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História I got you! - A fuga


Escrita por: willjoong

Notas do Autor


Hey povinho, eu havia dito que esse seria o último cap, mas minha inspiração aflorou e o cap ficou quilométrico (ok, não tão quilométrico assim) e decidi dividir ele em dois. Então esse será o penúltimo ok?

Esse cap pode soar meio (AFF QUE FURADA, IMPOSSÍVEL, AFF... MUITA FRIA) mas lembrem-se ISSO É UMA FIC ;) então se eu quiser colocar vacas voadoras e peixes jogadores de futebol eu coloco ;) kkkk (Isso me lembrou uma fic do EXO em que tinham porcos e balões falantes... nuss melhor fic hahaha)

enfim espero que gostem ^^

Capítulo 20 - A fuga


Fanfic / Fanfiction I got you! - A fuga

Durante o banho de sol dos detentos, Bambam tinha a companhia de Wonwoo, um jovem que não era tão imbecil e idiota quanto ele pensara. Era alguém útil e tinha o mesmo desejo de sair dali o quanto antes.

 

- Eu já disse, temos que observar como poderíamos fugir com uma escavação e que seja feita de forma rápida.

- Mas bambam, seria impossível! Olha como esse lugar é reforçado, existem dois muros de proteção cheios de guardas, e sem contar que aqui temos a companhia de vários deles. – Falava convicto Wonwoo.

- Mas conheço alguém que pode nos ajudar! – Rebateu confiante Bambam.

- Quem?

- O velho Peter!

- O que? Você é louco?

- Que foi? Ele já escapou duas vezes, pode nos ajudar!

- O velho peter não é de confiança! Ele já matou companheiros de longa data, porque confiaria em dois novatos?

- Porque sei quem é a filha dele e sei o quanto ele quer que ela saiba quem foi o verdadeiro assassino que matou sua mãe.

- Provavelmente alguém já teria feito isso, Bambam, vai por mim cara. Espera o meu pai, ele vai logo me tirar daqui, ele é um político poderoso e pode nos libertar e você terá a sua vingança.

- Não confio em políticos, sem ofensa.

- Da nada, eu odeio meu pai de qualquer forma. Mas ok, quando pretende falar com o velho Peter?

 

Bambam já havia levantado antes que Wonwoo terminasse a pergunta.

Ambos andaram pelo pátio do presídio, presos jogavam basquete e outros exercitavam os músculos enquanto alguns apenas permaneciam sentados e imóveis presos em seus mundos paralelos. O velho Peter era um coroa inglês que veio para a coreia entre 1985 e 1987, ninguém sabe ao certo, nem ele mesmo. Foi preso por enviar informações do sul para o norte ilegalmente, foi condenado à 50 anos de prisão pela suspeita da morte de sua ex namorada com cuja teve uma filha, Dahyun. Sua mãe fora assassinada por um ex namorado que cometeu suicídio, desde então ela foi criada pela sua madrinha, porém a tomou como mãe desde os 15 anos.

 

- Com licença Peter! – Falava bambam observando curioso o outro sentado sozinho.

- Ora Ora, o pequeno magrelo que medita! – dizia o homem de altura mediana e uma aparência bem comum a não ser pelos olhos extremamente azuis como o céu e redondos, expurgando qualquer pensamento alheio que suspeite que ele seja asiático.

- Não é hora para brincadeiras Peter, preciso de ajuda! – disse bambam sério.

- Com o que? Vai dizer que conseguiu lamber a ponta do cotovelo e não consegue repetir. Ou por acaso... – Brincou Peter.

- Como você fugiu daqui? – Sem expressão alguma, Bambam cortava aquela conversa desanimadora.

 

O assunto derrubou no mesmo instante a simpatia acolhedora desse senhor que tinha muitas histórias para contar, julgando pelo seu carisma era bem provável mesmo que ele nunca tenha matado ninguém. Ou talvez ele fosse um psicopata profissional.

 

- O que quer saber filho? – Disse o homem.

- Preciso saber como posso sair daqui o mais rápido possível. Se possível amanhã.

- Hahahaha descubra como se tele transportar e pronto, fim de papo. – O mais velho deu de ombros.

