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História I Found You - Discoveries


Escrita por: inhahazza

Notas do Autor


Boa leitura ❤

Capítulo 12 - Discoveries


Paralizado, essa era a palavra que definia perfeitamente o estado de Louis naquele momento. Karen abriu a boca algumas vezes e depois virou às costas, indo em direção a cozinha, parecia atordoada de alguma forma. Joahnnah, por sua vez, parecia bem calma e satisfeita assim que viu o estado que seu filho ficara.

–– Se essa for só mais uma das suas mentiras Joahnnah, eu juro que... –– falou entre dentes.

–– Não estou mentindo. –– disse ela, petulante. –– Querido, ela deseja muito vê-lo. –– sorriu.

   A forma como ela falava chegava a me dar ânsia de vômito. O sorriso debochado, a revirada dos olhos. Como poderia uma mãe tratar um filho daquela forma? Louis estava quase explodindo, suas mãos apertavam os braços da cadeira com tanta força que eu podia jurar que em poucos segundos, eles quebrariam.

–– Você é patética. –– cuspiu as palavras. Aposto que se ele tivesse chances, teria avançado nela. –– Falsa e interesseira. Todo esse tempo, e só agora resolve dar as caras? –– gritou. –– E ainda por cima faz questão de me infernizar mais ainda com todas as merdas que você sempre fala?

   Dei alguns passos e coloquei uma mão em seu ombro, numa tentativa de acalmá-lo. Recebi um olhar feio dela mas apenas ignorei.

–– Não ouse falar comigo dessa maneira, seu moleque. –– grunhiu. –– Querendo ou não, você ainda é meu filho.

–– Eu mereço. –– riu sarcasticamente. –– Você é ridícula. Posso ser seu filho, mas você deixou de ser a minha mãe há muito tempo. –– colocou as mãos nas rodas da sua cadeira, empurrando-as até ficar a poucos centímetros da mulher de cabelos castanhos. –– Sabe o que eu sinto por você? Pena.

   Foi só ele dizer aquelas últimas palavras e o único som ouvido foi do estalo da mão dela no rosto de Louis. Coloquei a mão na boca assustado, e estava pronto para intervir quando ouvi sua voz.

–– Não precisa, Harry. –– disse sem me olhar. –– Saia daqui. –– disse a encarando com nojo.

   Ela me olhou furiosamente por longos segundos e depois para Louis, balançou a cabeça com um sorriso falso e deu as costas, batendo a porta com força em seguida.

   Suspirei pesadamente. O que diabos havia acontecido ali? 


   Notei a presença de Karen atrás de mim e a vi fazer um gesto com a cabeça em direção a Louis, olhei para o mesmo e ele estava com a cabeça abaixada. Imóvel.

–– Você acha que eu devo...? –– sussurrei para ela.

–– Ele precisa de apoio. Vá. –– sorriu reconfortante. –– O meu horário acabou, me ligue se precisar de alguma coisa. Tudo bem?

   Acenei com a cabeça e caminhei até o ser de olhos azuis. Ele estava de costas para mim, me aproximei e coloquei as duas mãos nos seus ombros dando uma leve apertada. Ele se mexeu um pouco mas não levantou a cabeça. Eu sabia que ele chorava silenciosamente, e sinceramente, não sabia o que dizer ou fazer.
   Apertei seus ombros colocando um pouco mais de força numa leve massagem, seus músculos tensos foram relaxando e eu ouvi um murmúrio em aprovação. Sorri e continuei.
   Ouvi seu fungado e logo sua cabeça levantou lentamente, ele limpou o rosto com as mãos e tossiu um pouco antes de dizer.

–– Vamos para o quarto. Por favor.

 

   ***

   Depois de colocá-lo sentado na cama, fiquei esperando o momento que ele fosse falar alguma coisa.

–– Karen já foi embora? –– finalmente seus olhos me encararam. Vermelhos e inchados.

–– Sim. –– coloquei as mãos nos bolsos da calça de moletom.

