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História Hipérbole - (Des)Cuido


Escrita por: SatanJoker

Notas do Autor


[AVISO]
Novamente, o capítulo é NFSW! Vocês já sabem como funcionam, né? Tirem as crianças da sala!


E claro em terceiro lugar dizer que muitas vergonhas contidas nesse capítulo foram inspiradas nas minhas próprias (me matem aaaa)

E agora muda pra voz de narrador de programa da tarde a última chance pra vocês mudarem de lado e escolherem bakudeku pra essa fic. Façam suas apostas e que vença o melhor (ou não).

E obrigada por serem esses xuxus e favoritarem e comentarem 💜

Arte da capa por @aobaso (pensa numa fanart difícil de achar o autor)

Capítulo 3 - (Des)Cuido


Fanfic / Fanfiction Hipérbole - (Des)Cuido

— Eu não quero comer isso! — inflou as bochechas, não disfarçando a sua embriaguez.

— Ou você come esse pedaço de chocolate ou vai vomitar por tudo depois. Você precisa de glicose ou seu corpo não vai conseguir lidar com os corpos cetônicos do seu metabolismo tão cheio de álcool.

— Corpos o que? Eu só quero o seu corpo no meu — exasperou, rolando os olhos pelo loiro com segundas intenções.

— Você vai ter, agora coma essa droga! — Katsuki já estava perdendo a paciência, que não tinha — Quer vomitar ou transar? Você escolhe.

— Foder — as sobrancelhas loiras de Bakugou se levantaram indicando que ele comesse logo, o que acabou fazendo, porque sabia que não tinha escolha.

Satisfeito em saber que um mínimo de açúcar tinha entrado naquele corpo, o ajudou a se levantar do meio fio em frente a farmácia que ficava na esquina do campus da universidade.

— Seu dormitório fica na ala B? — questionou caminhando em direção aos dormitórios, precisava deixá-lo no quarto correto e ir embora. Era verdade que adoraria terminar o que começaram na festa, mas tinha receio de que suas memórias o atrapalhassem novamente, mesmo que agora não estivesse tão entorpecido, apenas ébrio.

— Na ala C — gesticulou retirando a chave do dormitório no bolso e provando que falava a verdade — Oh, então vai ser no meu quarto?

— Vai — respondeu, mesmo que tivesse em mente que no fim não fariam nada.

Continuaram caminhando a passos lentos até o quarto, sempre com os olhos carmesim rolando de soslaio para o esverdeado que sorria animado com a companhia dele. Seria o alto teor alcoólico em seu sangue ou estava mesmo desfrutando de sua presença?

Ainda que talvez fosse somente o estado alterado, Katsuki pareceu gostar de que alguém de fato estava apreciando de sua companhia, o que normalmente era difícil de acontecer. Porém não era apenas isso, Bakugou também havia gostado da companhia de Midoriya, embora fosse muito difícil assumir.

Era aquele maldito sorriso com dentes bem alinhados que contornavam as sardas em sua face que o deixavam mais atônito, por vezes assustado. Depois de tanto se culpar pelo ocorrido com Neito, tinha como obstáculo se relacionar com outras pessoas.

Motivo pelo qual seu nome era muito bem — mal — falado pela universidade, recebendo diversos spotteds¹ sobre o quão grosseiro conseguia ser. É claro, existiam outros — vários — comentando sobre sua beleza atípica.

Era duvidoso esse assunto sobre sua aparência, ainda mais se Katsuki olhasse para a pessoa ao seu lado, a quem definiu como beleza extrema. Ou era aquele maldito cheiro de cravo e canela?

Sabia muito bem que a essência do ômega estava mais forte, todavia não era como se equiparasse-se a de um cio, provavelmente seria um indicativo de que ele tinha entrado recentemente ou que ainda entraria.

Mais um belo motivo para que o loiro fugisse dali o mais rápido possível. Seria péssimo correr o risco de engravidar um ômega bêbado que sequer se lembraria de seu nome na manhã seguinte.

O grande problema era que também estava, além de embriagado, chapado, mesmo que o efeito da erva não lhe afetasse tanto quanto o efeito do uísque que havia experimentado. Poderia cometer a tal loucura que desejava e se submeter aos prazeres de provar da pele alva que há tanto ansiava.

