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História Hurt - Vinte e três


Escrita por: RaposaDosAnimes

Notas do Autor


Yoooooooooooooooo minnnnnnaaaaa!
Faz um tempo, não é?
Pois é aqui estamos nós com mais um capítulo da reta final de Hurt. ._.

Sei que você estao querendo e estrangular por quê eu esqueci todas as minhas fanfics e sei que estou dando mais atenção à essa então...não se preocupem, eu vou continuar elas sim!

Chega de enrolação, vamos par a leitura! Curtam muito!

Sasageyo! Sasageyo!

Capítulo 23 - Vinte e três


Horas, dias, meses e um machucado que não cura facilmente. O tempo parecia não passar rápido para ele, digamos que, estavam ambos presos em seus ciclos sem fim. Início e final, final e início. As vezes pegavam-se pensando um no outro, como se estivessem se visto na noite passada.

 

Nem tudo acontecia como eles queriam, as vezes, o destino lhe pregavam ilusões.

A falta de quimioterapia fez Olivia suspender tudo que gostava de fazer nesses últimos quarto meses, como esportes, compras, passear ou si quer trabalhar. Ela sentia falta de coisas simples que Levi fazia por ela. Ficar em casa e repousar o tempo todo estava deixando ela louca, e ele também.

Dar as vitaminas, soro quando ela tinha crises, fazer remédios caseiros e tudo à mais de quando era médico fez Levi compor poucas músicas, ele estava paciente e sensível –em outras palavras, num transe.

-Quer que eu te ajude? –ela perguntou gentilmente enquanto ele colocava às roupas sujas na máquina de lavar.

-Esta tudo sobre controle. –respondeu calmamente, depois de colocar uma pilha de roupas secas para passar encima de uma mesa com o ferro quente do lado. Ele mantinha o olho na maquina, na secadora e estava passando a terceira pilha de roupas dos bebês. –Vá se deitar, já estou indo te dar seu remédio.

Olivia sentiu-se cabisbaixa. Ele estava a tratando com indiferença e controle, o que ela mais odiava era estar sob-controle de alguém. Era independente. Queria sentir-se útil. Levi não à deixava fazer mais nada desde a última crise, ela não podia cozinhar –coisa que amava fazer–, não podia fazer esforço algum.

-Quero fazer algo. –ela encostou-se na parede e fitou o baixinho que se revezava. Algumas gotas de suor escorriam em sua testa.

Levi parou o que estava fazendo e encarou com desdém. Ele percebeu oque estava acontecendo, ela estava tendo uma crise existencial e ele estava colaborando com tudo isso. Antes de explodir lembrou-se de algo que pudesse conter seu estresse.

“Não deixei-a abalada, qualquer deslize pode causar muitas complicações. Seja gentil, independente da situação, não se estresse.”

-Que tal descascar alguns vegetais para o jantar. –soltando o fôlego e liberando a testa franzida, ele terminou dobrou algumas roupas e colocou no cesto, logo em seguida desligando o ferro.

-Posso fazer isso. –abriu-se um grande sorriso no rosto de Olivia. Ela lentamente caminhou para fora da lavanderia.

Levi a seguiu com a cesta de roupa num lado do braço. Ela caminhava lentamente, como se cada passo fosse muito difícil. E era. A fraqueza era nítida nos olhos dela que antes eram esmeraldas cintilantes e, agora, o verde fusco e sem brilho habitava seus olhos.

Ela caminhava entre a cozinha com sua barriga de um lado para o outro. O vestido amarelo que ia até os joelhos, tinha uma renda branca na cintura, formando um visual angelical. Levi parou na entrada da cozinha, encostando-se no balcão, por alguns segundos ficou à observa-la e memorioso cada fio de cabelo castanho que caía como uma cortina velha em suas costas, os fios estavam opacos e não muito agradável aos olhos.

-O que você têm? –ela perguntou enquanto pegava alguns legumes da geladeira, com um breve sorriso sem jeito.

-Nada.

-Então, por quê está me olhando com cara de doido?

-Eu... –ele parou e procurou as palavras certas. –É que eu estava pensando...

