História I dont love you, Im just passing the time. - I just wanna die

Meses haviam se passado desde o show de talentos. Muitas coisas haviam ocorrido desde então. Na noite do show um caçador de talentos estava presente sem ninguém saber. Ele ficara encantado com a apresentação dos meninos, queria contratá-los. Bredon e Spencer aceitaram, porém Dallon se sentia tão magoado que recusou sem pensar duas vezes.

Por falar em Dallon ele havia começado a namorar com Clara. Eles eram mais um desses casais fofos e perfeitos que se dá nojo só de ver. Dallon havia aceitado ficar junto dela apenas para magoar Brendon “fazer ele sentir na pele o que eu senti”. Ele a chamava de companion e Clara o chamava de Doctor. Era tudo extremamente superficial, mas ele era feliz, bem, em comparação a Brendon.

Brendon’s pov

Eu não agüentava mais essa dor. Todo dia era a mesma coisa. Acordava de manhã, me olhava no espelho e ficava me culpando pelo o que acontecera. Partia para escola. Me doía ver Dallon tão feliz ao lado daquela cachorra. Eles usavam apelidos de Doctor Who para se referir um ao outro, era tudo tão injusto, era eu que deveria estar ali o fazendo rir, havia ficado tão pouco com ele e já me sentia completamente viciado.

Nós já estávamos começando a ficar famosos, e a fama era perigosa, a coisa mais fácil do mundo era ter acesso a drogas, e eu as usava, em exagero, às misturava, tudo com a intenção de tentar esquecê-lo. Após a escola ia para a gravadora e ficava horas lá. Spencer dizia que precisávamos de um guitarrista, e tudo o que eu pensava era: “eu preciso de Dallon”. Voltava para casa e escrevia músicas e mais músicas, na maioria das vezes era sobre Dallon.

E esse era um desses dias. Após escrever alguns versos fui tomar um banho, e quando ia me vestir achei uma blusa que ele havia me emprestado e esquecera comigo. A vesti. O cheiro de Dallon na blusa era tão forte e inebriante. Percebi que essa seria mais uma das noites que choraria a madrugada inteira. Não agüentaria ficar em casa. Peguei meu celular e meu fone de ouvido e saí.

Fui para uma floresta que havia não muito longe da minha casa. Costumava ir ali com algumas pessoas para namorar escondido. Pensando nisso eu realmente era idiota, usava as pessoas sem pensar em seus sentimentos, talvez eu merecesse tudo aquilo que eu estava passando. Sentei a beira de um riacho que havia ali, não sei porque, mas ouvir o barulho das águas sempre me acalmava, mas naquela noite em nada ajudava. Levantei-me e comecei a andar sem rumo.

Me sentia um completo inútil, pensava que eu não merecia a vida, tudo o que eu queria naquele momento era simplesmente cair morto. Não levou muito tempo até que eu tivesse perdido no meio da mata. Procurando um caminho para sair dali encontrei um trilho de trem. As luzes e as sirenes avisavam que o trem estava chegando. Eu sentia que era a hora. Coloquei meus fones de ouvidos, andei até o meio dos trilhos do trem, fechei meus olhos e esperei pela morte. Ele estava cada vez mais perto, podia sentir o chão tremer e enxergava a luz dos faróis mesmo com os olhos fechados. Era isso, o fim, tudo iria acabar. Até que sinto alguém se jogar em cima de mim, me jogando para fora do trilho instantes antes do trem passar.

-Você ta maluco? Você podia morrer, seu retardado!-Gritava ele

-Eu queria morrer, não era nada mais do que eu merecia, e você não tinha nada que ter me atrapalhado, nem te conheço, sequer sei o seu nome!-Gritei enquanto chorava.

-Bem, o meu nome é Ryan.