- É sério Peter, eu posso te ajudar com algo se você me ajudar... – As intenções de Bambam eram diabólicas, vendo do ponto de vista que usar o que o outro mais prezava para lhe comprar, podia ser um tanto trapaceiro.

- Me ajudar? E com o que? Saiba que a muito perdi a vontade de fazer trocas.

- Conheço a Dahyun!

 

Naquele instante o velho sentiu uma pontada de saudade no seu interior. Viu a imagem da pequena menina sorrindo e correndo na sua direção gritando “papai” e sorrindo com o belo sorriso que somente ela tinha. Pensou que aquilo poderia ser um blefe então quis ignorar Bambam.

 

- Não tenho mais interesses em Dahyun, ela não liga pra mim então, não ligo mais pra ela! – Mentiu o mais velho pra se livrar de Bambam.

- Ela vive com a madrinha e ela se tornou enfermeira sabia? Ela luta muito para se sustentar. – Rebatia o menor.

- Ela trabalha? Mas... Ela disse que queria estudar e... – Peter já perdera totalmente seu teatrinho de controle e agora se entregava à emoção de receber informações da tão saudosa filha.

- Ela estuda, mas trabalha muito. É uma moça muito bela e simpática. Tomou conta de um grande amigo meu.

 

Vendo verdade em suas palavras, não lhe custava nada tentar a sorte em enviar uma mensagem para a filha pela primeira vez.

 

- Conheço uma passagem, fica entre as paredes da sala da administração, é um vão bastante estreito que somente alguém magro pode passar, por isso nunca mais tentei não é mesmo? Os policiais não sabem onde fica, pois eles sempre acham que entramos por baixo, mas para chegar lá não se usa o subsolo e sim as passagens de ar no teto. Basta ir por alguma delas até a administração.

- Mas como eu faço isso? É cheio de guardas por toda a parte. – Bambam se abaixou ao lado do velho.

- Precisa de uma briga, uma violenta capaz de gerar uma rebelião no presídio. Algo que abale todo o prédio e envolva todos os guardas. Neste momento o barulho será intenso e tudo será isolado. É o momento perfeito para vocês entrarem nos canais de ar sem serem notados. Afinal o barulho poderia ser percebido não?

- Verdade...

- Mas senhor, e depois? – Wonwoo se manifestava.

- Sigam o túnel. Ele é escuro e claustrofóbico, mas é apenas seguir ele sempre reto, vocês sairão numa parede falsa localizada na parte de trás do edifício, basta empurrar que a parede se quebrará. Saiam e corram para o mato. Eles nunca os acharão lá.

- E então? O que faremos? – Wonwoo novamente curioso.

- Sei lá moleques, aí é com vocês! Estando livres vocês tem qualquer oportunidade, porém devem ser rápidos. A fuga de um preso é escandalosa agora imagine a fuga de dois.

 

#

 

Durante o jantar Bambam convidou Wonwoo, e mais dois presos. Shura e Hikaru. Dois japoneses presos por tráfico que não eram muito quietos e sempre se metiam em confusão.

Instruiu-lhes para gerar uma confusão com Bobby e seus capangas durante a hora de dormir. Naquele instante as celas estariam abertas, pois os presos estão retornando em filas. Seria o momento perfeito para gerar uma confusão.

Aos planos de Bambam, aquela seria apenas uma confusão para gerar o caos, ele nem sequer pensou na fuga.

Após o jantar ele e wonwoo começaram os planos de forma quieta e silenciosa. Pois no dia seguinte eles fariam aquilo.

 

#

 

Naquele dia todos os presos cumpriram suas tarefas, Bambam e Wonwoo limparam os corredores e os banheiros fedorentos, depois tiveram que ter aulas em oficinas profissionalizantes afinal, após saírem da cadeia eles deveriam saber trabalhar em empresas que aceitam ex-detentos.

A ansiedade para por seu plano em prática não estava deixando Bambam raciocinar direito, pois ele queria de todas as formas vingar-se de todos aqueles que lhe fizeram mal, que lhe viraram as costas e o deixaram ali para apodrecer.

 

#

 

A noite chegara e com ela trouxe também preocupações, visto que hoje os detentos não foram levados em filas, mas sim em pequenos grupos. Os olhares trocados entre Bambam e Wonwoo mostravam com clareza as más impressões que eles tinham diante daquela situação que tinha tudo para dar errado.