Ela bateu com faca na tábua e prestou total atenção em Levi.

-Vamos logo, desembucha. –disse impaciente.

-Ainda não escolhemos os nomes, sabe? Dos bebês.

Ela parou. Seus olhos não se mexiam, era como se alguma ficha invisível tivesse caído. Ela ficou pensativa e depois continuou o chilique.

-Meu Deus! Você tem razão! Ainda não escolhermos o nome dos bebês, nem como ficaria o sobrenome deles –ela começou a andar de um lado para o outro. –O nome era para ser a parte essencial do contrato, temos que ficar em plena harmonia em relação aos nomes selecionados e como eles iram se chamar!

-Olivia, para! –ele disse definitivo, fazendo ela parar.

Ela voltou a se controlar e respirou fundo.

-Ok. Oque sugere? –perguntou calmamente.

-Desde sempre nós dois fomos fãs dos homens do rei, não é? –ele capitulou, pensativo.

-Sim. Sempre gostávamos de citar os nomes exóticos.

-Você escolhe os nomes e eu dou um jeito no sobrenome, ok?

-Ok. –ela confirmou.

-Boa garota.

-Que sono... –ele esfregava os olhos enquanto anotava a última nota que tinha que cantar. A mão esquerda apoiava a cabeça que insistia em querer cair sobre a folha, alguns fios de cabelo deslizavam sobre sua testa e suas roupas de dormir não estavam cheirando bem. Lembrou-se de tomar banho, mas não queria.

Ele passará a noite em claro, mexendo no celular e conversando com seu amigo Armin que havia parado de dar notícia, eles voltaram a ter contato quando Eren viu uma foto no Facebook de Armin nas pirâmides do Egito.

Empolgou-se tanto que queria saber de tudo que seu amigo fez, quem ele conheceu, o que iria fazer e como estava sendo a experiência ao redor do mundo que já durava anos. Eren também contou de sua vida, citou seu ex Levi, e disse que estava muito feliz ao lado de Gabriel. Avisou para Armin fazê-lo uma visita na Califórnia, e também, prometeu conhecer Roma, onde seu amigo mora.

Passou o dia todo treinando e estudando, agora no início de tarde, estava morrendo de sono.

-Eren! –Gabriel invadiu o quarto abrindo a porta com escandalizarão, fazendo o garoto dar um pulo da cadeira e acelerar seus batimentos a mil por hora.

-Gabriel! Quase me matou de susto... –ele expirou fundo e voltou a se concentrar em seu estudo.

Gabriel riu alto e se aproximou, envolveu seus braços ao redor do pescoço de Eren e apoiou o queixo na clavícula do garoto.

-Se tu morreste... –aproximou os lábios para perto da orelha de Eren e sussurrou. –Eu morreria de tristeza, não viveria num mundo sem você.

Um arrepio percorreu seu corpo como uma descarga elétrica. Ele automaticamente se levantou e pulou nos braços de Gabriel, jogando-os no chão.

-Você me desconcentra! –ele reclamou, desabotoando a camisa do loiro que riu descontroladamente.

-Calma, Eren. Não vamos transar agora. –Gabriel conseguiu falar quando recuperou o fôlego. –Vamos nós divertir essa noite.

Eren olhou confuso e não entendeu uma palavra que Gabriel disse.

-Vamos sair, quero você mais bonito que a Nicki Minaj na capa do Queen.

Eren sorriu como uma criança que ganha um doce.

-Vamos ficar doidos pra caralho? –perguntou com os olhos brilhando.

-Vamos. –Gabriel confirmou.

A água escorria pelas curvas de seu corpo. O shampoo em seu cabelo passeava pelos seus membros e atingia o chão do banheiro, ele ria vendo os gomos de espuma que iam embora pelo ralo. Enquanto se esfregava, pegava-se pensativo e revezando seus estudos.

“Por qual motivo cheguei até aqui?” –a pergunta em sua mente caía como uma folha de um galho de árvore.

A imagem dele veio em sua mente como um vento de verão, devastador e quente. Levi fez grande diferença, e ele sabia o quanto importante Levi foi na vida. Mais se ele não tivesse o machucado tanto, se ele não tivesse desistido de seu amor, ainda estaria juntos? Seria com ele que estaria tomando? Seria com ele que iria para a boate? Muitas perguntas sem respostas.

