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História Hollowshunter - Progresso: Cada um tem o seu, menos eu!


Escrita por: MollyRouge

Capítulo 13 - Progresso: Cada um tem o seu, menos eu!


Era um fato registrado que, na família Horlock, o filho mais velho herdava as responsabilidades do pai, e Helsing queria que Nicholas dedica-se sua vida a agência, de preferência no maior cargo, mas o jovem não tinha interesse em ficar atrás de uma mesa de escritório.

Assim como Simon, Nick já foi um rapaz extremamente obediente buscando dar ao pai um motivo para se orgulhar, mas isso mudou quando ele começou a namorar Spellbody. 

Jenny nunca gostou do pai de Nicholas, ela até tentou, mas o homem tinha ideias que ela não aprovava, como criar Hollows em cativeiro para seus estudos, e Helsing não suportava a falta de disciplina dela.

—Só a tolero em respeito aos pais. — Disse uma vez, quando Nicholas e ele estavam sozinhos em casa.

De qualquer forma, após o término do namoro, e uma discussão com o pai, Nick passou a pegar casos internacionais, que o levasse o mais distante possível da agência e tudo mais. E agora, em seus vinte e cinco anos, ele era um dos melhores caçadores que existia, competindo com Spellbody e mais alguns.

Seu último caso o levou ao Brasil, um país cheio de Hollows selvagens e poucos caçadores. E por mais agonizante que fosse ter de ouvir constantemente que toda a situação era o fruto de uma lenda local intitulada, “Diabo na Garrafa”, ele sabia que se tratava de uma criatura metamórfica, que adorava enganar suas vítimas para devorá-las quando estivessem no ponto.

—Lendas existem, mas esse carinha não é uma dela. — Horlock ergueu a pequena garrafa redonda, onde um pequeno diabinho derretido podia ser visto. — Hora de ir.

O homem colocou a garrafa na mochila e saiu do barraco abandonado, agora que o Hollow estava morto, vinha a parte mais chata: enviar um relatório para seu pai.

Céus!

Como odiava escrever sobre os casos!  É praticamente uma forma de expor seus truques e habilidades para qualquer um que tiver acesso ao documento pudesse o copiar.

Qual a vantagem nisso?

Claro que John Spellbody escreveu sobre muitos de seus casos, mas Nicholas sabia que havia uma serie de folhas que jamais foram impressas, Jenny as guardava como uma relíquia de família.

Simon arrancaria os cabelos para saber o que John escreveu neles.

 —Bom, acho que nunca saberemos. — Nick entrou no seu carro e deu a partida, ele teria um dia atarefado. — Não posso esquecer de comprar a passagem de avião.

�� �� ��

A lanchonete de Derry era um ponto de encontro comum entre a comunidade, aos fins semana ficava lotada, e para a sorte de Spellbody, hoje era uma terça. Jenny havia recebido uma ligação de Daniel pedindo para que eles se encontrassem para discutir o resultado da operação.

—Demorou mais do que eu esperava. — Alguns dias se passaram desde que lacraram o Hollow com o gás venenoso, e a ruiva poderia dizer que Pennywise parecia mais ansioso. — Me diga que ocorreu tudo bem. — Era mais um pedido.

—Sim — Daniel baixou sua xícara de café. — Não se preocupe, tivemos mais problemas com a limpeza dos esgotos do que com a criatura.

—Limpeza dos esgotos?

—Estava no contrato, para ter acesso ao sistema de esgoto era necessário contribuir com a prefeitura por meio do trabalho comunitário, por isso demorou mais do que o previsto.

—Ah. — A ruiva tomou um gole de seu chocolate quente.

—O mais difícil foi tirar os galhos secos daquela pilha de lixo. — Nessa Jenny engasgou com a bebida e o rapaz lhe deu tapinhas amigáveis. — Tudo bem?

—S-sim. — A outra limpou a garganta. — Mas, só por curiosidade, de que pilha de lixo você está falando?

—Aquela, dentro da sala do Hollow.

—Mas, assim, não mexeram em nada, não é? — Jenny mordeu o lábio inferior, se algo acontecesse com aqueles objetos, Pennywise cortaria sua cabeça... e depois comeria. — As coisas ainda estão no mesmo lugar?

—Sim, nós nos lembramos do seu pedido. — Afinal, ela havia repetido cinco vezes, ou mais. — Só levamos os galhos. Mas o Hollow já pode ser colhido.

—Oh, nesse caso, melhor me apressar.  — Spellbody limpou a boca e se levantou estendendo a mão para o homem. — Obrigada, por sua colaboração.

—Claro. — Daniel apertou a mão dela, embora ele estivesse meio decepcionado por estar sendo abandonado. — Afinal, como alguém poderia recusar o pedido de uma moça tão bonita.

Jenny riu um pouco e foi na direção da saída, visivelmente apressada, o rapaz sorriu de lado e começou a brincar com a colher em sua xicara. Ele tinha de sair de Derry hoje e retornar à agência, mas quem sabe não voltasse depois para uma visita?

�� �� ��

Simon estava concentrado, havia uma pilha de livros a sua direita, um caderno a esquerda e o notebook no centro.

—Criatura metamórfica, atualmente disfarçada como um palhaço... — O garoto começou a digitar.

Após alguns cliques, ele coçou o queixo e pegou alguns recortes de jornal do chão, todos eram sobre Derry, os assassinatos em massa, acidentes, etc. Em seguida, abriu um livro intitulado, “Maturin. ”

—“Uma tartaruga colossal com uma aparência ancestral, Maturin existiu muito antes da criação do universo...” — Leu atentamente antes de sublinhar os pontos interessantes que ia adicionar a sua pesquisa.