Deveria se entregar a loucuras e parar de ser tão responsável, podendo se sujeitar à tudo aquilo novamente, ou manter-se no que chamava de sanidade e rejeitá-lo até que mantivesse um relacionamento verdadeiro?

— Ei, calouro — chamou-o pela alcunha que todo veterano dava à um novato —, você é virgem?

Interrompeu os pensamentos de Katsuki, pegando em seu ponto fraco. Ele virgem? Isso não era possível. Quem aquele verme esverdeado — muito bonito — achava que era, para supor uma blasfêmia como essa?

— Não sei, quer descobrir? — provocou tentando não transpassar sua irritação na voz.

— Com toda essa inseguridade que você aparenta, eu digo que quero. Mas já digo que não ensino nada, hein? — deu um soquinho em seu ombro, tropeçando e quase caindo e levando ele junto. Vestia um sorriso malicioso de orelha a orelha, e não parava de emitir sua maravilhosa essência, a fim de que começassem transar ali mesmo no corredor.

— Tá bom. Agora controla esses feromônios, é proibido deixar tão óbvio assim no campus, mesmo que esteja de madrugada. Eu realmente não estou afim de bater em ninguém além de você — Izuku mordeu os lábios, tentando se controlar, embora ao imaginar as cenas tenha o feito liberar sua lubrificação.

— Oh, você é do tipo sádico? Gosto… — e seu sorriso aumentaria, caso já não fosse suficientemente grande, ansiando os bons tapas que ele lhe daria.

— Vou parar de conversar com você se tudo que eu for falar começar a te deixar excitado assim… — comentou indiretamente sobre a lubrificação que podia sentir o cheiro entrando por suas narinas, corando minimamente em pensar que ele já estava naquela situação e estavam ainda um pouco longe da ala C.

— Menos papo e mais ação, por favor… — empurrou-o na parede mais próxima, encaixando seus corpos no automático e iniciando o beijo que tanto ansiava.

O beijo foi correspondido na mesma hora, afinal o esverdeado beijava bem, mesmo que estivesse bêbado. Izuku buscou de forma voraz o contato com a carne úmida da boca de Bakugou que se enroscou à sua.

Contudo eles ainda estavam num corredor, o que só piorava a excitação do ômega que sequer estava conseguindo controlar sua fragrância antes, quem dirá agora que provava do beijo ótimo de Katsuki.

— Vamos parar… por aqui — disse entre beijos numa tentativa de acalmar aquele esverdeado sedento, que apenas o ignorou, o puxando para o beijo de novo.

Inconscientemente Bakugou o prensou contra a parede, sentindo a pressão que se fazia em seus quadris, o que ocasionou em um arfar pesado de Midoriya, que se agarrou em seu pescoço desesperado por mais, liberando ainda mais do aroma de cravo e canela.

O alfa levantou as pernas de Izuku ao ponto de apenas segurá-lo apertando suas coxas com vontade e roçando suas intimidades, levando novamente a sair um gemido dos lábios rosados dentre o beijo. Aquele maldito ômega estava levando o resto de sua sanidade com aquele cheiro, e isso não era bom para alguém que estava tentando voltar à sobriedade.

Tentou se afastar do beijo novamente, o soltando para que voltasse ao chão antes que o fodesse ali mesmo e fosse expulso da universidade que entrara há tão pouco tempo. É claro que pela inteligência e recomendações que tinha seria fácil arranjar alguma outra, porém seria trabalhoso demais procurar alguma que fosse tão boa quanto UA.

Mas Midoriya fez questão de não soltá-lo como este desejava — não desejava —, friccionando sua entrada no membro dele sob as calças, aproveitando que permaneceu agarrado mesmo que este tivesse o soltado.

Somente de imaginar aquela entrada lubrificada, como o cheiro denunciava que estava, acabava por impor sua presença ao redor como se fosse impedir que outros alfas chegassem perto dele, perdendo mesmo sua razão.

Já que Izuku não colaborava e Bakugou ainda permanecia tentando manter uma lógica, acabou mordendo o lábio e por fim se soltar daquele beijo voluptuoso. Óbvio que ele soltou um gemido de dor dramático referente a ação, logo em seguida reclamando sobre a dor e se desequilibrando do corpo de Katsuki, caindo de bunda no chão e fazendo questão de reclamar ainda mais.

