-Para! Sai! - Juliette tentou esconder o seu corpo com a toalha - eu estou nua...
Ellie levantou uma das sobrancelhas sem entender o porquê dela ter vergonha disso. Deu um passo em frente e colocou a mão dela em cima do ombro da menor. Agora o reflexo dela também aparecia no espelho,fazendo com que Juliette desviasse o olhar e se sentisse a pior pessoa do mundo por se mostrar assim tão de repente. Começou a imaginar na cara de nojo que Ellie faria ao ver o seu corpo, mas ao contrário disso, ela apenas a abraçou por trás em silêncio, circundando a cintura larga com os braços.
-Sabes que podes falar comigo. Sobre tudo. Somos uma equipa. Eu amo-te...- Ellie sussurrou ao ouvido dela, a sua voz suavizando a cada palavra.
Isso só aumentou o aperto no coração de Juliette fazendo com que ainda mais lágrimas brotassem dos seus olhos. Os seus punhos foram cerrados com força.
-Nao, Ellie. Tu ainda amas a Dina...- murmurou.
-O quê?
-Tu ainda amas a Dina! - Juliette empurrou-a um pouco para trás ao seu virar e encarar Ellie olhos com olhos - eu vi a forma como a se abraçaram e como ela te olhou. Como tu olhaste para ela! E diz me! Quem sou eu ao lado dela?
Ellie balançou a cabeça em descrença e segurou nos ombros da morena para que se acalmasse.
-Eu tinha saudades da Dina, é certo. Eu estive durante muitos meses com ela e vi ela dar à luz um filho que até hoje considero como meu também. Mas a nossa relação já foi com o vento há muito tempo.
- A Dina é muito mais do que eu, Ellie. Muito mais inteligente. Muito mais bonita. Olha o corpo dela! Olha o meu! Porque irias preferir-me a mim??
Farta de ouvir aquilo, Ellie apenas tapou a boca dela com a mão, onde de seguida aproximou os seus lábios do ouvido da menor. Juliette ficou confusa e ao mesmo tempo arrepiada. Estava nua e tinha Ellie bem colada ao seu corpo.
-Então, fala -me de todas as tuas inseguranças...
-Porquê?
-Apenas fala...eu vou te provar que são apenas coisas da tua cabeça...
-Eu tenho...coxas gordas - engoliu a seco e fechou os olhos. O seu lábio inferior estava trémulo.
Ellie sorriu e logo respondeu, levando as duas mãos às coxas fartas e macias dela.
-Muitas vezes imaginei como seriam estas coxas em volta da minha cintura. - depois disso levou uma das mãos até ao traseiro dela - e de como seria bater nessa bunda grade e linda enquanto transamos..
O coração de Juliette falhou por uma fração de segundo. As suas maçãs do rosto ganharam um rubor intensamente pesado e a sua garganta secou por momentos.
-Fala-me de mais inseguranças, amor...
-E-eu...não gosto da minha barriga...
Ellie desceu lentamente, abaixando-se até ficar frente a frente com a barriga dela. Começou a beijá-la enquanto ainda apertava a carne do seu traseiro. Juliette olhou sem reação, tendo de admitir para si mesma de que aquilo era bom. Era bom se sentir amada pela primeira vez, por muito que ainda achasse que Dina era superior.
-Adoro apertá-la quando dormimos - Ellie murmurou e sorriu contra a pele dela - também dá como uma boa almofadinha quando estou com dores de cabeça. Fala de mais inseguranças e eu vou sempre encontrar uma prova para te mostrar que te amo por inteiro.
-Os meus dedos são gordos...gostava de ter mãos mais delicadas e femininas...
Ellie soltou uma gargalhada sincera.
-Oh, as mãos? Bem, eu gostava de sentir esses dedos fazerem outras coisas, como podes imaginar. Aposto que são perfeitos. Mas por agora, adoro quando os usas para me acariciar os cabelos e me acalmar de qualquer tragédia...
Ellie levantou-se e envolveu os braços em volta da cintura dela.
-Nao és menos que a Dina, Juliette. E tudo o que acabei de dizer é verdade e deixa-me maluca. Mas não é só isso. Aceitaste-me. Aceitaste quem eu era mesmo com medo de te ferir. Eu sou a única que se deveria sentir horrível depois de um passado tão mau. Não merecia que gostasses de mim. Não merecia que ninguém de Jackson voltasse a olhar para mim com respeito. Eu amo-te...nada muda isso.
O coração de Juliette acalmou e os seus olhos pararam de chorar. Um sorriso leve puxou os cantos dos seus lábios e não se conteve para abraçar Ellie, encostando a cabeça no seu peito.
Depois de tudo, ambas tinham crescido e amadurecido em conjunto e isso fazia com que o amor que nutriam se tornasse cada dia mais forte.
-Agora vais tomar banho e descansar. Amanhã começa um novo dia. Um futuro de paz aguarda-nos.