–– Vai ficar ai me olhando o dia todo, ou vai vir? –– sua sentença autoritária me fez rir por um breve momento.

   Fiz o que ele pediu e sentei ao seu lado na cama. Coloquei as mãos no colo, pensando do no que dizer.

–– Quer conversar?

–– Não. –– disse rapidamente.

   Okay. Eu poderia lidar com aquilo.

  Fiquei em silêncio pelos cinco minutos seguintes, apenas ouvindo sua respiração. Eu sabia que ele estava magoado, isso era notável. Mas como o conheço bem, sei que não daria o braço a torcer e negaria até o fim. Eu só queria que ele, de certa forma, se abrisse comigo.

   Tomei um susto assim que senti seus dedos dedilhando a minha coxa direita. Arregalei os olhos e o encarei, ele tinha um olhar cínico e ao mesmo tempo inocente no rosto.

–– Louis...

   Ele me ignorou e continuou, dessa vez com as duas mãos. Revirei os olhos quando senti minha coxa sendo apertada com certa força.

  Merda. Aquilo era demais para suportar. Apertei seu braço,  numa tentativa de fazê-lo parar, mas meu corpo queria mais. Oh céus.

   Senti suas unhas curtas de leve próximo a minha virilha, fechei os olhos e mordi o meu lábio inferior com força assim que senti seus lábios no meu pescoço.

–– Você é tão cheiroso.  –– soprou na minha orelha.

   Se existia um pingo de sanidade em mim naquele momento com toda a certeza tinha acabado depois daquilo.Puxei seus cabelos com uma das mãos e beijei seus lábios. Se ele queria me enlouquecer, com certeza conseguiu. Eu estava duro, tanto que meu pau latejava de dor. Mordi sua boca com um pouco de força e ele gemeu. Gostei daquilo. Mil e uma cenas se passavam na minha cabeça naquele momento, o que me deixava mais duro ainda.
   Puxei suas pernas rapidamente o fazendo soltar um gritinho de susto. Quando sua bunda tocou no meu pau minha vontade era de arrancar aquelas malditas roupas que o cobria e me enterrar nele.

–– Harry... –– choramingou e eu senti seu membro duro roçar na minha barriga.

   Segurei nos seus quadris com possessão e o beIjei novamente. Senti ele se mexer inquieto, e soltei um gemido alto quando sua bunda mexeu deliciosamente em cima de mim.

–– Eu não vou aguentar. –– minha voz saiu mais rouca que o normal.

–– Oh, por favor Harry.  –– gemeu.

–– Não faz isso comigo. –– pedi.

–– Você não quer? –– olhou pra mim com aqueles olhos fodidamente sexy.

–– Você não faz ideia do quanto eu desejo isso. –– toquei sua bochecha e ele sorriu fraco. –– Mas eu não quero ir muito rápido. Quero ser bom o suficiente para você. –– ele corou.

 –– Mas você é. –– disse cabisbaixo e ouvi um suspiro da sua parte. –– Me desculpe, eu...

–– Ei. –– levantei seu rosto. –– Não precisa disso. Okay? –– ele assentiu e eu dei um beijo de leve no seu nariz. –– Tem uma coisa.

–– O que? –– me olhou curioso.

–– Tem um lugar que eu gostaria de te levar.

 

   ***

   Ajeitei o casaco de Louis e dei um sorriso fraco a ele antes de abrir a porta. Desde que comecei a trabalhar há pouco mais de um mês e meio, não havia vindo em casa, todos os dias eu conversava com a dona Anne mas era só. Decidi que levar Louis para conhecê- la seria uma boa. Já que ele não sai quase nunca, e por mais que eu gostasse de tê-lo só pra mim seria bom ele socializar e conhecer novas pessoas.

–– Harry! –– tomei um susto assim que ouvi a voz de Gemma. Ela havia chegado de viagem há pouco mais de dois dias e eu estava morrendo de saudades daquele ser de cabelos loiros.