— Que merda, cara! — chutou a canela do alfa que tentava o ajudar ele a levantar com uma expressão preocupada na face. Não era como se exibisse esses sentimentos zelosos como fazia tão frequentemente, mas ainda estava sob o efeito dos componentes químicos que havia usado.

— A culpa é sua — estalou a língua e tinha o esverdeado em mãos, começando a andar novamente.

— Minha é o caralho! — refutou a acusação, tentando se soltar dos braços que o envolviam como se quisessem não o deixar fugir.

— Tá, tá — apenas concordou junto de um aceno de cabeça, e logo subiram a escadaria do corredor qual ficava o quarto de Izuku.

Aproveitou-se do visível mau humor que se instalou na face sardenta para comer o seu próprio chocolate. Era evidente que a larica havia batido, e não poderia fazer nada além de se deliciar naquele doce — mesmo que normalmente não gostasse de doces. Tinha em mente que a fome que aparecia depois de estar chapado era sempre a melhor de todas, sempre proporcionando um sabor único para os alimentos.

Chegaram no corredor da ala C, em direção ao quarto 144 que estava gravado no chaveiro junto com a chave, com Bakugou percebendo que se iniciava no 122, então ainda tinham muitos quartos até que chegasse o dele.

— Finalmente meu quarto pra que a gente possa transar — ele se empolgou, gesticulando e cambaleando de forma animada até uma das portas e tentando a abrir — Está trancada por que? 

— Esse não é o seu quarto! — tentou conter aquele Izuku, que entendendo não ser o seu rumou para o próximo, que também não era seu. — O que está fazendo? Pare com isso, você pode acordar alguém!

— Acordar? Está querendo fazer tanto barulho assim, é? — provocou em seu eu mais típico quando alcoolizado. Ele não perdia uma oportunidade.

— Estou falando dos quartos… Imagine se algum deles... — não houve tempo para concluir sua sentença, pois, de fato, uma das portas estava aberta.

Os olhos carmesim se arregalaram ao reparar que aquele não era o quarto 144, e sim o 136. Tentou num ato de desespero arrastar Midoriya de volta para o corredor, no entanto ele já estava dentro do quarto alheio e se deitando na cama, ou no caso, em cima da pessoa que dormia nela.

Assim que a visão pousou sobre o dono do quarto, reconheceu que era um tal de Kirishima que conhecia de longe como sendo um dos calouros do curso de medicina veterinária, que tinha uma rivalidade com o seu, que era medicina.

E pelo cheiro que o quarto tinha também era perceptível que este havia bebido, mas não era possível identificar qual a classe dele, ainda.

— Midoriya! Caralho, sai daí! — o tom de voz alto acabou acordando o ruivo, que apenas pouco abriu os olhos, tentando entender o que havia acontecido e o que era aquele peso em cima de si.

— Ah, tem mais alguém aqui! Não sabia que tinha chamado mais gente — bateu palmas, animado enquanto se sentava na cama — Vamos fazer um threesome?

— Não! Não vamos fazer nada! — agarrou o pulso do esverdeado tentando não olhar para o ruivo que mal havia acordado ainda, e ficava irritado só de pensar que teria de pedir desculpas por algo como aquilo à um “capa gato”, como comumente chamavam os estudantes de veterinária. — Desculpe — murmurou baixo, torcendo para que este não ouvisse.

— Tá — ele respondera, revelando o embargo na voz. Afinal para ter deixado a porta de seu próprio quarto aberta deveria estar tão bêbado quando Izuku, o que não era muito difícil naquele ponto.

— Nós não íamos para o meu quarto? — o ômega questionou enquanto era arrastado para fora do cômodo, notando Bakugou fechar a porta deste.

— Sim, para o seu quarto, e não o de outra pessoa — liberou a presença mais uma vez, irritado por ter de passar por uma situação como aquela. Maldita hora que resolveu ajudar aquele ômega de cheiro tão bom.

Tentou abrir a porta o mais rápido possível, o suficiente para que pudesse ter certeza que o esverdeado não faria mais nenhuma bobagem, o que estava se provando cada vez mais difícil. Jogou ele dentro do quarto e fechou a porta, sentindo em seguida um abraço quente às suas costas.

— Você é quentinho — o esverdeado disse contra a camiseta de Katsuki, que sentiu seu coração gelar com tal revelação — Me esquenta! — suplicou devidamente alcoolizado.