Porém, como se o destino tivesse lhes ajudando a confusão aconteceu como planejado. Bobby e Hikaru estavam se agredindo soltando gritos guturais repletos de extremo ódio, os guardas ali apitaram e começaram a correr e em menos de vinte segundos todos ali no corredor se juntaram à confusão generalizada que se formara.

Wonwoo avistou Bambam e correram abaixados de volta para o banheiro sem serem percebidos já que todo o presídio estava fora de controle com a tendência de piorar cada vez mais. Dentro do banheiro onde ficavam os chuveiros, trancaram a porta da maneira que podiam e foram até os fundos daquela grande sala vazia. Wonwoo ergueu o menor que conseguiu sem dificuldades remover a tampa pequena e estreita que lacrava o tubo de ventilação. Já dentro do mesmo, Bambam puxou o outro com dificuldade, porém com excito no final quando lacraram novamente a entrada do tubo começando assim a seguir pelo caminho que levava até a tal sala onde o velho Peter outrora recomendara.  Agachados e usando apenas os cotovelos e joelhos para locomover os corpos deitados de bruços contra a lata gélida daquele lugar sujo, eles tentavam manter o silêncio.

Seria hipocrisia negar o medo que corria pelas veias dos rapazes que estavam suando além do normal, com respirações ofegantes e sentindo como se tudo fosse dar errado de uma hora para outra.

Quanto mais eles se aproximavam da parte administrativa, maior era o barulho e a confusão dentro do prédio. Gritos e quebra-quebra de objetos assim como obviamente era possível ouvir tiros e a sirene ensurdecedora do recinto.

 

- Bambam, não vamos conseguir...

- Cala a boca!

 

Desceram pela parede e seguiram de lado bem lentamente entre as paredes de concreto. Era extremamente apertado e o oxigênio parecia estar lhes abandonando a cada respiração. Sem conseguir enxergar absolutamente nada, os dois topavam contra a parede e as vezes seus pés pareciam ficar presos nas pedras aos restos de cimento espalhados pelo chão.

 

- Bambam, vamos ficar presos!

- Já estamos presos, a única coisa que pode nos acontecer aqui é morrermos sufocados. O que não seria tão mal, já que entre morrer e ficar nesse inferno de prisão eu prefiro defuntar bem rápido aqui dentro.

- Aquele velho nos enganou, ele deve estar nos dedurando agora e provavelmente irão nos espancar assim que descobrirem onde estamos.

- Deixe que venham, não temos nada a perder Wonwoo!

 

Até que Bambam se chocou contra uma parede estranha. Parecia um tecido, mas estava escuro demais, não parecia algo para ser rasgado ou quebrado.

 

- Encontrei alguma coisa...

- É a porta?

- Vamos ver!

 

Então o menor começou a empurrar e após algumas tentativas desastrosas a parede finalmente se rompeu e ambos caíram rolando por uma colina bem profunda, rolaram e rolaram sentindo as pedras e galhos lhes ferirem levemente a pele até que pararam em algum lugar escuro da floresta.

 

- Droga, o velho não disse que tinha essa ladeira toda. – Reclamava Wonwoo.

- Pelo menos saímos!

- É mesmo! Waaah, conseguimos!

 

Wonwoo abraçava Bambam que socou seu estômago.

 

- Para com isso e vamos logo achar algum carro e vazar desse lugar antes que nos capturem!

- É mesmo, você tem razão!

 

Ambos andaram adiante pelo matagal denso e escuro, o tinir dos grilos e sapos ao seu redor poderiam até mesmo enlouquecer uma mente fraca, acostumada com o silêncio de uma casa quente e acolhedora, porém, os dois jovens não lembravam mais do prazer de uma casa quente e acolhedora. Talvez Wonwoo, com todo o seu mimo e vidinha abençoada com grandes notas de dinheiro poderia lembrar sim como era o bem estar de sua própria casa. Diferente de Bambam que a muito não sabia o verdadeiro significado da palavra casa.

Talvez agora tivesse realmente tudo chegado a uma conclusão óbvia. Sua vida era miserável e inútil.

Odiado por sua própria família que o expulsara de casa devido à vergonha causada por sua orientação sexual. Uma família asquerosa – Como sempre gostou de lembrar – Não valia a pena lembrar disso agora, pois a única coisa que estava em jogo ali era a sua vingança.