Estava com Gabriel agora, ele era gentil e cuidadoso. Gabriel era como um anjo na vida dele. Lhe ajudava a se descobri, comprava-lhe presentes e roupas novas, dava dicas profissionais, dizia oque era certo e errado sem menospreza-lo ou ser superior. Gabriel era carinhoso e nunca, nunca, brigava como Levi. Nunca o desacatava.

Mais porquê ele se sentia tão vazio? Ele ainda não havia entendido por quê Levi fazia um buraco em sua mente e ainda mantinha seu passado acesso como uma fogueira interminável.

-Não sei porquê, mais lembro-me de você numa hora dessas. O que você deve estar fazendo agora, Levi Ackerman? –ele perguntou para o vácuo, naquele box esfumaçado pelo valor do chuveiro.

-Ele nem deve estar pensando em você, Eren. –Gabriel falou tirando Eren de seus pensamentos. Ele pulou no chuveiro e abriu a porta do box, viu Gabriel tirando a barba na pia, ele retirou os últimos centímetros da barba rala e passou a mão no local, sentindo a pele macia.

-Gabriel? Oque está fazendo aqui? –ele perguntou com a cabeça para fora do box.

-Eu venho aqui buscar um pouco de creme barbeador e pego você pensando naquele cara de cu. Mas que inconveniente de sua parte, ainda sente algo por ele? –Gabriel apoiou a mão na pia e virou-se para Eren, colocando a outra mão na cintura num sinal de desaprovação.

-Claro que não, apenas estava pensativo. –ele se explicou voltando para o chuveiro e ignorando a presença de Gabriel.

-Pense em algo produtivo, invés de besteiras. –Gabriel saiu batendo a porta.

-Idiota...

Os próximos vinte minutos se basearam em ambos se arrumando para a noite. Eren demorou muito tempo para escolher uma roupa e acabou que foi Gabriel que montou um look para o garoto indeciso. Ele trajava uma calça de couro preta e um par de botinhas, uma camisa branca simples e um casaco vermelho com capuz. Gabriel como sempre, vestia-se elegantemente e à altura que qualquer estabelecimento, uma camisa social rosa, calça jeans combinando e sapatos refinados, penteou seu cabelo para trás e colocou abotoadoras douradas em formato circula. Quando se encontraram na sala, Eren soltou um suspiro quando olhou-o de cima para baixo.

-Você está tão gostoso que poderia arrancar essa roupas agora mesmo e eu cavalgaria em você a noite toda. –ele disse pegando o celular de cima da mesa.

-Acredita que eu pensei na mesma coisa. –Gabriel disse rindo enquanto caminhavam para a porta, eles pararam e Gabriel passou os dedos na linha do rosto de Eren. Ele memorizava cada traço como se fosse acorda no dia seguinte de um sonho bom. –Você está lindo.

Eren pegou na mão de Gabriel e beijou seu dedo indicador, seu olhar era caloroso e Gabriel se divertia com cada expressão do rosto do moreno.

-Obrigado Gabriel Mac-Jim, por ser tão bom na minha vida. –ele sorriu, não era malicioso ou abobalhado, era um sorriso sincero que só Gabriel conseguia entender.

-Eu que agradeço. –Gabriel abriu a porta e ambos saíram.

Eren agarrou a beira da manga de Gabriel e fez o loiro para no meio do caminho do corredor.

-Você vai me fazer feliz? –essa foi a única dúvida que ficou na cabeça de Eren enquanto tomava banho, agora ele tinha que ter a resposta certa, caso contrário iria embora. Não queria outra pessoa igual Levi na sua vida.

-Minha felicidade é te ver feliz... –Gabriel encostou sua na dele, sentindo sua respiração, o calor de seu rosto. –Se você não estivesse feliz, eu estaria mais infeliz ainda.

Beijou sua testa e voltou a caminhar.

Os pensamentos de Gabriel tornavam-se complexos. Essa noite decidiu beber pouco, ele previu que Eren iria beber muito. E isso lhe causaria problemas.