Juliette sorriu e abraçou-a uma última vez antes de entrar no chuveiro. Ellie deixou-a à vontade e saiu para fazer algo enquanto esperava. Pegou num livro que Joel lhe dera anos atrás num dia do seu aniversário e isso trouxe-lhe memórias. Noutra altura estaria a chorar, mas agora, parecia que tudo estava encaminhado e bem. Parecia que finalmente tinha encontrado a luz ao fundo do túnel e a sua sede por vingança havia sido completamente dissolvida. Não havia mais porque correr atrás de Abby ou seja quem fosse para matar... Além disso, não estava mais chateada com Dina, mas não a podia magoar mais e agora podia voltar a brincar e ensinar coisas a JJ.
-Ellie? -Juliette saiu apenas com uma toalha em volta do corpo.
Williams olhou e as suas bochechas ganharam um rubor imenso. Era difícil não corar quando a pessoa que adorava estava naquele estado bem à sua frente. O cabelo húmido que corria pelos ombros e pela face tornava tudo ainda mais apetitoso.
-Vem até mim, linda - Ellie bateu com a mão levemente na cama e mordeu discretamente o lábio inferior.
Por sua vez Juliette ficou nervosa mas obedeceu. Caminhou lentamente e sentou se na cama ao lado dela. A outra não pensou duas vezes antes de a puxar e fazer se deitar por baixo de si própria. Ellie atacou os lábios de Juliette como se não houvesse amanhã e logo se desfez da toalha que tapava o corpo dela.
-Como eu esperei por este momento...- disse ao levar a boca até ao pescoço, na qual beijou e lambeu.
Juliette sentiu a respiração quente de Ellie na sua pele, o que a fez arrepiar e dar um arquejo. Seria a primeira vez que experimentaria algo assim.
Logo Ellie levou os beijos por uma trilha, desde o pescoço dela até ao vale dos seios. Com uma mão, apertou um deles delicadamente no mamilo e com a boca, lambeu o outro em movimentos circulares. Agora os seus olhos encontraram os de Juliette que abria a boca em gemidos mudos. A sua face estava carmesim, mas o seu sorriso não demorou a aparecer. Era bom se sentir amada.
-Gostas disto tanto quanto eu?
-Acho que sim...nunca experimentei algo assim antes, mas, é reconfortante, especialmente contigo, Ellie.
Isso fez Ellie sorrir e foi o sinal verde para continuar. Levou os beijos ainda mais a baixo e com um movimento delicado, abriu as coxas dela e admirou durante uns segundos o sexo de Juliette. Sem hesitar abocanhou-o e por sua vez, arrancou um gemido alto e involuntário da menor.
A sua língua investiu com tudo no clitóris inchado e desesperado, enquanto enfiava dois dedos na cavidade vaginal dela. A menina não conseguia formar palavras perceptíveis, apenas gemidos e suspiros intensos juntamente do arquear das suas costas.
Ellie continuou a beijar e a lamber aquela zona sem piedade. Queria ver Juliette chegar ao clímax de uma forma gloriosa. Queria levá-la aos céus e fazê-la ver o quão bom era sentir isso.
-Goza, minha gostosa....goza para mim...- sussurrou contra a vagina dela. A sua respiração só aumentou a sensibilidade que Juliette sentia.
-Oh meu Deus...oh meu Deus, Ellie...- os seus gemidos aumentaram.
Juliette levou uma mão aos cabelos de Ellie, empurrando a cabeça dela ainda mais contra si ao que por sua vez, também empinava a anca para aumentar o contacto entre a sua feminilidade e a boca da outra.
-Ellie...estou a sentir, algo...eu..ah-
-Sim, meu amor. Deixa tudo sair. Deixa-me provar o teu gostinho maravilhoso.
A menina logo sentiu o orgasmo explodir. As suas costas arquearam mais do que antes e um grito alto de prazer ecoou pelas paredes do quarto. Os olhos reviraram para trás assim como a sua cabeça. O aperto nos cabelos de Ellie também se tornou mais forte.
Em contrapartida, a Williams sorriu ao sentir o sabor carnal e pecaminoso na sua língua. Apesar de tudo, amava aquele calor e aquela luxúria e amava fazer Juliette sentir prazer. Sentia-se orgulhosa por ser a primeira a lhe dar essa experiência.
Logo as duas juntaram --se num abraço quente e aconchegante. Ellie envolveu os braços em.redor dela e deixou que esta acalmasse a sua respiração.
--Tudo aquilo que eu tinha dito era verdade, Juliette. Eu amo-te....amo-te por inteiro.
--Eu sei...obrigada por me fazeres sentir assim e pela minha primeira vez ter sido maravilhosa, Ellie. Eu também te amo.
Depois de alguns minutos de palavras meigas e carinhosas, Juliette adormeceu aninhada e quentinha. Ellie sorriu enquanto continuava a acariciar e a beijar os cabelos dela. Tentou adormecer, mas algo no seu interior fazia-a perder o sono. Algo que ela se odiava por ainda pensar...
A conversa que teve com Abby antes de sair da base dos Fireflies...
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.