I Need You
Kakashi arqueou uma sobrancelha soltando um bocejo, fitava o loiro a sua frente não entendendo o que o mesmo fazia parado a sua porta aquela hora da manhã.
— O que quer aqui Naruto? — perguntou entediado.
O Uzumaki sorriu fraco esfregando a nuca olhando de esguelha para dentro da casa do grisalho.
— A Hinata está?
— O que você quer com ela?
— Vim convida-la para um passeio.
— Passeio? O que está acontecendo em? — o Hataki passou a mão pelos cabelos grisalhos estreitando os olhos.
— Ah Kakashi não seja intrometido. — Naruto bufou invadindo a casa do mais velho.
— Você está invadido minha casa, quem é o intrometido aqui em?
— Só me diga a onde ela está caramba.
— No quarto, provavelmente dormindo, e eu deveria estar fazendo o mesmo. — Kakashi retrucou se jogando no sofá e Naruto o ignorou subindo as escadas correndo.
Juntou as mãos fazendo uma breve oração e abriu seu melhor sorriso ao parar em frente a porta do quarto de hóspedes. Ela estava ali, ele podia sentir o cheiro dela a distância, cheiro esse que o enlouquecia completamente. Tomou coragem e deu duas batidas na madeira não ouvindo nada em respostas.
— Hinata estou entrando, eu sei que você está acordada, ouço sua respiração desregular. — anunciou empurrando a porta e se abaixou por reflexo quando um jarro veio voando em sua direção.
O Uzumaki ergueu o corpo vendo as flores e os cacos esparramados no corredor e soltou um suspiro aliviado.
— Essa foi por pouco, sabe Kakashi gostava daquele vaso.
Se voltou para a morena parada no meio do quarto o fitando enraivecida, mas ele não se importou abrindo seu melhor sorriso. Ela era tão linda.
— É melhor parar de me perseguir, eu já estou por aqui com você seu cachorro fedorento. — Hinata crispou os lábios.
— Você é tão amorosa comigo que eu não consigo te deixar em paz.
— Vá se ferrar.
— Provavelmente isso acontecerá em breve mas antes vou te levar para um passeio. — cruzou os braços se escorando na porta a fitando com divertimento.
— Não vou a lugar algum com você. — Hinata revirou os olhos batendo o pé no chão com impaciência.
— Tem cinco minutos para se arrumar, vou te esperar lá embaixo. — ele avisou se afastando.
— É melhor esperar sentado.
— Se apresse docinho. — lhe deu uma piscadela e fechou a porta rapidamente ouvindo o estrondo de algo se quebrando.
— Não me chame de docinho infeliz.
O loiro sorriu vitorioso ouvindo os chiliques da bruxa.
— Essa já está ganha.
(...)
Karin encostou a porta atrás de si fitando o Uchiha caminhar a sua frente inquieto. Umedeceu os labios sentindo a euforia lhe invadir, até mesmo de costas ele era lindo. O moreno pareceu observar algo na janela e se virou bruscamente a fitando com um olhar crítico não fazendo questão de esconder a irritação.
— Eu odeio enrolações, então diga, você entrou aqui?
— Sim. — Karin sussurrou o encarando nos olhos.
Sasuke deu um passo a frente se aproximando da mulher tentando manter a compostura.
— Então assume que invadiu meu escritório, mexeu nas minhas coisas e pegou algo que não lhe pertence?
— Sim.
— Você é algum tipo de espiã?
— Não.
— Não me venha com frases curtas eu quero respostas. Você conseguiu acabar com toda minha paciência. Me dê um motivo para não expulsa-la dessa cidade agora, estou lhe dando uma chance de se explicar em consideração a Naruto. — disse ríspido.
— Me desculpe. — a ruiva abaixou a cabeça enfiando a mão no bolso do casaco tirando de lá uma caixinha preta de veludo. — Ele é lindo, com certeza ela vai amar. — sorriu chorosa colocando a pequena caixa na mão do Uchiha.
Fechou os olhos com força apreciando a ligeira sensação que o pequeno contato com a pele do mesmo lhe causou.
Sasuke a fitava sério tentando entender o que se passava na mente da Uzumaki. Apertou a caixinha em suas mãos conferindo o conteúdo antes de guarda-la no bolso.
