ir mais rápido e forte, que só ele lhe dava esse prazer.

Mas tiveram que parar quando foram surpreendidos por batidas na porta.

— Levi. — Era voz de Hange.

— Droga! Eu não fechei a porta. — Explicou baixo Mikasa para o capitão ouvir.

Levi levantou-se com Mikasa enlaçada em sua cintura, até a porta e a trancou. Era estranho Hange bater, ela simplesmente entrava sem ser convidada.

— O que é? — Respondeu seco atrás da porta com Mikasa nos braços morrendo de vergonha pela situação. Ele por outro lado estava tranquilo, Hange não abriu a porta então não tinha com o que se preocupar.

— Não é nada. — Ela riu do outro lado, fazendo Levi revirar os olhos em tédio. — A propósito, boa noite, Mikasa.

A menina citada arregalou os olhos, incrivelmente assustada.

Ouviram os passos de Hange pelo corredor, já tinha ido embora.

— E agora? Ela sabe da gente. Ela falou comigo, sabia que eu estava aqui. — O rosto dela era de total espanto. Mesmo que estivesse nos braços do melhor matador de titãs.

Levi sabia que isso não era motivo para se desesperar. Segundo a conversa que teve com Hange, ela não faria nada a não ser apoiar.

— Não precisa se preocupar. — Andou com ela nos braços, deitando-a em sua cama limpa de lençóis pretos. — Vamos continuar de onde paramos.

Se Levi falou, tá falado. Não ia se desesperar.

Viu ele se afastar e retirar a própria calça e camisa, revelando o corpo másculo e definido com algumas marcas e cicatrizes de batalhas. Depois tratou de desabotoar cada botãozinho que ela tinha na camisa que usava para dormir, deixando o mais lindo corpo que ela já tinha visto na vida e enormes seios.

Ficou por cima da moça, abrindo delicadamente suas pernas e observando com atenção a buceta molhada implorando por ele. Mas antes de fazer isso, tomou novamente seus lábios, e ali era o Levi que Mikasa conheceu e se encantou. Se ele não tivesse tapado sua boca com sua mão quando a penetrou de uma vez, ela poderia ter gemido muito alto ou simplesmente ter dito que lhe amava.

O Ackerman a penetrava em ritmo preciso e acelerado, ecoando baixo pelo quarto e provavelmente não se dava para escutar pelos corredores. Seu único som abafado era os gemidos de Mikasa, que tinham sua mão por cima da boca da menina.

Era tão bom entrar por completo dentro dela. Já não existia mais aqueles pensamentos maldosos de rejeição. Ele queria ela para si e faria isso acontecer de qualquer forma.

Movia-se ainda mais acelerado e quando percebeu ela já estar perto do seu limite, rapidamente inverteu a posição dela, deixando-a completamente exposta para ele na cama, com ambas as mãos e joelhos apoiando o seu corpo. Mikasa havia descobrindo na sua segunda vez com o capitão que ela amava estar de quatro para ele, exatamente como ela estava agora. Desse jeito sentia ele ir mais duro e mais fundo dentro dela.

As curvas que faziam quando ela estava naquela posição, a costa lisa, sua bunda empinada, era uma visão privilegiada que apenas ele tinha.

— Levi... — suas mãos fraquejaram e as pernas já estavam querendo lhe trair. Parte de seu rosto apoiava seu corpo enquanto sentia Levi ir cada vez mais fundo, fazendo as paredes de sua vagina se contraírem por gostarem da penetração. — Ei, Levi! Eu... eu vou...

— Faça isso então. Meu trabalho aqui e agora é apenas te fazer gozar, Mikasa.

Vendo que ela já estava fora de si com tanto prazer, puxou os braços dela para trás de uma maneira que não à machucasse, lhe estocando cada vez mais fundo. Seus olhos reviraram-se quando se derramou dentro dela e a mesma também.

Jogou-se ao lado dela na cama, ela estava de bruços. Tirou os fios que cobriam sua face, revelando a pequena cicatriz que ela tinha na bochecha que para ele era um charme.

— Você é tão linda, Mikasa.

O elogio não pegou apenas ela de surpresa, ele também foi pego, não esperava que isso saísse da própria boca. O correto era não manter esse tipo de conversa e nem dormir juntos como eles estavam fazendo depois de cada transa. Era muito íntimo. Mas nenhum tinha coragem de dormir sem o outro depois de cada sexo que faziam.

— Você também é lindo.

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Logo mais o sol já nasceria.

Mikasa estava deitada ainda nua por cima do corpo do capitão, também nu. Ele acariciava seus cabelos enquanto que ela contava uma ou outra história que já tinha acontecido em sua vida. Ela não entrava de cabeça no assunto e ele também procurava não se aprofundar e acabar invadindo seu espaço. Havia decidido sozinho que se ela se sentisse a vontade, ela contaria e ele escutaria. O mesmo seria para o caso do Eren, se ela se sentisse confortável em falar sobre o que sentia por Eren, ele escutaria. Mas jamais iria enquadrar ela por qualquer assunto, a menos que ela peça por isso.

— No por do sol, partiremos rumo a Shinganshina. — Ele disse. — Como se sente?

Ela demorou uns longos segundos para falar.

— Me sinto estranha. — Falou sincera. — Reviver aquelas ruas, aquelas casas. Aquele cenário marcado por uma tragédia. Vi a mãe do Eren ser comida por um titã bem na minha frente e não pude fazer absolutamente nada a não ser correr. Sinceramente, tenho medo.

Admitir medo, não era do feitio de Mikasa e jamais seria. Mas com Levi ela sentia que podia ser ela, sem precisar agir friamente para afastar pensamentos infelizes.

— Eu também. Eu também tenho medo.

A abraçou mais, acariciando as costas nuas da menina, enquanto ela caia num sono profundo. Logo mais ela teria que sair de fininho sem que ninguém percebesse pelos corredores. Queria aproveitar um pouco para dormir pelo menos umas duas ou três horas de sono ao lado dela. Era o suficiente para se sentir cada vez mais entregue aquele sentimento novo que quase era amor, mas tinha o quase.


Notas Finais


Levi, você bem que tentou, mas você não controle desse corpinho, aiai

Quem a Sasha estava querendo fazer de boba? Mds

Mikasa, eu te entendendo, nem guindaste


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