–– Gemma! –– dei um abraço nela que logo se soltou de mim assim que viu Louis. –– Opa. Quem é esse? –– senti malícia na sua voz.

   Que o Senhor me ajude.

–– Esse é Louis. –– me aproximei dele que tinha um sorriso tímido nos lábios. –– Eu estou trabalhando para ele Gemma.

   Aquilo era tão estranho de falar e mais ainda de explicar. Eu trabalhava para Louis, sim. Mas a nossa relação era diferente e estranha de certa forma.

–– Oh. –– se abaixou à altura de Louis. –– Muito prazer.  –– deu um abraço nele que arregalou os olhos pra mim como um pedido de socorro.

–– Igualmente. –– disse por fim.

–– Bem, vocês estão namorando, não é? –– Louis corou e eu senti vontade de matar aquela criatura que eu chamava de irmã.

–– Harry! –– agradeci aos céus quando ouvi a voz da minha mãe.

   A abracei sentindo aquele cheiro tão gostoso e familiar de sempre. Eu odiava admitir mas sentia muita saudades de casa.

–– Esse é o Louis. –– apontei para ele.

–– Ah, então é você que tem aturado o meu filho todo esse tempo? Devo dizer que agradeço muito por isso.  –– fiz uma careta para ela e Louis gargalhou.

–– Bom, não é uma tarefa fácil mas ele até que é legal. –– me olhou com um sorriso cínico.

   Aquilo era sério? Eu que tinha que falar aquilo.

–– De qualquer forma é um prazer conhecer você. –– sorriu para ele dando um breve abraço.

–– Acho que já chega, não é? –– disse emburrado empurrando Louis pela sala. –– Eu estou com fome e Louis não pode demorar para comer.

–– Harry! –– me repreendeu e eu o fuzilei com o olhar. Okay, talvez eu estivesse exagerando um pouco.

–– Desde quando você é responsável por alguém? –– disse Gemma.

–– Muito engraçada você. –– falei irônico.

 

 

   ***

–– Harry me ajude com a louça, por favor. –– ouvi a voz de Annie.

–– Ah mãe, sério? Pede a Gemma. 

–– Não, obrigada. Vou ficar aqui conversando com o meu cunhado. Quer dizer, Louis. –– me empurrou do sofá e eu revirei os olhos caminhando até a cozinha.

–– Tinha esquecido como a Gemma é chata. –– peguei um pano de prato qualquer e comecei a enxugar a louça.

–– Você também não é um amorzinho. –– começou. –– Só te aturo porque é meu filho.

 –– Oh. –– abri a boca, fingindo espanto. –– Muito obrigado por isso então.

   Ela riu e eu acabei sorrindo também. Nossa relação não podia ser das melhores, ela era a pessoa que eu mais confiava no mundo.


   Me atrevi a olhar para o sofá da sala onde Louis estava junto com a loura louca e ele tinha um olhar desesperado, no mínimo ela já estava enchendo a paciência dele. Não conseguir conter o riso.

–– Vocês estão juntos, não é? –– tomei um leve susto assim que a ouvi dizer.

–– Não sei. –– falei sincero. –– Acho que sim. Ele é meio complicado.

 Ouvi seu suspiro e eu sabia o que ela iria falar.

–– Só tome cuidado, meu filho. Não estrague tudo.

   Cuidado, essa era uma palavra que se encaixava perfeitamente. Eu sabia que no momento que o vi, seria um problema. E agora, não sei de mais nada. Os dias foram passando rápido demais, e eu fui cada vez mais me acostumando com a nova rotina e com o jeito terrivelmente perturbado de Louis.


   Mas, eu estava bem?


Eu me sentia bem, demais. E acho que ele também. 
Então, valeria a pena o risco.

   ***

–– Elas são legais. –– disse ele assim que entramos no carro.

   Minha mãe insistiu para que nós passássemos a noite lá, eu neguei já que não seria possível devido às necessidades de Louis. 
   Fiquei feliz, pois, mesmo com toda a inconveniência da minha irmã, vi um Louis bem e sorridente.