Jackson Wang, Mark Tuan, Park Jinyoung, Choi youngjae e Im Jaebum. Nomes pelo qual ele perdia o sono todas as noites nesses meses que estivera trancafiado naquela cela.

Mark, o desgraçado que tentou lhe tirar a vida. Irá pagar da mesma forma!

Jinyoung, nunca realmente fora seu amigo, mas ficou do lado de Mark sem pensar duas vezes. Mesmo depois do que o mesmo fizera para Bambam, sua devoção para com a carinha de anjo do mais velho era latente. Seria envenenado!

Youngjae, Amigo falso e burro, mas acima de tudo um grande egoísta apaixonado pelo próprio ego de poder exibir um troféu como JB ao seu lado como um cachorro preso pela coleira. Quem sabe a companhia do fogo ardente queimando a gasolina sobre sua pele molhada te faça pensar melhor antes de trair a confiança sincera que lhe fora depositada.

Jaebum, ah o belo Jaebum! Talvez o primeiro que tenha atiçado verdadeiramente os interesses do menor, com olhos sérios e misteriosos. Sorriso vasto e invejável, voz calorosa e confiante. JB sobrevivera a um atropelamento, mas quem poderá garantir que um segundo atropelamento não lhe será fatal?

E por fim, mas não menos importante.

Jackson Wang, o primeiro amor. O primeiro beijo e primeiro sexo, o primeiro medo e o primeiro berço onde pudera repousar todos os seus problemas. Jackson era o seu alento e convicção de que nada poderia dar errado, até a trágica noite do beijo roubado em plena festa de formatura e ainda por cima diante dos olhos do até então namorado Mark, cuja vingança resultara em toda essa confusão tardia.

Jackson construiu seu império, sua fortaleza segura e estável. Fortaleza essa que conquistou a luxúria do menor, abandonado, pobre e sem esperança. Jackson que não merecia sofrer qualquer mal que fosse, mas por sua péssima escolha em virar as costas para aquele cujo poder de vingança começava a despertar, iria então provar do próprio veneno e um tiro certeiro bem no meio da testa, serviria de prova para todo e qualquer curioso ver por si mesmo do que Kumpimook era capaz de fazer.

 

- Veja, ali tem um estacionamento! – Dizia Wonwoo, cansado de tanto caminhar às cegas naquele breu.

- Espero ter sorte!

 

Ao chegar a um veículo prata estacionado ali, perceberam que o dono estava no banheiro de um posto de gasolina próximo a estrada principal que passava por ali. Havia pessoas no posto, com toda a certeza alguém iria ver os dois fugitivos.

 

- Bambam, venha comigo eu conheço um cara que pode nos ajudar!

- Que cara?

- Um traficante, ele conhece meus amigos e pode me colocar na linha com eles e posso pedir para eles nos ajudarem.

- E esses seus amigos são de confiança para dar cobertura a dois fugitivos?

- Eles são sim, venha! É do outro lado desse bairro.

 

Para se camuflar, aproveitaram o barro preto que tinha na calçada beirando uma montanha de pedra lascada e sujaram suas roupas. Seguiram como dois borracheiros pelas ruas nem tão desertas e nem tão movimentadas do bairro de classe média/baixa.

Chegaram a uma casa azul com janelas marrom. O maior bateu palmas e chamou como pode o dono do recinto que logo apareceu. Era um cara loiro e mal encarado, mas que sorriu ao ver Wonwoo.

 

- Wonwoo meu irmão, quanto tempo mano! – Dizia o rapaz abraçando Wonwoo.

- Zico Hyung, acabei de fugir da cadeia, preciso de abrigo! Esse é meu amigo e ex companheiro de cela Bambam.

 

O Rapaz observou um tanto curioso e desconfiado o garoto magricela e sério que o encarava de canto.

 

- Prazer Bumbum! – Disse o rapaz errando propositalmente.

- Bambam! – Respondeu Bambam entre dentes.

- Que seja... E então, o que quer que eu faça?

- Avise o Vernon que estou aqui, diga para ele vir me buscar. Preciso da ajuda dele com urgência!

- Firmeza, entra aí!

