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História Hipnosis - E se...


Escrita por: BtsNoona

Notas do Autor


Olá leitores-amores!
Espero que tenham tido um ótimo carnaval <3
Tomara que gostem desse capítulo,
acabei de terminá-lo, então não foi revisado. Perdoem eventuais erros :')
Nos vemos nas notas finais,

Boa leitura!

Capítulo 8 - E se...


Fanfic / Fanfiction Hipnosis - E se...

- Oppa, eu não acredito que você dormiu com Bongsil!

Não podia ser Taehyung, podia? Tinha que ser outra pessoa.

Então ele escutou o gemido irritado do namorado, aquele mesmo que estava acostumado a ouvir todas as manhãs, quando ele acordava de mau humor e não queria sair da cama. O gemido arrastado que sempre antecedia a dois braços ao redor da sua cintura, impedindo-o de se levantar. Aquele mesmo som que fazia um sorriso apaixonado brotar em seus lábios.

Agora era o som que o havia tirado do sério e feito o próprio sangue ferver dentro das veias.

Jungkook podia lidar com muitas coisas. Podia lidar com a gritaria de Taehyung, com seu jeito mimado, com seus dramas de bêbado. Podia lidar com todas as coisas dolorosas que ele disse, porque conhecia o namorado e sabia que ele falava besteiras da boca pra fora no auge da raiva.

Mas não podia lidar com traição. Era ciumento demais, e ficou com vontade de entrar no apartamento e berrar na cara do mais velho ao ouvir o comentário de Dahyun. Bongsil? Quem diabos era Bongsil?

Ficou parado no meio da sala do apartamento de Dahyun, com o rosto vermelho de raiva e os punhos cerrados com tanta força que chegava a machucar as palmas das próprias mãos. Não podia entrar lá. Não queria ver Taehyung, não queria olhar para a cara dele e não queria escutar nenhuma desculpa esfarrapada e tosca. De nada ia adiantar e provavelmente o deixaria mais irritado.

Ignorou as lágrimas que já lhe escorriam o rosto e saiu silenciosamente do apartamento. Jamais os dois saberiam que Jungkook esteve ali.

Precisava ir embora, por um bom tempo.

Era o fim.

Capítulo 7 – E se...

Bem que dizem que não adianta comemorar antes da hora.

Eu estava contente e saltitante, mas é claro que minha felicidade não durou muito.

A notícia da hipnose como método de tratamento para amnésia era ótima, apesar de eu ter minhas dúvidas se funcionaria em mim. Sejamos sinceros, meu caso não deixava muita margem para esperanças, e eu também não queria ficar me iludindo. Já tinha ouvido demais que eu precisava aprender a conviver com a perda das minhas lembranças e me conformar com o fato de que elas jamais retornariam.

Mas o caso é que meu humor já estava bem melhor quando eu voltei para o escritório, e eu fiquei até animado para a reunião com o produtor do garoto na parte da tarde. Pensei alegremente em se pintaria o cabelo dele de cinza, lilás ou loiro – as cores que andavam em alta entre os idols nesses dias – e quase me esqueci daquela confusão toda. Estava determinado a deixar a coisa de lado e me preocupar com isso depois. Eu tinha trabalho a fazer.

Cheguei cedo na sala de reuniões e os caras ainda não tinham chegado. Já não tive a melhor das primeiras impressões, mas resolvi relevar o caso e fiquei sentado em uma das cadeiras acolchoadas da sala espaçosa, tentando não me lembrar de que tinha visto meu ex-coelhinho sorrir bem ali no dia anterior.

Suspendi as persianas, a fim de me distrair com o movimento dos funcionários pelo corredor. Não era muito, e isso foi bem entediante, mas por sorte Namjoon hyung apareceu tipo uns dois minutos depois e eu fiquei entretido repassando as fotos do garoto com ele e discutindo qual cor de cabelo ficaria melhor. Namjoon queria porque queria deixar preto mesmo, e eu fui fortemente contra a ideia, então acabamos nos decidindo por cinza.

Estava tudo muito bem, obrigado, quando a porta se abriu e eu poderia jurar que meu queixo caiu tanto que ele chegou a bater no chão.

Mas que bosta!

O negócio é que bem ali na minha frente estava a última pessoa que eu queria – ou esperava – ver de novo.

Quem era o representante do garoto? Ah, não importa o quão mal vão as coisas, sempre podem piorar. Sério, eu devo ter colado chiclete na cruz ou abraçado satã em algum momento desses que eu não me lembro, porque não é possível! Só mesmo com Kim Taehyung – e nos doramas – que essas coisas acontecem.

Pois é, o agente do garoto é Go Dongsun. Então eu não ia ter que apenas revisitar meu passado e ficar reencontrando com meu ex-namorado, mas também ia ter que encarar o grande motivo do nosso término, aquele imbecil com cara de bolacha.