Enquanto estava dirigindo, seu celular tocou e ele não queria atender.

-Atende. –ele disse pegando o celular e mostrando para Gabriel.

-Desligue. –Gabriel disse decidido.

-Atende logo, pode ser importante. –ele olhou na tela do celular, tinha um nome estranho. –Esse tal de “texugo” deve ter algo importante para dizer, talvez a toca dele foi invadida.

Ele disse com bom-humor e Gabriel acenou com cabeça. Eren atendeu o celular e segurou na orelha de Gabriel, enquanto o loiro mantinha a mão no volante.

-O que você quer? –foi direto.

-Recebi o pagamento, para quando você vai querer o serviço?

-Mês que vem talvez, te digo quando for a hora. –ele olhou para a estrada e depois para Eren. –Estou ocupado agora, você sabe como é, estou com a minha garota.

Ele jogou uma piscadela para o moreno que se segurou para não rir.

-Você que sabe, divirta-se.

O local definia-se a luzes coloridas e música alta, o bar estava lotado, a pista de dança energizada de pessoas pulando e dançando. Nos cantos da boate pessoas faziam orgias, fumavam e se drogavam, copos de bebidas em vários locais diferentes e tanto homens quanto mulheres se tocavam.

Gabriel já estava no quarto copo, quando avistou Eren dançando na pista de dança, ele estava rodeado de mulheres e parecia estar se divertindo muito. Ele pulava e girava a cabeça, as mulheres dançavam de acordo com seus movimentos. Sua dança cativava as outras pessoas, quando uma música sexy começou a tocar, três mulheres faziam movimentos distorcidos envolta de seu corpo e ele parecia entender todos os sinais, Eren tocava nos seios de uma mulher enquanto acariciava o cabelo de outra. Uma cena sublime no meio do tumulto de pessoas.

Ele rebolava e se mexia aleatoriamente entre as mulheres e sarava nos homens. Ele deu um chupão no pescoço de uma mulher e um homem passou à mão na bunda de Eren.

-Droga. Eu viro às costas por alguns segundos e você já está embriagado. –Gabriel reclamou virando a bebida com tudo na boca.

Ele se levantou e andou rapidamente na direção de Eren. Ele puxou Eren pelo braço, arrastando-o pelas pessoas e esbarrando em outras, às mulheres ficaram para trás, reclamando.

-Qual é?! Eu quero voltar! –ele se soltou e cambaleou pra trás, quase caindo, puxou a costa de um homem alto que conversava com uma gangue.

-Qual o seu problema, gracinha? –o homem alto e grande virou-se com tudo agarrando o colarinho de Eren.

-Desculpa aí, gorila! –ele se soltou e correu para Gabriel, que abraçou-o como uma mãe abraça uma criança.

-Aí você, mantenha esse bêbado longe do pessoal. –o homem notificou e jogou um olhar ameaçador.

-Tudo bem, não precisa se preocupar Sr. Segurança. –Gabriel explicou com um sorriso falso.

-Eu quero dança! –ele tentou voltar para a pista mais antes que se afastasse, Gabriel o agarrou e jogou-o num lado do ombro, segurando suas pernas.

-Chega por hoje, já está bem tarde, Eren. –Gabriel saiu do estabelecimento pela porta dos fundos, levando Eren no ombro até chegarem no carro.

-Eu quero voltar! –ele gritava batendo com os punhos nas costas de Gabriel.

-O que você provou? Eu apenas bebi quarto copos no bar e você já estava doidão na pista. –Gabriel franziu o cenho.

-Sei lá, eu tomei algumas bebidas e... –ele disse com a voz embriagada. –Tinha um carinha oferecendo uma parada diferente.

-Meu Deus, Eren, você cheirou cocaína? Ou fumou maconha?

-Talvez os dois... –ele disse, seguinte de uma risada alucinada.

-Caralho... –Gabriel reclamou.

-Caralho mesmo, essa parada é muito louca. –ele levantava e abaixava a cabeça.