–– São sim. –– sorri pra ele.

–– Eu adoro as suas covinhas. 

–– Okay, já pode devolver o Louis. –– brinquei e ele gargalhou.

–– Você sente falta de casa? –– falou baixo e eu quase não ouvi.

–– Porque a pergunta? –– olhei ele de relance e voltei a prestar atenção na pista.

–– Responde, Harry. –– revirou os olhos.

–– Sim. –– disse por fim e vi seu olhar triste. –– Mas eu estou muito bem agora. Não precisa se preocupar. –– completei.

–– Tudo bem. –– virou a cabeça e encarou a janela.

   Eu sabia que ele estava incomodado.

Eu sentia falta de casa sim, mas não menti quando disse que estava bem no momento. Com ele.

–– Não fique assim. –– toquei sua coxa com uma das mãos mas ele não me olhou.

–– Eu estou cansado, pode ir um pouco mais rápido, por favor? –– fechou os olhos encostando a cabeça no banco.

   Bufei em frustração e acelerei o carro.

   ***

   Estacionei na enorme garagem e olhei para Louis, ele havia pego no sono, e não seria uma boa ideia acordá-lo. Destravei o cinto e desci do carro,  abri a porta de carona e ele abriu levemente os olhos.

–– Volte a dormir. –– falei enquanto o segurava nos braços.

   Sua cabeça deitou no meu ombro e eu ouvi sua respiração se acalmar.

   Foi um longo caminho até finalmente colocá-lo na cama. Tirei seus sapatos e troquei sua camisa, colocando um suéter mais quente. O tempo havia mudado um pouco e tudo o que eu menos queria no momento era um Louis gripado.


   Procurei o aparelho da "babá eletrônica com os olhos"  e não encontrei. Era só o que faltava. Olhei embaixo da cama, debaixo dos lençóis e nada.

––  Que droga. ––  praguejei baixo e ele se remexeu na cama. O cobri com o lençol e acabei esbarrando no criado mudo.

A gaveta estava aberta e eu agradeci internamente quando vi o aparelho branco dentro.

 ––  Ai está você. 

   Meu sorriso se desfez assim que vi um frasco pequeno. Parte de mim tinha ideia do que se tratava, e a outra, se recusava a acreditar.


   Quando li o nome em letras pequenas o meu coração parou alguns segundos.

                        " CIANETO "


Notas Finais


Olha quem voltou e tá morrendo de vergonha lol
Sério, eu não sei nem o que falar. Primeiro que eu passei praticamente a tarde toda respondendo comentários, não só do capitulo passado, mas de DOIS ANOS atrás, gente, vocês tem idéia do que é isso??
Eu sou um ser extremamente lerdo e esquecido. Eu reli toda a fic e TODOS os comentários um por um, para não deixar nenhum passar batido. Perdi a conta de quantos "desculpas" eu escrevi. Mas aqui vai um para geral MIL DESCULPAS.
Sei que demorei, e não foi só para atualizar essa, mas as minhas outras tbm. Quem me acompanha sabe. Só queria agradecer por todo o apoio e dizer que estou de volta, e dessa vez é pra valer, tô me reorganizando, e esse último ano me ajudou em diversos aspectos.
Enfim, quanto ao capítulo vão ter os que não gostaram tanto assim, e os que gostaram. Sério, eu achei que iria odiar e que não ia sair nada de bom, mas eu AMEI esse capítulo ( amor próprio é tudo né). Não ficou enorme, mas eu sinceramente não sei escrever capítulos grandes, é demais pra minha cabeça. Espero que tenha agradado e eu NÃO vou abandonar nenhum de vocês fiquem sabendo disso.
Quanto a esse "final" meio dramático, os que não entenderam deem uma pesquisadinha hehe ( como diz o meu professor de filosofia, "Usem o santo Google")
É isso amorecos muitos beijos
Ahhhhhh que saudades disso aqui
❤❤❤❤


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