— Por que fez isso?
Karin abriu a boca dando de ombros enxugando as poucas lágrimas que escaparam.
— Sinto muito, acho que só queria chamar sua atenção.
Sasuke estreitou os olhos se afastando da mulher a olhando desconfiado. As atitudes dela eram muito estranhas ao seu ver.
— Você traiu minha confiança. Não posso deixar que isso volte a se repetir. — ele avisou cruzando os braços ao se escorar em sua mesa.
Karin assentiu o fitando com os olhos lacrimosos.
— Não se repetirá, eu aceito qualquer punição. — murmurou abaixando a cabeça.
— Com licença, Sasuke aquela mulher que se diz ser mãe da Sakura está aqui. — Tenten disse do outro lado da porta dando dois toques.
O Uchiha respirou fundo soltando um palavrão.
— Depois conversamos. — disse para Karin a mandando sair com um aceno de cabeça.
Ela assentiu saindo da sala rapidamente e quase trombou com Tsunade no caminho. A loira ignorou a ruiva que a fitava curiosa e invadiu a sala do Uchiha lhe dando um sorriso amistoso.
— O que faz aqui? — Sasuke foi curto e grosso.
A loira observou o moreno e depois a sala começando a caminhar pela mesma, a postura digna de uma rainha.
— Não me olhe assim lobo, venho em paz. Creio que temos interesses em comuns. — Tsuande fitou o porta retrato de Sakura com um sorriso nos lábios.
— Você nunca vai tira-la daqui. Desista.
— Eu sou a mãe dela.
— Uma mãe covarde que a abandonou.
— Deveria me agradecer, se não fosse por mim você não estaria com ela hoje. — retrucou e o Uchiha ficou em silêncio a fitando com raiva.
— O que você quer vindo aqui?
— Sakura é uma princesa, nosso reino precisa dela. Será que você não entende?
— Se vire você com seu povo, viveu todos esses anos sem ela, não fará falta agora.
— Eu poderia muito bem destruir todos vocês e levar minha filha, mas ela os ama e eu a amo, eu só quero o bem dela. — a voz da mulher saiu mansa.
— Eu também, e é por isso que o lugar dela é ao meu lado. — o Uchiha continuou firme.
— Sakura é muito poderosa, ela precisa treinar os seus poderes.
— Faça isso aqui, depois vá embora.
— Não posso ficar aqui por muito tempo.
— É uma pena. — Sasuke deu de ombros não mostrando interesse e Tsunade se irritou.
— Chega, minha filha não é nenhuma cachorrinha de propriedade sua, não a trate como se fosse o dono dela seu lobo nojento. Ela é minha entendeu? E ela vai me escolher no final. — a mulher gritou socando a parede ao lado causando uma rachadura em volta de seus punhos.
Sasuke ergueu uma sobrancelha fitando sua parede rachada com uma carranca.
— Saia da minha academia e da minha cidade, não a nada pra você aqui. — disse seco recebendo um suspiro por parte da mais velha.
— Veremos. — foram as últimas palavras da mulher antes dela sair batendo a porta com uma força que a fez quebrar.
As pessoas em volta olharam a cena surpresas e deram espaço para a loura passar sendo seguida por Shizune que a esperava do lado de fora.
— E então Senhora?
— Nada de bandeira branca. — a loura rosnou ouvindo um muxoxo cansado da morena.
— Isso não vai ser nada amistoso.
(...)
Hinata estava com uma carranca enorme, não ousava encarar a nenhum momento Naruto que sorria satisfeito ao seu lado enquanto dirigia a caminhonete por uma trilha na floresta.
— É melhor parar de rir antes que eu arranque esse seu sorrisinho com um soco. — bufou irritada com aquilo.
— Minha felicidade te incomoda?
— Sua insistência me incomoda. Você é chato pra caralho.
— Poxa assim você ne magoa.
— Vá a merda.
— Essa é quarta vez que você me manda ir a merda desde que entrou nesse carro.
— Já deveria ter entendido o recado.
— Por que você é tão arisca? Sabe não adianta tentar fugir do que está acontecendo com a gente. — pela primeira vez o loiro falou sério.