-Vamos para casa. –Gabriel abaixou Eren e abriu a porta do carro. Antes que Eren escapasse, ele empurrou sua cabeça para dentro do carro, jogando-o no banco do carona, e fechou a porta.

Ele encostou-se na porta do motorista e acendeu um cigarro, ignorando as batidas de Eren na porta e os berros. Ele inspirava e soltava a fumaça. Relaxando. Jogou o cigarro no chão e pisou encima, abriu a porta e ligou o carro.

-Estraga prazeres. –ele reclamou, batendo no ombro de Eren.

-Você causou problemas, caso contrário iríamos aproveitar a noite. –Gabriel descansou os ombros e apoiou a cabeça no banco.

-Ah...Gabriel... –ele sussurrou, seguido de uma mão na boca. –Eu vou vomitar!

A única coisa que ele consegui dizer antes de colocar a cabeça para fora da janela e vomitar. Enquanto colocava tudo para fora, Gabriel batia em sua costa, consolando-o.

-Isso, coloca tudo para fora. –Gabriel tirou um lenço do bolso e ofereceu para Eren após terminar de gofra tudo que tinha bebido e comido.

Ele limpou a boca e voltou seu olhar para o loiro.

-Ainda acho que você é um anjo.

-Tô mais pra demônio. –Gabriel disse sarcástico.

Eren aproximou-se e cafungou o cangote de Gabriel, sentindo o cheiro de seu perfume caro e passando o nariz pela pele macia de sua clavícula.

-Tão bom... –ele sussurrou em seu ouvido.

-Obrigado. –Gabriel beijou sua cabeça e se ajustou no banco.

-Sabe oque eu quero fazer nesse exato momento? –ele perguntou risonho.

-Não. Não faço ideia.

-Quero quicar encima do seu pau duro. –ele disse sem rodeios, com a voz maliciosa e rouca.

Os olhos de Gabriel dilataram.

-Olha Eren, eu acho melhor...

-Acha nada.

Eren interrompeu abrindo seu zíper e pulando encima de Gabriel, tentando beija-lo. Gabriel pegou seus ombros com as mãos e afastou-o, Eren olhou incrédulo e confuso.

-Oque houve? –perguntou irritado.

-Você está com um hálito horrível. –Gabriel riu e passou a mão por Eren, chegando ao porta luvas, ele pegou um enxaguam-te bocal e deu para Eren. –Seja lá aonde você colocou essa boquinha, está insuportável.

Uma onda de risos ecoou no carro, tanto de Eren quando de Gabriel.

Ele tomou o vidro na mão e virou grande quantidade na boca, engolindo.

-Isso queima! –ele exaltou, abanando com as mãos a face.

-Óbvio seu idiota, não era para engoli. –Gabriel franziu a testa.

Ele demorou um tempo para recuperar o fôlego. Ele respirou e tela sou os ombros, fitando o olhar de Gabriel. O loiro o jogou para o banco do carona e passou a mão no cabelo, controlando-se. Eren pareceu que Gabriel não queria ter nenhuma relação com ele assim, embriagado, mais seu membro estava duro e muito rígido, quase soltando da cueca.

-Vamos conversar um pouco, já que ele não quer entrar dentro de mim. –ele agarrou a cueca do loiro.

-Que porra você vai fazer? –Gabriel tentou para-lo.

-Ué, não tá óbvio? Um boquete.

-Não acho certo. –Gabriel tentou afastar Eren.

Ele se levantou e procurou alguma coisa no bolso.

-Aqui. –ele tirou um pó branco de dentro de uma embalagem e colocou no peito da mão. –Cheira um pouco, vai te destravar.

-O quê? Tá maluco? Nem fodendo que eu vou cheirar isso! –Gabriel virou o rosto e rosnou.

-Por favor! Por mim... –ele fez olhinhos de gato e pediu com beicinho.

Ele cedeu com um longo suspiro de derrota.

-Só uma cheirada. –Gabriel notificou.

-Só uma cheirada.

-Abra a boquinha, hora das vitaminas. –ele fez aviãozinho com a pílula.

-Não gosto do gosto disso, é horrível! –reclamou.

Ela cruzou os braços e se recusou a abri a boca, levantou uma sobrancelha em desaprovação.