O jovem Horlock era um gênio, ele não ia simplesmente aceitar a palavra de Spellbody, se o palhaço não era um Hollow, então o que era?

 �� �� ��

—É melhor que tudo esteja no mesmo lugar. — Falou certo palhaço.

—Pennywise, pela sétima vez, eu garanto que tudo vai estar no mesmo lugar. — Jenny esperava que sim, e era meio obvio que o palhaço conseguia ler a insegurança estampada no rosto dela.

A dupla estava andando pelos tuneis de esgoto, Jenny estava com uma caixa térmica vermelha e a mochila nas costas enquanto Pennywise carregava uma bacia com orelhas, as quais ele estava comendo como se fosse um salgadinho.

Jenny sabia que, quando o palhaço voltasse para sua toca, toda aquela carne humana teria de sumir, então ela trouxe todas as sobras dentro da caixa térmica, inclusive, deixaria de presente para ele.

Não é como se fosse querer usá-la novamente.

—Bom, foi divertido enquanto durou, mas ... — Ela parou de falar quando Pennywise tomou a frente, seus olhos azuis praticamente brilhando.

A toca estava de volta, não havia mais quaisquer videiras, nem mato, nem folhas, apenas o bom, velho, e mau cheiroso, esgoto.  A pilha de troféus de Pennywise estava intacta, e o palhaço não pensou duas vezes antes de saltar para ela, examinando todos os itens com seu nariz enquanto sustentava um pedaço de orelha na boca. Spellbody arqueou uma sobrancelha e largou a caixa no chão, afinal, pertencia a Coisa agora.

—Vejamos. — Susurrou ao olhar em volta. Foi então que localizou uma flor morta, do tamanho de uma bola de tênis, no canto da sala. — Achei você. —Abrindo sua mochila, retirou a pequena capsula de metal e vidro.

Após recolher o que havia sobrado da Planta do Sono, Jenny olhou para Pennywise, ele parecia distraído demais com sua inspeção e ela pensou que era hora perfeita para ir.

A Coisa podia sentir que a humana estava se afastando, mas ela não era sua prioridade.  Uma vez sozinha em sua toca, ela escorregou por entre sua pilha de itens e chegou até a caixa térmica deixada de presente.

Garota tola.

Abriu-a, esperando encontrar um fígado e dois rins.

Ai estão vocês!

Pennywise sorriu e os sinos tilintaram.

—Finalmente! — Spellbody teve sorte de conseguir sair dos esgotos sem se perder. — Agora, posso ir seguir com o plano principal. — E saiu saltitando.

De volta a toca, o palhaço havia terminado de comer, ele limpou a boca com a manga e jogou o pote longe antes de soltar um arroto e deitar sobre algumas bugigangas, havia sentindo falta disso.

Pennywise bocejou e jogou a caixa térmica na sua pilha de troféus.

�� �� ��

—Cheguei! —Jenny passou pela porta de casa com algumas sacolas na mão.

—Vejo que está sem o Ronald de Chernobyl — Salem foi para o corredor. — Isso é bom.

—E, ainda fui ao mercado. — Ergueu as sacolas. — Hoje teremos um pouco de comida caseira.

O gato miou em aprovação.

A ruiva levou as compras para a cozinha, cantarolando uma música aleatória, quando o telefone tocou.

—Salem, consegue atender? — A outra perguntou.

—Estou usando a caixa de areia! — O bichano gritou em resposta.

Jenny suspirou e foi até o telefone:

—Jenny falando. — Atendeu. — Oh, olá diretor, algum problema?

Salem apareceu na sala, observando a expressão de sua dona, ao que tudo indicava, ela estava ficando de mau humor. Após uma despedida rápida, o telefone foi colocado de volta no gancho e a garota o encarou:

—Temos um problema.

—Por que não estou surpreso?

—A antiga professora de História da escola já melhorou e vai retornar ao trabalho amanhã, olha que lindo. — Spellbody bufou. — Acho que vamos ter que envenenar ela de novo.

—Ela é uma senhora de idade, não acho que vai aguentar mais uma.

—Então, o que eu faço? A Bétula dos Mortos está lá, já temos a localização e já sabemos que vamos ter de roubar do zelador. Como vamos fazer isso se eu não puder mais entrar?

—Tem outros professores.

—Mas eu não tantas formações acadêmicas assim, Salem.

 A campainha tocou.

—Vamos pensar em algo. — O gato fala enquanto sua dona passa por ele indo em direção ao corredor.

—Espero que sim, não aguento mais ficar aqui. — A outra reclamou.

—Sejamos otimistas, o que mais pode dar errado?! — O outro perguntou em voz alta.

Jenny deu de ombros e abriu a porta arregalando os olhos no processo.

—Olá, Spellbody. — Nicholas sorriu.

�� �� ��

A Coisa voltou aos seus velhos hábitos, matar crianças e arrastar o corpo para os esgotos sem quaisquer cerimônias, ou preocupações, já que antes precisava ser absurdamente cuidadosa para não prejudicar a humana.

Ao menos ninguém pode dizer que Pennywise não cumpre seus acordos.

O palhaço atravessou a passagem e olhou para sua casa, úmida, meio viscosa, quieta...

Solitária.

�� �� ��


Notas Finais


Então pessoal,esse não ficou muito grande, mas eu queria postar antes de sair.
Eu ainda estou decidindo um ator para o Nick, mas acho que Gavin Leatherwood é ótimo (afinal,ele já faz um Nicholas em Sabrina, e para esta que vos fala,ele tem cara Nicholas mesmo hahaha).
Obrigada pelos comentários e favoritos.
Bjs.


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