Hinata cruzou os braços o olhando de esguelha bufando em seguida.
— Não está acontecendo nada entre a gente.
Naruto balançou a cabeça parando o carro. Não esperou pela morena e pulou pra fora batendo a porta. Hinata o viu se afastar e parar em frente a um pequeno penhasco, ela podia ouvir os sons das águas batendo nas pedras e teve a certeza que era uma cachoeira lá embaixo.
Saiu do carro aspirando aquela brisa gostosa, pela primeira vez desde que chegará a cidade se sentiu calma e tranquila. Ela amava a natureza, o silêncio e toda aquela calma.
— Por que me trouxe aqui? — se aproximou do loiro encarando o penhasco abaixo vendo a bela cachoeira.
— Você é uma bruxa, deve gostar da natureza. — Naruto deu de ombros.
Ela não respondeu nada apenas se sentou na grama aproveitando o momento. Naruto a acompanhou e os dois ficaram em silêncio.
— Você tem quantos anos? — ele ousou perguntar e ela nem ao menos o olhou.
— 20. — respondeu por fim.
— Quanto tempo pretende ficar aqui?
— Isso não é da sua conta.
Naruto soltou um suspiro cansado e por fim se levantou assentindo. Levou as mãos as costas arrancando a camisa branca e logo começou a tirar a calça.
— O que está fazendo? — ela rosnou desviando o olhar incomodada.
— Você não quer responder minhas perguntas então eu vou nadar.
Hinata observou estática o loiro pular do penhasco. Se aproximou exitante da beirada fitando para baixo. Para sua “infelicidade” ele ainda estava vivo.
— Vem. — chamou pela morena sorrindo divertido.
— Você é louco.
Hinata balançou a cabeça e voltou a se sentar tentando ignorar o barulho que Naruto fazia na água. Ele estava a desconcentrando com aquelas risadas altas.
— Que idiota. — grunhiu se irritando.
— Anda logo Hinata a água está ótima.
— Cala a boca.
— Vem me fazer calar.
A morena se levantou decidida a faze-lo calar a boca e tirou apenas os sapatos pulando na água ainda de roupa. Ela afundou ao lado de Naruto que sorria satisfeito não acreditando que ela havia mesmo pulado.
— Arg isso aqui está congelando. — Hinata trincou os dentes ao voltar a superfície abraçando o corpo.
— Deixa que eu te esquento. — Naruto se aproximou.
— Não ouse ou arrancou sua mão fora. — ela ameaçou mas ele continuou se aproximando até que estivessem praticamente colados.
— Por que não tirou a roupa?
— Seria seu sonho não é seu tarado?
— Claro que não, só não quero que depois você molhe meu estofado.
— Você não está nem ai para seu estofado.
— Claro que estou.
— Ah vá a merda. — Hinata desviou o olhar incomodada com toda aquela intensidade e aproximação.
Seu corpo estava tenso e Naruto tão junto a si não estava ajudando, ela podia sentir o calor que o corpo másculo transmitia. E ele parecia estar percebendo aquele efeito pois não tirava o maldito sorriso do rosto.
— Vem comigo.
— Ora seu...
— Seu o que? — ele estava a desafiando com o olhar.
— Imbecil. — ela soltou um muxoxo puxando o loiro pela nuca unindo suas bocas acabando com toda aquela tortura.
(...)
— Cheguei. — Sakura entrou em casa seguindo para cozinha estranhando não encontrar Mikoto.
Deu de ombros imaginando que a mãe estava na floricultura e pegou uma maçã na geladeira antes de voltar para sala. Observou sua mochila caída ao canto da porta e seguiu para a sala onde alguns dias não visitava.
Sorriu observando o piano a sua frente, os dedos deslizaram pelas teclas e logo começou a tocar. Estava incrivelmente calma e não se preocupava em acabar destruindo algo.
Naquele momento ela conseguia se sentir normal outra vez, ela era apenas ela e não um ser de outro mundo.
A melodia lhe trazia tranquilidade e paz. A letra era linda.
Se perdeu naquele momento por longos minutos, e quando as notas acabaram a mesma soltou um suspiro ouvindo batidas na porta.
Se levantou indo até a sala gritando que já estava chegando. Acabou engolindo em seco ao abrir a porta e encontrar Tsunade parada a fitando com felicidade.