-Vamos logo, não custa nada. –ele bufou e balançou a cabeça negativamente. –Não quero fazer isso, é ridículo.

Ele sabia que ela não ia deixar, ele tinha que fazer aquilo.

-Enquanto o mal que te atormenta, se o sonho se contenta... –ele franziu a testa e forçou os olhos, como se tivesse se esforçando para lembrar de algo.

-...E? –ela perguntou com um sorrisinho.

Ele bufou e continuou.

-E pode se realizar... –ele terminou a canção e ela pegou o comprimido, tomando-o em seguida.

-Eu amo quando você canta a canção da vitamina, minha Cinderela. –ela apertou as bochechas dele.

-Há, há. Que hilária, sabe que só faço isso por obrigação. –ele tirou sarro.

-Eu decidi os nomes. –ela bateu palmas de tanta felicidade.

-E? –ele perguntou curioso.

-Vou anotar num papel e deixar debaixo do tapete do quarto de bebê, quando eles nascerem, quero que você leia os nomes e lembre-se de mim. –ela explicou com um longo sorriso.

-Isso é tão errado. –ele brincou.

-Eu sei. –ela acariciou seu cabelo e passou a mão por seu rosto.

Eles começaram um contato visual. Ela o aproximou de si. Levi se deitou em suas coxas e cariciou sua barriga. Ele ouviu seus batimentos, cada batida do coração dos três, já tinha feito isso várias vezes ao longo da vida, mais assim, de perto, era diferente. Seus filhos estavam ali, duas vidas que levavam seu sangue nas veias, eles teriam jeitos e costumes parecidos.

Talvez fossem os clones dela, mais isso não importava mais. Eles seriam seus filhos e Levi iria ama-los cada vez mais pelo resto de sua vida.

-Quero lhe fazer um pedido. –ela acariciava seu cabelo.

Ele levantou o rosto e voltou a se sentar na cama.

-Diga.

-Quando eu não estiver mais aqui, se eles se esquecerem de mim, me prometa que vai lembrá-los da mãe. –ela foi direta.

Ele tocou-lhe a face com os dedos.

-Se um dia isso acontecer, vou lembrá-los todos os dias, todos os meses, todos os anos, até minha velhice.

Ela sorriu.

-Isso se você chegar lá, do jeito que você bebê, vai morrer antes dos cinquenta. –falou bem-humorada.

-Sua vaca. –ele tirou sarro.

-Seu corno.

-Te vejo amanhã. –ele se levantou e abriu a porta.

-Boa noite, querido. –ela disse acenando.

-Boa noite, Olivia. –ele apagou a luz e fechou a porta, cautelosamente.

Ele respirou fundo e relaxou os ombros. Caminhou lentamente pelo corredor, direcionando-se para o quarto de hóspedes. Que agora estava apenas com uma cama no centro, várias caixas e coisas de bebê espalhadas pelo cômodo. Dois berços tomavam lugar onde antes ficava uma escrivaninha e um abajur, a prateleira que antes ficava ali não existia mais, era um armário bem grande de criança.

A cor das paredes e cortinas haviam sido trocados, as paredes pintadas em tons pastéis de verde e salmão. Com desenhos de animais e iluminação apropriada. Ele se jogou na cama, de peito para cima, encarando o teto. Sentindo o cansaço correr por seus músculos.

-Como dizia o Charlie, a gente aceita o amor que acha que merece.

Alguns raios de luz entravam pela janela, atingindo o rosto do moreno. O incomodo fez ele despertar com ódio da luz do dia, mais logo aceitou a situação e observou ao seu redor. O quarto estava bagunçado e várias roupas estavam espalhadas pelo cômodo, ele reparou no vaso quebrado no chão, a porta aberta, as cortinas da janela jogadas no chão –como se tivessem sido arrancadas por engano –e, o espetacular homem loiro ao seu lado.

Ele dormia calmamente, seu rosto era alvo e tranquilo. Eren observou suas pálpebras pesadas, passou a mão pela linha de seu rosto e tirou alguns fios dourados da frente de seus olhos. Ele perceberá às mordidas no pescoço grosso, a clavícula machucada. Ele se perguntará oque aconteceu na noite passada?