 

 

#

 

A televisão da sala exibia sem som o noticiário da manhã na casa de Jackson.  

A festa de casamento de Jaebum e Youngjae havia sido um verdadeiro sucesso, pois rendeu muitos comentários entre amigos nas redes sociais dos mesmos.

“UAU QUE FESTA MAGNÍFICA!”

“A COMIDA ESTAVA ÓTIMA, PENA QUE FULANA NÃO PODE IR”

 

Entre outros comentários menos importantes vindos de pessoas que Jackson nem sequer lembrava que tivessem posto os pés em sua residência na noite anterior.

Os empregados organizavam a bagunça do interior da mansão onde jaziam copos sujos, papeis rasgados e também um cheiro asqueroso de cigarro misturado com um toque sutil de álcool.

Na garagem subterrânea o DJ contratado discutia com Yugyeon, organizador do evento e ex colega de escola dos noivos e claro, amigo de Jackson. Sobre o pagamento que segundo ele era injusto, já que o previsto era uma festa de seis horas no máximo, porém teve mais de nove horas.

No pátio o caos era maior, pois tinha restos de confete e outras fitas coloridas resultado de canudos explosivos de festas que foram disparados quando os noivos chegaram, também havia muitos restos de comidas e claro um gramado destruído graças às crianças que brincaram ali enquanto os adultos se “acabavam” na garagem.

Nos quartos dormiam JB e Youngjae, que por incrível que pareça não tiveram nenhuma relação sexual em sua noite de casamento, a tão famosa “lua de mel” simplesmente não aconteceu, pois um Youngjae desmaiado resultou em cuidados extras durante horas no banheiro. O que claramente elevou a níveis cavalares o extremo ódio de Jaebum.

 

Jackson ajudava a organizar a bagunça da cozinha enquanto a cafeteira expelia um aroma familiar e revigorante de café fresco sendo cozido e filtrado. Não estava com fome, não necessitava de absolutamente nada naquele instante... Ou... Quase nada.

 

- Bambam...

 

Falou baixo sem perceber, mas também sem dar importância alguma para com aqueles que ali trabalhavam no exato momento que suas pernas o levavam para os fundos da mansão para que seus olhos pudessem pela primeira vez naquela manhã, observar o sol. Mas ainda era cedo demais, nuvens no horizonte recebiam de forma tímida as luzes avermelhadas puxando um tom alaranjado cenoura. Era o momento ideal para lembrar de momentos bons do passado, de lembrar coisas que podiam preencher seu vazio mental.

 

- Sabia que te encontraria aqui! – Disse a voz familiar da mulher que caminhava a seu encontro.

- Mãe! Não estava dormindo? – Perguntou Jackson segurando a xícara de café preto que sua progenitora lhe trazia. – Obrigado!

- Até tentei, mas confesso que a agitação de ontem não me abandonou por completo. Acho que terei de gastar um pouco da minha energia conversando com você.

 

Jackson voltou a observar as nuvens que beijavam as copas das árvores graças à ilusão de ótica.

 

- Queria que ele estivesse aqui! – Falou enquanto erguia a xícara até seus lábios.

- Ele poderia estar querido... – Jackson entendera a indireta, mas preferiu não desrespeitar sua própria mãe.

- Se não tivesse cometido tal delito, quem sabe pudesse mesmo.

- Jackson, a Momo já o perdoou. Eu também, eu sei que você também...

- NÃO! – gritou Jackson olhando para sua mãe que mantinha a expressão serena.

 

Aquela era uma questão delicada. Uma questão que estava encerrada e só seria reaberta quando Bambam pagasse pelo crime e saísse da prisão após ter cumprido a pena na qual fora imposto.

 

- Você está tão parecido com seu pai...

- Aish Mãe, não comece!

- Não adianta Jackson, eu te conheço desde antes mesmo de você nascer. Eu sentia você se mexendo e também podia ver a forma como você agia comigo e com seu pai na infância quando não comprávamos algo pra você. Jackson você é mimado, sempre foi!

- Agora você vem dizer isso? Depois que eu reergui a empresa do pai e do tio? Agora você vem dizer isso? Mimado eu seria se tivesse abandonado tudo! – Jackson deu de ombros e caminhou para longe da mãe.