— Olá. — a loura cumprimentou com um pequeno sorriso nos lábios.
— Oi.
Sakura observou nervosa e inquieta Tsunade lhe analisar com um olhar carinhoso.
— Gostei do corte, combinou mais com você. — a loura apontou para os cabelos curtos e rosados da garota.
— Obrigada.
— Não queria incomodar, eu só resolvi conhecer a cidade e pensei que você pudesse me acompanhar, a gente podia conversar um pouco e almoçar em algum restaurante. O que você acha?
Sakura pensou um pouco encarando a mulher a sua frente que parecia empolgada, e por fim assentiu lentamente.
— Tudo bem.
— Sério? Que ótimo. — a mais velha não conteve a exaltação deixando Sakura sem graça.
— Eu só preciso avisar minha mãe. — disse naturalmente, não notando o quanto Tsunade ficou incomodada.
A loira assentiu sorrindo fraco vendo a garota caminhar para a Floricultura ao lado. Ela estava tão perto mas ao mesmo tempo tão distante. Ouvi-la chamando outra pessoa de mãe lhe doía a alma, Mikoto não imaginava o quanto ela o invejava.
(...)
— Quando meus poderes surgiram pela primeira vez eu também sai quebrando tudo. Lembro da minha mãe brigando pela casa quando destruí a pia. — Tsunade ria se lembrando do passado.
— Como você conseguiu controla-los?
— Não é difícil, você só precisa de um pouco de treinamento.
Sakura assentiu comendo uma colher do seu sorvete. Mãe e filha andavam pela praça de Konoha, Sakura estava se sentindo mais a vontade ao lado de Tsunade.
— Eu posso ajuda-la Sakura, você tem muito potencial e não imagina o quanto é poderosa.
— Eu agradeço, mas eu não vou sair de Konoha. Esse é o meu lar. — respondeu calmamente.
— Nós temos um reino sabe, e ele se encontra na vila da grama, lhe garanto que irá gostar, apenas dê uma chance.
— Eu não posso. — a garota negou voltando a ficar nervosa.
— Eu não quero lhe afastar da sua família de criação, mas você não pode fugir das suas origens, você é uma princesa Sakura, seu lugar é muito além daqui. Você não é como essas pessoas, você é poderosa, uma Portadora do Byakugou. — Tusnade parou em frente a rosada segurando seus ombros.
— É mas eu não quero isso está legal? Eu estou bem aqui e antes de você chegar eu tinha uma vida normal.
— Vida normal cercada por um bando de lobos? — a loira bufou.
— Foram esses lobos que cuidaram de mim, são esses lobos a minha família. — a garota se exaltou fazendo a mais velha soltar um suspiro.
Aquilo não estava adiantando, precisava ganhar a confiança de Sakura e não seria daquela forma.
— Nós somos poucas Sakura, nossa espécie pode acabar daqui alguns anos. Você não pode se perder nesse lugar.
— Então é por isso que voltou? Quer salvar sua espécie me transformando em uma vaca reprodutora? — a garota desafiou Tsunade com o olhar.
— Não foi isso que eu disse minha filha. — a mulher acabou rindo.
— Foi o que pareceu. — a garota resmungou.
— Eu quero você ao meu lado, e como mãe também desejo que você tenha filhos.
— Você não sabe o que é ser mãe. — Sakura retrucou amargurada.
— Tem razão me desculpe, eu só quero que você tenha o que eu não tive. — Tsunade abaixou o olhar abalada.
— Quem é meu pai? — a rosada perguntou por fim fazendo a loira voltar a encara-la.
— Um humano qualquer, foi uma aventura de uma noite, acho que nem é mais vivo. — a loura deu de ombros sem importância.
— Uma aventura? Você ao menos lembra o nome dele? — Sakura a encarava chateada.
— Kizashi Haruno, ele era casado, um homem infeliz no casamento.
— Ele soube sobre mim?
— Não, acho que foi melhor. Sabe Sakura nós Portadoras não nos apegamos a homens, podemos ter todos que quisermos sem precisar depender deles, sendo eles humanos é claro. — disse cada palavra a observando com cautela.