-Minha cabeça... –ele levou a mão na testa. Sentia uma enorme dor no corpo. Se levantou e, sem querer, olhou-se no espelho.

Seu corpo estava todo roxo. Do pescoço aos pés. Principalmente na região da cintura, a cor roxa era maior e as várias marcas de dedos eram nítidas nas coxas e pulsos. Ele passou a mão nas regiões e sentiu uma dor imensurável em seu orifício.

-Ontem nós passamos dos limites. –a voz doce e despreocupada de Gabriel fez Eren da um pulo para trás

Ele se surpreenderá com a beleza de Gabriel. Era como um Deus grego, seu torex a mostra, coberto da cintura para baixo. Os cabelos desarrumados e os músculos definidos, com o sol iluminando sua pele.

-Não queria te acordar... –ele se encolheu, cobrindo o peito com os braços.

-Vem aqui. –Gabriel chamou-o e ele caminhou lentamente até o loiro, deitando-se ao seu lado. Apoiou a cabeça em seu peito enquanto o loiro passava os dedos em suas costas.

-Bom dia. –a luz floresceu seus olhos verdes, iluminado o rosto e cintilando seus fios castanhos.

-Bom dia. –Gabriel respondeu beijando sua testa.

-O que aconteceu ontem? Não me lembro de nada... –ele posicionou a cabeça apoiada nas mãos.

-Você usou vários tipos de drogas e bebidas. –simplesmente disse, como se explicasse tudo.

-Deus...aconteceu alguma coisa grave? –perguntou preocupado.

-Você só me atacou e fez uma dança de orgia na boate. –Gabriel explicou risonho. –Enquanto estávamos no carro, você queria me fazer um boquete e eu não deixei. Você me ofereceu cocaína e eu dei uma cheirada para destravar, depois daí não me lembro de nada, só sei que chegamos vivos.

-Há, há, há...isso não me parece bom. –ele riu drasticamente.

-O importante é que chegamos bem. –Gabriel passou os braços ao redor do corpo de Eren. Sem apertar, sem malícia, sem presa. Ele queria fazer aquele momento durar, sentir o cheiro, observar os traços, sentir o calor e emoções.

-Que sorte à minha. –ele disse com um grande sorriso.

-Eu acho que estou sonhando, tendo você aqui, e comigo.

Eren aproximou seu rosto e beijou Gabriel, era um beijo longo e gentil. Sentindo suas respirações e aproveitando os olhares um do outro.

-Eu acho que um dia, eu vou acordar desse sonho. –ele ficou cabisbaixo, ameaçando deixar cair algumas lágrimas.

-Você é a primeira coisa que eu vejo, então, isso é muito bom para ser verdade.

-Você um dia, vai se cansar de mim? –ele perguntou preocupado, seus olhos umedeceram e finas cascatas escorriam pelo seu rosto, Gabriel enxugou suas lágrimas como um pai que acolhe sua pequena menininha, fraca, indefesa, com medo e confusa.

-Se o amor é o veneno mais letal, por você eu tomarei sem hesitar.


Notas Finais


KKKKKKKKKKKKKKK Eu nesse momento.

Eu achei fofinha demais essa frase do Gabriel. É cada coisa que esse loiro azedo fala que dá vontade de bater de tanta fofurice.

Gente...eu rachei com esse capítulo mais sinceramente, estou contente com o percurso da história.
Eu já disse que odeio amar o Gabriel? E que ele é um desgraçado legal? Então...
Olivia, Olivia, oque te trouxe até mim. Você é uma ótima personagem e ela me lembra ao Eren,não sei porquê, mais me lembra.
Avisando que teremos segunda temporada sim, gostou do final e queria que continuasse desse jeito? Não. Hahahaha jamais. Sem Levi e Eren juntos? Ke? Já viram o amorzinho da 3 temporada? Já viram o bebê de cabelo grande que ta o Eren? Mais e óbvio que a história vai continuar até eles finalmente ficarem juntos. ^~^

Beijinhos de titã, raposinha ama vocês.


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