- E ABANDONAR QUEM AMA APENAS PARA MANTER SEU ORGULHO INTACTO NÃO É SER MIMADO E INFANTIL?

 

Aquelas palavras acertaram Jackson por trás e rasgaram seu corpo ao meio. Querendo admitir ou não, ela estava certa.

Ainda sério o rapaz se virou na direção da mulher que o encarava preocupada. E ambos aproximaram-se até ficarem próximos o suficiente para um abraço.

 Aquela era uma boa hora para chorar, afinal como diz o ditado; “vai chorar no colinho da mamãe”. E assim Jackson o fez. O tão poderoso e famoso Jackson wang agora havia percebido que ele chegara ao limite.

 

- Chora Jack! Eu já havia percebido isso a muito tempo, praticamente desde o dia que o Bambam foi preso.

- Então... P... Porque não me deteve? Porque permitiu que eu o enjaulasse?

- Não cabia a mim e nem a você Jackson! – Agora Sophie olhava para Jackson nos olhos. – Não podemos negar que ele fizera algo terrível, mas não é algo imperdoável. Você tem o poder de tirar ele de lá.

- O que quer que eu faça?

 

Sophie secou as lágrimas do filho e sorriu.

 

- Tire-o de lá! Converse com ele e ambos voltem a viver como antes.

 

Jackson voltou a chorar e abraçar a mãe que o recebia com um abraço caloroso.

 

- Ah Jackie... Meu pequeno Jackie não é mais um menino, e nem mais aquele adolescente problemático. Agora você é um homem crescido e bem sucedido. Tenho muito orgulho de você, pois vi o quanto você encarou de forma madura a separação minha e de seu pai. Vejo que você ama seus amigos ao dar essa festa tão grandiosa.

- Isso não foi nada, eles merecem!

- JACKSON! – Gritou taehyun acompanhado de Hyuna ao chegarem na sacada onde se encontrava mãe e filho em um momento particular.

- O que foi Tae? O que houve?

- O Bambam...

 

Aquele nome fizeram os dois se entre olharem e correrem pra dentro da mansão onde JB, Junior e Mark olhavam atentos para o noticiário.

Suas pernas ficaram bambas ao ver a rebelião causada na noite anterior, e ver a foto do seu amado Bambam ali na tela. “E se algo tivesse acontecido?” “E se aqueles desgraçados tivessem o atacado?”. Eram questões que berravam em seu crânio naquele instante.

 

- Jackson... – JB comentou com expressão alarmada.

- O que houve? – A voz fraca e tremula de Jackson quase não saíra.

- O Bambam fugiu e levou outro preso com ele! – Respondeu Junior.

- O que? Mas como?

- Essa noite. Escaparam por uma passagem secreta. Eles estão sendo procurados por toda a coreia e suas fotos estão sendo exibidas nos noticiários criminais já que Wonwoo, o outro rapaz foi preso por ter matado um homem. – JB explicava. – Jackson... Isso vai piorar a ficha do Bambam!

 

Jackson olhou para Sophie que apenas balançou a cabeça e acompanhando o filho partiram na direção da delegacia, pois eram os responsáveis por Bambam apenas de tudo.

Mas chegando lá o delegado parecia um demônio cuspindo fogo. O lugar estava um caos visto que o acontecido no presídio central havia afetado todas as delegacias da região que tiveram que agrupar os presos como puderam em suas celas menores. Para que o incêndio na parte superior do outro prédio pudesse ser extinta.

 

- O QUE QUEREM? – urrou o homem grisalho de barriga avantajada.

- De preferencia educação... – Disse Jackson olhando pro lado e fingindo não ter dito nada.

- COMO É? ESTÁ ME DESACATANDO GAROTO?

- Aish, ele está nervoso senhor delegado! – Sophie tentava acalmar os ânimos. – Somos os responsáveis pelo Bambam, um dos que fugiram do central.

- Ah, aquele moleque está encrencado hein...

- Sim, mas é que ele não é um criminoso!

- HAHA Como é? Ele foi mandado ao central e não é criminoso? Que mundo estranho!

 

O sangue fervia pelas veias de Jackson que sentia uma vontade absurda de socar a cara do delegado egocêntrico e debochado.

Mas se conteve, pois tinha que estar livre se quisesse ajudar Bambam.