Namjoon hyung o cumprimentou na maior naturalidade do mundo e dessa vez eu não pude culpá-lo. Afinal, ele conhecia o babaca do ex-produtor do Jungkook, mas não fazia ideia do papel que ele teve no fim do nosso relacionamento.

Meu estômago se revirava tanto que eu pensei que fosse vomitar bem na cara dele, mas segurei meus instintos o melhor que pude e tentei manter uma cara impassível. Nossa, como eu queria pular em cima desse bastardo e encher ele de porrada!

Amaldiçoei tanto aquelas duas semanas que passei na Europa a ponto de pensar que nunca mais na minha vida eu tiraria férias de novo! Para quê? Voltar e ver tudo de pernas para o ar, com todos os fantasmas do meu passado retornando para assombrar meus dias perfeitamente normais e tranquilos? Não, muito obrigado.

Enfim, eu estava morto por dentro e Go Dongsun estava lá com um sorrisinho cínico de lado, me encarando e me estendendo a mão – como se fosse a coisa mais normal e óbvia a se fazer uma situação dessas. Que abusado!

Apertei a mão dele à contra gosto e comprimi os lábios em desagrado. Que se dane que ele percebesse que eu estava incomodado, porque estava mesmo. Me demorei uns segundos para relembrar aquela fisionomia familiar que eu tinha feito tanto esforço para esquecer.

O maldito é alto. Sério, deve ser tão ou um pouco mais alo que Namjoon hyung. Tem cabelos castanhos bem escuros, quase pretos, mas pareciam já estar raleando por causa da idade. Tá, tudo bem, isso pode até ser só implicância minha, ele não é tão velho assim. Devia ter uns 35 anos agora, e dava para ver umas ruguinhas a mais naquele rosto branquelo e redondo.

Não é feio – por mais que eu deteste admitir – com os olhinhos pequenos e o nariz fino, mas só de olhar para a cara dele já me deixava irritado, então não era nada agradável.

Por mim ele podia sumir.

- É bom revê-los – Ele disse, e eu tive uma vontade tremenda de revirar os olhos.

Ao contrário de Jungkook – que tinha ficado o tempo todo com cara de pedra fria – Go Dongsun parecia realmente satisfeito com aquele reencontro. Mas é claro, já deviam ter um ano e oito meses que ele estava louco para jogar na minha cara que, por fim, conseguiu me separar de Jungkook.

Era bem a cara dele, querer ver o desastre que causou.

Esse é o tipo de cobra criada que ele é.

Então eu tive que fingir que estava ótimo, de novo. Já estava me acostumando com isso, fingir que estava bem e lindo e rico quando na verdade era um desastre por dentro.

Céus, eu ia precisar muito da minha terapeuta! Fiquei com dó da Dra. Lana, mas depois pensei que eu ia gastar rios de dinheiro com ela, então talvez ela não se importasse de me aturar com uma frequência bem maior.

Finalmente a Dahyun chegou e – ao contrário de Namjoon hyung – ela sabia muito bem tudo o que aquele bosta tinha feito para destruir meu namoro. Veio entrando toda apressada na sala, com uma de suas clássicas pastinhas coloridas em mãos, e assim que deu de cara com Go Dongsun, fez uma cara impagável de nojo.

Ele não se lembrava dela, e se apresentou educadamente, com reverência e tudo.

- Eu sei quem você é – Dahyun respondeu de forma atrevida, com uma cara que transparecia puro desgosto. – Nos encontramos uma vez, num dos shows do Jungkook.

- Ah! – Ele deu um sorriso apologético – Você é amiga do Jungkook?

- Sou amiga do Taehyung.

Um silêncio constrangedor se instalou e eu fiquei com vontade de rir.

Sério, como eu amo Kim Dahyun.

Go Dongsun ficou alguns segundos meio sem palavras, e deu para perceber que ele tinha entendido o recado. Mas rapidinho voltou ao normal, abriu um sorriso compreensivo e começou a tratar de negócios.

Eu não precisei falar muito durante a reunião, já que a Dahyun tomou a frente de todos os assuntos, conversando num tom áspero. Fiquei bem agradecido por isso, já que se eu abrisse a boca poderia acabar causando algum estrago, do tipo berrar uns impropérios ou cuspir na cara dele. Mantive minha melhor cara de plasma desinteressado e acho que a única coisa que eu falei foi “pinte o cabelo dele de cinza”. Eu realmente fazia muita questão disso, e ele concordou sem reclamar.

E foi assim que meu dia passou de acordar-ansioso-por-ter-que-rever-Jungkook, para recuperar-minha-dignidade-por-conseguir-afetá-lo, logo em seguida, contemplar-a-possibilidade-de-curar-minha-amnésia e, enfim, o fundo do poço: Rever-o-imbecil-que-me-separou-do-amor-da-minha-vida.