— O que quer dizer com isso? — a garota cruzou os braços incomodada.
— Que você só pode se envolver com um homem humano.
— E por que isso?
— Porque ele é o único que pode te dar filhos.
Sakura abriu a boca não conseguindo falar nada. Aquilo de alguma forma a incomodou, ela queria sim uma família no futuro, uma família com o homem que amava. E agora como um balde de água fria acabará de descobrir que não poderia ter filhos com ele.
— Mas não se preocupe com isso, você ainda é jovem e pode ter quantos homens quiser. Sei que me dará netos lindos no futuro e não se precipitará se envolvendo com homens do nosso mundo, o que não levará você a lugar algum. — Tsunade disse satisfeita ao ver que aquilo havia mexido com a garota. — Vamos continuar andando, conte-me mais sobre você.
Mas Sakura não conseguia pensar em mais nada.
(...)
— Como foi o passeio? — Mikoto parou Sakura quando a mesma entrou em casa.
A mulher tentava não mostrar sua preocupação e ansiedade. Não gostava nada daquela aproximação de Tsunade.
— Bom.
— Ela disse algo que não gostou?
— Não, ela até que é legal.
— Então por que está com essa cara?
— Só estou cansada.
— Então é melhor melhorar essa cara, mais tarde teremos uma cerimônia e Sasuke oficializara você em frente toda alcateia.
— Pra que isso? Todos já me conhecem.
— Você será a mulher do Alpha, fará parte da alcateia agora.
— E o que eu preciso fazer? Isso parece uma responsabilidade muito grande.
— Você comandara as mulheres do nosso grupo e outras coisas a mais, não se preocupe com isso, eu vou ajuda-la. — a morena tranquilizou e Sakura assentiu.
Vendo que a garota parecia perdida Mikoto se aproximou preocupada.
— Algum problema querida?
— Como alpha Sasuke precisa de herdeiros para continuar sua linhagem não é? Como um rei precisa de um herdeiro para assumir o trono. — Sakura deduziu encarando o piso abaixo de seus pés.
— Realmente, mas por que isso agora? — Mikoto a fitou desconfiada.
— Só curiosidade, vou pro meu quarto
Sakura correu para o quarto onde se trancou no mesmo por horas não ousando sair para nada. O tempo se passava e ela tentava arrumar uma solução para aquele problema. O que falaria para Sasuke? Ele iria querer uma mulher ao seu lado para a vida todo sem poder lhe dar um filho? Estava insegura quanto a isso.
Não estava preocupada com o presente mas sim com o futuro.
— Sakura? — um toque na porta e a voz dele lhe tirou dos seus devaneios conturbados.
A garota engoliu em seco se levantando do colchão caminhando com lentidão até a porta, sentindo seu coração palpitar quando o viu.
O puxou pela camisa sendo esmagada pelo corpo grande quando ele a encurralou na parede a beijando.
— Senti sua falta. — o Uchiha se afastou com um sorriso fazendo a garota concordar.
Sakura sorriu lhe dando outro beijo antes de puxa-lo para seu colchão.
— Minha mãe disse que você passou um tempo com aquela mulher. — Sasuke comentou depois de um tempo em que eles estavam deitados na cama conversando sobre o dia que se passou.
Sakura soltou um suspiro tentando sorrir ao encarar os olhos negros intensos.
— Está tudo bem, não foi nada demais.
— Ela não tentou te persuadir a ir com ela?
— Não e mesmo se tentasse seria em vão.
— Certo. Eu tenho algo pra você. — a voz dele saiu mais baixa e Sakura observou curiosa o moreno tirar uma caixinha do bolso.
Arregalou os olhos engolindo em seco ao imaginar o que poderia ser e se sentiu mais horrível do que já estava. Ela não poderia deixar ele continuar com isso.
Se sentou rapidamente o vendo fazer o mesmo a deixando mais nervosa ainda.
— Eu não posso te dar filhos. — sua voz saiu afobada e arrasada.
Sasuke parou antes de abrir a caixinha e a fitou sem entender. Sakura o encarava séria e parecia segurar o choro.
— Como?
— Eu não vou poder te dar filhos, então é melhor você procurar outra mulher para estar ao seu lado porque essa pessoa não sou eu.
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