 

- Ele foi preso por conta de uma acusação leve, ele apenas ficou lá dentro, pois o advogado de acusação pediu ao juiz. Bambam não cometeu crime nenhum, o médico dele que cometeu!

- Ah, agora lembrei. Bambam é aquele garoto que fora levado ao presídio junto com o médico safado que iria fazer um aborto clandestino sem o consentimento da paciente né? bem, se não me engano esse garoto havia ameaçado esse médico e isso é crime sim!

- O Bambam é uma criança boba! – Sophie tentava impor algum sentido àquela discussão.

- Façam o seguinte, saiam e vão até o advogado de vocês. Entrem em contato com o juiz do caso e peçam a ele a liberdade desse garoto. Isso não cabe a mim! A única coisa que pretendo agora é por as mãos no Wonwoo, pois esse desgraçado matou meu filho.

- Como? – Jackson ficou preocupado.

- Esse Wonwoo é um bandido, ele é filho de um juiz corrupto que está no poder apenas por molhar a mão dos procuradores da justiça que entraram com uma cassação do mandato dele. Ele e uns amigos dele sempre fizeram o que quiseram e nunca foram presos. Agora que o merda do filho dele matou o meu, fiz questão de prendê-lo com o resto de poder que meu cargo ainda exerce nesse país. mas vejo que o destino está conspirando contra mim. – Era visível a tristeza no rosto do homem.

- Por favor, nos ajude a encontrar Bambam e aposto que você encontrará esse outro garoto! – Sophie tentava ser mais solidária com o sofrimento do homem a sua frente.

- Não é essa a questão senhora, se o seu garoto não é um criminoso e está junto com esse Wonwoo, temo que a essa hora ele esteja sendo usado apenas como uma isca para atrair os policiais, mas como ele já é rico, aposto que não é do interesse dele fazer o Bambam de refém.

- Está dizendo que... – Jackson arregalava os olhos.

- Que a essa hora ele deve estar fazendo algum mal ao Bambam. Ou talvez, já ter acabado com ele em algum lugar.

 

Jackson sentiu um leve enjoo que se misturou com uma tontura irritante que o acometia em todas as manhãs cuja sua mente tinha que se submeter a tantas informações desnecessárias no trabalho. Porém ali era um caso sério, um caso de vida ou morte.

 

 

#

 

- Então aquele lixo lá era seu amiguinho que iria te ajudar?

- Fiz o melhor que pude Bambam, era ele ou a polícia! Você tem muita sorte do Zico ter esse carro e principalmente essa casa.

- É Wonwoo você tem razão, querendo ou não essa é a melhor casa que podíamos achar.

 

 

E realmente era uma casa incrível com dois andares ao estilo europeu de residência, classe média alta. Ficava localizada em uma espécie de pequena elevação montanhosa as margens de um pequeno lago de águas tranquilas. Na entrada da casa era possível ver uma pequena área sobre a porta apoiada por duas colunas brancas com detalhes simétricos. Dentro do recinto estava quente, mesmo que ali não tivesse nenhuma alma vagante para dar-lhes as boas vindas.

 

- Essa casa é sua? – Perguntava Bambam curioso.

- Não, do meu pai. Sinceramente não é um tipo de lugar pelo qual tenho algum interesse particular, sabe... Tenho péssimas lembranças disso aqui.

- Se eu te contasse como foi minha vida, tenho certeza que você pensaria duas vezes antes de falar isso. – Bambam passava o dedo sobre um piano e via o rastro de poeira. – Está bem sujo aqui...

- Aish Bambam, qual é a razão para se pensar em sujeira agora? O que temos que nos preocuparmos é com a polícia e torcer para não sermos pegos.

 

Bambam subia as escadas cautelosamente e era seguido por Wonwoo. A escuridão do lugar assustava, mas após todo o terror que ambos passaram dentro da prisão, isso realmente não fazia nem os pequenos cabelos do braço se arrepiarem.

 

- Eu queria tomar um banho, onde é o banheiro?

- É ali! – O maior apontou para um corredor. – Venha eu te levo ali!

 

Ambos caminharam pelo corredor escuro e logo veio a cabeça de Bambam uma questão importante a ser ressaltada.

 

- Mas Wonwoo...

- Hum?