— Por que você não deita? — insistiu pensando em como faria para colocá-lo na cama e fugir o mais rápido possível, afinal ele ainda tinha um mau pressentimento sobre Izuku.

— Deita comigo — puxou o loiro para a cama do jeito que estava, o fazendo cair por cima dele.

— Vamos tirar essas roupas pelo menos…? — Bakugou apontou pelo fato delas estarem cheirando a bebida evidente, e também porque achava que um banho seria bom para o garoto à sua frente.

— Por que não tira pra mim? — sorriu provocativo. Pobre Midoriya, não fazia ideia de com que fera estava se metendo ao incitá-lo dessa maneira.

Aquele cheiro de cravo e canela impedia seu julgamento, que estava bastante fragilizado por conta das demasiadas coisas que circulavam em seu sangue. O alfa o beijou, iniciando o processo de nudez, sendo seguido pelo ômega que mesmo que fosse de forma errônea tentava ajudá-lo.

Naquele momento o loiro só conseguia praguejar o quanto ômegas poderiam ser sorrateiros quando queriam, extrapolando na quantidade de feromônios no ambiente para confundir a mente destes. Isso o dava raiva, ódio para ser mais exato, tudo porque não sabia se ficava irritado ou o foderia de vez.

Acabou por se deixar levar por alguns breves minutos extraindo as roupas e podendo finalmente sentir a pele sardenta do menor. No entanto ele precisava colocá-lo no banho e nada menos do que isso, então lutou contra si mesmo e suas vontades para se afastar daqueles lábios que pareciam um vício.

Um vício com sabor de mel.

— Kacchan, você precisa tirar suas roupas também! Eu quero você!

— Que diabos de apelido é esse? — ficou visivelmente irritado, ou ao menos era o que estava tentando parecer para esconder a ereção ao ter ouvido as palavras de desejo pronunciadas de forma tão enfática.

— Porque você é calouro e é mais novo… logo, Kacchan — justificou puxando-o pela gola e retornando-o ao beijo.

— Não! — o loiro o empurrou, colocando a mão na frente do rosto de Midoriya ao ponto de chegar a segurar o rosto sardento com a palma. — O banho… Vamos pro banho!

Bakugou precisava se manter intacto, precisava não cometer o mesmo erro. Contudo foi muito difícil quando Izuku segurou o pulso afastando aquela mão que cobria seu rosto, parando com os dedos de Katsuki em seus lábios e colocando dois deles dentro de sua boca.

Sentir aquela cavidade úmida e quente fez com que terminasse de jogar fora sua sanidade fora. Oras, ele era Bakugou Katsuki afinal, não tinha por que se importar com nada quando poderia garantir uma boa foda.

Izuku deslizou-os vagarosamente para fora deixando um pequeno fio de saliva, contente pelo resultado que tivera no alfa, pois sabia que não mais relutaria contra o inevitável. Pena que o esverdeado não sabia da missa a metade.

Os olhos carmesim ganharam um brilho diferente, retirando suas próprias roupas e distribuindo beijos pelo corpo alheio de forma apressada e voraz. Sem muito jeito, acabou por virar Izuku de costas para si e amarrar as mãos dele para trás com sua própria camiseta.

— Primeiro, vou fazer você pagar por toda essa tortura desde a festa… — ele inclinou-se sobre o corpo já nu e a demonstrar espasmos de prazer, sussurrando-lhe rente a orelha — E então vou te foder até sua voz poder ser escutada na minha ala.

Se Izuku já estava excitado pela aparência do loiro, agora estava por suas ações. Não negava a lista de fetiches um tanto quanto sádicos aos parceiros, e ter estes começando a serem atendidos sem sequer ditar uma palavra sobre, era o paraíso. Seu corpo tremia ao passo de que os beijos estalados e pequenas ameaças desciam por suas costas, e não demorou a vacilar em um gemido rouco quando sentiu-lhe a entrada sendo penetrada por algo grosso e duro, porém um tanto gélido para ser um pênis, como realmente esperava.

Inebriado nas sensações, estas quais ficavam mais confusas e consequentemente intensas em sua cabeça devido ao álcool, sequer percebeu o rangido de sua gaveta do criado mudo sendo aberta e seu dildo de emergência sendo tirado, este que servia apenas para cios inesperados e sem parceiros.