Acho que qualquer um correria direto para o consultório do terapeuta depois de um dia desses.

Então, quando aquele desgraçado finalmente desapareceu da minha frente, eu ignorei o olhar esquisito de Namjoon – que não tinha entendido porque eu fiquei calado nem porque a Dahyun foi grossa – e mandei uma mensagem urgente para a Dra. Lana, pedindo para nos encontrarmos o mais rápido possível.

Ela não tinha nenhum horário vago para aquele dia, mas deve ter pressentido a gravidade da situação, já que concordou em me encontrar depois do expediente.

Minha dependência na terapia era algo que beirava o ridículo para mim e eu jamais admitiria em voz alta. Só que eu precisava. Essa coisa toda do passado reaparecendo na minha vida aconteceu de forma muito rápida e inesperada, e eu não sou o tipo de pessoa que gosta de ser pego de surpresa, completamente desprevenido – pelo menos, não uma surpresa dessas.

Claro que não consegui mais me concentrar no trabalho. Voltei para o meu escritório e me tranquei covardemente por lá, me recusando a conversar com Dahyun antes de falar com a Dra. Lana. Precisava pensar, e o tempo de solidão antes da minha consulta até que tinha vindo em boa hora. Comecei a ficar agitado demais, e peguei uma folha de papel e uma caneta, a fim de listar tudo o que eu precisava conversar com a minha terapeuta. Era muita coisa.

“Eu ainda afeto Jungkook. Se ele não me ama mais, pelo menos ainda tem tesão em mim. Isso me deixou eufórico e aliviado, porque eu não sei lidar com indiferença.”

Pelo menos fui sincero.

“Go Dongsun reapareceu e eu quero colocar todos os problemas da minha vida amorosa nas costas dele e me livrar do enorme peso na consciência que carrego há quase dois anos.”

“Também quero cuspir na cara dele.”

“Jin hyung comentou sobre o sucesso do tratamento de hipnose em um caso de amnésia retrógada. Ainda não foram feitos muitos testes, mas estão pesquisando.”

Este era importante. Percebi que eu queria isso, queria muito. Principalmente depois de Go Dongsun aparecer, a necessidade de ter meu coelhinho de volta crescera dentro de mim. Por uma questão completamente egoísta, admito. De novo, meu orgulho, e eu instintivamente me senti competindo com ele por Jungkook, mais uma vez. Não queria perder. Por mais que soe infantil, eu não gosto que mexam nas minhas coisas, muito menos que as tomem de mim.

Aquela história de hipnose era louca, mas pareceu ter caído do céu no momento exato. Dito em voz alta parece não fazer o menor sentido, mas eu pensei que se conseguisse recuperar minhas memórias perdidas, Jungkook voltaria para mim.

Como eu disse, não faz sentido.

Mas ele ia ficar tão feliz! Pensei em todas as vezes que Jungkook me levou a lugares que eu pensei nunca ter visitado, me mostrou fotos que eu não me lembrava de ter tirado. Acho que sempre me senti culpado por não ter conseguido recuperar absolutamente nada, como se nossa história não fosse importante o suficiente para merecer ser lembrada.

Também acho que Jungkook sempre teve uma pontinha de esperança de que, eventualmente, eu iria simplesmente acordar um belo dia e me lembrar de tudo. Ele nunca me disse isso, e sempre vivia falando que não importava.

Só que aquele maldito “e se...” não saía de jeito nenhum da minha cabeça! E se funcionasse? E se eu recuperasse todas as minhas memórias?

E se, mesmo assim, Jungkook não quiser ter mais nada a ver comigo?

Eu ia sofrer em dobro. As memórias que guardei com Jungkook já eram suficientes para dilacerar o meu peito, e não foi atoa que eu as prendi dentro daquele apartamento idiota. Os anos dos quais eu me lembro já eram bem difíceis de superar, e eu não precisava lidar com mais três anos de lembranças boas com meu ex-namorado. Não cabia mais nada naquele apartamento velho.

Mas e se ele voltasse?

Por mais que eu ficasse dilacerado, eu já conhecia bem a dor. Havia me acostumado com ela uma vez, e poderia fazer de novo se fosse necessário.

E se tivesse uma chance...

Não dava para conviver o resto da vida com esse “e se...” – decidi. Tinha que adicionar mais um tópico na minha lista.

“Eu quero deixar Seokjin hyung fazer os testes em mim.”


Notas Finais


AAAH, e aí gostaram?
O capítulo não teve a ilustre presença de Jeon Jungkook, mas apareceu um personagem que vai ser muito importante <3 o maldito Go Dongsun, como diria TaeTae.
O próximo capítulo vem em breve, prometo. Já está esquematizado e se tudo correr como planejado e eu não precisar dividir, vai ter Jungkook.

Quem quiser falar comigo,
twitter/curiouscat: btsnoonafanfics
<333

Beijocas amorasss,
~BtsNoona


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