- E se seu pai pensar que você está aqui?

- Ah não, ele não vem aqui e ele sabe que eu jamais viria aqui. Como te falei, esse lugar é um pesadelo pra mim. Não gosto daqui e odiava quando eles me traziam aqui.

- Mas que diabos acontecera aqui?

 

Wonwoo se virou sério.

 

- Eu apanhei aqui, meu pai estava traindo minha mãe e eu vi. Eu contei pra ela e ele me espancou, me deixou trancado nessa mansão sem energia a noite inteira. Você pode imaginar o que é isso? Sabe o que é um garoto de doze anos trancado dentro de um lugar tão grande quanto esse sem energia? Eu ouvia o uivo dos lobos na floresta aqui dos fundos, eu ouvia o barulho do vento nas janelas e principalmente nos pinheiros daqui da frente. Quer saber mais?

 

Bambam estava horrorizado, sempre pensou que o outro era um típico garoto mimado que não passara de um ingrato estúpido que cuspia no prato após saboreá-lo.

 

- Eu... Não sabia... – Bambam havia ficado envergonhado.

- Aqui tem toalhas, use o que você quiser. Mas fica esperto, pois qualquer movimento vamos ter que sair correndo!

 

#

 

Os dias se passaram e nenhuma notícia sobre o paradeiro de Bambam ou Wonwoo era encontrada. A polícia havia chegado a conclusão que eles fugiram com ajuda de alguém para a coreia do norte usando alguma passagem secreta por baixo da cerca que divide as coreias. Ou que simplesmente se suicidaram.

Mas na casa onde os garotos se abrigavam, o movimento era intenso. Mingyu e Vernon deram as caras e se uniram com Bambam nos planos de vingança. Para os dois garotos aquilo era uma simples aventura a mais. Com auxilio de Zico os garotos conseguiram alguns equipamentos como armas calibre 38 e 12 além de uma sniper para tiros de longo alcance.

Injeções de veneno e óbvio, um plano.

 

- Como eu disse. Primeiro eu quero acabar com o Mark. É um cara magro e alto, depois quero acabar com o Junior. Um orelhudo de cabelos pretos. Ele é alto também.

- Nossa. Essas características são tão precisas que até parecem uma descrição feita por um garoto estrábico. – Vernon e sua ironia cortante, como Wonwoo apelidara.

- É o melhor que posso fazer, mas a questão é que vocês apenas me darão cobertura. Eu farei o trabalho final com minhas próprias mãos! – Bambam tinha fogo nos olhos.  – Vamos fazer o ataque hoje à noite!

 

Todos se entre olharam e sorriram.

 

- Então, deveríamos acertar o pagamento agora não? – Dizia Mingyu.

- NÃO! – gritou Bambam. – Eu já disse, Jackson é rico então eu posso arrancar uma grana dele e então lhes pagarei!

 

Eles iam à direção da sala, mas ao passarem pela porta Bambam fora golpeado com força na cabeça, não forte o suficiente para deixa-lo desacordado, mas para deixa-lo um pouco tonto. Tentou se levantar, mas sentiu um par de mãos esmagar seu pescoço com muita força. Seus olhos não podiam estar certos, mas Wonwoo estava tentando lhe matar?

 

- O... O QU... QUE... ESTÁ... FAZENDO? – Sussurrava o menor.

- Desculpe Bambam, mas não poderia seguir adiante com isso, você é legal, mas é chato demais quando quer ficar bancando o mandão. Ah cansei de bancar o bobinho.

- SEU... SEU... AAAH...

 

Como se seus olhos fossem explodir do crânio, e as veias de sua cabeça se romper, Bambam começou a apagar, sentindo aquelas mãos tão fortes lhe tirarem à sanidade aos poucos.

 Não havia como lutar, Não havia como se defender... Wonwoo era muito mais forte ali.


Notas Finais


Bei, o Bambam é meio burrinho né? tipo 3 marginais lá, grandões e malvadões e o pior de tudo, Moleques impulsivos e imaturos e ele todo magrelo e se achando o fodão, entrega pros cara todos os detalhes do patrimonio do Jackson e achando que eles iriam aceitar serem mandados por ele? KKKKKK muito inocente esse bambam :v

agora sim gente, o próximo é o final mesmo ;) bjin


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