Não era como se ter algo em si fosse ruim, ainda que fosse bombeado pelo loiro, mas desejava o Bakugou em pessoa na região. É claro que ainda rebolava e gemia uniformemente de acordo com as estocadas, mas sentia saudade do descontrole que um alfa podia ter numa situação deleitosa como aquela.

Por Izuku estar em uma posição semelhante a de quatro, foi recebendo mordidas nas nádegas e uma estimulação extra na ereção já formada e necessitada.

— Kacch... — gemeu confuso ao sentir a pressão quente de seu corpo. Aquelas mordidas ao longo das costas estavam arrepiando-o de uma forma que só piorava a nova sensação. Ainda não tinha entendido como Katsuki havia conseguido encontrar os tais objetos, só sabia que eles estavam ali.

— Hã? O que foi? — pressionou ainda mais forte os dentes nas costas, encostando seu corpo ao dele e passando um pouco de seu calor, além de roçar sua própria ereção no vão de Midoriya que automaticamente soltou sua lubrificação natural.

— Me… fode — suplicou numa tentativa de fazer com que o loiro tivesse dó de si, mas pareceu ter o efeito oposto.

— Mas já? Eu ainda nem comecei — Bakugou o virou de frente para si ainda mantendo a mão amarrada dele nas costas, o que provavelmente o faria ficar com algumas dores depois.

Katsuki não poupou as marcas que passou a deixar nas coxas torneadas que estavam tirando seu fôlego. Aquelas pequenas marcas que não duravam como uma marca real, mas traziam consequências como uma e também proporcionavam prazer como tal. Era intrigante como os dentes de um alfa poderiam interferir tanto nas sensações de um ômega.

Além das mordidas nas áreas externas, fez questão de chupar e lamber o suficiente para que as pigmentações de tons escuros aparecesse. Era sua natureza provar que algo era seu por direito, que tinha posse.

E os desenhos arroxeados e amarelados demonstravam bem aquilo, como se eles tivessem uma relação a mais do que apenas sexo casual. Certamente o esverdeado surtaria em ver as cores beijando seu corpo inteiro, de pescoço à barriga e então nádegas. A vantagem era que o inverno ainda era presente, e com eles seus amontoados de peças para se esconder do frio, o que evitaria uma pequena parcela da dor de cabeça de Izuku.

E Katsuki fazia questão de aproveitar daquela casualidade, explorando do corpo mais delgado com seus dedos livres e boca, às vezes usando da língua para provar da pele que continuava a despejar feromônios pelos ares, intoxicando sua mente com o desejo de se enterrar e marcar totalmente aquele ômega como seu. Seus pensamentos sequer bobeavam em relação ao ex relacionamento como sempre o fazia, naquele momento.

O que mais o desesperado “Kacchan” desejava era senti-lo por completo, seja numa ligação física como a penetração, seja numa ligação espiritual como a marcação. Apenas o desejava, e com a visão do homem à sua frente, tão disposto, como se compreendesse seus pensamentos e os aceitasse, não aguentou muito mais longo seu jogo sádico.

O desespero de dias, meses, anos sem sexo o assolava ali, e acabou-se por render-se ao mais puro instinto animal de seu interior. Prometeu-se em mente que o deixaria ter um primeiro arrebatamento e em seguida o levaria ao segundo, mais forte, prazeroso, e com a pitada de dor que notou momentos antes que Izuku gostava. O levaria ao melhor orgasmo de sua vida naquela hora e naquele dia.

Aproveitando que este continuava de frente para si, tratou de colocar o falo em sua boca para que o estimulasse de uma forma melhor e prolonga-se o prazer único. Lambeu a glande e desceu com a língua até os testículos, dos quais não poupou uma mordiscada dolorida naquela pele sensível, ouvindo um reclamar abafado de protesto. Mas ele gostava, gostava daquela sensação de submissão e de estar à mercê de alguém que poderia fazer o que quisesse consigo.

Como as mãos ainda estavam nas costas e estava deitado por cima delas, Midoriya tentou se sentar, mas o objeto em seu interior se moveu, o fazendo deitar novamente e arquear as costas recebendo ainda mais estímulo, pois agora o tal tinha alcançado sua próstata.

— E-eu... — o ar faltou aos pulmões e sua garganta secou enquanto sentia os espasmos do corpo, este indicando o orgasmo tão áspero e repentino.

Sem protesto nenhum e inclusive com uma satisfação no rosto, Bakugou fez questão de engolir todo o sabor salgado e sorrir predatório ao esverdeado que só pôde tremer ao encontrar aqueles olhos carmesins tão intensos sobre si.

Com pressa ele retirou tudo e preparou o corpo do ômega para dar de encontro com o seu, ajeitando os braços amarrados de forma que ficassem acima da cabeça e não nas costas, segurando-os enquanto esfregava novamente seu membro naquele vão, despertando novamente os desejos de Midoriya, qual só pôde gemer em regozijo a penetração que se sucedeu.

E ser invadido com tanto desejo e aspereza fizeram o cheiro se espalhar de forma que poderia muito bem ser confundido com outro cio repentino — se não fosse um de fato.

Sem arrependimentos ou paciência o alfa começou a estocar seu corpo, dando de encontro com os quadris de Izuku, que pareciam terem sido feitos para ele. Era verdade que Katsuki estava imerso em seus instintos que há tanto tinha relutado, e tinha os deixado de lado para focar em realizar seu sonho em ao menos conseguir salvar alguém dessa vez.

Os dedos ágeis foram de encontro com aqueles mesmos quadris que o recebiam, o levantando de uma forma que pudesse se aprofundar ainda mais naquele corpo febril. Deslizava tão facilmente quanto poderia ter imaginado.

E quase se puniu mentalmente no pequeno resquício de sanidade que teve ao imaginar que tinha se privado de um contato tão bom e direto por tanto tempo. Que tinha recusado as constrições da pélvis sobre si e dos sons maravilhosos que saiam da boca do esverdeado — sabendo, nessa última parte, que talvez somente ele pudesse ter uma voz tão melodiosa.

Como Bakugou tinha levado suas mãos a uma região mais baixa para erguê-lo, Izuku foi capaz de ter as mãos, embora amarradas, livres. Nesse caso livres o suficiente para passar os braços em torno do pescoço do loiro e se prender a ele, lhe agarrando a nuca e partindo para um beijo.

Entre beijos resolveram, mesmo que sem utilizar nenhuma palavra, que a posição deveria ser mudada, e assim fizeram para a primeira que conseguiram. Naquele momento a melhor encontrada fora um empurrão de Bakugou a Midoriya contra a parede, sendo rodeado pelas pernas como uma forma de se segurar em algo.

Soltou-se dos lábios de mel e desceu para o pescoço. Fazia tanto tempo que não tinha um contato que apenas o simples inalar do odor naquela região fazia o alfa desejar marcá-lo, mordê-lo até que sangrasse para que a marca jamais pudesse ser removida por completa.

Infelizmente, ou felizmente, ele era o mais racional ali, e jamais morderia alguém que havia acabado de conhecer, mesmo que o corpo de Izuku desse todos os sinais de que esperava por isso. Aproveitando essa lucidez fez com que o esverdeado se soltasse de seu corpo, o virando de costas. Precisava analisar aquela curvatura da coluna e as covinhas de vênus que tinha presenciado quando o torturava.

Mas se já tinha as visto, por que exatamente queria vê-las novamente? A resposta era muito mais simples do que parecia, já que apenas olhá-las ou contemplá-las enquanto desbrava do corpo delgado eram coisas completamente opostas.

Assim que Midoriya estava de fato de costas para si e sendo penetrado com força novamente, colocou dois dedos seus em sua boca e lhe mordeu o ombro como uma tentativa de acalmar seus instintos. Deixou-lhe uma marca profunda na pele, como as tantas que já tinha deixado, entre essas a do outro lado do ombro que sequer se lembrava de já ter feito antes. Provavelmente estava ébrio demais ainda.

Por causa das estocadas a face de Izuku encostou na parede e Katsuki se afastou um pouco para olhá-lo tão submisso a si, ainda mais quando o agarrou pelos fios encaracolados, fazendo suas costas arquearem um pouco e empinar sua bunda, mostrando aquelas covinhas de vênus que tanto desejava observar ao invadi-lo em seu total.

Provavelmente essa posição empinada tinha favorecido para que encontrasse o ponto desejado da próstata já judiada de Izuku, pois o mesmo passou a gemer mais alto e a implorar por mais.

— Eu não… ouvi direito — se embargou sussurrando no ouvido do esverdeado, qual delirou com o hálito quente contra a sua pele.

— Mais… forte, Kacchan — oh, aquele grilo verde estava sendo corajosamente estúpido ao prosseguir com o apelido, o que fez com que o alfa, que ainda o segurava pelos cabelos, o jogasse contra a cama, se deitando sobre ele imediatamente.

— Seu pedido é uma ordem — passou a estocar não só rápido, como muito mais fundo do que fazia, se é que isso era possível.

— Marca! — a palavra saiu rápido enquanto o ômega retirava a própria coleira anti marca numa tentativa de senti-lo por completo — Eu preciso... Uhh... Marca!

Aquilo era uma tortura imensa: mostrar-lhe um pescoço desnudo não marcado a um alfa enlouquecido pelo cheiro intrínseco de feromônios, tão fortes quanto os de um cio, e tão sedento por provar da pele alva. Midoriya era mesmo um sádico por trás daquela face de bom moço.

Chegou a lamber, resistindo da forma que podia, àquele pescoço que se arrepiara com o contato de sua língua, sem em momento algum cessar os movimentos. Mas a memória de que a marca era algo importante demais para si sobrevoou sua mente nebulosa, o fazendo ter força de vontade o suficiente para desviar seus caninos ao pobre ombro já marcado.

E mesmo que não fosse uma marca real, a sensação de ter dentes cravados em sua pele fora o suficiente para que Izuku atingisse seu outro orgasmo daquele dia exaustivo. O qual só fez com que Bakugou também atingisse o seu, após ouvir a voz do esverdeado gritar por “Katsuki” ao invés do apelido provocativo, também sentindo-se ser apertado em tentativa de expulsão na área mais abaixo.

E como o loiro não fez questão de sair logo de dentro do esverdeado, o nó acabou se formando, os mantendo naquela posição por mais algum tempo. Sequer se importavam com aquilo no momento, ambos embriagados de outro fator agora: o ápice de seu prazer.

Recobrando a consciência conturbada em espasmos segundos depois, Izuku foi o primeiro a sentir o nó inchado adentro em seu orifício, e logo soltou um risinho. Aquilo significava que teriam de repetir a dose, assim como desejava, pois este só saia após um orgasmo. Surpreendentemente, Bakugou não havia falado nada sobre aquilo ainda, então incitou o começo de uma conversa.

— Pra você ter inchado… faz um tempo que não molha o biscoito, né? — a fala abafada pela pressão na parede saiu acompanhada de um risinho, algo que não passou despercebido pelo loiro.

— Cala a boca… — sua boca ainda estava na posição da mordida no ombro de Midoriya, e em sua cabeça passavam-se os filmes de como ele jogou seus pensamentos no lixo e apenas começou a foder-lhe sem mais piedade, e teria de o fazer de novo se quisesse se retirar.

— Então eu estou certo. Ao menos nós dois vamos sair felizes disso, né? Eu com minha maratona e você com a foda em dia — deu uma leve reboladinha, querendo mais é que se dane o diálogo e voltassem a foder. Definitivamente parecia estar em toda a essência de um cio.

— Eu já não disse pra você calar a boca? — sem aviso prévio estocou-lhe, e em seguida deleitou-se do gemido agudo. É, parece que ainda estava numa posição direta à próstata do outro.

Enquanto eles recomeçavam o ato, gemidos e feromônios novamente a preencher o ar, o celular de Izuku vibrava numa chamada que não seria atendida tão cedo.

 

(...)

 

Após mais duas rodadas além das duas primeiras, ambos tinham caído de exaustão. Bakugou foi o primeiro a se misturar às cobertas sujas, e Izuku prometeu-o que iria apenas dar uma passadinha rápida no banheiro antes de poderem dormir agarrados. Não era como se não quisesse apenas dormir, mas sua bexiga implorava para ele se decidir entre outro orgasmo ou xixi, então apenas rumou à sua casa de banho.

Assim que estava levantando-se percebeu o bolso da calça largada no canto do quarto tremendo, e correu até lá da forma tonta que o álcool que continuava em seu sangue permitia. Pegou o celular e correu novamente, desta vez ao único outro cômodo que tinha em seu quarto. Aceitou a ligação mesmo sem saber quem era e pôs o telemóvel no ombro, apoiando-o com a cabeça inclinada, esperando o líquido simplesmente fluir de si.

— Izuku, querido? — a voz do outro lado soava preocupada, e não era por menos. No dia seguinte, o esverdeado com certeza se espantaria pela quantidade de chamadas perdidas.

— Quem é? — em toda sua essência bêbada perguntou, deixando um leve suspiro ao fim da frase quando finalmente começou a se aliviar.

— Izuku, você está bêbado? — a pergunta era óbvia assim como o tom das duas palavras fora, denunciando parcialmente toda a bebida que havia ingerido na noite. — Sou sua mãe, Izuku!

— Mãe! Mãe. Estou sim, mamãe — primeiro ele exclamou, e então afirmou a sua realidade — Eu estou tão bêbado, mamãe!

— Onde você bebeu, querido? Você não me avisou que iria sair hoje, então fiquei preocupada com a sua demora para me responder! Quer me matar do coração, Izuku?!

— Ah, na casa da Uraraka… Desculpa, mãe, mas eu estava tão ocupado pra conversar! Adivinha só! — ele sinalizou que ia esperar ela dar alguma sugestão, mas assim que recebeu o começo de uma frase a interrompeu, continuando sua confissão: — Dois! Eu transei com dois caras, e um deles foi uma maratona! Ah, ele era muito gostoso, mamãe… Eu nem lembro mais quantas vezes fizemos, mas eu definitivamente vou repetir a dose assim que ele acordar!

— Izuku, você está louco fazendo isso?! Você é um ômega! As chances de ficar grávido são enormes! — a preocupação aumentava, ao mesmo tempo que um rubor pelo rosto inteiro da figura materna.

— Ah, eu te digo algo, mãe: calouros podem ser bons de cama também, que nossa…!

— Izuku… — sua mãe com certeza se preparava para um enorme sermão, e como ele finalmente havia terminado de se esvaziar, sentou-se no canto do chão do banheiro. — Vá dormir logo, sim? Conversamos melhor sobre isto depois. Caso esse “Kacchan” não esteja tão bêbado quanto você, peça para ele te dar um banho, sim?

Mesmo com a resposta diferente da esperada, fechou os olhos e suspirou antes de soltar outro dos seus típicos risinhos de alguém que com certeza teria uma ressaca enorme no dia seguinte.

— Mas se ele for me dar banho vamos acabar transando de novo, mãe, e eu não quero dar uma de covarde, mas meu estoque pra sêmen já acabou por esse mês — brincou e finalmente ouviu um ralhar mais sério de sua mãe, este sempre rindo ao final de cada frase. — Eu vou dormir, mamãe. Amanhã ainda é domingo.

— Eu te conheço, Izuku. Eu sou sua mãe. Se isso acontecer, o mundo vai acabar sim pra você…

— Ah, mãe, me desculpe, mas quer saber? Eu estou longe do meu cio. Se for me deixar deprê sobre a noite maravilhosa que tive agora, então vou ter que desligar — apenas ouviu um longo suspiro antes de finalmente uma resposta.

— Tudo bem, vá dormir. Boa noite. Tome anticoncepcionais amanhã. E um banho de duas horas, se puder! — brincou na tentativa de aliviar a tensão que tinha se formado — Não vamos falar sobre o assunto se você não quiser, sim?

— Okay, mamãe. Te amo — um bocejo antes da segunda frase denunciou que o sono já lhe arrebatava, então decidiu evitar prolongar o assunto, por mais que quisesse. Confiava na mãe como ninguém para tudo, ainda mais que ela foi a única de sua família a não lhe abandonar quando fora descoberto ômega.

— Te amo também, querido.

Desligou o telefone e se levantou do chão frio, indo de volta em direção ao quarto. Pôs o celular sobre a escrivaninha cheia de livros e apostilas e rumou à cama, as luzes já desligadas, e deitou-se ao lado de Bakugou. Claramente o loiro notou a falta de sua presença e quando se sentou na cama, o puxando para um abraço imediato e inconscientemente. Quando perceberam ambos haviam dormido, abraçados e numa cama onde os lençóis denunciavam cada um dos atos cometidos que não lembrariam quando acordassem.


Notas Finais


Spotteds são mensagens em anonimato que podem ser feitas pelas redes sociais, bastante comuns em universidades.

Novamente agradeço os favoritos, os comentários e as listas de leitura. Vocês fazem toda uma semana valer a pena!
E que comecem as teorias de quem é o pai ou não. (((; ఠ ਉ ఠ))


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